O futuro da AAAe no Brasil

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Piffer
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#871 Mensagem por Piffer » Sáb Jul 25, 2009 11:21 am

Podemos sonhar (eu aí incluso). Mas vamos colocar as coisas nos lugares.

Da década de 70 para cá, a artilharia antiaérea derrubou no mundo todo mais amigos do que inimigos. A melhor maneira de manter essa estatística é sair distribuindo armas para quem não tem a capacidade de usá-las da maneira correta.

Abraços,




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#872 Mensagem por Carlos Lima » Sáb Jul 25, 2009 3:12 pm

Nada como a realidade nua e crua :) :lol:

E aprendemos mais um pouco...

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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#873 Mensagem por Bolovo » Sáb Jul 25, 2009 4:57 pm

Credo! O Piffer cortou as asinhas de todo mundo! [003]




"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#874 Mensagem por Carlos Mathias » Sáb Jul 25, 2009 7:56 pm

Veja bem,ele apenas recolocou os equipamentos nos devidos lugares, mas não disse que seriam mal vindos.
Achar que um exército que tem uma defesa AAer pereba como o nosso cuspiria neles se recebesse TOR-M2, BUK-M2(acho que é assim) e IGLAs aos montes, acho forte demais.

Fala aí Piffer, você ficaria triste de operar sob um guarda chuva assim? :wink:




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#875 Mensagem por Glauber Prestes » Dom Jul 26, 2009 12:13 am

Piffer escreveu:A doutrina de AAAe está boa do jeito que está. O material é que falta.

Os BI não precisam de um armamento como o Igla; de maneira geral eles estão debaixo do guarda-chuva da bateria da brigada. Quando não estiverem e precisarem desta cobertura, a bateria pode destacar uma seção para ele.

O problema é o mesmo que o Guerra já disse num tópico sobre os mísseis AC: o que um batalhão vai fazer com uma arma com um alcance como o Igla, onde a distância de engajamento mínima praticamente já excede os limites do batalhão? Imagine um infante com um míssil e vê uma aeronave a 4 km. É difícil de identificá-la visualmente, o BI não tem radar, não participa da rede do SOAT, da DAAe ou qualquer outra de coordenação do espaço aéreo e, de maneira geral, não tem conhecimento das MCCEA. Ao lado dele, tem outro batalhão também com uma Seção de Iglas vendo o mesmo alvo. Ele atira ou não?

Da mesma maneira, a Brigada não precisa de um sistema de média altura, com alcande de 24, 30 ou 40 km. Um PC de brigada vai estar a uns 2 ou 3 km da linha de contato e precisa de um sistema de auto-defesa. A artilharia de média altura tem que estar no GAAAe divisionário. Qualquer lançamento de míssil de média altura obrigatoriamente tem que ser designado pelo CDAT da FAB, pois o alvo está além do alcance visual e justamente na área onde os nossos caças estarão voando.

Abraços,
Então, tira o igla da mão da infantaria, e mantém o resto do meu esquema. A bateria com um sistema de alcance de 10-12km (O que daria um alcance real de cerca de 6km), e o GAAAe com Buk M2, e outro sistema de menor alcance, seguindo a equipagem da bateria.
A brigada com um alcance efetivo de uns 6 km, e o GAAAe depois, com um sistema mais completo.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#876 Mensagem por Carlos Lima » Dom Jul 26, 2009 4:02 am

Carlos Mathias escreveu:Veja bem,ele apenas recolocou os equipamentos nos devidos lugares, mas não disse que seriam mal vindos.
Achar que um exército que tem uma defesa AAer pereba como o nosso cuspiria neles se recebesse TOR-M2, BUK-M2(acho que é assim) e IGLAs aos montes, acho forte demais.

Fala aí Piffer, você ficaria triste de operar sob um guarda chuva assim? :wink:
Lembrar CM que o Piffer é quem estaria voando sob tal "guarda-chuva" na mão de soldados e cabos com o 1 Grau primário se é que tanto... a questão não é ser triste ou alegre amigo...

... é um problema de "insalubridade no exercício do trabalho" ... ou seja... o do rapaz estaria "na reta" ao voar entre os "amigos" :wink:

Nessas horas mesmo a "sofisticação" e tecnologia de ponta tem que ter uma boa dose de doutrina e sabedoria em cima :) . Porque como ele demonstrou mesmo com tais coisas "fogo amigo" é o que não falta... infelizmente :(
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#877 Mensagem por Piffer » Dom Jul 26, 2009 7:35 am

glauberprestes escreveu:Então, tira o igla da mão da infantaria, e mantém o resto do meu esquema. A bateria com um sistema de alcance de 10-12km (O que daria um alcance real de cerca de 6km), e o GAAAe com Buk M2, e outro sistema de menor alcance, seguindo a equipagem da bateria.
A brigada com um alcance efetivo de uns 6 km, e o GAAAe depois, com um sistema mais completo.
Deixa de ser muquirana, glauber. Alcance de 10 a 12 km é 10 a 12 e não 6....

