NOTÍCIAS
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Re: NOTÍCIAS
Coincidentemente, saiu nos jornais hoje a notícia sobre a cooperação Irã-Venezuela em energia nuclear.
Pode até ter sido coincidencia, mas que cheira recado do Brasil p/todo mundo, parece: "Sei fazer, mas não faço porque sou da paz. Mas, não encham o saco!"
Pode até ter sido coincidencia, mas que cheira recado do Brasil p/todo mundo, parece: "Sei fazer, mas não faço porque sou da paz. Mas, não encham o saco!"
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Re: NOTÍCIAS
Pessoal, fiquei em dúvida sobre onde postar essa notícia, pensei em abrir um tópico para postá-la mas achei melhor postar nesse tópico, não sei se a notícia é sensacionalista ou não, mas saiu no Jornal do Brasil:
A explosiva descoberta brasileira
Vasconcelo Quadros, Jornal do Brasil
BRASÍLIA - Uma revolucionária tese de doutorado produzida no Instituto Militar de Engenharia (IME) do Exército – Simulação numérica de detonações termonucleares em meios Híbridos de fissão-fusão implodidos pela radiação – pelo físico Dalton Ellery Girão Barroso confirma que o Brasil já tem conhecimento e tecnologia para, se quiser, desenvolver a bomba atômica.
– Não precisa fazer a bomba. Basta mostrar que sabe – diz o físico.
Mantida atualmente sob sigilo no IME, a pesquisa foi publicada num livro e sua divulgação provocou um estrondoso choque entre o governo brasileiro e a Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA), responsável pela fiscalização de artefatos nucleares no mundo inteiro. O pesquisador desenvolveu cálculos e equações que permitiram interpretar os modelos físicos e matemáticos de uma ogiva nuclear americana, a W-87, cujas informações eram cobertas de sigilo, mas vazaram acidentalmente.
Barroso publicou o grosso dos resultados da tese no livro A Física dos explosivos nucleares (Editora Livraria da Física, 439 páginas), despertando a reação da AIEA e, como subproduto, um conflito de posições entre os ministros Nelson Jobim, da Defesa, e Celso Amorim, das Relações Exteriores. A crise vinha sendo mantida em segredo pelo governo e pela diplomacia brasileira.
A AIEA chegou a levantar a hipótese de que os dados revelados no livro eram secretos e só poderiam ter sido desenvolvidos em experimentos de laboratório, deixando transparecer outra suspeita que, se fosse verdade, seria mais inquietante: o Brasil estaria avançando suas pesquisas em direção à bomba atômica.
A AIEA também usou como pretexto um velho argumento das superpotências: a divulgação de equações e fórmulas secretas, restritas aos países que desenvolvem artefatos para aumentar os arsenais nucleares, poderia servir ao terrorismo internacional. Os argumentos e a intromissão da AIEA nas atividades acadêmicas de uma entidade subordinada ao Exército geraram forte insatisfação da área militar e o assunto acabou sendo levado ao ministro da Defesa, Nelson Jobim.
No final de abril, depois de fazer uma palestra sobre estratégia de defesa no Instituto Rio Branco, no Rio, Jobim ouviu as ponderações do ministro Santiago Irazabal Mourão, chefe da Divisão de Desarmamento e Tecnologias Sensíveis do MRE, numa conversa assistida pelos embaixadores Roberto Jaguaribe e Marcos Vinicius Pinta Gama. A crise estava em ebulição.
Jobim deixou o local com o texto de um documento sigiloso entitulado Programa Nuclear Brasileiro – Caso Dalton, entregue pelo próprio Mourão. Mandou seus assessores militares apurarem e, no final, rechaçou as suspeitas levantadas, vetou o acesso da AIEA à pesquisa e saiu em defesa do pesquisador.
