GEOPOLÍTICA

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Re: GEOPOLÍTICA

#736 Mensagem por Sterrius » Ter Set 08, 2009 12:15 pm

O Brasil votará contra, mas por interesses proprios.

Votar a favor de sanções contra o irã é dizer que as potencias podem dizer o que se deve ou não fazer com a energia nuclear. E o Brasil não faz parte deste clube.

Logo votar contra o irã é indiretamente votar contra o Brasil no futuro quando o caso iraniano acabar!




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Re: GEOPOLÍTICA

#737 Mensagem por Bourne » Ter Set 08, 2009 12:17 pm

Será que para o Brasil interessa que algum país desenvolva armas nucleares, crie possíveis intabilidades regionais que devem levar a problemas internacionais, só por que supostamente não o ameace diretamente? Apesar dos problemas indiretos serem temerosos.

É claro que se o Irã está querendo desenvolver armas nucleares, o Brasil deve votar a favor das sanções. Ainda, se fosse para produzir energia, a posição deve ser repensada.




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Re: GEOPOLÍTICA

#738 Mensagem por rafafoz » Ter Set 08, 2009 5:02 pm

Sem contar a aproximação do Irã com a Venezuela, imagina se o Brasil vota contra, seria a mesma coisa que permitir que a Venezuela também desenvolva um programa semelhante ao do Irã (apesar de achar isso muito difícil), mais como as relações entre esses dois países estão se estreitando, o melhor é votar a favor de sanções, pois se o Irã transferir tecnologia há Venezuela ai sim teremos problemas.




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Re: GEOPOLÍTICA

#739 Mensagem por P44 » Ter Set 08, 2009 5:08 pm

Sterrius escreveu:O Brasil votará contra, mas por interesses proprios.

Votar a favor de sanções contra o irã é dizer que as potencias podem dizer o que se deve ou não fazer com a energia nuclear. E o Brasil não faz parte deste clube.

Logo votar contra o irã é indiretamente votar contra o Brasil no futuro quando o caso iraniano acabar!

pensei a mesma coisa...




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Re: GEOPOLÍTICA

#740 Mensagem por Marino » Ter Set 08, 2009 5:14 pm

Jornais argentinos falam em 'corrida armamentista' após acordo Brasil-França
Plantão | Publicada em 08/09/2009 às 15h49m

O acordo militar entre o Brasil e a França que envolve a compra de cinco submarinos e 50 helicópteros, além das negociações para a aquisição de 36 aviões de combate, é um dos principais assuntos da mídia argentina nesta terça-feira.

"Corrida armamentista. Brasil também planeja comprar fragatas, corvetas e mísseis. Assim, o Brasil teria a maior força naval da América Latina", escreveu o jornal Clarín, na manchete da editoria de internacional.

O jornal La Nación publicou reportagem na mesma linha. "Corrida armamentista regional. Uma nova compra reforça a aliança de Lula e Sarkozy. Brasil negocia a fabricação de caças franceses para vendê-los na América Latina".

Por sua vez, o Página 12 afirmou que o presidente francês, Nicolas Sarkozy, voltou a Paris "de malas cheias". Uma referência ao anúncio de que o Brasil comprará aviões caças Rafale, da empresa francesa Dassault.

Na segunda-feira, dia da assinatura dos acordos em Brasília, o pacto militar também foi um dos principais assuntos das emissoras de rádio e de televisão do país.

"Acordo militar histórico entre Brasil e França", disse o canal de notícias C5N. "Brasil assina acordo que supera gastos da Venezuela e da Colômbia", informou a TV América.

Em um artigo publicado nesta terça-feira no Clarín, o analista Rosendo Fraga, do Centro de Estudos Nova Maioria, diz que o acordo confirma que o Brasil é um país "com vocação de poder" e o "único da América do Sul que tem vocação de ator global".

Procuradas pela BBC Brasil, autoridades do governo da presidente Cristina Kirchner preferiram não comentar o entendimento entre Brasil e França. Também não foram realizados comentários públicos do governo sobre os acordos.

Impacto

Analistas internacionais ouvidos pela BBC Brasil disseram que esta aproximação na área militar e estratégica entre Brasil e França terá "impacto significativo" na América do Sul.

O professor de Relações Internacionais da Universidade San Andrés, de Buenos Aires, Juan Gabriel Tokatlian, afirmou que o "acordo militar é o mais amplo na América do Sul nas últimas quatro décadas".

