gaitero escreveu:Gostaria de fazer uma análise sobre este tema.
Hélio, estas certo a pensar assim, as bases não foram feitas para nós, elas foram pensadas para a Venezuela assim como a 4 frota.
Prick, estas certo em pensar assim, o Brasil é um país pacifico, economicamente forte e tem interesses sob a América Latina.
Hélio, em todos os casos citados por ti a respeito das relações exteriores, em todas elas o governo brasileiro encontrou uma solução, porém ao contrário do império, que quer apenas vantagens, o Brasil foi racional a ponto de equilibrar a balança, esta questão apenas nos traz aliados na América Latina e nos permite exercer mais influência nos mesmos. Chávez também faz algo muito parecido, investindo muito dinheiro em '' ajuda '' aos seus vizinhos.O Brasil é muito forte para ser atacado pelos EUA, é mais fácil negociar.
A Venezuela é muito fraca economicamente, e hoje é tipicamente o estilo de país que os EUA podem atacar com a velha desculpa de sempre.
Isto é bom para o Brasil? Não, como não foi bom quando a Argentina entrou em guerra com a Inglaterra.
O que temos aqui é com certeza um forte indício de que os EUA poderão assim que o Iraque se tornar passado, criar uma nova guerra, agora na América Latina.
Isto é bom? Um país que ataca os outros é bom para o mundo? Como confiar no mesmo?
O Brasil mais do que nunca tem de tomar as rédeas da situação e fortalecer a América Latina para impedir qualquer guerra que venha ferir a soberania de qualquer país no mundo. Na verdade este é o papel da ONU, da OTAN, mas como impedir uma guerra, se o autor desta é nosso amigo? É mais fácil para todos deixar os mais fracos caírem, é mais fácil para todos esquecer as barbaridades que estão sendo feitas, é mais fácil a todos aceitar uma nação que utiliza da força para coagir o mundo.
A única nação que foi contra o ataque Norte Americano se chama França, esta que aqui é muito criticada e que é o maior exemplo, seguido pelo Brasil há muitos anos.
Alto lá! A França não foi a único nação que se posicionou contra a Guerra do Iraque de 2003.
Bélgica, Alemanha, Rússia, China, México, Chile, Indonésia e boa parte do mundo se posiciou contrário.
Grã Bretanha, Espanha, Portugal, Austrália, Polônia, Dinamarca, República Checa, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Letonia, Lituania, Colômbia, Israel, Kuwait, dentre outros apoiaram a invasão.
A França por outro lado participou na Guerra do Iraque de 1991/2 e participa da Guerra do Afeganistão e se inclina decisivamente para a OTAN.
A partir da segunda metade do século XX a França se envolveu em uma lista nada desprezível de conflitos, a maioria por razões pouco nobres: Suez, Argelia, Vietnã, Chade diversas intervenções na África, afundamento de navio do Greenpeace na Nova Zelândia que protestava contra testes nucleares no Pacífico, etc.
Poderíamos realmente seguir o exemplo francês? Tenho sérias dúvidas. Aparentemente nunca o seguimos.
Acho muito melhor seguirmos o nosso exemplo!
[]s
OBS.: Acredito que a melhor forma de impedir guerras seja a integração econômica e o multilateralismo institucional. Sem esses dois elementos se retorna ao período anterior a 2a guerra: a lei do mais forte.