Num documento com o carimbo de secreto, chamado de Aviso 325, ao qual o Jornal do Brasil teve acesso, encaminhado a Celso Amorim no final de maio, Jobim dispara contra a entidade. “A simples possibilidade de publicação da obra no Brasil e sua livre circulação são evidência eloquente da inexistência de programa nuclear não autorizado no país, o que, se fosse verdade, implicaria em medidas incontornáveis de segurança e sigilo” criticou o ministro no documento.
Diplomacia
Amorim teria assumido uma posição dúbia, tentando contornar a crise sugerindo que o pleito da AIEA fosse atendido, pelo menos em parte, como convém sempre à diplomacia. A entidade queria que o livro fosse recolhido e exigiu dados mais detalhados sobre o método e as técnicas utilizadas pelo físico brasileiro. Insistia que o conteúdo do livro era material sigiloso. Jobim bateu o pé e, em nome da soberania e da clara opção brasileira de não se envolver na construção de arsenais nucleares – explicitada na Constituição – descartou qualquer interferência no setor.
Situado na Praia Vermelha, o IME é um órgão de pesquisa básica, com curso de pós-graduação e extensão universitárias para civis e militares, subordinado ao Comando do Exército. O ministro citou a banca examinadora do IME, formada por seis PhDs em física, entre eles o orientador de Barroso, Ronaldo Glicério Cabral, para garantir que a tese é trabalho teórico e sem vínculo com qualquer experiência realizada no Brasil. Jobim citou o respeito a tratados para afirmar que o Brasil tem credibilidade para pesquisar “à margem de suspeições de qualquer origem”.
Jobim enfatizou ainda que o recolhimento compulsório do livro, como queria a AIEA, implicaria em grave lesão ao direito subjetivo protegido pela Constituição. Em outras palavras, seria uma censura a uma obra acadêmica com a chancela do governo Lula. E ainda criticou a entidade que, segundo ele, não justificou os comentários sobre a obra e nem apresentou base científica para amparar o questionamento.
A crise é uma ferida ainda não cicatrizada. Jobim não quis dar entrevista sobre o assunto, mas confirmou que encaminhou o documento ao Ministério das Relações Exteriores, responsável pelas conversações diplomáticas com entidades como a AIEA. Procurado pelo JB, Amorim não retornou. O presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) – o órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia responsável pelo apoio aos inspetores da AIEA – Odair Dias Gonçalves, também não quis falar.
17:20 - 05/09/2009
http://jbonline.terra.com.br/pextra/200 ... 928838.asp
A explosiva descoberta brasileira
Vasconcelo Quadros, Jornal do Brasil
BRASÍLIA - Uma revolucionária tese de doutorado produzida no Instituto Militar de Engenharia (IME) do Exército – Simulação numérica de detonações termonucleares em meios Híbridos de fissão-fusão implodidos pela radiação – pelo físico Dalton Ellery Girão Barroso confirma que o Brasil já tem conhecimento e tecnologia para, se quiser, desenvolver a bomba atômica.
– Não precisa fazer a bomba. Basta mostrar que sabe – diz o físico.
Mantida atualmente sob sigilo no IME, a pesquisa foi publicada num livro e sua divulgação provocou um estrondoso choque entre o governo brasileiro e a Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA), responsável pela fiscalização de artefatos nucleares no mundo inteiro. O pesquisador desenvolveu cálculos e equações que permitiram interpretar os modelos físicos e matemáticos de uma ogiva nuclear americana, a W-87, cujas informações eram cobertas de sigilo, mas vazaram acidentalmente.
Barroso publicou o grosso dos resultados da tese no livro A Física dos explosivos nucleares (Editora Livraria da Física, 439 páginas), despertando a reação da AIEA e, como subproduto, um conflito de posições entre os ministros Nelson Jobim, da Defesa, e Celso Amorim, das Relações Exteriores. A crise vinha sendo mantida em segredo pelo governo e pela diplomacia brasileira.