"Seu efeito e impacto serão significativos. É o fim do que alguma vez foi uma relação militar privilegiada entre Brasil e Estados Unidos. Isso não significa nenhum tipo de tensão entre Brasília e Washington, mas a confirmação de que o Brasil procurará uma política crescente de autonomia militar", diz Tokatlian.

Na opinião do analista, o Brasil deverá ser "muito responsável" com esse acordo, especialmente em relação à Argentina.

"Os acordos de defesa e nucleares entre Argentina e Brasil, de fevereiro de 2008, de muita importância para o governo argentino, terão um teste com este compromisso francês-brasileiro", diz Tokatlian.

Para ele, ou o Brasil deseja "legitimar" seu poder (militar) e contribuir para que seus vizinhos, especialmente a Argentina, se "sintam seguros" e "beneficiados com esse acordo", ou o Brasil escolheu "o caminho da autonomia militar individual".

Potência

Para outro analista do setor, Jorge Battaglino, professor da Universidade Di Tella, apesar deste pacto superar as compras realizadas pela Venezuela e pela Colômbia no setor de armamentos, "não há motivos para preocupação".

Segundo Battaglino, o equipamento militar brasileiro precisa de uma atualização e as aquisições do Brasil junto à França fazem parte "de um maior protagonismo global do Brasil e a crescente autodefinição do país como potência emergente".

Battaglino afirmou que, em sua opinião, o Brasil está ampliando seu setor de defesa não por se sentir ameaçado por algum inimigo, mas para proteger seus recursos naturais e atualizar o papel de suas Forças Armadas.




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Re: GEOPOLÍTICA

#741 Mensagem por Marino » Ter Set 08, 2009 5:29 pm

El rearme brasileño
Sep-08-09 - por Rosendo Fraga

Los doce países de América han integrado UNASUR. Pero uno solo de ellos, Brasil, es la mitad de la región en términos de PBI, población y territorio.

Se trata de una asimetría similar a la que se puede registrar entre Rusia y las ex republicas soviéticas. O como si en Europa y sus veintisiete países, los tres más grandes (Alemania, Francia y el Reino Unido) fueran un solo.

Pero más allá de la dimensión, es el único país América del Sur que tiene vocación de actor global.

Analizando América Latina -no sólo la del sur- México es el otro país que por su dimensión podría pretender un rol de este tipo, pero por razones históricas y geográficas no tiene esta vocación.

Brasil se piensa así mismo como una potencia mundial, al estilo de China, Rusia e India, los tres países del mundo con los cuales comparte la sigla BRIC.

Comparándolo con ellos, es claro que la mayor desventaja relativa la tiene en el campo estratégico-militar, ya que las otras tres potencias tienen el arma nuclear y planes ambiciosos de reequipamiento y modernización de sus Fuerzas Armadas y Brasil está rezagado respecto a ellos en este rubro.

Es por esta razón que el rearme brasileño tiene como primer objetivo reforzar la condición del país como actor global.

En la región Brasil, más que como líder, está actuando como un factor de moderación, como se puso en evidencia en la reciente Cumbre de Unasur en Bariloche, donde el logro fue lo que se pudo evitar, ya que la condena al acuerdo Bogotá-Washington para el uso de bases hubiera significado la crisis de UNASUR y su Consejo de Defensa.

Frente a la supuesta escalada en la compra de armamentos en los países de la región andina y en particular las adquisiciones de Venezuela en Rusia -Chávez está realizando una gira por Libia, Argelia, Irán, Siria, Rusia y Bielorusia-, la tensión de dicho país y Ecuador con Colombia y el acuerdo para el uso de siete bases militares de este país por parte de EEUU, para Brasil dar una señal de que aumenta su capacidad militar refuerza su rol de país moderador en la región.

Además, por razones de equilibrio regional, Brasil no puede permitir que Venezuela o Colombia superen su capacidad militar, ni tampoco que estalle un conflicto entre ambos.

Pero también las adquisiciones de armas en Francia, anunciadas por el gobierno brasileño, apuntan a adquirir los medios para hacer efectiva la soberanía nacional en su amplio territorio, y en particular en la región de la Amazonía, que es la de menor presencia estatal y que además linda con los países hoy más conflictivitos en América del Sur, donde la actividad de organizaciones ambientalistas es percibida como una limitación a la autonomía del estado brasileño.