Na verdade, eu usei o alcance para evocar o exemplo do Guerra, mas a classificação a AAAe vem da altura:

- Baixa altura até 3000 m
- Média altura de 3000 a 15000 m
- Grande altura acima de 15000 m

Essa classificação, padrão da OTAN eu acho, vem da altura que as aeronaves fazem a maioria das missões de superioridade aérea (10000 a 45000 ft).

Assim, a brigada precisa de sistemas de baixa altura. OS GAAAe divisionários usariam sistemas de média altura e os GAAAe que defendem o território nacional usariam sistemas de média e grande altura.

Abraços,




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#878 Mensagem por Glauber Prestes » Dom Jul 26, 2009 12:53 pm

Piffer escreveu: Deixa de ser muquirana, glauber. Alcance de 10 a 12 km é 10 a 12 e não 6....
Na realidade, eu vi a pouco tempo, um trabalho da EsACosAAe, que coloca o alcance efetivo real (ou seja, cerca de 92% de chance de acerto) da maioria dos sistemas AAe somo sendo pouco mais de 60% do alcance dito. Eu só arredondei, mas na verdade, eu esqueci uma coisa, esclareço lá embaixo:
Na verdade, eu usei o alcance para evocar o exemplo do Guerra, mas a classificação a AAAe vem da altura:

- Baixa altura até 3000 m
- Média altura de 3000 a 15000 m
- Grande altura acima de 15000 m

Essa classificação, padrão da OTAN eu acho, vem da altura que as aeronaves fazem a maioria das missões de superioridade aérea (10000 a 45000 ft).

Assim, a brigada precisa de sistemas de baixa altura. OS GAAAe divisionários usariam sistemas de média altura e os GAAAe que defendem o território nacional usariam sistemas de média e grande altura.

Abraços,
Padrão é realmente OTAN, justamente por causa das operações aéreas. Eu levei em conta isso, mas vamos modificar os alcances nominais, pois no mundo real, eles já levam isso em consideração, e eu ignorei!


Mudando a bateria da brigada, um sistema semelhante ao Avenger americano, porém com mísseis igla, montados em cima de um Marrua no caso de brigadas motorizadas, leves, e PQDT, ou em cima de M113/ Blindado sobre rodas, no caso de brigadas Blindadas ou mecanizadas:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/5a/M-113_Ultra_IFV_Integrated_Fire_Unit.jpg
Existe a opção de não utilizar um radar, ou utlizar um radar remoto, mais ou menos como está sendo com o Saber e o igla. Altura de operação de 3.500m, e belezura.

Vou pro aniversário da minha namorada, depois termino as minhas maionesadas.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#879 Mensagem por Carlos Mathias » Dom Jul 26, 2009 3:27 pm

CB, então o que os melhores exércitos do mundo fazem com aquela ruma de mísseis de ombro?

Risco sempre há amigo, é inerente a profissão militar.
Agora, achar que os soldados brasileiros vão começar a atirar em tudo que passar perto é desconsiderar que há sargentos, tenentes e etc comandando a tropa, o cara não fica solto, atirando quando quer.
A menos que no EB seja assim, o soldado é quem decide na hora se atira ou não. Se for tanto pode salvar um heli amigo como pode deixar passar um inimigo.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#880 Mensagem por Piffer » Dom Jul 26, 2009 3:40 pm

Não é problema de ser soldado; o problema é não participar de estrutura de coordenação e controle do espaço aéreo.

Pode haver ali uma sargento, um tenente, um capitão ou até mesmo o general Heleno que todo mundo gosta, e ele não vai saber se deve atirar ou não.

A gente pode ter uma ruma de mísseis também. Eles só precisam estar nos lugares certos.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#881 Mensagem por Glauber Prestes » Dom Jul 26, 2009 5:24 pm

Alguns BI que eu visitei, tinham uma seção AAe. Isso é defasado então?




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#882 Mensagem por Piffer » Dom Jul 26, 2009 6:17 pm

Não está previsto em nenhum dos manuais atuais.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#883 Mensagem por Glauber Prestes » Dom Jul 26, 2009 9:39 pm

Piffer escreveu:Não está previsto em nenhum dos manuais atuais.
Hm. Eu me baseei principalmente nisso para fazer as minhas afirmações. Desculpa pessoar...




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#884 Mensagem por Piffer » Dom Jul 26, 2009 9:59 pm

Só por curiosidade, as companhias tem uma .50 com reparo antiaéreo, que serve exclusivamente como auto-defesa em último recurso; sem contudo participar do sistema de DAAe.

Se não me engano, quem atira é o cozinheiro da companhia.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#885 Mensagem por Carlos Mathias » Dom Jul 26, 2009 11:09 pm

Fala sério, o cozinheiro é a defesa AAer?




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