A AIEA chegou a levantar a hipótese de que os dados revelados no livro eram secretos e só poderiam ter sido desenvolvidos em experimentos de laboratório, deixando transparecer outra suspeita que, se fosse verdade, seria mais inquietante: o Brasil estaria avançando suas pesquisas em direção à bomba atômica.
A AIEA também usou como pretexto um velho argumento das superpotências: a divulgação de equações e fórmulas secretas, restritas aos países que desenvolvem artefatos para aumentar os arsenais nucleares, poderia servir ao terrorismo internacional. Os argumentos e a intromissão da AIEA nas atividades acadêmicas de uma entidade subordinada ao Exército geraram forte insatisfação da área militar e o assunto acabou sendo levado ao ministro da Defesa, Nelson Jobim.
No final de abril, depois de fazer uma palestra sobre estratégia de defesa no Instituto Rio Branco, no Rio, Jobim ouviu as ponderações do ministro Santiago Irazabal Mourão, chefe da Divisão de Desarmamento e Tecnologias Sensíveis do MRE, numa conversa assistida pelos embaixadores Roberto Jaguaribe e Marcos Vinicius Pinta Gama. A crise estava em ebulição.
Jobim deixou o local com o texto de um documento sigiloso entitulado Programa Nuclear Brasileiro – Caso Dalton, entregue pelo próprio Mourão. Mandou seus assessores militares apurarem e, no final, rechaçou as suspeitas levantadas, vetou o acesso da AIEA à pesquisa e saiu em defesa do pesquisador.
Num documento com o carimbo de secreto, chamado de Aviso 325, ao qual o Jornal do Brasil teve acesso, encaminhado a Celso Amorim no final de maio, Jobim dispara contra a entidade. “A simples possibilidade de publicação da obra no Brasil e sua livre circulação são evidência eloquente da inexistência de programa nuclear não autorizado no país, o que, se fosse verdade, implicaria em medidas incontornáveis de segurança e sigilo” criticou o ministro no documento.
Diplomacia
Amorim teria assumido uma posição dúbia, tentando contornar a crise sugerindo que o pleito da AIEA fosse atendido, pelo menos em parte, como convém sempre à diplomacia. A entidade queria que o livro fosse recolhido e exigiu dados mais detalhados sobre o método e as técnicas utilizadas pelo físico brasileiro. Insistia que o conteúdo do livro era material sigiloso. Jobim bateu o pé e, em nome da soberania e da clara opção brasileira de não se envolver na construção de arsenais nucleares – explicitada na Constituição – descartou qualquer interferência no setor.
Situado na Praia Vermelha, o IME é um órgão de pesquisa básica, com curso de pós-graduação e extensão universitárias para civis e militares, subordinado ao Comando do Exército. O ministro citou a banca examinadora do IME, formada por seis PhDs em física, entre eles o orientador de Barroso, Ronaldo Glicério Cabral, para garantir que a tese é trabalho teórico e sem vínculo com qualquer experiência realizada no Brasil. Jobim citou o respeito a tratados para afirmar que o Brasil tem credibilidade para pesquisar “à margem de suspeições de qualquer origem”.
Jobim enfatizou ainda que o recolhimento compulsório do livro, como queria a AIEA, implicaria em grave lesão ao direito subjetivo protegido pela Constituição. Em outras palavras, seria uma censura a uma obra acadêmica com a chancela do governo Lula. E ainda criticou a entidade que, segundo ele, não justificou os comentários sobre a obra e nem apresentou base científica para amparar o questionamento.
A crise é uma ferida ainda não cicatrizada. Jobim não quis dar entrevista sobre o assunto, mas confirmou que encaminhou o documento ao Ministério das Relações Exteriores, responsável pelas conversações diplomáticas com entidades como a AIEA. Procurado pelo JB, Amorim não retornou. O presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) – o órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia responsável pelo apoio aos inspetores da AIEA – Odair Dias Gonçalves, também não quis falar.