Brasil analizó, en el pasado reciente, elegir a Rusia o a Francia como socio estratégico para el área de defensa.

Optó por el segundo, evitando una opción que hubiera creado dificultades en su relación con Washington.

De esta forma confirma su autonomía de los EEUU, pero al mismo tiempo evita una confrontación con dicho país, que no ve con buenos ojos una presencia militar de Rusia en la región.

En conclusión, el rearme brasileño responde en primer lugar al objetivo de ser potencia global, en segundo término a tener la capacidad de ejercer un rol moderador en la región y por último a mantener la capacidad de hacer efectiva la presencia estatal en las regiones menos pobladas del país.




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Re: GEOPOLÍTICA

#742 Mensagem por Marino » Ter Set 08, 2009 5:34 pm

Não me lembro se já foi publicado em outro tópico:
Revista IstoÉ Dinheiro
"Agora, vamos poder proteger o pré-sal"
Denize Bacoccina

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, está completando o mais ambicioso programa de reaparelhamento da história das Forças Armadas, com a compra de submarinos, caças e helicópteros. Na quinta-feira 3, ele falou com exclusividade à DINHEIRO.

"Quem pensa pequeno, fica pequeno para sempre. e o Brasil tem obrigação de pensar grande em função de sua economia"

Dinheiro - O Brasil anuncia nesta segunda- feira contratos com a França para a produção no País de submarinos e helicópteros. Qual é a importância desses investimentos para a defesa brasileira?
Nelson Jobim - Com o submarino nuclear, o Brasil ganha poder dissuasório na plataforma continental. Com a ampliação da plataforma continental, ganhamos mais um milhão de quilômetros quadrados, temos agora 4,5 milhões de quilômetros quadrados para proteger. Os objetivos são dois. O primeiro é de natureza estratégica e de defesa. Temos que proteger nossos interesses no mar. O segundo é o arrasto tecnológico que estas empresas trazem para o Brasil, ao se associar a empresas brasileiras. Vamos ter aliança com várias empresas brasileiras de alta tecnologia.

Dinheiro - Existe alguma exigência de conteúdo nacional nas compras da Marinha?
Jobim - Sim. Boa parte desses equipamentos vai ser produzida no Brasil. E toda essa tecnologia será apropriada pelas empresas brasileiras na construção do miolo do submarino, que está sendo todo desenvolvido no Brasil. É uma coisa parecida com o que aconteceu com a Embraer quando fizeram acordo com os italianos.

Dinheiro - A tecnologia desenvolvida para uso militar também poderá ser usada na indústria civil?
Jobim - Claro, porque a propulsão nuclear que será usada para movimentar o submarino também serve para energia elétrica. Podemos desenvolver este uso. Além disso, vamos desenvolver tecnologia na integração dos sistemas, como os de refrigeração, e avançar na resistência de materiais. E há o sistema de metalurgia em relação a casco. Tudo isso vem junto com a tecnologia militar e é depois usada na indústria, para outros fins

Dinheiro - E em relação ao emprego?
Jobim - A participação da indústria brasileira vai permitir um avanço tecnológico muito grande e vai incentivar a formação de mão de obra especializada. No futuro teremos no Brasil uma reserva de mão de obra altamente qualificada, em decorrência desses acordos.

Dinheiro - O Brasil vai ser o sexto país do mundo a ter um submarino com propulsão nuclear. Isso muda a posição geopolítica do País?
Jobim - Muda. Mas a diferença fundamental é que o submarino do Brasil não usa arma nuclear, ao contrário dos outros países. Apenas a propulsão é nuclear. Nós não podemos, temos proibição constitucional. Mesmo assim, o contrato nos coloca num grupo restrito de países.

Dinheiro - Isso ajuda o Brasil nas pretensões de integrar o Conselho de Segurança da ONU e na liderança regional?
Jobim - Talvez como consequência, mas não como fundamento. O fundamento é o fortalecimento do poder dissuasório. A negação do uso das águas brasileiras para terceiros. A proteção das nossas plataformas petrolíferas e de toda a riqueza do mar. Melhorar nossa posição geopolítica é uma consequência, mas não o objetivo. Agora, vamos poder proteger o pré-sal.

