TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação

Qual o caça ideal para o FX?

F/A-18 Super Hornet
284
22%
Rafale
619
47%
Gripen NG
417
32%
 
Total de votos: 1320

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PRick

Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#17956 Mensagem por PRick » Qua Set 09, 2009 11:05 pm

Antunes escreveu:
PRick escreveu: :lol: :lol: :lol: Acho que você deveria ler a Constituição Federal antes de falar besteiras assim. ELE É O COMANDANTE EM CHEFE DAS FA´S, quem manda de desmanda na hierarquia militar, quem indica e aponseta dos Oficiais Generais e quem tem competência para comprar ou não material bélico.
[]´s
Bom PRick é o papel dele, mas competencia... competencia mesmo isso é discutivel. :P rs
Bem, acho que você deve saber, Competência aqui é um termo que significa instrumentalização da Jurisdição, agora que está tudo explicado, você já entendeu. :mrgreen: :mrgreen:

[]´s




PRick

Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#17957 Mensagem por PRick » Qua Set 09, 2009 11:13 pm

Jin Jones escreveu:
PRick escreveu: :lol: :lol: :lol: Acho que você deveria ler a Constituição Federal antes de falar besteiras assim. ELE É O COMANDANTE EM CHEFE DAS FA´S, quem manda de desmanda na hierarquia militar, quem indica e aponseta dos Oficiais Generais e quem tem competência para comprar ou não material bélico.

[]´s
Caro estudioso de assuntos brasiliz [003]

Um presidente que se presa sabe muito bem quais as areas que deve intervir e não ficar dando palpite se até deve ou não ter lambadas em Pirapórinha de Passa Quatro :mrgreen:


Como o BR tem alinhamento politico , histórico e cultural com a maiorias das democracias ocidentais ( entre elas Suécia, EUA e a FR ), não vejo o porque o nosso querido sapo barbudo tem que intervir nessa simples compra de equip. militar, até porque MD serve para isso mesmo, e que por sinal até que está fazendo um bom papel.
Não sei se te informaram, mas é só 36 miseros caças e não 360 :lol: .
Caso a FAB houvese escolhido um equip. de procedencia de uma nação de pouco ou nenhum relacionamente com o BR (Coreia do Norte, Irã, Siria, etc... ) ai sim o Pres. deveria acompanhar o processo de perto, porque tal compra poderia ter efeitos colaterais com os nossos parceiros comerciais tradicionais.

Sobre falar BESTEIRAS, vindo de ti soa como um elegio, amado mestre !
[003] [003] [003] [003] [003]

Ele não está intervindo, a Constituição fala que ele é a pessoa competente para as compras militares, e ainda a regulamentação dessa compra, diz que será um Decreto Presidencial que determinará quando se farão compras sob a égide da Segurança Nacional, não se aplicando a Lei 8666. A Competência originária do Presidente pode ser prorrogada a um dos Comandantes das Forças, mas eles compram em nome da União Federal, dado que a as Forças Singulares não tem personalidade jurídica própria, vale dizer, um caça é um bem da União Federal, do povo brasileiro, não dá FAB. A competência aqui e a instrumentalização da Jurisdição, que tem legimitidade dada pelo sufrágio universal, é isso que diz a nossa querida Constituição. :P :P

[]´s




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Mapinguari
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#17958 Mensagem por Mapinguari » Qua Set 09, 2009 11:24 pm

Bender escreveu:
Embaixador: Caças qualificam Brasil como potênciaWilson Dias/Agência Brasil

Os presidentes da França, Nicolas Sarkozy, e do Brasil, Lula, selam em Brasília acordo militar
Thais Bilenky


Os 36 caças Rafale que o Brasil vai comprar da França, além de helicópteros, cargueiros, submarinos convencionais e tecnologia para fabricação de modelo nuclear, não é gasto excessivo, diz o ex-embaixador do Brasil na França, Marcos Azambuja. É, completa, o necessário para que o poder militar nacional seja compatível com o tipo de país que o Brasil já é e quer ser: uma potência mundial.
Pragmatismo a 8.a potência :mrgreen:

Sds.
Se lermos toda a entrevista com o embaixador, veremos que ele coloca uma série de fatores que qualificam o Brasil como potência regional e mundial.
O título ufanista simplifica muito as coisas, fazendo crer que a simples posse de um sistema de arma qualifica o país como potência.




