LeandroGCard escreveu:Como se trata de um casco completamente novo, baseado na tecnologia da Thyssen, é de se esperar grande evolução na sua estrutura interna. Bem como nos requisitos de segurança.
Perfeitamente possível, mas sempre com o prejuízo do peso maior. Todos os engenheiros tem acesso à mesma tecnologia de projeto (CAE, até eu trabalho com isso) e o conceito estrutural dos cascos não mudou nas últimas décadas, então casco mais resistente com aço mais fraco NECESSARIAMENTE significa maior peso estrutural, e portanto menor peso para armamento, sistemas, combustível, etc... (a menos é claro que os engenheiros alemães tenham "sabotado" o projeto de propósito só para prejudicar seus clientes, coisa de alemão narcisista, quem sabe...)
Os alemães está desenvolvendo um míssil para os 212, de uso exclusivo ele terá capacidade multipla, não sei a quantidade que ele deverá carregar desse míssil.
Ótimo, mas isto não afeta o alcance. Além disso, o que impede um 214 de receber mísseis equivalentes (ou este mesmo se os alemães quiserem)?[colAo que tudo indica esses mísseis serão exclusivos dos 212, é preciso termos em mente que os alemães mudaram de comportamento no que diz respeito a submarinos, antes existiam 02 empresas concorrentes, agora, só existe uma, a MB sofreu na pele a mudança de postura dos chucrutes
Como a HDW não vende 214 sem AIP, ela deve discordar de você, o AIP é considerado fundamental, tanto faz o tipo de mar de atuação.
Não? Mas não era exatamente isso que a MB iria comprar antes de mudar para o Scorpène?Era o que a MB estava tentando comprar, porém, era um dos problemas que queimou o filme dos alemães. Interessa para os Alemães passar a idéia que o AIP é fundamental, afinal, graças a ele os subs 209, passaram se chamar 214, e o preço quase dobrou! Olha aí um grande motivo.
O problema é que o peso máximo de mergulho dos 212 não é divulgado de forma clara, parece ser dado classificado, assim, fazer essa matemática fina complicado.
O peso de mergulho é o deslocamento imerso, e ele é um pouco menor que o do 214. Se uma parte maior dele ainda tem que ser usado para reforçar a estrutura, sobra menos para o resto, como já mencionei. Aritmética básica. Conversei muito sobre este assunto com meu professor de projeto de vasos sob pressão externa (cascos de sub) na Poli, e só havia uma solução: Aumentar o deslocamento total do sub. O 212 tem o deslocamento maior que o do 214Depende, esses dados estão conflitantes dependendo da fonte.
O problema é que a HDW não vende 214 sem AIP, afinal é isso que diferencia de fato os 214 dos 209.
Novamente, não devem ter contado isso para a MB. Mas isto é irrelevante, esta seria só uma questão de querer, não é nenhum requisito técnico inevitável.Como falei acima não interessa a eles.
Não, se alguém é mais manobrável, será melhor em qualquer situação, é certo que a vantagem será maior em determinadas situações. Portanto, será melhor em qualquer lugar, agora, subemarino de 1800 toneladas não é para águas rasas, o tamanho entrega o 212.
A capacidade de manobra é definida por vários parâmetros e não um só. Até existem motivos para crer que o 212 seja melhor em alguns (casco mais curto, menor deslocamento) mas também existem para acreditar que seja pior em outros (leme em X, aletas na vela, estes fatores pioram a manobralidade submersa e não melhoram). Não dá para dizer que um é muito superior ao outro e mais, é um parâmetro secundário do desempenho em combate de sub’s (sub's não são caças, você sabe).Não, se o leme X fosse melhor apenas em ambientes restritos, porque os Barracudas terá leme em X e o Marlin também, o leme em X tem uma grande vantagem, permite o aumento deles, sem que interfiram com a operação do sub, como por exemplo acomodação no leito oceânico. Assim, temos lemes maiores.
Pelo contrário os dados que dispomos é que a plataforma tem muito mais tecnologia aplicada, agora, nem sempre uma diferença tecnológica pode ser traduzida em performance. Quer dizer menor comprimento, lemes em X e hidroplanos da vela e casco com melhor hidrodinâmica.
Que dados? Podem até existir avanços (melhor hidrodinâmica?), mas isto não faz uma diferença tão grande nos parâmetros de performance. O aspecto geral do 212 na verdade parece indicar menos preocupação com velocidade máxima de imersão e mudanças de profundidade e mais com capacidade de giro no plano horizontal. Só isso.Em outras palavras melhor manobrabiidade em combate, mas ele não tem os outros dados melhores, porque tem uma tonelagem limitada, no entanto, já pensou essa tecnologia usado nos SNA´s como é o caso dos Barracudas?
Discordo, ele é tecnologicamente superior, tem performance superior nos itens que os alemães quiseram, porém, versões diferentes dele poderiam ser bem superiores aos 214.
Continuo não vendo razão para acreditar em performance fundamentalmente superior. Quanto aos sistemas, qualquer sub moderno se encaixa no comentário.Essa crítica também não é feita ao F-22? Quer dizer muita tecnologia, muito custo, para pouca superioridade em várias situações, somente no combate BVR ele tem grande vantagem, em outras situações, vale a pena pagar mais 150 milhões por cada caça, em comparação com a concorrência? Do mesmo modo o 212 é bem mais caro que o 214.
[]´s
Leandro G. Card