Dinheiro - Os investimentos em defesa aumentaram muito nos últimos anos, mas ainda não são muito elevados. Qual é o cenário para os próximos anos?
Jobim - Temos vários projetos em desenvolvimento. Agora vamos anunciar os helicópteros e os submarinos, projetos de R$ 20 bilhões e de R$ 5 bilhões. Estamos analisando a compra dos caças. É um assunto que ainda não foi resolvido.

Dinheiro - E qual o volume total de investimentos previstos?
Jobim - Ainda não temos isso fechado, mas temos vários projetos em andamento. E ainda tem os programas de mobilidade estratégica do Exército. A Iveco, da Fiat, desenvolveu o protótipo de um novo tipo de blindado, que estamos chamando de Urutu 3. Mais para a frente vamos discutir os programas do Exército. Temos os programas dos satélites brasileiros

Dinheiro - Como serão os satélites?
Jobim - Satélites de monitoramento do mar e da Amazônia. Vamos monitorar toda a linha entre Amapá e o início do Paraná, uma área com cerca de dez mil quilômetros de extensão. Tem muita coisa que nós estamos construindo.

Dinheiro - É a volta do Brasil grande?
Jobim - Tem uma frase que não é minha, é do dr. Ulisses Guimarães, que mostra isso: quem pensa pequeno fica pequeno. Por isso, nós temos que pensar grande. É nossa obrigação, até em razão da relevância econômica do Brasil.




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Re: GEOPOLÍTICA

#743 Mensagem por Paisano » Qua Set 09, 2009 10:19 am

Os Rafales e a cobiça internacional*

Fonte: http://www.tribunadaimprensa.com.br/?p=3257
Ponto para o presidente Lula ao justificar a mega-compra bélica na França como forma de defender o pré-sal e a Amazônia. Toda longa marcha começa pelo primeiro passo.

O importante na decisão de equipar não propriamente melhor, mas menos pior, nossas forças armadas, foi o reconhecimento de duas evidências até agora encobertas pelas elites nacionais: o petróleo tem sido causa maior de sucessivas guerras e invasões no planeta, de um lado, e, de outro, a cobiça internacional permanente que ameaça a floresta amazônica.

O governo Lula passa a admitir aquilo que a administração neoliberal de Fernando Henrique desprezava e até açulava. Mesmo assim, haverá que mantermos os pés no chão. Décadas passarão antes que o Brasil se considere preparado para defender a Amazônia e para impedir que o pré-sal venha a ser disputado pelas grandes potências.

Tome-se a compra dos caças de última geração, os Rafales, que vamos receber da França em prazo não inferior a cinco anos. Serão 36. Basta atentar para o fato de que um simples porta-aviões dos Estados Unidos, da Inglaterra, da Rússia e da própria França carregam, cada um, perto de 90 caças de igual potencial aos que agora adquirimos a prestação.

Só na comparação com os Estados Unidos, 900 caças moderníssimos poderiam estar sobrevoando a Amazônia em quinze minutos, se dez dos porta-aviões que Washington possui chegassem ao nosso litoral ou estacionassem numa das sete bases instaladas na Colômbia. Para não falar do Peru.

Vale o mesmo para o submarino nuclear que veremos terminado dentro de dez anos. Só a ex-União Soviética deixou enferrujar quinze deles quando submergiu como potência mundial. Mas a Rússia conservou pelo menos outros vinte, em pleno potencial de ação. Os americanos possuirão mais de trinta, contra o nosso ainda fantasma no papel.

Não adianta ser pessimista numa hora dessas. Melhor acender um fósforo do que amaldiçoar e lamentar a escuridão, de onde podemos estar saindo. O governo Lula deu a partida, reconhecendo as ameaças à nossa soberania e às nossas riquezas, é o que importa.

*Carlos Chagas




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Re: GEOPOLÍTICA

#744 Mensagem por jauro » Qua Set 09, 2009 11:40 am

Acordo com a França garante tecnologia para modernizar as Forças Armadas



Editado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
Nº 885 - Brasília, 8 de Setembro de 2009



Brasil e França assinaram, nesta segunda-feira (7), um acordo militar no valor de cerca de R$ 24 bilhões, a serem pagos em 20 anos, para modernizar as Forças Armadas brasileiras. Os recursos serão investidos na compra de 50 helicópteros de transporte militar e cinco submarinos, um deles de propulsão nuclear, para operações de longa duração. Além disso, está em negociação a compra de aviões de combate. A França manifestou interesse de comprar cerca de dez aviões de transporte militar KC-390, que serão fabricados no Brasil pela Embraer. É o maior acordo do gênero já assinado pelo governo brasileiro desde a Segunda Guerra Mundial e tem significado histórico porque envolve transferência de tecnologia.



