Governo negocia compra de 36 caças franceses
O governo prepara um projeto que amplia a atuação do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. E o ministério da Defesa ganharia mais força, passando a participar das decisões da área militar.
Os detalhes da compra acertada pelo Brasil de 36 aviões de combate franceses foram discutidos, nesta terça-feira, em um encontro em Brasília, entre parlamentares e o ministro da Defesa.
O encontro com deputados na casa do presidente da Câmara foi pedido pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim. Ele apresentou propostas de mudança no comando das Forças Armadas.
O governo prepara um projeto que amplia a atuação do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. E o ministério da Defesa ganharia mais força, passando a participar das decisões da área militar.
Os deputados queriam saber mais detalhes sobre a nova compra do governo Lula de 36 caças franceses.
O ministro disse que os dois países começaram agora a negociar o preço e o prazo de entrega das aeronaves.
O Brasil já acertou a compra, com os franceses, de quatro submarinos convencionais, de um submarino nuclear, e de 50 helicópteros. Os equipamentos custaram R$ 24,1 bilhões.
“Há outros concorrentes que apresentaram propostas e é preciso que o Brasil diga porque é que a proposta francesa é mais conveniente do ponto de vista estratégico e econômico”, declarou o senador José Agripino.
O Ministério da Marinha diz que a França foi escolhida porque possui tecnologia para construção de submarinos convencionais e também com energia nuclear. Além disso, aceita transferir tecnologia para o Brasil. E que, em se tratando de assuntos sigilosos de defesa nacional, não há como fazer uma licitação pública.
O empréstimo para a compra dos submarinos e dos helicópteros franceses já foi aprovado pelo Senado.
Os parlamentares esperam agora o pedido de compra dos caças franceses. O valor ainda não foi fechado.
“Os caças que o Brasil usa hoje são, reconhecidamente, caças obsoletos. Nós temos aí países vizinhos conturbados, como é o caso da Venezuela, que estão se equipando. E são vizinhos exatamente na região da Amazônia. O Brasil não pode, no ponto de vista de defesa, ficar em posição inferior a esses países conflagrados que nos rodeiam, como, especificamente, eu repito, a Venezuela”, afirmou o senador Eduardo Azeredo.
Em nota divulgada no final da noite desta terça-feira, o Ministério da Defesa declarou que está aprofundando as negociações com a França para comprar os caças a preços competitivos. Segundo o Ministério, isso não impede que os Estados Unidos e a Suécia, que também estavam na disputa, apresentem novas propostas.
08/09/09 - 21h31 - Atualizado em 08/09/09 - 21h31
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