Ou seja, se comprometeu com um assunto que poderia deixar para depois. Anunciando a decisão em conjunto com todos os interessados. Agora, pergunto, para que serve a FAB continuar avaliando os outros dois se a decisão está tomada.Wolfgang escreveu:Ele falou sim na frente do Sarkô, na frente da TV e dos jornalistas. Não vai arredar agora.
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
PRick eu queria ter seu otimismo, e tomara que você esteja certo.PRick escreveu:Exatamente, a Nota deve ser ignorada, como se não existisse, não somou nada. Tudo está como antes dela.edson.jesus escreveu:Acho que o NJ so esta desconversando a mando do chefe, considero a decisao ja tomada, escolha ja feita, esta atitude e o minimo exigido.
Acalma o Fab, diminui a ira dos derrotados e ainda avisa os franceses que enquanto nao assinarem e manterem o que se combinou e negociou, momentaneamente a corrida continua.
Enquanto nao concluirem a venda, fica tudo "decidido" mas nao concluido.
Que Deus nos ajude.
Um Abraco
Edson de Jesus
ate o teclado ficou irado.
[]´s
Vou assinar como assina o Professor Orestes...
Flávio
"O preocupado"
Um fraternal abraço,
.'.
"... E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. ... "
Maria Judith Brito, Presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais).
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
capsantanna escreveu:Acho muito difícil voltarmos atrás e não comprar o Rafale, em detrimento de outro caça. Ao anunciar a intenção, ontem, Lula fechou (moralmente) a disputa. Ele não seria ingênuo de aceitar outro caça agora. Seria uma pseudo traição contra o amigo francês.
A decisão já foi tomada e tornada pública. Não assinar o contrato seria um grande erro extratégico e geopolítico.
Penso o mesmo. Seria MATAR a relação com a França, e aos olhos de qq outro país seria um fracasso de dimensões gigantescas que tornaria praticamente impossivel qq negócio semelhante.
Triste sina ter nascido português
Calma
Antes do desespero, alguns pontos devem ser levados em conta:
a) a última nota do MD é factualmente correta: o que fora anunciado antes foi que estariam iniciadas as negociações para a aquisição dos caças. Esse procedimento é absolutamente rotineiro no mercado de armas e a própria Dassault, fabricante da aeronave, imediatamente afirmou que somente esperava a assinatura do contrato no decorrer de 2010. Lembrem-se do pacote dos submarinos: foi anunciado em 2008 e o contrato apenas foi assinado no início de setembro de 2009.
b) isso decorre da complexidade dos arranjos financeiros e técnicos do contrato, que somente são detalhados (a partir das linhas mestras do acordo preliminar) durante o processo de negociação. Mesmo a BAFO (Best and Final Offer) é apenas uma declaração de intenções, sem valor jurídico. A montagem do documento jurídico é complexa e demorada.
c) até a assinatura final do contrato, qualquer um dos lados pode desistir sem qualquer ônus financeiro (o político é outra história). Também voltando ao caso dos submarinos, não foi por acaso o crescendo de críticas à medida que a assinatura do contrato se aproximava.
d) ou seja, em princípio, existe um escolhido (o Rafale); a decisão é preliminar e somente se concretizará se os termos finais do contrato interessem ao Brasil. Esse procedimento, repito, é corriqueiro. Alguns países, como a Índia e a Turquia, por exemplo, são famosos por reviravoltas nessa fase.
a) a última nota do MD é factualmente correta: o que fora anunciado antes foi que estariam iniciadas as negociações para a aquisição dos caças. Esse procedimento é absolutamente rotineiro no mercado de armas e a própria Dassault, fabricante da aeronave, imediatamente afirmou que somente esperava a assinatura do contrato no decorrer de 2010. Lembrem-se do pacote dos submarinos: foi anunciado em 2008 e o contrato apenas foi assinado no início de setembro de 2009.
b) isso decorre da complexidade dos arranjos financeiros e técnicos do contrato, que somente são detalhados (a partir das linhas mestras do acordo preliminar) durante o processo de negociação. Mesmo a BAFO (Best and Final Offer) é apenas uma declaração de intenções, sem valor jurídico. A montagem do documento jurídico é complexa e demorada.
c) até a assinatura final do contrato, qualquer um dos lados pode desistir sem qualquer ônus financeiro (o político é outra história). Também voltando ao caso dos submarinos, não foi por acaso o crescendo de críticas à medida que a assinatura do contrato se aproximava.
d) ou seja, em princípio, existe um escolhido (o Rafale); a decisão é preliminar e somente se concretizará se os termos finais do contrato interessem ao Brasil. Esse procedimento, repito, é corriqueiro. Alguns países, como a Índia e a Turquia, por exemplo, são famosos por reviravoltas nessa fase.
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Preferência de Lula por caça francês contraria a FAB
http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/
Ao anunciar, na segunda (8), a abertura de negociações para a aquisição de 36 caças da França, Lula ignorou avaliação técnica feita pela FAB.
Reforçadas por declarações do chanceler Celso Amorim, as palavras de Lula deram à opção pelo equipamento da França ares de fato consumado.
Nesta terça (8), decorridas escassas 24 horas, o governo viu-se compelido a dar meia-volta retórica.
Em nota, veiculada na noite passada, o ministro Nelson Jobim (Defesa) escreveu que o processo de seleção do avião a ser adquirido ainda não foi “encerrado”.
Anotou que o comando da Aeronáutica “prosseguirá com negociações junto aos três participantes” da seleção, que podem redefinir “as propostas apresentadas”.
O blog conversou com um oficial envolvido na análise das propostas para a aquisição dos caças. Falou sob o compromisso do aninimato. Informou o seguinte:
1. São três as empresas que formularam propostas: a francesa Dassault (caça Rafale), a americana Boeing (F-18) e a sueca Saab (avião Gripen).