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#17959 Mensagem por Rodrigoiano » Qui Set 10, 2009 3:16 am

Túlio escreveu:Calma, no FX-3, lá por 2028/29, quando a FAB só estiver voando Super Tucanos, se decide pelo F-35 downgraded mas com algumas transferências tecnológicas, como as rodas ou ao menos os pneus, a tampa do tanque de combustível ou ao menos sua chave, a rebimboca da parafuseta & quetales... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:
Mas as rodas e pneus teriam que ficar nos EUA, e quando precisássemos, o Congresso de lá daria o aval de boa-fé e mandaria, às nossas espensas, tais irrelevantes partes! :evil: :mrgreen:




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#17960 Mensagem por Sávio Ricardo » Qui Set 10, 2009 8:20 am

Jin Jones escreveu:Caro estudioso de assuntos brasiliz [003]

Um presidente que se presa sabe muito bem quais as areas que deve intervir e não ficar dando palpite se até deve ou não ter lambadas em Pirapórinha de Passa Quatro :mrgreen:


Como o BR tem alinhamento politico , histórico e cultural com a maiorias das democracias ocidentais ( entre elas Suécia, EUA e a FR ), não vejo o porque o nosso querido sapo barbudo tem que intervir nessa simples compra de equip. militar, até porque MD serve para isso mesmo, e que por sinal até que está fazendo um bom papel.
Não sei se te informaram, mas é só 36 miseros caças e não 360 :lol: .
Caso a FAB houvese escolhido um equip. de procedencia de uma nação de pouco ou nenhum relacionamente com o BR (Coreia do Norte, Irã, Siria, etc... ) ai sim o Pres. deveria acompanhar o processo de perto, porque tal compra poderia ter efeitos colaterais com os nossos parceiros comerciais tradicionais.

Sobre falar BESTEIRAS, vindo de ti soa como um elegio, amado mestre !
[003] [003] [003] [003] [003]
E quem disse que é uma simples compra???

Essa compra tem (tera) um peso inimaginavel...

E esse 36 pode crescer e muito... :wink:

Grande Abraço




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kekosam
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#17961 Mensagem por kekosam » Qui Set 10, 2009 8:29 am

Está na cara que a negociação segue. O proprio governo sempre disse que o anuncio seria em outubro. A intenção politica SEMPRE FOI o Rafale que tem contra si apenas a questão do preço.
Tanto que essa do Lula de dizer que “Daqui a pouco, vai receber de graça” os caças deixa claro (aliás clarissimo) que a proposta do F-18 é a provavel proposta tecnica eleita. Mas como a questão é politica tambem! A França Apoia o Brasil na ONU e os EUA não.
Interessante ver a nota da Embaixada Americana... Menciona que somente em 5 de setembro saiu a análise feita pelo Congresso dos EUA sobre a venda potencial do F/A-18 Super Hornet ao governo brasileiro sem nenhuma objeção formal (então há informal) à venda proposta.
Apesar disso significar que há aprovação do Governo dos Estados Unidos para transferir ao Brasil as tecnologias avançadas associadas ao F/A-18 Super Hornet, não há nada especifico ou por escrito que o Brasil poderá vender com "liberdade" até mesmo "um parafuso" dessa tecnologia absorvida incorporada a um produto (que pode ser um caça, um avião de transporte, ou mesmo um trem de pouso) a um terceiro sem ingerencia americana.
Pior ainda é que de fato não há garantia de acesso aos códigos fontes do caça (ver o que acointeceu com a Austrália que quebrou os códigos para integrar armas aos seus aviões e nunca recebeu sinal verde para comprar os F-35). Observe tambem que a nota da embaixada americana so fala em montagem final do Super Hornet no Brasil, o que me parece pouco para que m pretende "uma parceria de iguais" com a EMBRAER. Por tudo isso a proposta americana ainda é obscura e a francesa não.
A “zuada” dia 7 com a França é para deixar claro que o Brasil pode mesmo comprar o Rafale e que a questão do Preço de aquisição talvez seja mesmo menos importante. O que importa mesmo é a transferencia de tecnologia e o custo de manutenção que advem disso. Quem sabe, com tudo isso não sai um porta helicopteros ou os F-18 da marinha, ou mesmo uns Super Tucanos para a USAF?
Ta claro que o governo está querendo conseguir mais uns “bônus” com os americanos que como sempre demoram demais a “abrir a carteira” para o Brasil. Lembra a negociação que o Brasil do J-7 com a china em 1987 (tida como certa) para conseguir os F-5 e Mirage III financiados em meio a moratória do plano cruzado.