Essa opção de negociação resulta na geração de empregos para o Brasil e de oportunidades para que o País possa exportar equipamentos militares, juntamente com a França, para a África e a América Latina. De acordo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil aposta em um projeto de defesa voltado para a construção da paz no continente, da confiança, da integração e da construção do desenvolvimento da região.



O acordo - Segundo o Ministério da Defesa, a França vai contribuir para o projeto do avião KC-390, um cargueiro a jato que a Embraer está desenvolvendo, sob encomenda da Força Aérea Brasileira (FAB), para substituir os aviões a hélice Hércules, fabricados pelos Estados Unidos. A França poderá adquirir dez unidades do novo avião. O Brasil também abriu negociações com a companhia francesa GIE, para adquirir 36 aviões de combate Rafale, como parte do projeto FX-2, para equipar a FAB.



O Comunicado Conjunto, informando os avanços nas negociações relativas ao Rafale e ao KC-390, foi divulgado na segunda-feira pelo presidente Lula e pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy. O programa prevê a construção do submarino a propulsão nuclear (com construção intermediária de quatro convencionais) e a construção de 50 helicópteros de transporte franceses EC-725. No ano que vem, começa a construção de um estaleiro e de uma base naval em Itaguaí, no estado do Rio de Janeiro, onde os submarinos serão montados, com tecnologia francesa.



“É a consolidação de uma parceria estratégia de dois povos que têm muita coisa em comum”, disse o presidente Lula. Ele destaca que a parceria não é apenas comercial. “Nós queremos pensar juntos, criar juntos, construir juntos e, se possível, vender juntos”, afirmou, acrescentando que até o fim desta semana poderão ser divulgados mais detalhes das negociações.



Ainda de acordo com o presidente Lula, a iniciativa protege o Brasil contra uma possível ameaça às riquezas do pré-sal. “Fazer investimentos na área da defesa é a gente cuidar do nosso território e da nossa soberania com muito mais cuidado. Afinal de contas, deve sempre passar pela nossa cabeça a idéia de que o petróleo já foi motivo de muitas guerras, de muitos conflitos, e nós não queremos nem guerra e nem conflito”, destacou. Os 50 helicópteros de transporte militar serão produzidos pela Helibras, que tem entre os acionistas a francesa Eurocopter.




"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
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Re: GEOPOLÍTICA

#745 Mensagem por lelobh » Qua Set 09, 2009 10:21 pm

Paisano escreveu:Os Rafales e a cobiça internacional*

Fonte: http://www.tribunadaimprensa.com.br/?p=3257
Ponto para o presidente Lula ao justificar a mega-compra bélica na França como forma de defender o pré-sal e a Amazônia. Toda longa marcha começa pelo primeiro passo.

O importante na decisão de equipar não propriamente melhor, mas menos pior, nossas forças armadas, foi o reconhecimento de duas evidências até agora encobertas pelas elites nacionais: o petróleo tem sido causa maior de sucessivas guerras e invasões no planeta, de um lado, e, de outro, a cobiça internacional permanente que ameaça a floresta amazônica.

O governo Lula passa a admitir aquilo que a administração neoliberal de Fernando Henrique desprezava e até açulava. Mesmo assim, haverá que mantermos os pés no chão. Décadas passarão antes que o Brasil se considere preparado para defender a Amazônia e para impedir que o pré-sal venha a ser disputado pelas grandes potências.

Tome-se a compra dos caças de última geração, os Rafales, que vamos receber da França em prazo não inferior a cinco anos. Serão 36. Basta atentar para o fato de que um simples porta-aviões dos Estados Unidos, da Inglaterra, da Rússia e da própria França carregam, cada um, perto de 90 caças de igual potencial aos que agora adquirimos a prestação.

Só na comparação com os Estados Unidos, 900 caças moderníssimos poderiam estar sobrevoando a Amazônia em quinze minutos, se dez dos porta-aviões que Washington possui chegassem ao nosso litoral ou estacionassem numa das sete bases instaladas na Colômbia. Para não falar do Peru.

Vale o mesmo para o submarino nuclear que veremos terminado dentro de dez anos. Só a ex-União Soviética deixou enferrujar quinze deles quando submergiu como potência mundial. Mas a Rússia conservou pelo menos outros vinte, em pleno potencial de ação. Os americanos possuirão mais de trinta, contra o nosso ainda fantasma no papel.