2. A frota de aviões franceses, Rafale, custaria ao Brasil algo como US$ 4 bilhões. A cifra excede em cerca de 40% o orçamento dos concorrentes.
3. A FAB preparou um relatório no qual analisa tecnicamente as três aeronaves. Além do pessoal próprio, consultou técnicos de quatro empresas. Entre elas a Embraer.
4. Foram sopesados os mais variados aspectos. Por exemplo: a incorporação de armamentos aos caças e o custos da hora de vôo.
5. Concluiu-se o seguine: do ponto de vista etritamente técnico, o caça que melhor atende os interesses da FAB é o sueco Gripen. Em segundo lugar, o americano F-18. Em último, o fancês Rafale.
6. Ao indicar a preferência pelo equipamento francês antes da conclusão do processo seletivo, Lula sujeita o governo brasileiro a ações judiciais.
7. De acordo com o oficial ouvido pelo repórter, as empresas preteridas realizaram despesas nas negociações com o Brasil.
Podem se animar a questionar na Justiça a opção pela concorrente francesa. Uma opção mais política do que técnico-financeira.
8. Em sua declaração, feita ao lado do presidente francês Nicolas Sarkozi, Lula dissera que, mais do que os aviões, interessa ao Brasil a transferência de teccnologia.
9. Amorim, mais específico, ecoou o chefe: “Houve uma decisão, com base em todos os aspectos outros além do financeiro”.
O chanceler mencionou, além da disposição da França de transferir tecnologia ao Brasil, a promessa de Sarkozi de comprar dez aviões da Embraer.
Referia-se a aeronaves do tipo KC-390, um carqueiro militar que, por ora, encontra-se em fase de projeto na Embraer.
10. A despeito da contrariedade de parte da oficalidade da FAB e da negativa protocolar de Jobim, o Brasil pende mesmo para a França.
11. Antes de deixar o Brasil, na própria terça (8), Sarkozi assinou uma carta-compromisso. O conteúdo é, por ora, desconhecido.
12. Sabe-se apenas que, no texto, o presidente francês comprometeu-se a negociar pontos que o Brasil considera essenciais.
13. Entre esses pontos o governo brasileiro espera que seja incluída, além da transferência tecnológica e da compra na Embraer:
A garantia de exclusidade do Brasil em relação ao Rafale na América Latina e o oferecimento de condições vantajosas de crédito.
14. Espera-se, de resto, que a Dassault, fabricante do Rafale, reduza o valor de sua proposta, aproximando-a dos concorrentes.
15. Fechado o pacote, restarão as dúvidas de natureza técnica. Algo para Lula decidir. Politicamente. Uma decisão que levará em conta, como disse Amorim, "aspectos outros" além do financeiro.
- PS.: Vai abaixo a íntegra da nota divulgada por Nelson Jobim:
“No dia 06 de setembro, o Presidente da França, Nicolas Sarkozy, em encontro com o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, manifestou o interesse do governo francês em aprofundar a parceria entre os dois países também no setor aeronáutico.
Afirmou que o Governo Francês assume, além de outros, o compromisso de fazer ofertar os aviões Rafale ao Brasil com preços competitivos, razoáveis e comparáveis com os pagos pelas Forças Armadas da França.
Informou, ainda, da disposição da França de adquirir aviões KC-390, em fase de projeto na Embraer.
Diante desse fato novo, o processo de seleção do Projeto FX-2, conduzido pelo Comando da Aeronáutica, ainda não encerrado, prosseguirá com negociações junto aos três participantes, onde serão aprofundadas e, eventualmente, redefinidas as propostas apresentadas”.
Nelson A. Jobim
Ministro de Estado da Defesa
http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/
Ao anunciar, na segunda (8), a abertura de negociações para a aquisição de 36 caças da França, Lula ignorou avaliação técnica feita pela FAB.
Reforçadas por declarações do chanceler Celso Amorim, as palavras de Lula deram à opção pelo equipamento da França ares de fato consumado.
Nesta terça (8), decorridas escassas 24 horas, o governo viu-se compelido a dar meia-volta retórica.
Em nota, veiculada na noite passada, o ministro Nelson Jobim (Defesa) escreveu que o processo de seleção do avião a ser adquirido ainda não foi “encerrado”.
Anotou que o comando da Aeronáutica “prosseguirá com negociações junto aos três participantes” da seleção, que podem redefinir “as propostas apresentadas”.
O blog conversou com um oficial envolvido na análise das propostas para a aquisição dos caças. Falou sob o compromisso do aninimato. Informou o seguinte:
1. São três as empresas que formularam propostas: a francesa Dassault (caça Rafale), a americana Boeing (F-18) e a sueca Saab (avião Gripen).
2. A frota de aviões franceses, Rafale, custaria ao Brasil algo como US$ 4 bilhões. A cifra excede em cerca de 40% o orçamento dos concorrentes.
3. A FAB preparou um relatório no qual analisa tecnicamente as três aeronaves. Além do pessoal próprio, consultou técnicos de quatro empresas. Entre elas a Embraer.
4. Foram sopesados os mais variados aspectos. Por exemplo: a incorporação de armamentos aos caças e o custos da hora de vôo.
5. Concluiu-se o seguine: do ponto de vista etritamente técnico, o caça que melhor atende os interesses da FAB é o sueco Gripen. Em segundo lugar, o americano F-18. Em último, o fancês Rafale.
6. Ao indicar a preferência pelo equipamento francês antes da conclusão do processo seletivo, Lula sujeita o governo brasileiro a ações judiciais.
7. De acordo com o oficial ouvido pelo repórter, as empresas preteridas realizaram despesas nas negociações com o Brasil.