Assinatura? Estou vendo com meu advogado...
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#17962 Mensagem por PQD » Qui Set 10, 2009 9:10 am

PARCERIA MILITAR:

Embraer estaria em negociação sigilosa para vender aviões às Forças Armadas Americanas

Caças: EUA também prometem transferir tecnologia

Para fazer frente à França, governo americano aprovou montagem final no Brasil; suecos devem fazer nova proposta

Jailton de Carvalho



BRASÍLIA. O governo dos Estados Unidos reagiu ontem à decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de abrir, em caráter preferencial, negociação com a empresa francesa Dassault para a compra de 36 caças Rafale, em detrimento da americana Boeing e da sueca Saab. As três participam da disputa para a venda dos aviões à Força Aérea Brasileira. Em nota, a Embaixada dos EUA informa que a Boeing fará nova oferta e não abre mão de participar das negociações da venda dos caças.

O governo americano tem um trunfo para falar grosso e se manter no páreo. A Embraer, destinatária de boa parte do esforço do governo brasileiro neste negócio, está em negociação sigilosa para a venda de cem aviões Super Tucanos para as Forças Armadas americanas, segundo revelou ao GLOBO uma fonte que acompanha os entendimentos entre as duas partes. Não há vínculo direto entre os dois negócios, mas a venda da Embraer pode ficar mais difícil se a Boeing for prontamente descartada na licitação da FAB.

A decisão do governo americano de insistir na proposta ficou clara: "Entendemos que uma decisão final ainda não foi tomada em relação ao vencedor do contrato. O F/A-18 Super Hornet é um caça de avançada tecnologia testado em combate e acreditamos que é o melhor em comparação com seus concorrentes. O governo dos EUA apoia totalmente a venda do F/A-18 Super Hornet à Força Aérea Brasileira", diz o texto enviado ao Planalto e aos ministérios da Defesa e Relações Exteriores, entre outros órgãos públicos.

A embaixada explica que o governo e o Congresso dos Estados Unidos decidiram, no último dia 5, aprovar a transferência de tecnologia da Boeing para o Brasil. A não transferência de tecnologia era, até então, um dos principais entraves às negociações entre os governos do Brasil e dos EUA. "A aprovação do governo dos Estados Unidos para transferir ao Brasil as tecnologias avançadas associadas ao F/A-18 Super Hornet é definitiva. O governo aprovou também a montagem final do Super Hornet no Brasil", diz a nota.

As autoridades americanas sustentam que o pacote de compensações da Boeing para investimento na indústria aeroespacial brasileira "vai transferir tecnologia relativa ao design militar e à produção, fornecer autonomia em áreas-chave para suporte do programa e desenvolver uma ampla indústria aeroespacial no país que vai além de aeronaves de combate". A Boeing estaria disposta até a fazer parceria com a Embraer no projeto do KC- 390, novo avião de carga da empresa brasileira.

- A oferta inclui o KC 390. Uma parceria para o desenvolvimento desse projeto - afirmou uma diplomata americana.

A sueca Saab, que concorre com o caça Gripen, deve fazer nova proposta. Segundo a embaixada da Suécia, a empresa está fazendo uma análise das mudanças para oferecer vantagens adicionais.




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#17963 Mensagem por PQD » Qui Set 10, 2009 9:16 am

Aviões serão feitos na França

Proposta da Dassault não prevê montagem no Brasil

Andrei Netto, PARIS



Dos 36 caças Rafale que deverão ser adquiridos da fabricante aeronáutica francesa Dassault pelo Ministério da Defesa, nenhum deverá ser produzido no Brasil. Os seis primeiros deverão ser montados na França e com peças francesas. Os 30 seguintes sairão das mesmas linhas de montagem, mas incorporarão peças brasileiras.

Esse plano de produção foi apresentado ao governo brasileiro pela Dassault e servirá de base para a negociação que será aberta para a compra dos primeiros 36 aviões, a serem construídos na usina da companhia em Mérignac, no sudoeste da França, e entregues a partir de 2012 ou 2013 ao Brasil. Só partir de um hipotético 37º avião, segundo o Estado apurou, seria realizada a transferência das linhas de montagem.

Na prática, o primeiro contrato de cerca de € 4 bilhões - cujo custo pode variar para cima ou para baixo, de acordo com o pacote tecnológico escolhido pelo Ministério da Defesa - não deverá incluir a construção local de nenhuma das aeronaves. Só após, caso seja tomada a decisão de substituir outros 120 caças da FAB, os equipamentos seriam de fato franco-brasileiros. Então a subsidiária brasileira seria autorizada a exportar os Rafale para outros países da América Latina. Nesse caso, o Brasil seria transformado em uma plataforma de negócios da França no continente.

