paulosa escreveu:Senhores do forum, parece ser concenso que dentro de breve haverá çaças de 5º geração ao mercado( 10 a 15 anos). Ficaremos desasados. Não seria de comprarmos os primeiro lote de 36 de 4º geração, e outro lote de 84 (120?) serem de 5º geração. Vejo um problema nisso. Se for o f-18 o escolhido os americanos não nos venderão o F-35. Se for o grinpen os suecos nem estão conseguindo sócios pra fazerem o grinpen de 4º nenhum plano têm pra fazerem o de 5º. Se for o Rafale, a frança nem fala em um caça de 5º agora, falata grana. Quem nos colocou a disposição um caça de 4º com possibilidade de chegarmos ao de 5º foi a Russia, SU35, eo futuro PAK.
Se teremos problemas no futuro com esta turma do de 5º geração. Não consigo entender a lógica de quem nunca nos venderá o de 5º, só daqui uns 50 anos. De comprarmos de quem não consegue fazer um de 4º sozinho Gripen, ou comprarmos de quem não tem muitos planos pra evolução do caça como no caso o rafale.
Estou vendo que teremos caças pra fazer frente paises latinos, sendo assim este FX2 não corresponde a expectativa real. Que acham?
Paulo Sá
Paulo, bom dia, eu tento ser breve mas não consigo, então desculpe pelo longo texto que segue...
Temos que esmiuçar esta questão para podermos compreender melhor o que significa um caça de 4++ geração e um caça de 5 geração. Da mesma forma, vou colocar em destaque as necessidades atuais da FAB e o futuro dos países cuja oferta foi entregue.
Aprincipal diferença entre um caça de 4++ e de 5 geração: é na capacidade Stealth e na capacidade de realizar super Cruise sem pós combustão.
Hoje a FAB não possui nenhum caça multimissão e nem armamentos modernos para o mesmo.
O caça mais moderno da FAB é o F-5M, que é uma plataforma limitadíssima.
O Brasil não esta atrazado frente ao mundo, pelo contrário, o cenário mundial caminha no mesmo sentido que o Brasil, na UE, os caças estão todos sendo substituídos por unidades multimissão, padronizando os meios.
Hoje, nós temos apenas 1 caça de 5 geração, que é o F-22, este sofre muitas críticas nos EUA, porque, em primeiro lugar, é muito caro de comprar, manter e operar. Segundo, porque depois de todos estes anos sua efetividade ainda é muito discutida. Terceiro, porque ele tem apresentado vários problemas durante os vôos, o que tem comprometido sua disponibilidade, a maioria dos F-22 passa mais tempo no chão do que no ar.
No futuro, temos o F-35 e o PaK-Fa como duas grandes certezas.
O F-35 sofre consecutivos atrasos, mas ele tem uma boa justificativa, o próprio F-35 será produzido em várias versões, algumas com sistemas limitados, outras desenvolvidas para operar em PA, outras para pouso e decolagem vertical e a versão original. O projeto tem sofrido grandes críticas, principalmente pelo atraso a qual me referi antes, porém, existem outras variáveis que surgem na mídia com freqüência e que nos fazem pensar a respeito. Muitos afirmam que o caça não atinge a velocidade esperada, outros que suas baias internas para armamento não transportam a quantidade de mísseis esperada e a maior delas, é que sua capacidade Stealth, principal diferença entre um caça de 4++ e um de 5 geração, é limitada apenas para missões de ataque.
Veja que o programa X-35 é muito peculiar, porque visa substituir principalmente a frota de F-16 e F-5. O que isto significa? O que se esperar de um caça que deve primeiro possuir um baixo custo de produção e manutenção, mas que deve ser também um avançado caça de 5 geração? Um dos lados sai em desvantagem, ou é sua real capacidade ou é seu baixo custo. Sem medo de errar, tenho a convicção de que o Baixo custo se manteve como prioridade.
O PaK-Fa ainda é um grande mistério, a Rússia estes dias deu com a língua nos dentes ao afirmar que o caça não seria Stealth, porém ao que parece ela voltou atrás, o projeto é antigo, deve passar pro grande mudanças e sofre com a falta de recursos, com a entrada da Índia as coisas podem melhorar, porém muito ainda deve ser desenvolvido e até lá não se sabe o que esperar do PaK-Fa.
Voltando aos Caças do F-X2
O Rafale, é de todos os finalistas o que mais longe voará em sua força nacional. 2035+
O gripen NG ainda aguarda uma posição formal da Suécia.
E o F/A-18 deve começar a dar baixa em 2030.
O caça escolhido hoje deve dar baixa no Brasil lá para 2040.
Sobre a posição futura dos países envolvidos na disputa, a França e a Suécia esperam, dependendo do sucesso do demonstrador nEUROn, partir direto para uma versão maior deste caça não tripulado.
Nos EUA, a prioridade é substituir a frota sucateada de F-16, F-15, F-18 e todos os caças ainda em uso na Navy. Porém os caças não tripulados lá são também uma realidade.
No caso do Brasil, sem dúvida a oportunidade maior seria a de pular etapas e investir em caças não tripulados, principalmente porque temos tecnologia para tal, temos industrias para tal e temos interesse para tal, porém a realidade não é previsivel e temos que aguardar o tempo passar para saber qual será a postura do Brasil.
Sem medo de errar, posso com certeza afirmar que os combates do futuro serão decididos muito mais por outras variáveis tecnológicas, como os sistemas Data Link, mísseis, radares, contra medidas, do que pela capacidade do vetor em si. Principalmente se o vetor principal tiver ao seu lado uma frota de caças não tripulados.
Grande Abraço.