Podem se animar a questionar na Justiça a opção pela concorrente francesa. Uma opção mais política do que técnico-financeira.
8. Em sua declaração, feita ao lado do presidente francês Nicolas Sarkozi, Lula dissera que, mais do que os aviões, interessa ao Brasil a transferência de teccnologia.
9. Amorim, mais específico, ecoou o chefe: “Houve uma decisão, com base em todos os aspectos outros além do financeiro”.
O chanceler mencionou, além da disposição da França de transferir tecnologia ao Brasil, a promessa de Sarkozi de comprar dez aviões da Embraer.
Referia-se a aeronaves do tipo KC-390, um carqueiro militar que, por ora, encontra-se em fase de projeto na Embraer.
10. A despeito da contrariedade de parte da oficalidade da FAB e da negativa protocolar de Jobim, o Brasil pende mesmo para a França.
11. Antes de deixar o Brasil, na própria terça (8), Sarkozi assinou uma carta-compromisso. O conteúdo é, por ora, desconhecido.
12. Sabe-se apenas que, no texto, o presidente francês comprometeu-se a negociar pontos que o Brasil considera essenciais.
13. Entre esses pontos o governo brasileiro espera que seja incluída, além da transferência tecnológica e da compra na Embraer:
A garantia de exclusidade do Brasil em relação ao Rafale na América Latina e o oferecimento de condições vantajosas de crédito.
14. Espera-se, de resto, que a Dassault, fabricante do Rafale, reduza o valor de sua proposta, aproximando-a dos concorrentes.
15. Fechado o pacote, restarão as dúvidas de natureza técnica. Algo para Lula decidir. Politicamente. Uma decisão que levará em conta, como disse Amorim, "aspectos outros" além do financeiro.
- PS.: Vai abaixo a íntegra da nota divulgada por Nelson Jobim:
“No dia 06 de setembro, o Presidente da França, Nicolas Sarkozy, em encontro com o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, manifestou o interesse do governo francês em aprofundar a parceria entre os dois países também no setor aeronáutico.
Afirmou que o Governo Francês assume, além de outros, o compromisso de fazer ofertar os aviões Rafale ao Brasil com preços competitivos, razoáveis e comparáveis com os pagos pelas Forças Armadas da França.
Informou, ainda, da disposição da França de adquirir aviões KC-390, em fase de projeto na Embraer.
Diante desse fato novo, o processo de seleção do Projeto FX-2, conduzido pelo Comando da Aeronáutica, ainda não encerrado, prosseguirá com negociações junto aos três participantes, onde serão aprofundadas e, eventualmente, redefinidas as propostas apresentadas”.
Nelson A. Jobim
Ministro de Estado da Defesa
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Após reunião com Jobim, parlamentares dizem que acordo para compra de caças da França não está fechado
Do UOL Notícias - Claudia Andrade
Líderes partidários que participaram de reunião com o ministro Nelson Jobim (Defesa), nesta terça-feira (8), afirmaram que o acordo com a França para a compra de 36 caças Rafale ainda não foi fechado.
Jobim reuniu-se com líderes partidários na residência oficial da Câmara dos Deputados, em Brasília. Na pauta, a política de defesa nacional, que ganhou impulso nesta semana com o anúncio de que o governo brasileiro iniciou negociações com a francesa Dassault para a compra de 36 caças Rafale.
A empresa francesa disputa o contrato com um concorrente dos Estados Unidos e outro da Suécia. A disposição em transferir tecnologia é apontada como a principal vantagem da oferta francesa. A visita do presidente Nicolas Sarkozy ao Brasil antecipou o posicionamento brasileiro favorável à compra das aeronaves francesas.
"Ele disse que a decisão definitiva ainda não foi tomada", disse o líder do PSB, deputado Rodrigo Rollemberg (DF). "A questão mais importante é a transferência de tecnologia e a leitura é que há uma dificuldade maior relacionada à transferência na proposta dos Estados Unidos. Essa questão será extremamente relevante. Acho mais difícil um acordo com os americanos".
O líder do PSOL, deputado Ivan Valente (SP), vê o acordo em posição avançada com a Dassault. "A situação com os americanos está praticamente descartada porque foram impedidas vendas para outros países. Mas continua com a Suécia. Parece ser um negócio mais fechado com a França".
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, fez uma visita de 24 horas ao Brasil e acompanhou o desfile de 7 de Setembro, em Brasília, como convidado de honra. Após o desfile, concedeu entrevista ao lado de Luiz Inácio Lula da Silva. Os dois abordaram a transferência de tecnologia francesa ao Brasil, prevista no acordo para a compra dos 36 aviões.
Também foram fechados acordos para compra de quatro submarinos convencionais e um submarino movido à energia nuclear, além de helicópteros. Em contrapartida, o governo francês manifestou disposição em comprar a aeronave de transporte militar KC-390, que está sendo desenvolvida pela Embraer.
Do UOL Notícias - Claudia Andrade
Líderes partidários que participaram de reunião com o ministro Nelson Jobim (Defesa), nesta terça-feira (8), afirmaram que o acordo com a França para a compra de 36 caças Rafale ainda não foi fechado.
Jobim reuniu-se com líderes partidários na residência oficial da Câmara dos Deputados, em Brasília. Na pauta, a política de defesa nacional, que ganhou impulso nesta semana com o anúncio de que o governo brasileiro iniciou negociações com a francesa Dassault para a compra de 36 caças Rafale.
A empresa francesa disputa o contrato com um concorrente dos Estados Unidos e outro da Suécia. A disposição em transferir tecnologia é apontada como a principal vantagem da oferta francesa. A visita do presidente Nicolas Sarkozy ao Brasil antecipou o posicionamento brasileiro favorável à compra das aeronaves francesas.