Essa proposta faz parte da proposta preliminar entregue pela Dassault ao Ministério da Defesa, a partir da qual os concorrentes da licitação FX-2 - a norte-americana Boeing e a sueca Saab - foram eliminados. "Ainda é muito cedo para confirmar que estes números serão os definitivos, já que agora é que vamos aprofundar as negociações", ponderou Yves Robins, diretor de Relações Exteriores da Dassault em Paris. "É correto afirmar que estes números integram uma proposta prévia, digamos, que será negociada daqui para a frente."

Especialista em indústria bélica, Helène Masson, pesquisadora da Fundação para a Pesquisa Estratégica, de Paris, lembra que peças fabricadas na França ou no Brasil determinarão o lucro da Dassault. "Quanto mais equipamentos forem construídos no Brasil, menor será sua margem de lucro."

O retardo na transferência da produção da França para o Brasil ajudará a evitar um plano de demissões voluntárias que a Dassault chegou a prever em abril.




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#17964 Mensagem por PQD » Qui Set 10, 2009 9:20 am

Decisão final é política, diz analista

Para ele, País ainda está construindo modelo para setor

Guilherme Scarance



Para Salvador Ghelfi Raza, especialista em planejamento estratégico e de segurança, a compra de um caça, no final do processo, é sempre uma escolha política. "Durante a discussão tem quatro grandes conjuntos de variáveis em equilíbrio: táticas e técnicas, com as operacionais e estratégicas. Este conjunto define uma recomendação para que seja feita uma decisão política. A decisão é sempre política", afirmou.

Raza destaca vários fatores políticos que pesam na decisão. Em primeiro lugar, ele cita a importância regional de uma maior capacidade de vigilância das fronteiras. Mas também pesam, segundo o especialista, "valores, preferências, acordos e até mesmo vaidade".

Quanto aos critérios técnicos, Raza destaca o ciclo de vida do avião, o custo de manutenção e as especificidades, entre outros pontos. "Se você tiver uma aeronave com alto desempenho tático, não precisa de duas", destacou.

Para ele, a discussão no Brasil está madura, mas tem falhas. "A discussão técnica está nas Forças Armadas, a operacional está no Ministério da Defesa e só a discussão política está um pouco diluída. Essa talvez seja uma das dificuldades", destaca.

"Em outros países o modelo é mais concentrado. No Brasil estamos construindo ainda um modelo, construindo o avião enquanto ele voa. Entramos em um negócio muito grande, muito complexo e construindo as regras enquanto o jogo é jogado."

Ele lembra que grandes compras de armamentos, de modo geral, no mundo, precisam do aval do Congresso. "Quem tem Orçamento na mão é o Congresso. Esse é um frágil equilíbrio de país a país", destaca.

Nos EUA, acrescenta, o presidente muitas vezes quer determinado armamento, influenciado pelos militares, mas o Congresso barra os recursos. "Foi o que aconteceu recentemente, quando cortaram os F-22 da Força Aérea. A gestão no Congresso, então, é tão importante quanto a opção que será feita."



LOBBY



Para o especialista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não encerrou ainda a disputa. "A manifestação do presidente, seguida da nota do Ministério da Defesa, está sendo interpretada como uma intenção de negociar, não como uma decisão de compra, até para evitar problemas jurídicos, responsabilidades internacionais."

Raza destaca que haverá forte lobby até a assinatura do contrato. "Tem pressão e continua existindo. É natural, estamos falando de muito, muito dinheiro. Esse contrato, no total, deve ser uma das maiores aquisições de armamentos do mundo."

O analista destaca que o lobby é feito pelos melhores profissionais do ramo. "Há companhias contratadas para isso. Constroem toda uma estrutura para influenciar a decisão."





REPERCUSSÃO INTERNACIONAL



Le Monde

O jornal traz uma entrevista do presidente da Dassault, Charles Edelstenne, na qual ele afirma que o acordo é resultado de uma ação política, liderada pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy. "Foi Nicolas Sarkozy que vendeu o Rafale, não fomos nós", disse. O jornal deu espaço às declarações do ministro da Defesa, Nelson Jobim, de que o processo de seleção para o fornecimento dos caças ainda não foi concluído. Mas destacou que Lula deixou clara a escolha no encontro com Sarkozy.



Le Figaro

Controlado pela Dassault, o jornal francês diz que a viagem de Sarkozy ao Brasil não foi em vão. Permitiu que o presidente francês retornasse a Paris "com o primeiro contrato de venda do Rafale". Classificou a empreitada como um "sucesso político, diplomático e industrial". Ao relembrar outros contratos de defesa firmados no passado entre Brasil e França, o jornal afirma que os novos acordos "concretizam a parceria estratégica estabelecida entre os dois países desde 2006".



