Perfeito, Vinícius, perfeito!Vinicius Pimenta escreveu:É Irrelevante considerar que o F-18 seja o terceiro ou quarto, ou último ou primeiro, caça dos EUA. Isto porque, a título de recordação, foi a FAB que emitiu RFI para a Boeing para o F-18. E se ele está na final, é por mérito da proposta, seja porque realmente é boa tecnicamente ou politicamente. Então é uma tremenda bobagem falar como se norte-americanos fossem monstros. Eles são monstros ou nós somos babacas? Porque é isso que determinadas mensagens fazem pensar. Afinal, se o caça é um tijolo, os norte-americanos não são confiáveis, não transferem tecnologia nenhuma, nem coisa nenhuma, CARAMBA, o que eles estão fazendo aí? De quem é a culpa? Deles? Ora, se a proposta é essa M. que pintam, o culpado é o BRASIL! Ou tem alguma explicação? Eles estão OBRIGANDO o Brasil a escolher o caça? Ora, se estão, não sei pra que nos preocuparmos em discutir, já está tudo acertado e vamos de F-18. Agora, se eles concorrem normalmente, algum mérito a proposta tem.
Tem mensagem que agride nosso senso de inteligência. Paciência tem limite. Mais seriedade, por favor!
A França oferece o Rafale porque é a única coisa que tem a oferecer, idem para a Suécia. Não se esqueçam que no F-X 1 quiseram de todas as formas empurrar o poderosíssimo Mirage 2000-5 Br Mk2, seja lá o que era isso. Enquanto puderam, empurraram um caça inferior. Ah, Vinicius, mas o F-X1 tinha verbas limitadas, era isso que eles poderiam oferecer. Errado! Todos os pacotes excediam o irreal orçamento (talvez menos o russo), sendo o pacote "franco-brasileiro" notoriamente o mais caro. Chegavam ao ponto de dizer que seriam produzidos no país. E a gente falava de 12 (DOZE!) aeronaves.
Hoje falam de produção de 36 Rafale no país! Corta essa! A paixão é tão grande que cega a inteligência! Ninguém abre linha de montagem para 36 aviões. Isso é proibitivo. Nesse caso suecos e norte-americanos foram mais verdadeiros: alguma produção é possível, mas com os novos lotes.
Nessa altura do campeonato é irrelevante debater airframe. Se os três não cumprissem o que a FAB quer, não estariam lá.
É irrelevante também debater em cima de propostas claramente mentirosas, embora elas façam parte do jogo. Os EUA também mentem dizendo que está tudo liberado. Não é assim. Aliás, a França mente dizendo que tudo também vai estar. Idem para os suecos que ainda têm problemas com componentes de terceiros.
Mas quem falou que a FAB pediu transferência total? Quem transfere TODA a tecnologia? Ainda tem gente que acredita nisso? Francamente.
O que quero dizer é que, ou se discute com base em parâmetros e coisas reais, ou esse tópico vai continuar um samba do crioulo doido. Cada um falando qualquer coisa, loops intermináveis e perda de tempo.
Desculpem qualquer coisa que tenha me excedido, mas essa é minha opinião.
Se me permite uma carona em seu post, vou um pouco além. Não dá para acreditar que os concorrentes cumprirão 100% apenas da tecnologia solicitada pela FAB, que está muito distante dos 100% que constitui um caça "full". Uma coisa é dizer que fará tal coisa, outra é ter capacidade de honrar as falas (não necessariamente o que está no papel). E não falo em honrar no sentido de ruptura contratual, falo no sentido de ser possível mesmo, por vários fatores, desde o político até a nossa capacidade de absorvê-las, e isto vale para os três.
Nesta altura do campeonato, nada justifica revirar o fundo do bau (passado) para pseudo-justificar opiniões (visto que os argumentos foram para as cucuias). Se é pra julgar algo, que seja no que se hora apresenta, ou seja, o pouco que vaza sobre as propostas, mas principalmente as falas e entrevistas na mídia. Questionar sim, ridicularizar não, até porque o que sai na mídia permite, inclusive, concluir que as três propostas são absolutamente idênticas!!!!
Não existe país espelho para o Brasil, se fosse possível, gostaria de ter o estilo de vida americano, sua capacidade de influência mundo a fora, mas aliado a cultura e diplomacia francesa. Mas no que diz respeito aos equipamento, bem, estou convencido que não se escolhe a origem dos mesmo pelas virtudes e defeitos da mesma. Os reflexos de uma escolha podem dizer o que seremos, mas pode ser catastrófico também e neste jogo, não existe o encima do muro, é ter que dar a cara a tapa mesmo.
Quem levará o prêmio maior do FX-2, não sei, mas minha intuição aponta para um lado específico e ela não me aponta conclusões baseadas em especificações técnicas e nem apenas políticas, porém ela falha também.
Abração,
Orestes