"Ele disse que a decisão definitiva ainda não foi tomada", disse o líder do PSB, deputado Rodrigo Rollemberg (DF). "A questão mais importante é a transferência de tecnologia e a leitura é que há uma dificuldade maior relacionada à transferência na proposta dos Estados Unidos. Essa questão será extremamente relevante. Acho mais difícil um acordo com os americanos".
O líder do PSOL, deputado Ivan Valente (SP), vê o acordo em posição avançada com a Dassault. "A situação com os americanos está praticamente descartada porque foram impedidas vendas para outros países. Mas continua com a Suécia. Parece ser um negócio mais fechado com a França".
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, fez uma visita de 24 horas ao Brasil e acompanhou o desfile de 7 de Setembro, em Brasília, como convidado de honra. Após o desfile, concedeu entrevista ao lado de Luiz Inácio Lula da Silva. Os dois abordaram a transferência de tecnologia francesa ao Brasil, prevista no acordo para a compra dos 36 aviões.
Também foram fechados acordos para compra de quatro submarinos convencionais e um submarino movido à energia nuclear, além de helicópteros. Em contrapartida, o governo francês manifestou disposição em comprar a aeronave de transporte militar KC-390, que está sendo desenvolvida pela Embraer.
Assinatura? Estou vendo com meu advogado...
Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Frases
O presidente Lula anunciou a decisão da parte brasileira de entrar em negociações com o Rafale para a aquisição de 36 aviões
NOTA DE LULA E SARKOZY
divulgada anteontem
O que há é uma decisão de iniciar uma negociação com um fornecedor. E não há a mesma decisão em relação aos outros dois [concorrentes]
CELSO AMORIM
ministro das Relações Exteriores, anteontem
O processo de seleção do Projeto FX-2, conduzido pelo Comando da Aeronáutica, ainda não encerrado, prosseguirá com negociações junto aos três participantes
NELSON JOBIM
ministro da Defesa, em comunicado ontem
Depois de mal-estar, governo recua de anúncio sobre caças
Defesa diz que haverá negociações com os 3 concorrentes; francês deve ser mesmo o vencedor Lula se precipitou em jantar com Sarkozy no domingo, o que irritou a Aeronáutica e deixou o ministro Jobim no meio de um fogo cruzado
ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA
Ao anunciar antes do esperado a definição do Brasil pelos caças da francesa Dassault, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva provocou constrangimento no seu próprio governo, que teve de recuar ontem, informando que o processo de seleção não está concluído e que o F-18 dos EUA e o Gripen sueco ainda estão na disputa.
O comunicado conjunto de anteontem dizia que Lula e o presidente Nicolas Sarkozy "decidiram fazer do Brasil e da França parceiros estratégicos também no domínio aeronáutico" e anunciava "a decisão" de entrar em negociações para a compra. Em nota ontem à noite, Nelson Jobim (Defesa) corrigiu: "o processo de seleção (...), ainda não encerrado, prosseguirá com negociações junto aos três participantes".
A expectativa é que o negócio acabe sendo fechado com a França, mas só depois que a Dassault abaixar os preços do Rafale -o mais alto entre os concorrentes- e criar condições mais favoráveis de juros. Conforme a Folha apurou, Lula se precipitou no jantar com Sarkozy no domingo à noite e queimou etapas do processo de seleção, o que irritou o Comando da Aeronáutica e deixou Jobim no fogo cruzado.
Tanto que o ministro se recusou a dar entrevista na segunda no Alvorada para explicar um anúncio que é da sua área. Lula delegou a tarefa então para o chanceler Celso Amorim, que confirmou os termos do comunicado conjunto: "O que há é uma decisão de iniciar uma negociação com um fornecedor [a França].
E não há a mesma decisão em relação aos outros dois [EUAe Suécia]". Criada a confusão, o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, reuniu durante todo o dia de ontem seus assessores. Eles se dizem satisfeitos como Rafale, mas não aceitaram o anúncio sem que o processo estivesse concluído. O relatório da FAB sobre as três opções nem sequer foi entregue ainda. Por volta das 15h, Jobim, Saito e o responsável pela seleção se reuniram para acertar um recuo que não confrontasse Defesa e Força Aérea com Planalto e Itamaraty. Na reunião do Conselho Político, Jobim deu uma explicação sobre o processo de escolha, defendendo que "os ritos e os prazos" fossem seguidos à risca para evitar questionamentos judiciais futuros.
Um dado considerado nas reuniões do governo foi que a opção por qualquer um dos três aviões só pode ser anunciada depois do aval do Conselho de Defesa Nacional, presidido por Lula e integrado por Jobim, Amorim, outros ministros e os presidentes do Senado e da Câmara.
Em encontro com líderes partidários, ontem, Jobim já tinha afirmado que o acordo entre Brasil e França para a compra de 36 Rafale ainda não estava fechado, e o que havia era apenas uma "conversa avançada" com os franceses. Questionado se Jobim teria confirmado a compra, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), foi enfático: "Ao contrário, ele disse que ainda está em negociação".
Ontem, militares e diplomatas fecharam-se para declarações, enquanto afunilava a versão em Brasília de que Lula tomou a decisão do anúncio praticamente sozinho e isso pode atrapalhar a negociação de detalhes, como preços e condições do negócio. Daí o recuo. No caso da compra de quatro submarinos da classe Scorpène, mais a tecnologia para a fabricação de um submarino nacional de propulsão nuclear no Brasil, houve várias etapas de negociação, até ser assinado o contrato em si.