La Tribune

Em editorial, o jornal econômico descreve a negociação em torno dos caças Rafale como uma "história bem francesa", de denegrir a imagem de um produto nacional até o ponto em que ele deixa de ter sucesso em um primeiro momento. No texto, o jornal admite que os sucessivos fracassos do Rafale em negociações comerciais no exterior não jogaram a favor da Dassault. Mas destaca que o favoritismo nas negociações com o Brasil serve para virar o jogo a favor do caça francês.



Liberation

O jornal trouxe na edição de ontem uma entrevista com o diretor geral da Dassault Aviation para a área internacional, Eric Trappier. O executivo diz esperar que o contrato de venda do Rafale resulte na geração de 3 mil postos de trabalho no Brasil e outros 6 mil em solo francês. "Se a França não tivesse levado esse contrato, seriam criados empregos no Brasil pelos nossos concorrentes, mas nenhum deles na França. Sem contrato, igual a zero de emprego", completou o executivo.



L´Express

O site da revista diz que falta um "pequeno esforço" para finalizar a negociação que vai viabilizar as primeiras exportações do Rafale. "O que foi anunciado na segunda-feira dia 7 de setembro, no Brasil, pelos presidentes Nicolas Sarkozy e Luiz Inácio Lula da Silva, na presença de Charles Edelstenne, presidente da Dassault Aviation, e Serge Dassault, é a abertura das negociações."Mas destaca que "uma coisa é certa: os concorrentes, o americano Boeing e o sueco Gripen não estão mais no páreo"



Le Point.fr

De acordo com o site da revista francesa, a escolha de Lula pelo Rafale "causou confusão no Brasil, levando militares a declararem que a concorrência ainda está aberta". Lembrando que os franceses já "estouravam as champanhes", a revista replicou a fala do ministro Nelson Jobim sobre o assunto. Também traz o lado da Embaixada dos EUA no Brasil, que disse ainda não haver "uma decisão final" sobre a compra dos 36 caças e afirmou que os americanos ainda estão no páreo.




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#17965 Mensagem por Penguin » Qui Set 10, 2009 9:49 am

Valor, 10/09

Para garantir venda, Dassault pode baixar 40% o custo dos caças


Sergio Leo, de Brasília

Só o descumprimento, por parte da francesa Dassault, das promessas feitas pela França ao governo brasileiro no fim de semana, poderá mudar uma decisão já tomada politicamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva: os futuros caças da Força Aérea Brasileira deverão ser os Rafale franceses, a serem vendidos ao Brasil com custos bem inferiores aos oferecidos inicialmente, inclusive na manutenção e operação das aeronaves. Para não ficar sem opções, porém, o governo brasileiro reabriu o processo de escolha, para todos os concorrentes melhorarem as ofertas "finais" feitas em 2008.

Executivos da Dassault participaram da reunião entre os governos do Brasil e da França, na madrugada de domingo para segunda-feira, que resultou numa carta - cujos termos são mantidos em sigilo - do presidente Sarkozy a Lula, assegurando o compromisso dos franceses em melhorar substancialmente a proposta. Nas conversas, os franceses chegaram a garantir que baixarão em 40% os custos previstos de operação do Rafale (de quase US$ 16 mil por hora/voo para menos de US$ 10 mil).

Há forte simpatia, na Força Aérea e mesmo no governo e entre políticos governistas, pelos caças suecos Gripen, da SAAB, considerados mais baratos e de manutenção mais fácil, além de permitirem grande participação de engenheiros brasileiros no desenvolvimento do projeto do avião a ser fornecido, ainda em fase de elaboração. O caça F/A-18 da Boeing americana está, na prática, descartado como opção, apesar de incluir, de maneira inédita, armas e acessórios de alta tecnologia e garantias oficiais de transferência de tecnologia, reiteradas ontem em nota da embaixada dos EUA. O governo brasileiro crê que as garantias são limitadas e não cobrem toda a tecnologia desejada pela FAB.

Em uma das últimas conversas entre o assessor de Segurança nacional da Casa Branca, Jim Jones, e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, assessores americanos para transferência tecnológica admitiram que dificilmente cederiam ao Brasil o código-fonte dos aparelhos, para permitir que o Brasil equipasse os jatos com armamentos não produzidos nos EUA. Jobim lembrou que o Brasil desenvolve, com a Índia e África do Sul, mísseis de alta tecnologia com os quais quer equipar a FAB. Os franceses, nas discussões com o Brasil, garantiram que armamento brasileiro poderá equipar os Rafale.