17:20 - 05/09/2009
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João Mendes
Brasil Acima de Tudo!
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Re: NOTÍCIAS
Isso é que dá ficar lambendo bota dos outros a vida inteira, agora até prá soltar uma bufinha nuclear teórica tem que pedir arrego.
Rasga aquela merda de tratado logo!
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- Penguin
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Re: NOTÍCIAS
Enquanto isso a obra pode ser comprada livremente ou acessada no Google Books:
http://www.livrariadafisica.com.br/deta ... x?id=31458
http://books.google.com.br/books?id=6bE ... q=&f=false
http://www.livrariadafisica.com.br/deta ... x?id=31458
http://books.google.com.br/books?id=6bE ... q=&f=false
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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- Valdemort
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Re: NOTÍCIAS
Valeu pela dica .Santiago escreveu:Enquanto isso a obra pode ser comprada livremente ou acessada no Google Books:
http://www.livrariadafisica.com.br/deta ... x?id=31458
http://books.google.com.br/books?id=6bE ... q=&f=false
Já encomendei 1 .
Abcs
"O comunismo é a filosofia do fracasso, o credo da ignorância e o evangelho da inveja. Sua virtude inerente é a distribuição equitativa da miséria".
Winston Churchill
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- LeandroGCard
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Re: NOTÍCIAS
Caramba,Valdemort escreveu:Valeu pela dica .Santiago escreveu:Enquanto isso a obra pode ser comprada livremente ou acessada no Google Books:
http://www.livrariadafisica.com.br/deta ... x?id=31458
http://books.google.com.br/books?id=6bE ... q=&f=false
Já encomendei 1 .
Abcs
O livro é teórico demais para mim, que sou um reles engenheiro. O autor coloca as equações sem nenhuma introdução sobre o que são os conceitos matemáticos utilizados. Se você já não for formado em física (e de preferência com uma pós-graduação), nem adianta tentar entender o significado dos termos de cada equação.
Mas acho que era hora de atender a AIEA e recolher o livro (se bem que agora, com a divulgação do caso, é bem capaz dele render alguma coisa em termos de $$$ para o autor) e fazer papel de bonzinho, de que somos uma nação preocupada com o bem-estar geral da humanidade, com o combate ao terrorismo, e blá, blá, blá.
E é claro, dar uma medalha e um prêmio para o Autor.
Leandro G. Card
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Re: NOTÍCIAS
Eu já havia criado um tópico exclusivo sobre isto nos passados e atuais.
Ninguém vai lembrar, mas eu havia comentado o fato quando critiquei o itamaraty lá no tópico sobre os viadinhos.
Ninguém vai lembrar, mas eu havia comentado o fato quando critiquei o itamaraty lá no tópico sobre os viadinhos.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: NOTÍCIAS
Caro Leandro.LeandroGCard escreveu:Caramba,Valdemort escreveu: Valeu pela dica .
Já encomendei 1 .
Abcs
O livro é teórico demais para mim, que sou um reles engenheiro. O autor coloca as equações sem nenhuma introdução sobre o que são os conceitos matemáticos utilizados. Se você já não for formado em física (e de preferência com uma pós-graduação), nem adianta tentar entender o significado dos termos de cada equação.
Mas acho que era hora de atender a AIEA e recolher o livro (se bem que agora, com a divulgação do caso, é bem capaz dele render alguma coisa em termos de $$$ para o autor) e fazer papel de bonzinho, de que somos uma nação preocupada com o bem-estar geral da humanidade, com o combate ao terrorismo, e blá, blá, blá.
E é claro, dar uma medalha e um prêmio para o Autor.
Leandro G. Card
Imagino exatamente oque vc disse . Mas eu gosto de ler sobre fisica , formação do universo , Big Bang , Big Freeze , Big Crunch, Teoria do Caos, etc...
Mesmo que não entenda tudo , acho que posso tirar algo.