Um dos motivos apontados para Lula ter se precipitado foi a intenção de Sarkozy de adquirir da Embraer brasileira dez unidades da futura aeronave de transporte militar e reabastecimento aéreo KC-390. O avião está em fase de projeto, com financiamento da FAB, e uma promessa de venda externa deverá deslanchá-lo no mercado internacional. As compras dos aviões franceses podem custar R$ 10 bilhões.
Colaborou MARIA CLARA CABRAL, da Sucursal de Brasília
Ate+
O presidente Lula anunciou a decisão da parte brasileira de entrar em negociações com o Rafale para a aquisição de 36 aviões
NOTA DE LULA E SARKOZY
divulgada anteontem
O que há é uma decisão de iniciar uma negociação com um fornecedor. E não há a mesma decisão em relação aos outros dois [concorrentes]
CELSO AMORIM
ministro das Relações Exteriores, anteontem
O processo de seleção do Projeto FX-2, conduzido pelo Comando da Aeronáutica, ainda não encerrado, prosseguirá com negociações junto aos três participantes
NELSON JOBIM
ministro da Defesa, em comunicado ontem
Depois de mal-estar, governo recua de anúncio sobre caças
Defesa diz que haverá negociações com os 3 concorrentes; francês deve ser mesmo o vencedor Lula se precipitou em jantar com Sarkozy no domingo, o que irritou a Aeronáutica e deixou o ministro Jobim no meio de um fogo cruzado
ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA
Ao anunciar antes do esperado a definição do Brasil pelos caças da francesa Dassault, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva provocou constrangimento no seu próprio governo, que teve de recuar ontem, informando que o processo de seleção não está concluído e que o F-18 dos EUA e o Gripen sueco ainda estão na disputa.
O comunicado conjunto de anteontem dizia que Lula e o presidente Nicolas Sarkozy "decidiram fazer do Brasil e da França parceiros estratégicos também no domínio aeronáutico" e anunciava "a decisão" de entrar em negociações para a compra. Em nota ontem à noite, Nelson Jobim (Defesa) corrigiu: "o processo de seleção (...), ainda não encerrado, prosseguirá com negociações junto aos três participantes".
A expectativa é que o negócio acabe sendo fechado com a França, mas só depois que a Dassault abaixar os preços do Rafale -o mais alto entre os concorrentes- e criar condições mais favoráveis de juros. Conforme a Folha apurou, Lula se precipitou no jantar com Sarkozy no domingo à noite e queimou etapas do processo de seleção, o que irritou o Comando da Aeronáutica e deixou Jobim no fogo cruzado.
Tanto que o ministro se recusou a dar entrevista na segunda no Alvorada para explicar um anúncio que é da sua área. Lula delegou a tarefa então para o chanceler Celso Amorim, que confirmou os termos do comunicado conjunto: "O que há é uma decisão de iniciar uma negociação com um fornecedor [a França].
E não há a mesma decisão em relação aos outros dois [EUAe Suécia]". Criada a confusão, o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, reuniu durante todo o dia de ontem seus assessores. Eles se dizem satisfeitos como Rafale, mas não aceitaram o anúncio sem que o processo estivesse concluído. O relatório da FAB sobre as três opções nem sequer foi entregue ainda. Por volta das 15h, Jobim, Saito e o responsável pela seleção se reuniram para acertar um recuo que não confrontasse Defesa e Força Aérea com Planalto e Itamaraty. Na reunião do Conselho Político, Jobim deu uma explicação sobre o processo de escolha, defendendo que "os ritos e os prazos" fossem seguidos à risca para evitar questionamentos judiciais futuros.
Um dado considerado nas reuniões do governo foi que a opção por qualquer um dos três aviões só pode ser anunciada depois do aval do Conselho de Defesa Nacional, presidido por Lula e integrado por Jobim, Amorim, outros ministros e os presidentes do Senado e da Câmara.
Em encontro com líderes partidários, ontem, Jobim já tinha afirmado que o acordo entre Brasil e França para a compra de 36 Rafale ainda não estava fechado, e o que havia era apenas uma "conversa avançada" com os franceses. Questionado se Jobim teria confirmado a compra, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), foi enfático: "Ao contrário, ele disse que ainda está em negociação".
Ontem, militares e diplomatas fecharam-se para declarações, enquanto afunilava a versão em Brasília de que Lula tomou a decisão do anúncio praticamente sozinho e isso pode atrapalhar a negociação de detalhes, como preços e condições do negócio. Daí o recuo. No caso da compra de quatro submarinos da classe Scorpène, mais a tecnologia para a fabricação de um submarino nacional de propulsão nuclear no Brasil, houve várias etapas de negociação, até ser assinado o contrato em si.
Um dos motivos apontados para Lula ter se precipitado foi a intenção de Sarkozy de adquirir da Embraer brasileira dez unidades da futura aeronave de transporte militar e reabastecimento aéreo KC-390. O avião está em fase de projeto, com financiamento da FAB, e uma promessa de venda externa deverá deslanchá-lo no mercado internacional. As compras dos aviões franceses podem custar R$ 10 bilhões.
Colaborou MARIA CLARA CABRAL, da Sucursal de Brasília
Ate+
Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Jobim tenta contornar mal-estar e em nota diz que seleção não está concluída
TANIA MONTEIRO e DENISE CHRISPIM MARIN
A decisão de abrir negociação com a francesa Dassault para comprar 36 caças supersônicos Rafale está tomada e é uma atribuição política do presidente da República. Apesar do anúncio dessa preferência ter sido feito na segunda-feira, diante do presidente francês, Nicolas Sarkozy, e reafirmada ontem pelo Planalto ao Estado, o governo admitiu que atropelou as regras formais da concorrência com o anúncio prematuro da opção pelo Rafale. Foi esse atropelo e o incômodo provocado no Comando da Aeronáutica e entre os concorrentes da Dassault que levaram o Ministério da Defesa a divulgar ontem nota oficial para deixar registrado que "o processo de seleção ainda não está encerrado".