Já nos preparativos para a visita do presidente francês, Nicholas Sarkozy, ao Brasil, para a comemoração de 7 de Setembro, ficou clara a intenção do governo brasileiro de garantir aos franceses condições de tornar sua oferta competitiva e facilitar a decisão política em favor dos caças da Dassault. Ao saber da expectativa de Sarkozy, de um anúncio em favor dos Rafale, Lula telefonou a Jobim para saber como andava a avaliação feita pela FAB em relação aos concorrentes. Após consulta ao comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, Jobim comunicou ao presidente que o principal ponto negativo do francês seria a enorme diferença de preço e de custo de manutenção e operação. O próprio Lula considerou excessiva a diferença entre o caça francês e os concorrentes.

As restrições foram comunicadas a Sarkozy, durante o jantar oferecido ao francês, no domingo, e, às 23 horas, após a garantia do francês de que seria possível baixar os custos, Lula convocou Jobim para que se reunisse com uma delegação francesa, chefiada pelo chefe da Casa Militar do governo francês, almirante Edouard Guillaud. Já na reunião, à afirmação de Guillaud de que Sarkozy tem interesse em expandir a aliança estratégica com o Brasil, Jobim respondeu que a Dassault teria de responder a vários problemas apontados pela Aeronáutica na proposta da empresa. Coube ao comandante da FAB, brigadeiro Juniti Saito, levantar os pontos fracos da proposta francesa, concentradas no custo de compra e operação.

Os franceses prometeram custos iguais aos pagos pelo governo francês pelos Rafale. Os brasileiros lembraram que há diferenças de especificações nas duas forças aéreas, o que deveria levar o custo pago na França a ser o teto máximo a ser aceito. Foi o que levou os executivos da Dassault a garantir custo inferior a US$ 10 mil por hora/voo, por pelo menos 30 meses.

Saito queixou-se também da falta de ofertas de financiamento por parte dos franceses e exigiu a garantia de que o Brasil poderá comercializar os Rafale, que terão uma linha de montagem no Brasil. Os franceses ofereceram a permissão de comercialização dos aviões na América do Sul. Por insistência dos brasileiros, ficou estabelecido que essa permissão englobaria toda a América Latina.

Do ponto de vista técnico, segundo garantiu Jobim a Lula, as propostas seriam equivalentes, com vantagens e desvantagens para todos. O Gripen é criticado por ter apenas uma turbina, o que lhe dá menores preço e custo de operação, mas torna mais graves as consequências de panes, acidentes ou ataques, por exemplo. Para justificar a desconfiança nas ofertas de transferência tecnológica dos americanos da Boeing, em reuniões com autoridades americanas, Jobim lembra o caso recente de equipamentos de GPS para os Super-Tucano da FAB que foram entregues "degradados", com precisão de 150 metros, em vez de um metro, como no contrato.

A inclusão, na oferta, de negociações para compra de dez unidades e até apoio na fabricação dos futuros cargueiros da Embraer foi outro ponto que deu nova vantagem aos Rafale - e, após críticas levadas a Brasília pelos concorrentes, levou à reabertura de apresentação das ofertas. Há pressões dentro do governo e na base política em favor dos Gripen, bem mais baratos. "A decisão tem de ser técnica", diz o deputado Maurício Rands (PT-PE), da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, para quem a proposta dos Rafale é desvantajosa. "O custo de operação do Gripen é de US$ 4,5 mil por hora/voo, o do F/A-18, US$ 10 mil e o do Rafale é US$ 16 mil", diz.




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#17966 Mensagem por vladvel » Qui Set 10, 2009 10:04 am

Esse Jim Jones me lembra uma tal "limonada" com sianureto com a promessa de paraíso... Tô fora




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Sterrius
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#17967 Mensagem por Sterrius » Qui Set 10, 2009 10:23 am

Jobim lembra o caso recente de equipamentos de GPS para os Super-Tucano da FAB que foram entregues "degradados", com precisão de 150 metros, em vez de um metro, como no contrato.


Conseguiram concertar esse problema? :?




orestespf
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#17968 Mensagem por orestespf » Qui Set 10, 2009 10:49 am

Santiago escreveu:Valor, 10/09

Para garantir venda, Dassault pode baixar 40% o custo dos caças


Sergio Leo, de Brasília

Só o descumprimento, por parte da francesa Dassault, das promessas feitas pela França ao governo brasileiro no fim de semana, poderá mudar uma decisão já tomada politicamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva: os futuros caças da Força Aérea Brasileira deverão ser os Rafale franceses, a serem vendidos ao Brasil com custos bem inferiores aos oferecidos inicialmente, inclusive na manutenção e operação das aeronaves. Para não ficar sem opções, porém, o governo brasileiro reabriu o processo de escolha, para todos os concorrentes melhorarem as ofertas "finais" feitas em 2008.