ABCS
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Re: NOTÍCIAS
RECOLHER???
Então agora basta vir a p*tada hegemônica de sempre, sentada em cima de um baita arsenal nuclear, nos dar lição de moral e nós, os pulguentos cucarachas vira-latas, encolhemos o rabo e vamos bem quietinhos obedecer?
DE JEITO NENHUM, POWS!!!
Então agora basta vir a p*tada hegemônica de sempre, sentada em cima de um baita arsenal nuclear, nos dar lição de moral e nós, os pulguentos cucarachas vira-latas, encolhemos o rabo e vamos bem quietinhos obedecer?
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“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: NOTÍCIAS
Sugiro levar a discussão sobre o "livro" para este tópico:
http://www.defesabrasil.com/forum/viewt ... 11&t=15590
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Re: NOTÍCIAS
Mas aí é que está, estou lendo esta notícia em tudo que é tópico, POWS!!!
Se, como Moderador, começar a travar tudo, vai dar uma confusão dos diabos...
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: NOTÍCIAS
Travar não Túlio, estou somente divulgando que existe um tópico sobre isso, que não precisa ser discutido no Notícias da Força Aérea.
Mas o que vc comentou acima está se tornando comum, as pessoas criam tópicos, ou postam notícias já postadas, sem se preocuparem em verificar se outro forista já se antecipou. Podemos ver a mesma notícia em vários tópicos, algumas dias depois da postagem original.
Basta verificarmos por alguns minutos se já não se anteciparam.
Mas o que vc comentou acima está se tornando comum, as pessoas criam tópicos, ou postam notícias já postadas, sem se preocuparem em verificar se outro forista já se antecipou. Podemos ver a mesma notícia em vários tópicos, algumas dias depois da postagem original.
Basta verificarmos por alguns minutos se já não se anteciparam.
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Barão do Rio Branco
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Re: NOTÍCIAS
Pessoal,o Notimp de hoje é um verdadeiro calhamaço de noticias sobre os Subs e FX2,eu já li todos e são muito interessantes os "vieses" de cada orgão de imprensa e de cada articulista,se for colocar tudo aqui não vai dar nem pra discutir, ,pra variar o JF ainda continua recebendo seus "incentivos" em joelho de porco com repolho,e agora acusa a MB de mentirosa,o safardana.
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol
Sds
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol
Sds
Re: NOTÍCIAS
Esse aqui é bem interessante,reparem quem está do lado de quem,sendo que um dos lados é o Brasil.
O ano (militar) da França
Presidente Nicolas Sarkozy assiste ao 7 de setembro de olho em negócios de bilhões de euros na área de defesa
Isabel Fleck
O governo brasileiro não poderia ter preparado um cenário mais otimista para a chegada do presidente francês, Nicolas Sarkozy, convidado especial de Luiz Inácio Lula da Silva para as comemorações do 7 de setembro — no âmbito da celebração do Ano da França no Brasil. A menos de uma semana da visita do mandatário francês, o Senado aprovou, com uma rapidez impressionante, a obtenção de um crédito de 6,08 bilhões de euros para a construção de cinco submarinos de tecnologia francesa. Além disso, Lula assumiu em público sua preferência pelo caça Rafale, da francesa Dassault, na concorrência F-X2 da Força Aérea Brasileira (FAB).
Durante a visita, que tem motivações bem mais expressivas que o desfile na Esplanada dos Ministérios, serão assinados pelos presidentes Lula e Sarkozy o contrato de fornecimento de 51 helicópteros EC-725 — a serem construídos aqui e usados pelas três Forças — e a compra de quatro submarinos convencionais da classe Scorpène e de outro, com propulsão nuclear, cujo motor será desenvolvido pelo Brasil. O programa militar ainda prevê a construção de um estaleiro e de uma base de apoio para os submarinos.