Não adianta ser pessimista numa hora dessas. Melhor acender um fósforo do que amaldiçoar e lamentar a escuridão, de onde podemos estar saindo. O governo Lula deu a partida, reconhecendo as ameaças à nossa soberania e às nossas riquezas, é o que importa.

*Carlos Chagas
Perfeito :wink:




Dom Pedro II, quando da visita ao campo de Batalha, Guerra do Paraguai.

Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
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Re: GEOPOLÍTICA

#746 Mensagem por Marino » Sex Set 11, 2009 11:14 am

Globo:
Força de dissuasão



O acordo militar entre o Brasil e a França é, de fato, de grandes proporções. Mas não justifica a opinião manifestada por importantes diários argentinos de que o país estaria deflagrando uma corrida armamentista. Os tempos de tensão no Cone Sul são coisa do passado e lá devem permanecer.

O rearmamento brasileiro, imperioso, ocorre num momento em que crescem substancialmente os gastos militares na América do Sul. Segundo o jornal francês "Le Monde", o orçamento militar da região subiu 91% entre 2003 e 2008. De acordo com o Centro de Estudos Nova Maioria, de Buenos Aires, os países que mais aumentaram as despesas militares em 2008 foram os vizinhos Colômbia (37,07%) e Venezuela (29,06%). Sem dúvida, uma coisa tem a ver com a outra, embora a primeira lute para se estabilizar diante do flagelo do tráfico de drogas e da guerrilha das Farc, enquanto Chávez usa seus petrodólares para comprar armas russas aos borbotões (US$4 bilhões entre 2005 e 2007). O presidente da Venezuela tem um projeto político e ideológico autoritário, que inclui a constituição de milícias populares armadas. Aliás, acaba de fazer nova visita a Moscou para adquirir mais submarinos, veículos blindados, tanques e helicópteros militares.

O caso do Brasil é completamente diferente. Trata-se de reaparelhar as Forças Armadas, cujo equipamento está sucateado, para que elas possam cumprir sua tarefa constitucional. Hoje, sua capacidade de dissuasão está seriamente comprometida. Especialistas lembram que os aviões de caça do Brasil são muito antigos e que a compra de novos é adiada há dez anos. Dão conta ainda que, num certo período, metade dos 700 aviões da FAB estava parada por falta de peças de reposição.

O Brasil tem enorme extensão, o que se reflete em vasto espaço aéreo e amplas águas territoriais, com imensos recursos naturais, minerais e estratégicos a defender. Portanto, independentemente de ser o acordo com a França o melhor nas circunstâncias, o país não tem a pretensão de embarcar em corrida armamentista alguma, mas tão-somente a necessidade de reequilibrar a balança entre as atribuições das Forças Armadas e os meios de que dispõem para cumpri-las.




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Re: GEOPOLÍTICA

#747 Mensagem por Marino » Sex Set 11, 2009 11:33 am

Atenção para o ridículo dos argumentos desta articulista.

Sem defesa para a omissão


Maria Cristina Fernandes


Nem na ditadura um acordo militar do porte daquele que foi assinado esta semana entre o Brasil e a França foi tão pouco debatido. O locus por excelência dessa omissão foi o Congresso Nacional. O episódio, contrariando as mais histéricas aparências, selou definitivamente, a nulidade da oposição.

Com a cumplicidade do noticiário, o Senado Federal conseguiu mobilizar durante seis meses a opinião pública em torno de seus malfeitos já esquecidos, enquanto em apenas dois dias sem holofotes, sob regime de urgência e por votação simbólica, aprovou autorização de crédito de R$ 25 bilhões para o programa do submarino nuclear e a compra de 50 helicópteros militares.

Não é preciso macaquear estrangeiros para lembrar que um aporte dessa magnitude, cujos primeiros desembolsos sequer estão previstos na proposta orçamentária de 2010, não é aprovado num país que se orgulhe de funcionar sob regras democráticas.

O Brasil de dois ditadores - Getúlio Vargas e Ernesto Geisel - abrigou uma discussão mais plural dos dois tratados que, na opinião de um dos maiores especialistas em história militar do país, o professor João Roberto Martins Filho (Ufscar), se lhe igualam: os acordos com os Estados Unidos, assinado em 1953, e aquele selado com a Alemanha em 1975.