Executivos da Dassault participaram da reunião entre os governos do Brasil e da França, na madrugada de domingo para segunda-feira, que resultou numa carta - cujos termos são mantidos em sigilo - do presidente Sarkozy a Lula, assegurando o compromisso dos franceses em melhorar substancialmente a proposta. Nas conversas, os franceses chegaram a garantir que baixarão em 40% os custos previstos de operação do Rafale (de quase US$ 16 mil por hora/voo para menos de US$ 10 mil).

Há forte simpatia, na Força Aérea e mesmo no governo e entre políticos governistas, pelos caças suecos Gripen, da SAAB, considerados mais baratos e de manutenção mais fácil, além de permitirem grande participação de engenheiros brasileiros no desenvolvimento do projeto do avião a ser fornecido, ainda em fase de elaboração. O caça F/A-18 da Boeing americana está, na prática, descartado como opção, apesar de incluir, de maneira inédita, armas e acessórios de alta tecnologia e garantias oficiais de transferência de tecnologia, reiteradas ontem em nota da embaixada dos EUA. O governo brasileiro crê que as garantias são limitadas e não cobrem toda a tecnologia desejada pela FAB.

Em uma das últimas conversas entre o assessor de Segurança nacional da Casa Branca, Jim Jones, e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, assessores americanos para transferência tecnológica admitiram que dificilmente cederiam ao Brasil o código-fonte dos aparelhos, para permitir que o Brasil equipasse os jatos com armamentos não produzidos nos EUA. Jobim lembrou que o Brasil desenvolve, com a Índia e África do Sul, mísseis de alta tecnologia com os quais quer equipar a FAB. Os franceses, nas discussões com o Brasil, garantiram que armamento brasileiro poderá equipar os Rafale.

Já nos preparativos para a visita do presidente francês, Nicholas Sarkozy, ao Brasil, para a comemoração de 7 de Setembro, ficou clara a intenção do governo brasileiro de garantir aos franceses condições de tornar sua oferta competitiva e facilitar a decisão política em favor dos caças da Dassault. Ao saber da expectativa de Sarkozy, de um anúncio em favor dos Rafale, Lula telefonou a Jobim para saber como andava a avaliação feita pela FAB em relação aos concorrentes. Após consulta ao comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, Jobim comunicou ao presidente que o principal ponto negativo do francês seria a enorme diferença de preço e de custo de manutenção e operação. O próprio Lula considerou excessiva a diferença entre o caça francês e os concorrentes.

As restrições foram comunicadas a Sarkozy, durante o jantar oferecido ao francês, no domingo, e, às 23 horas, após a garantia do francês de que seria possível baixar os custos, Lula convocou Jobim para que se reunisse com uma delegação francesa, chefiada pelo chefe da Casa Militar do governo francês, almirante Edouard Guillaud. Já na reunião, à afirmação de Guillaud de que Sarkozy tem interesse em expandir a aliança estratégica com o Brasil, Jobim respondeu que a Dassault teria de responder a vários problemas apontados pela Aeronáutica na proposta da empresa. Coube ao comandante da FAB, brigadeiro Juniti Saito, levantar os pontos fracos da proposta francesa, concentradas no custo de compra e operação.

Os franceses prometeram custos iguais aos pagos pelo governo francês pelos Rafale. Os brasileiros lembraram que há diferenças de especificações nas duas forças aéreas, o que deveria levar o custo pago na França a ser o teto máximo a ser aceito. Foi o que levou os executivos da Dassault a garantir custo inferior a US$ 10 mil por hora/voo, por pelo menos 30 meses.

Saito queixou-se também da falta de ofertas de financiamento por parte dos franceses e exigiu a garantia de que o Brasil poderá comercializar os Rafale, que terão uma linha de montagem no Brasil. Os franceses ofereceram a permissão de comercialização dos aviões na América do Sul. Por insistência dos brasileiros, ficou estabelecido que essa permissão englobaria toda a América Latina.

Do ponto de vista técnico, segundo garantiu Jobim a Lula, as propostas seriam equivalentes, com vantagens e desvantagens para todos. O Gripen é criticado por ter apenas uma turbina, o que lhe dá menores preço e custo de operação, mas torna mais graves as consequências de panes, acidentes ou ataques, por exemplo. Para justificar a desconfiança nas ofertas de transferência tecnológica dos americanos da Boeing, em reuniões com autoridades americanas, Jobim lembra o caso recente de equipamentos de GPS para os Super-Tucano da FAB que foram entregues "degradados", com precisão de 150 metros, em vez de um metro, como no contrato.