No projeto aprovado pelo plenário do Senado na última quarta-feira, o governo está autorizado a pedir um empréstimo externo de 4,32 bilhões de euros a um consórcio de bancos liderado pelo francês BNP-Paribas. Os recursos serão destinados ao programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), da Marinha brasileira. Já a segunda verba aprovada pelo Senado, de 1,76 bilhão de euros, será fornecida entre 2010 e 2016 por um consórcio formado pelas empresas Helibras (brasileira)e Eurocopter (franco-alemã). Um dia depois da decisão dos senadores, o governo enviou ao Congresso, para “ajudar” na construção dos submarinos, um crédito de R$ 982 milhões, decorrente de royalties de petróleo.
A aprovação dos créditos pelo Senado, no entanto, só veio após o ministro da Defesa, Nelson Jobim, comparecer à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional para prestar esclarecimentos sobre a escolha dos submarinos franceses, em detrimento, por exemplo, do IKL-214, da empresa alemã HDL. O argumento principal do Executivo é a disposição dos franceses para transferir tecnologia — que vem sendo considerada ponto primordial também na disputa dos caças para a FAB.
Tática
Para o especialista em segurança Salvador Ghelfi Raza, professor da Universidade de Defesa dos Estados Unidos, contudo, no caso dos submarinos, só a transferência de tecnologia não basta. “A questão tática, que é muito importante para a integração com o que temos, vai nos custar caro. A engenharia de sistemas na França é muito sofisticada, é muito boa, mas ela é muito autônoma, não dialoga com os outros países”, afirma Raza. “A nossa doutrina de emprego de submarinos de patrulha foi desenhada em cima da lógica da Otan, que é diferente da francesa. No momento em que nos voltamos para a França, não quer dizer que fizemos uma má escolha, mas o custo da integração tática equivalerá a cerca de 25% do valor total, numa compra de cinco submarinos”, completa.
O pesquisador do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp Geraldo Cavagnari acredita que a integração dos submarinos franceses com os cinco modelos alemães usados hoje pela Marinha brasileira — e com o restante das embarcações — não será um problema tão grande. “O que pode ocorrer é uma evolução dentro do que nós já temos. Mas a França e os Estados Unidos, na questão de doutrina tática, são parecidos, porque os franceses também são ‘meio Otan’”, destaca Cavagnari. Além disso, a oferta francesa bate a alemã pelo simples fato de oferecer a possibilidade de o Brasil ter um submarino de propulsão nuclear, sonho antigo da Marinha, que colocará o país no seleto clube das potências que dispõem dessa tecnologia.
Pacote total divide especialistas
Encaminhados os acordos entre França e Brasil sobre os submarinos e helicópteros, a definição pelo caça Rafale na concorrência F-X2 da FAB parece cada vez mais próxima. A preferência do governo brasileiro pela proposta da Dassault, até então velada, foi confirmada em declarações do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na última semana, ele disse que considera a França “o único país importante disposto a discutir a transferência de tecnologia”.
A provável opção por fechar todo o pacote militar com um só país, uma decisão essencialmente política, divide as opiniões dos especialistas em defesa. “A lógica da escolha do submarino é diferente da do avião. O Scorpène é considerado um dos melhores do mundo dentro da sua classe. Já o que está acontecendo com o caça é uma indução da vontade política, muito mais por uma afinidade pessoal com os franceses”, questiona o consultor Salvador Ghelfi Raza. “O que eu tenho visto nas discussões é muito mais paixão do que análise.”
Para Raza, a análise técnica feita pela FAB sobre as três propostas — concorrem com o Rafale o norte-americano F/A-18 Super Hornet da Boeing e o Gripen da Saab — está “muito bem feita”, mas pesará pouco na decisão final do ministro da Defesa, Nelson Jobim. “A FAB não decide, apenas recomenda. Só que, geralmente, para esse tipo de negociação, há uma equipe intermediária, que atribui valores às propostas analisadas pelos técnicos, antes de enviar à equipe decisora. Nós pulamos essa etapa”, explica.