Surpreendido como anúncio logo depois da participação de Sarkozy no desfile do 7 de Setembro, em Brasília, o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, disse ao presidente Lula que precisava dar uma satisfação aos concorrentes da empresa francesa.
Saito também convocou ontem extraordinariamente o Alto Comando da Força para explicar a circunstância em que se dera o anúncio, segunda-feira, no Palácio da Alvorada, e anunciar aos brigadeiros que o governo divulgaria uma nota oficial que desse uma satisfação aos concorrentes do Projeto FX-2. No Planalto e no Itamaraty, que tomaram conhecimento prévio do texto redigido no Ministério da Defesa, a nota assinada pelo ministro Nelson Jobim foi considerada um "instrumento de precaução", para evitar reclamações das empresas.
A nota da Defesa começou relatando o anúncio feito anteontem. Lula disse que França e Brasil vão ser "parceiros estratégicos no setor aeronáutico", lembrou que o governo francês se comprometeu a "ofertar os aviões Rafale ao Brasil com preços competitivos, razoáveis e comparáveis com os pagos pelas Forças Armadas da França", e citou, ainda, a disposição francesa de adquirir aviões KC-390, em fase de projeto na Embraer.
Ao fim dessa memória do anúncio, a nota de Jobim diz que, diante do pacote de ofertas da França, o Comando da Aeronáutica "prosseguirá com negociações junto aos três participantes, onde serão aprofundadas e, eventualmente, redefinidas as propostas apresentadas". Segundo uma fonte do Itamaraty, a palavra "eventualmente" mostra "que a decisão da preferência dada aos franceses está tomada", mas, se a negociação com a Dassault enfrentar problemas, o governo, naturalmente, vai avaliar as propostas da Boeing e da Saab.
O processo de seleção dos caças ainda estava sob a liderança técnica do Comando da Aeronáutica, que deveria entregar nos próximos dias ao ministro Jobim os relatórios com as pontuações de desempenho dos aviões ofertados e as condições de cada um dos fabricantes em matéria de transferência de tecnologia. O comando foi surpreendido com as declarações de Lula e do ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) sobre a preferência do Rafale. Os representantes da Boeing e da Saab pressionaram ontem a Aeronáutica para que o ritual da concorrência seja mantido. Para alguns brigadeiros, diante da proposta francesa, o governo brasileiro deve manter uma porta da negociação aberta para barganhar as condições que as outras duas empresas podem oferecer.
[]s
TANIA MONTEIRO e DENISE CHRISPIM MARIN
A decisão de abrir negociação com a francesa Dassault para comprar 36 caças supersônicos Rafale está tomada e é uma atribuição política do presidente da República. Apesar do anúncio dessa preferência ter sido feito na segunda-feira, diante do presidente francês, Nicolas Sarkozy, e reafirmada ontem pelo Planalto ao Estado, o governo admitiu que atropelou as regras formais da concorrência com o anúncio prematuro da opção pelo Rafale. Foi esse atropelo e o incômodo provocado no Comando da Aeronáutica e entre os concorrentes da Dassault que levaram o Ministério da Defesa a divulgar ontem nota oficial para deixar registrado que "o processo de seleção ainda não está encerrado".
Surpreendido como anúncio logo depois da participação de Sarkozy no desfile do 7 de Setembro, em Brasília, o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, disse ao presidente Lula que precisava dar uma satisfação aos concorrentes da empresa francesa.
Saito também convocou ontem extraordinariamente o Alto Comando da Força para explicar a circunstância em que se dera o anúncio, segunda-feira, no Palácio da Alvorada, e anunciar aos brigadeiros que o governo divulgaria uma nota oficial que desse uma satisfação aos concorrentes do Projeto FX-2. No Planalto e no Itamaraty, que tomaram conhecimento prévio do texto redigido no Ministério da Defesa, a nota assinada pelo ministro Nelson Jobim foi considerada um "instrumento de precaução", para evitar reclamações das empresas.
A nota da Defesa começou relatando o anúncio feito anteontem. Lula disse que França e Brasil vão ser "parceiros estratégicos no setor aeronáutico", lembrou que o governo francês se comprometeu a "ofertar os aviões Rafale ao Brasil com preços competitivos, razoáveis e comparáveis com os pagos pelas Forças Armadas da França", e citou, ainda, a disposição francesa de adquirir aviões KC-390, em fase de projeto na Embraer.
Ao fim dessa memória do anúncio, a nota de Jobim diz que, diante do pacote de ofertas da França, o Comando da Aeronáutica "prosseguirá com negociações junto aos três participantes, onde serão aprofundadas e, eventualmente, redefinidas as propostas apresentadas". Segundo uma fonte do Itamaraty, a palavra "eventualmente" mostra "que a decisão da preferência dada aos franceses está tomada", mas, se a negociação com a Dassault enfrentar problemas, o governo, naturalmente, vai avaliar as propostas da Boeing e da Saab.
O processo de seleção dos caças ainda estava sob a liderança técnica do Comando da Aeronáutica, que deveria entregar nos próximos dias ao ministro Jobim os relatórios com as pontuações de desempenho dos aviões ofertados e as condições de cada um dos fabricantes em matéria de transferência de tecnologia. O comando foi surpreendido com as declarações de Lula e do ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) sobre a preferência do Rafale. Os representantes da Boeing e da Saab pressionaram ontem a Aeronáutica para que o ritual da concorrência seja mantido. Para alguns brigadeiros, diante da proposta francesa, o governo brasileiro deve manter uma porta da negociação aberta para barganhar as condições que as outras duas empresas podem oferecer.