A inclusão, na oferta, de negociações para compra de dez unidades e até apoio na fabricação dos futuros cargueiros da Embraer foi outro ponto que deu nova vantagem aos Rafale - e, após críticas levadas a Brasília pelos concorrentes, levou à reabertura de apresentação das ofertas. Há pressões dentro do governo e na base política em favor dos Gripen, bem mais baratos. "A decisão tem de ser técnica", diz o deputado Maurício Rands (PT-PE), da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, para quem a proposta dos Rafale é desvantajosa. "O custo de operação do Gripen é de US$ 4,5 mil por hora/voo, o do F/A-18, US$ 10 mil e o do Rafale é US$ 16 mil", diz.
Este texto deixa muito claro o que aconteceu nos bastidores da recente negociação com os franceses. Deixa claro também que a FAB não foi atropelada em momento algum, haja visto que houve intensa e atuante participação do Comandante Saito.

Outro ponto que merece destaque é o fato que o "número 1" até agora era o Gripen NG e que o F-18 sH nunca passou de terceiro lugar na short list. Estou convencido que este governo jamais compraria o caça sueco, os motivos políticos e industriais são tantos que nem cabe enumerá-los aqui. Se por um lado o perfil do Gripen NG é altamente desejável (enquanto caça, custos, etc.), por outro a variável política faz deste caça um grande fiasco (sob a ótica do Governo).

Os valores de operação dos caças está dentro do que já imaginávamos aqui no DB. Não é de se surpreender que o caça sueco é "bem mais em conta", mas como não se compara caças de categorias diferentes... A grande novidade (não deste texto apenas) é os custos de operação do Rafale ficar próximo do caça americano e que mesmo sendo o dobro do Gripen NG ainda compensa e muito. Falo isso enquanto caça, não havendo dinheiro para bancar um, não fará muita diferença se também não houver grana para bancar o outro (basta lembrar como ficou a FAB no Governo FHC, não bastava ser barato de operar, tudo foi cortado).

Ainda tem muita coisa para acontecer e sair na mídia, o certo é que esta confusão envolvendo o FX-2 serviu para encobrir o ponto mais nevrálgico do encontro de Lula e Sarkozy, que foi exatamente a compra dos subs, muito particularmente o polêmico sub nuclear. Ninguém falou mais sobre isso, e sobre o SSN Inês é morta! Se tudo isso foi uma jogada de mestre, não sei, o certo é que nada melhor do que uma grande polêmica para encobrir outra polêmica e grátis, se desviou o foco da confusão do Senado.



Orestes




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#17969 Mensagem por Penguin » Qui Set 10, 2009 12:22 pm

Um interessante comentário feito no Blog Ares:

"What it boils down to is that several crucial aspects of the deal, including the aircraft cost, fixed maintenance cost agreement, ability of Brazil to market Rafales in South America, and technology transfer, are simply promises made by Sarkozy without consulting Dassault or other interested parties. When and if those agreements are made, all three bidders will still have to submit offers, which will be reviewed by the Brazilian Air Force, and subject to counteroffers.

This isn't done by a long shot. We all remember what happened the last time the French government made promises without consulting Dassault."




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#17970 Mensagem por Bourne » Qui Set 10, 2009 12:25 pm

Santiago escreveu:Valor, 10/09

Para garantir venda, Dassault pode baixar 40% o custo dos caças

(...)

A inclusão, na oferta, de negociações para compra de dez unidades e até apoio na fabricação dos futuros cargueiros da Embraer foi outro ponto que deu nova vantagem aos Rafale - e, após críticas levadas a Brasília pelos concorrentes, levou à reabertura de apresentação das ofertas. Há pressões dentro do governo e na base política em favor dos Gripen, bem mais baratos. "A decisão tem de ser técnica", diz o deputado Maurício Rands (PT-PE), da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, para quem a proposta dos Rafale é desvantajosa. "O custo de operação do Gripen é de US$ 4,5 mil por hora/voo, o do F/A-18, US$ 10 mil e o do Rafale é US$ 16 mil", diz.

Primeiro, gostaria de saber qual a mágica para baixar em 40% o custo do contrato do Rafale. Tal como os termos contratuais para viabilizar essa redução substancial. Ainda, se poderia promover uma redução tão substancial de custos, por que não o fizeram antes?

Outra coisa é que a declaração grifada é de um deputado do PT. :roll:




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