O especialista Geraldo Cavagnari, do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp, não vê problemas em uma escolha mais política para a compra dos 36 caças. “Ela é válida desde que a decisão técnica não seja atropelada”, ressalta Cavagnari, que também considera “interessante” fechar todos os acordos com um só país. “Se eles oferecerem condições atraentes, é óbvio que vamos fechar um pacote só, com um só país. Nós fizemos isso com os Estados Unidos até o fim da Guerra Fria, e foi correta a atitude tomada naquela época”, argumenta.
A proposta da Rafale parece, de fato, cada vez mais atraente. Segundo o Correio apurou, os franceses reduziram seu preço em quase 30%, para equipará-lo ao dos concorrentes. Cavagnari não descarta que surjam desentendimentos políticos com os franceses, no futuro. “Mas acredito que a continuidade do entendimento será levada em conta na hora da escolha.” (IF)
...
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O ano (militar) da França
Presidente Nicolas Sarkozy assiste ao 7 de setembro de olho em negócios de bilhões de euros na área de defesa
Isabel Fleck
O governo brasileiro não poderia ter preparado um cenário mais otimista para a chegada do presidente francês, Nicolas Sarkozy, convidado especial de Luiz Inácio Lula da Silva para as comemorações do 7 de setembro — no âmbito da celebração do Ano da França no Brasil. A menos de uma semana da visita do mandatário francês, o Senado aprovou, com uma rapidez impressionante, a obtenção de um crédito de 6,08 bilhões de euros para a construção de cinco submarinos de tecnologia francesa. Além disso, Lula assumiu em público sua preferência pelo caça Rafale, da francesa Dassault, na concorrência F-X2 da Força Aérea Brasileira (FAB).
Durante a visita, que tem motivações bem mais expressivas que o desfile na Esplanada dos Ministérios, serão assinados pelos presidentes Lula e Sarkozy o contrato de fornecimento de 51 helicópteros EC-725 — a serem construídos aqui e usados pelas três Forças — e a compra de quatro submarinos convencionais da classe Scorpène e de outro, com propulsão nuclear, cujo motor será desenvolvido pelo Brasil. O programa militar ainda prevê a construção de um estaleiro e de uma base de apoio para os submarinos.
No projeto aprovado pelo plenário do Senado na última quarta-feira, o governo está autorizado a pedir um empréstimo externo de 4,32 bilhões de euros a um consórcio de bancos liderado pelo francês BNP-Paribas. Os recursos serão destinados ao programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), da Marinha brasileira. Já a segunda verba aprovada pelo Senado, de 1,76 bilhão de euros, será fornecida entre 2010 e 2016 por um consórcio formado pelas empresas Helibras (brasileira)e Eurocopter (franco-alemã). Um dia depois da decisão dos senadores, o governo enviou ao Congresso, para “ajudar” na construção dos submarinos, um crédito de R$ 982 milhões, decorrente de royalties de petróleo.
A aprovação dos créditos pelo Senado, no entanto, só veio após o ministro da Defesa, Nelson Jobim, comparecer à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional para prestar esclarecimentos sobre a escolha dos submarinos franceses, em detrimento, por exemplo, do IKL-214, da empresa alemã HDL. O argumento principal do Executivo é a disposição dos franceses para transferir tecnologia — que vem sendo considerada ponto primordial também na disputa dos caças para a FAB.
Tática
Para o especialista em segurança Salvador Ghelfi Raza, professor da Universidade de Defesa dos Estados Unidos, contudo, no caso dos submarinos, só a transferência de tecnologia não basta. “A questão tática, que é muito importante para a integração com o que temos, vai nos custar caro. A engenharia de sistemas na França é muito sofisticada, é muito boa, mas ela é muito autônoma, não dialoga com os outros países”, afirma Raza. “A nossa doutrina de emprego de submarinos de patrulha foi desenhada em cima da lógica da Otan, que é diferente da francesa. No momento em que nos voltamos para a França, não quer dizer que fizemos uma má escolha, mas o custo da integração tática equivalerá a cerca de 25% do valor total, numa compra de cinco submarinos”, completa.