[]s
Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Os aviões militares franceses Rafale e o Brasil
Gilles Lapouge*
A França sempre apreciou o Brasil. Mas, depois do anúncio da compra pelo Brasil, de 36 aviões Rafale, esse amor chegou ao seu ápice e Lula, novo amigo íntimo de Sarkozy, é considerado o mais inteligente de todos os dirigentes do mundo.
Essa satisfação é explicada pela compra dos aviões militares franceses. Paris espera que esse "primeiro passo" dê início a uma estreita cooperação, no campo industrial e militar, entre França e Brasil. Não se pode negligenciar o fato de que a França, além dos Rafale, vai fornecer também quatro submarinos, o casco de um submarino nuclear, 50 helicópteros, representando 12 bilhões de euros.
Os franceses sonham modernizar toda a frota aérea brasileira (120 a 150 aviões) com seus aviões. Uma meta ambiciosa, mas eles acham que ela não está fora do alcance.
Até ontem, uma estranha fatalidade envolvia os Rafale. Esse avião é considerado por todos os especialistas como um dos melhores do mundo e, apesar de seus vinte anos de idade, um dos mais jovens. Mas até hoje não se conseguiu vender nenhum para o exterior.
Por dez vezes, o Rafale esteve prestes a arrebatar um grande mercado e nessas dez vezes foi vencido pelo aparelho de uma outra empresa. Como se, num passe de mágica, uma bruxa, talvez o diabo, se divertisse fazendo o caça brilhar e, no último momento, tirar do seu caldeirão um outro candidato.
Essa bruxa, esse "diabo", tem um rosto? Muitos acham que tem fisionomia americana. Um breve histórico: em 2005, o avião francês parecia prevalecer em Cingapura. No entanto, foi o F-15 Eagle da Boeing que venceu, para surpresa de todos. Três anos antes, a Coreia do Sul começou a se equipar e os militares optaram pelo Rafale. Mas o eleito foi o F-15.
O caça francês conseguirá conjurar essa maldição? É a esperança de Paris. Atualmente há três países "onde o coração balança": Grécia, Suíça e Índia. E há ainda um quarto, os Emirados Árabes Unidos, que gostariam de adquirir 60 aparelhos, mas exigem alguns ajustes e motores mais potentes. Paris espera que a decisão do Brasil permita, como num conto de fadas, "pôr fim a essa fase de azar".
A Líbia também estava de olho no avião francês e Sarkozy ofereceu a Kadafi uma recepção suntuosa e grotesca, pois o coronel líbio exigiu dormir, em Paris, sob a sua tenda do deserto, desprezando os palácios parisienses. Esse circo ridículo não serviu para nada. Kadafi manteve-se calado.
A decisão do Brasil vem "salvar" a fabricante de aviões francesa. Com efeito, a Dassault tira 70% das suas receitas da venda de seus aviões Falcon. Ora, trata-se de um avião executivo e é claro que, com a crise econômica, as encomendas do aparelho minguaram. A brilhante ressurreição da frota militar, graças ao Brasil, é a oportunidade para salvar essa grande empresa que é a Dassault Aviation.
E viva Le Bresil
Gilles Lapouge*
A França sempre apreciou o Brasil. Mas, depois do anúncio da compra pelo Brasil, de 36 aviões Rafale, esse amor chegou ao seu ápice e Lula, novo amigo íntimo de Sarkozy, é considerado o mais inteligente de todos os dirigentes do mundo.
Essa satisfação é explicada pela compra dos aviões militares franceses. Paris espera que esse "primeiro passo" dê início a uma estreita cooperação, no campo industrial e militar, entre França e Brasil. Não se pode negligenciar o fato de que a França, além dos Rafale, vai fornecer também quatro submarinos, o casco de um submarino nuclear, 50 helicópteros, representando 12 bilhões de euros.
Os franceses sonham modernizar toda a frota aérea brasileira (120 a 150 aviões) com seus aviões. Uma meta ambiciosa, mas eles acham que ela não está fora do alcance.
Até ontem, uma estranha fatalidade envolvia os Rafale. Esse avião é considerado por todos os especialistas como um dos melhores do mundo e, apesar de seus vinte anos de idade, um dos mais jovens. Mas até hoje não se conseguiu vender nenhum para o exterior.
Por dez vezes, o Rafale esteve prestes a arrebatar um grande mercado e nessas dez vezes foi vencido pelo aparelho de uma outra empresa. Como se, num passe de mágica, uma bruxa, talvez o diabo, se divertisse fazendo o caça brilhar e, no último momento, tirar do seu caldeirão um outro candidato.
Essa bruxa, esse "diabo", tem um rosto? Muitos acham que tem fisionomia americana. Um breve histórico: em 2005, o avião francês parecia prevalecer em Cingapura. No entanto, foi o F-15 Eagle da Boeing que venceu, para surpresa de todos. Três anos antes, a Coreia do Sul começou a se equipar e os militares optaram pelo Rafale. Mas o eleito foi o F-15.
O caça francês conseguirá conjurar essa maldição? É a esperança de Paris. Atualmente há três países "onde o coração balança": Grécia, Suíça e Índia. E há ainda um quarto, os Emirados Árabes Unidos, que gostariam de adquirir 60 aparelhos, mas exigem alguns ajustes e motores mais potentes. Paris espera que a decisão do Brasil permita, como num conto de fadas, "pôr fim a essa fase de azar".
A Líbia também estava de olho no avião francês e Sarkozy ofereceu a Kadafi uma recepção suntuosa e grotesca, pois o coronel líbio exigiu dormir, em Paris, sob a sua tenda do deserto, desprezando os palácios parisienses. Esse circo ridículo não serviu para nada. Kadafi manteve-se calado.
