Mas, além disto, esse texto afirma coisas como:Aqui numa fonte onde a bibliografia cita o Alain Demurger afirma o oposto.
Ou, então,"contendo informações sobre tecnologia naval (que seria posteriormente usada por Colombo, Pedro Álvares Cabral e Vasco da Gama) motivou a ideia de destruição dos templários e apoderamento dos seus vastos recursos."
Ou mais," (...) transmitiu à chamada Escola de Sagres todo o vasto conhecimento que já dispunham sobre navegação após anos singrando o mar Mediterrâneo. Essa ligação íntima explica porque as caravelas portuguesas tinham as suas velas pintadas com a cruz templária."
“O rei Filipe IV de França tentou tomar posse dos tesouros dos templários. No entanto, quando seus homens chegaram ao porto, a frota templária já havia partido misteriosamente com todos os tesouros, e jamais foi encontrada.”
E, tais coisas, desculpe-me, não passam de fantasias esotéricas. Aliás, iguais aquelas que dizem que os Templários chegaram à América, antes de Cristóvão Colombo, para isto, utilizando as antigas rotas navais dos Vikings. Pode uma coisa dessas? O fato concreto é que, em termos de poder naval, a Ordem do Templo pode ser considerada como a Bolívia de hoje em dia.
Esse texto (Symbolom) apresenta uma bibliografia muito interessante, porém, há alguns problemas. Pois, difícil é acreditar que o autor tenha, realmente, lido, meticulosamente, muitos destes livros. Por exemplo, em certa altura, o texto afirma:
Ou seja, tal declaração - absurda, diga-se - é citada como baseada neste artigo de Demurger. Realmente, eu não li tal obra, mas já li outros dois livros do autor francês. E isto permite-me dizer que tal atribuição é uma fraude. Pois, se Demurger tivesse declarado tal coisa, estaria contradizendo a si mesmo, nestas obras anteriores, além de dizer uma grande sandice. Então, até prova em contrário, permita-me duvidar do autor desse texto, aqui postado e não de Alain Demurger. As tais ordens lacradas foram emitidas pelo rei Felipe, O Belo, para suas autoridades de segurança - na França, não na Europa - e não pelo papa, que nada sabia sobre o caso.Papa enviou instruções secretas, lacradas, a serem abertas simultaneamente pelas suas forças, por toda a Europa, no dia 13 de outubro de 1307. Nesse dia, ao serem abertas, os destinatários tomaram conhecimento da afirmação do Pontífice de que Deus lhe falara numa visão, alertando-o de que os Templários eram culpados de heresia, blasfêmia, idolatria, sodomia e, até mesmo, de feitiçaria (DEMURGER, Alain. O roubo do tesouro dos Templários. in: História Viva, ano 1, n° 4, fev. 2004. p. 66-69.)
Olha, sinceramente, esse texto tem muitas informações gerais, que eu considero corretas, sem dúvida, extraídas das obras na bibliografia. Mas, o autor - provavelmente, um maçom -, pra mim, utiliza-se, de forma dúbia, tais informações verídicas, para contrabandear, junto, essa visão esotérica sobre "mistérios"; "frotas templárias"; "tesouros templários" e "as origens templárias da maçonaria".
Mas, há um problema, seríssimo, com a seguinte afirmação:
O problema é que o ultimo mestre [comendador] do Templo em Portugal foi Dom Vasco Fernandes. E este não foi escolhido Mestre de Cristo e sim, Dom Gil Martins, que era, até aquela data, o Mestre da Ordem Militar de São Bento de Aviz. Então, como ficamos? Se Dom Gil Martins fosse um "zé ruela" qualquer, haveria margem para dúvidas, mas ele não era. Portanto, este é uma questão factual simples de se resolver. Ou ele era ou ele não era um templário. Suponho que deva existir sites de história portugueses que resolvam tal dúvida.Em Portugal foi criada, em 1319, a Ordem de Cristo (em latim,Ordo Militiae Jesu Christi) que teve como seu primeiro Mestre o antigo Mestre Templário em Portugal
Da minha parte, eu fico com a opinião do capitão de cavalaria do Exército português Carlos Tavares de Andrade Afonso dos Santos, que, na sua obra, “Portugal Militar” declara que Dom Gil Martins, na época da sua escolha para liderar a nova ordem, era, então, o Mestre da Ordem de Aviz.
Aliás, este capitão português ficou muito famoso, depois, com o pseudônimo “Carlos Selvagem”, tendo, portanto, uma grande credibilidade, não?