O pesquisador do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp Geraldo Cavagnari acredita que a integração dos submarinos franceses com os cinco modelos alemães usados hoje pela Marinha brasileira — e com o restante das embarcações — não será um problema tão grande. “O que pode ocorrer é uma evolução dentro do que nós já temos. Mas a França e os Estados Unidos, na questão de doutrina tática, são parecidos, porque os franceses também são ‘meio Otan’”, destaca Cavagnari. Além disso, a oferta francesa bate a alemã pelo simples fato de oferecer a possibilidade de o Brasil ter um submarino de propulsão nuclear, sonho antigo da Marinha, que colocará o país no seleto clube das potências que dispõem dessa tecnologia.
Pacote total divide especialistas
Encaminhados os acordos entre França e Brasil sobre os submarinos e helicópteros, a definição pelo caça Rafale na concorrência F-X2 da FAB parece cada vez mais próxima. A preferência do governo brasileiro pela proposta da Dassault, até então velada, foi confirmada em declarações do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na última semana, ele disse que considera a França “o único país importante disposto a discutir a transferência de tecnologia”.
A provável opção por fechar todo o pacote militar com um só país, uma decisão essencialmente política, divide as opiniões dos especialistas em defesa. “A lógica da escolha do submarino é diferente da do avião. O Scorpène é considerado um dos melhores do mundo dentro da sua classe. Já o que está acontecendo com o caça é uma indução da vontade política, muito mais por uma afinidade pessoal com os franceses”, questiona o consultor Salvador Ghelfi Raza. “O que eu tenho visto nas discussões é muito mais paixão do que análise.”
Para Raza, a análise técnica feita pela FAB sobre as três propostas — concorrem com o Rafale o norte-americano F/A-18 Super Hornet da Boeing e o Gripen da Saab — está “muito bem feita”, mas pesará pouco na decisão final do ministro da Defesa, Nelson Jobim. “A FAB não decide, apenas recomenda. Só que, geralmente, para esse tipo de negociação, há uma equipe intermediária, que atribui valores às propostas analisadas pelos técnicos, antes de enviar à equipe decisora. Nós pulamos essa etapa”, explica.
O especialista Geraldo Cavagnari, do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp, não vê problemas em uma escolha mais política para a compra dos 36 caças. “Ela é válida desde que a decisão técnica não seja atropelada”, ressalta Cavagnari, que também considera “interessante” fechar todos os acordos com um só país. “Se eles oferecerem condições atraentes, é óbvio que vamos fechar um pacote só, com um só país. Nós fizemos isso com os Estados Unidos até o fim da Guerra Fria, e foi correta a atitude tomada naquela época”, argumenta.
A proposta da Rafale parece, de fato, cada vez mais atraente. Segundo o Correio apurou, os franceses reduziram seu preço em quase 30%, para equipará-lo ao dos concorrentes. Cavagnari não descarta que surjam desentendimentos políticos com os franceses, no futuro. “Mas acredito que a continuidade do entendimento será levada em conta na hora da escolha.” (IF)
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Re: NOTÍCIAS
Eita, isto faz lembrar os jornais Estadão e FSP, anos 80 e 90, onde havia um espaço quase que diário dedicado as assuntos militares.....Bender escreveu:Pessoal,o Notimp de hoje é um verdadeiro calhamaço de noticias sobre os Subs e FX2,eu já li todos e são muito interessantes os "vieses" de cada orgão de imprensa e de cada articulista,se for colocar tudo aqui não vai dar nem pra discutir, ,pra variar o JF ainda continua recebendo seus "incentivos" em joelho de porco com repolho,e agora acusa a MB de mentirosa,o safardana.
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol
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