A decisão do Brasil vem "salvar" a fabricante de aviões francesa. Com efeito, a Dassault tira 70% das suas receitas da venda de seus aviões Falcon. Ora, trata-se de um avião executivo e é claro que, com a crise econômica, as encomendas do aparelho minguaram. A brilhante ressurreição da frota militar, graças ao Brasil, é a oportunidade para salvar essa grande empresa que é a Dassault Aviation.
E viva Le Bresil
Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
O que não da pra aguentar é essa historia de que o processo de avaliação ainda não acabou, pelo amor de Deus, já acabou o tempo pra avaliações ta na hora de uma resposta defenitiva, o Lula não ia dar uma mancada desta pra depois ficar concertando a besteira, se ele fez o pronunciamento não foi atoa ainda mais na presença do Sarkozy, imagina agora o governo desfazer o que o Lula disse, que papelão. Essa de que a FAB esta descontente é bravo, ela sabia que não teria poder de decisão na escolha, o que ela fez foi selecionar os candidatos que lhe atendem, se fosse uma decisão tecnica ja estava resolvida esta novela a muitos anos.
Are baba, aja saco
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Um grande abraço a todos os amigos!!!
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
mais da midia
EUA resistem a admitir que jogo esteja perdido
PATRÍCIA CAMPOS MELLO, CORRESPONDENTE
A Casa Branca não está preparada para "jogar a toalha" na concorrência dos caças e "continua na disputa", disse ontem uma fonte do governo americano. Na sexta-feira, o Congresso americano aprovou a transferência de tecnologia dos F-18 Super Hornet, sob pressão da Casa Branca.
A secretária de Estado, Hillary Clinton, se envolveu na campanha pelos caças da Boeing, ao enviar carta ao governo Lula prometendo transferência de tecnologia. Um porta-voz do Departamento de Estado disse acreditar que "a decisão não foi tomada". A Boeing manteve posição similar. "Não fomos notificados pela comissão do FX-2 , nem por ninguém do governo brasileiro."
Para Michael Shifter, professor da Universidade Georgetown e vice-presidente do Diálogo Interamericano, o Brasil ganhou peso geopolítico e a realidade "está distante da Doutrina Monroe e do hábito de os EUA encararem a América Latina como quintal". "A própria reação dos EUA reflete essa realidade", disse.
EUA resistem a admitir que jogo esteja perdido
PATRÍCIA CAMPOS MELLO, CORRESPONDENTE
A Casa Branca não está preparada para "jogar a toalha" na concorrência dos caças e "continua na disputa", disse ontem uma fonte do governo americano. Na sexta-feira, o Congresso americano aprovou a transferência de tecnologia dos F-18 Super Hornet, sob pressão da Casa Branca.
A secretária de Estado, Hillary Clinton, se envolveu na campanha pelos caças da Boeing, ao enviar carta ao governo Lula prometendo transferência de tecnologia. Um porta-voz do Departamento de Estado disse acreditar que "a decisão não foi tomada". A Boeing manteve posição similar. "Não fomos notificados pela comissão do FX-2 , nem por ninguém do governo brasileiro."
Para Michael Shifter, professor da Universidade Georgetown e vice-presidente do Diálogo Interamericano, o Brasil ganhou peso geopolítico e a realidade "está distante da Doutrina Monroe e do hábito de os EUA encararem a América Latina como quintal". "A própria reação dos EUA reflete essa realidade", disse.
Cabeça dos outros é terra que ninguem anda... terras ermas...
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Ou temos Presidente ou o B.ronha já pode ir abrindo um novo tópico, que poderia se chamar
FX-3: qual e quando?
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Minha simplórea análise recai bem sob o aspecto "humano" da negociação.
Ao meu ver o Lula, do alto da sua ingenuidade (pra não dizer outras coisas), foi seduzido pela lábia do Sarkozi e no alto da empolgação com as ofertas "da boca pra fora" fez a m... de divulgar a nota. Agora, passada a euforia inicial e colocados os pés no chão, estão tentando botar panos quentes e voltar tudo nos trilhos. Se bobear foi o próprio Lula que viu a besteira que fez e mandou o Jobin divulgar a nota.
Acho que faltou foi malicia pro Lula para poder lidar com a negociação. Mas agora a feiura já foi feita...
Ao meu ver o Lula, do alto da sua ingenuidade (pra não dizer outras coisas), foi seduzido pela lábia do Sarkozi e no alto da empolgação com as ofertas "da boca pra fora" fez a m... de divulgar a nota. Agora, passada a euforia inicial e colocados os pés no chão, estão tentando botar panos quentes e voltar tudo nos trilhos. Se bobear foi o próprio Lula que viu a besteira que fez e mandou o Jobin divulgar a nota.
Acho que faltou foi malicia pro Lula para poder lidar com a negociação. Mas agora a feiura já foi feita...
Editado pela última vez por BARAK em Qua Set 09, 2009 11:58 am, em um total de 2 vezes.
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
O Sarkozi deu o famoso golpe "boa noite cinderela" no lula no jantar da noite anterior com efeito retardado.
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
O Brasil tem dinheiro pra comprar qualquer um dos três, vejamos, por parte dos que assiste fica aquela sensação de que quem perdeu é porque tem um produto ruim, nessas horas ninguem quer ser perdedor, por causa do dindin perdido e o pior, o mundo assiste e potenciais compradores pensando: - se o equipamento A venceu a dispuda FX2 com equipo B, entao é porque o A é melhor que o B, mas nem sempre é prudente pensar assim, resumindo é propaganda negativa para os perdedores, mesmo tendo também boms equipamentos, aparecendo os lobistas de plantao pra tocar o terror...
Cabeça dos outros é terra que ninguem anda... terras ermas...