A democracia tinha apenas sete anos quando os comunistas encamparam uma mobilização nacional contra o acordo com os americanos que, além de concessões à soberania nacional, previa o fornecimento de minérios atômicos do subsolo nacional aos Estados Unidos em plena escalada da Guerra Fria.

A campanha, embalada pelos protestos contra o envio de tropas brasileiras à Guerra da Coreia, correu o Brasil e, apesar da dura repressão do governo Vargas, chegou ao Congresso Nacional onde mobilizou os partidos de esquerda contra o PSD e a UDN, aliada ocasional de Vargas em sua fase pró-EUA.

O acordo foi aprovado mas não sem antes passar por debates radicalizados dentro e fora do Congresso. No dia seguinte, a União Nacional dos Estudantes decretou luto nacional. No Brasil de Lula, o acordo com a França foi comemorado em parada militar com a claque de estudantes bestializados pelo ´Fora Sarney´.

Em sua mensagem ao Congresso, Vargas acusara os movimentos contrários ao acordo de espraiarem o comunismo internacional disfarçados de pacifistas. Na era Lula, a omissão nem carece de disfarce.

Duas décadas depois, o acordo com os americanos seria denunciado por Geisel. O Brasil acabaria firmando um tratado nuclear com a Alemanha que permitiria ao Brasil desenvolver a tecnologia do urânio enriquecido.

A polêmica foi tamanha que a Câmara dos Deputados acabaria abrindo uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar as denúncias de que o acordo não havia previsto uma destinação adequada ao lixo atômico nem dado garantias suficientes de que a energia nuclear seria exclusivamente de uso pacífico.

Em ambos os momentos, os militares, ao contrário de hoje, tinham preponderância no debate político. Desta vez, foi um ministro civil quem conduziu o acordo e, munido da estratégia de reaparelhamento das Forças Armadas, selou a supremacia da Defesa sobre as Pastas militares.

Useiro e vezeiro na subjugação do Congresso às conveniências do Executivo, passará aos anais como o primeiro civil a conduzir, sem a legitimidade do debate parlamentar, um acordo militar que redesenha o Brasil na geopolítica mundial.

Ao longo de sua brevíssima tramitação, à qual Jobim compareceu duas vezes sob raras interpelações, levantaram-se suspeitas que não são explicação suficiente para a omissão.

Acusou-se a maior empreiteira nacional, escolhida como parceira da estatal francesa que vai construir o estaleiro dos submarinos, de ter comprado o silêncio das centenas de parlamentares cuja eleição financiou.

Também se levantaram suspeitas sobre uma indústria nacional de helicópteros, em cuja fábrica de Minas serão construídos os helicópteros em parceria com os franceses, que teria zelosamente salvaguardado seus interesses junto a parlamentares da oposição e do governo.

Essa traficância de interesses, se existiu, não terá sido novidade no Congresso Nacional de Lula, Geisel ou Vargas. O que há de novo é que o Poder Legislativo galgou tamanha desimportância que os interesses contrariados pelo acordo não se deram ao trabalho de mobilizar suas bancadas no Congresso Nacional.

A menos que algum imagine que lobbies da indústria armamentista americana, alemã, russa e sueca possam ter escolhido o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) como o único portador de seus queixumes.

Parece mais crível que os interesses contrariados pelo acordo tenham atuado diretamente junto ao Executivo e às Forças Armadas, sem o filtro da Casa que pretende representar a vontade popular.

O deputado Carlos Zarattini (PT-SP), ardoroso defensor do acordo desde o início da legislatura, estranhou a ausência de debates. "Não são parlamentares que se deixem levar por uma viagem, um jantar ou um vinho", diz, sobre a comitiva de parlamentares que foi à França a convite dos fabricantes beneficiados pelo acordo.

A segurança nacional, avocada pelos governistas, não cola como explicação para a unanimidade. Como toda política de governo, há espaço para controvérsias. A chance desse acordo vir a afirmar o Brasil para fora do eixo da hegemonia americana já seria suficiente para acirrar os ânimos que costumavam se radicalizar no Congresso entre tucanos e petistas em torno da política externa brasileira.

Perdeu-se a chance de um debate sobre as opções e o custo de uma estratégia de defesa para o Brasil. Se o acordo é tudo isso que a propaganda governista se orgulha em difundir - pela transferência de tecnologia e capacidade dissuasória do país do pré-sal - os brasileiros nunca o saberão.

Maria Cristina Fernandes é editora de Política. Escreve às sextas-feiras

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Re: GEOPOLÍTICA

#748 Mensagem por jauro » Sex Set 11, 2009 12:12 pm

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Investir na Defesa



Brasil e França deslancharam os primeiros acordos militares como parte do projeto de reaparelhamento das Forças Armadas, implicando, no seu final, no desenvolvimento da indústria bélica mediante a transferência de tecnologias de armamentos para o Brasil. Sairão fortalecidos com os primeiros contratos estimados em R$ 22,6 bilhões e previstos na Estratégia Nacional de Defesa, a Força Naval e a Força Aérea.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, foi o convidado de honra do governo brasileiro para os festejos, este ano, do Dia da Independência. Sua visita fez parte, também, do Ano da França no Brasil, em comemoração. O País retoma com esses acordos bilaterais o fortalecimento de uma incipiente indústria bélica, embora a sua vocação seja sempre pela solução dos conflitos por intermédio da via diplomática.

O ato de cooperação militar, celebrado entre os dois países, envolve a compra e a produção de quatro submarinos convencionais, da classe Scorpène, e um casco de submarino nuclear, além da construção de um estaleiro e de uma base naval, no Rio de Janeiro. O governo brasileiro vai adquirir, ainda, 51 helicópteros pesados, cuja tecnologia também será transferida. A França irá comprar, por sua vez, dez aeronaves fabricadas pela Embraer, como contrapartida das negociações encerradas.

Com os investimentos previstos, o Brasil, até 2020, poderá dispor da maior e mais poderosa força naval da América Latina, dotada de submarinos, fragatas, navios leves e corvetas, em número de 35 unidades. Em dez anos, será possível concluir o primeiro submarino de propulsão nuclear, aproveitando a estrutura a ser montada pelos franceses para incorporação, pelos brasileiros, da parte nuclear do submarino.

As encomendas do Ministério da Marinha não se encerram nas negociações com os franceses. Há espaço até para a participação da indústria naval do Ceará reconhecida pela qualidade das embarcações. No programa de contratações estão previstos mais 27 navios leves, de patrulha. Com capacidade de deslocamento de 500 toneladas e armados com dois canhões, cada um custará R$ 44 milhões. Para o ministro da Defesa, Nelson Jobim, "é um bom meio de a Força estar presente nas proximidades das plataformas de petróleo."

O presidente da República também justificou os investimentos na Defesa argumentando que o Brasil precisa reforçar o controle de suas fronteiras, especialmente na Amazônia. Ressaltou, ademais, que o País aposta num projeto regional de defesa para a integração e o desenvolvimento.

No campo dos investimentos aeronáuticos, o último grande esforço se concentrou na aquisição do projeto norte-americano do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam), ainda no governo Fernando Henrique Cardoso. Agora, o governo brasileiro fechou a aquisição de 36 aviões franceses de combate para a Força Aérea, com o compromisso ainda da transferência de tecnologia, e, assim, a possibilidade de fabricação dos caças no País para ampliar sua produção aeronáutica.

Esses elevados investimentos, com efeitos práticos somente a médio e longo prazos, irão trazer conhecimentos no campo da tecnologia naval e aeronáutica, novos negócios e dinamizar o mercado de empregos.

Para garantir a exploração racional de seus recursos naturais, o País precisa dispor de retaguarda de segurança geradora da tranqüilidade nacional.




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Re: GEOPOLÍTICA

#749 Mensagem por Guerra » Sáb Set 12, 2009 10:47 am

Maria Cristina Fernandes é editora de Política. Escreve às sextas-feiras
Quem aparece só nas sexta é a Pomba-Gira!




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Re: GEOPOLÍTICA

#750 Mensagem por Centurião » Sáb Set 12, 2009 11:31 am

A questão é que alguns jornalistas são do tipo de falar o que não sabem e não procurarem se informar. Nesse caso do reaparelhamento, pensam na escolha como uma empresa faria. Não sabem a parte estratégica ou mesmo sobre aquisição de tecnologia frente às nossas necessidades.

O quarto poder nunca esteve tão forte no Brasil, por conta disso alguns infelizes acham que são os senhores da razão. Sou otimista e acho que em uma sociedade livre, a opinião pública (ou o tempo) penalizará esses indivíduos.




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