Corsário01 escreveu:Vou colocar aqui, porque este comentário questiona algo que para mim é estratégico.
"Infelizmente (na minha opinião) estamos falando de replicar toda a estrutura operativa, logística e administrativa do Comando-em-chefe da Esquadra (que passaria a ser a 1ª Esquadra) na Região N/NE por meio do Comando que se convencionou chamar de 2ª Esquadra. Ela terá base e meios operativos (navios e aeronaves) próprios e atuará em conjunto com uma 2ª Divisão Anfíbia, também a ser criada. Portanto, uma empreitada megalomaniaca.
A única coisa que não replicaria, seria a Força de Submarinos, que se tornaria una e independente, inclusive da atual Esquadra.
Sob o enfoque de fomento e desenvolvimento de uma Região mais carente, até pode fazer sentido, mas sob o aspecto militar, não faz nenhum! Uma Esquadra é uma força de reação. Lenta, planejada, prolongada e poderosa. Não faz sentido dividir o seu poder se só se tem um litoral. Não é uma força de "guarda costas", que tenha que reagir rapidamente. Essas são as forças Distritais.
Melhor seria aumentar as capacidades das atuais bases navais distritais para que possam prover o adequado apoio logístico a uma Força-tarefa que opere em sua região."
Este comentário foi postado por um forista do BM no tópico: 2ª Esquadra da MB.
Acho que seria interessante um debate com este forista, pois o mesmo é da MB e sua visão é antagônica ao que lemos por aqui.
Padilha, não sei se vou ter tempo agora de responder todos os pontos que merecem ser respondidos.
Uma primeira coisa é que a MB fez de tudo para que essa idéia fosse repensada. Explicou aos Ministros que cuidavam de confeccionar a END a importância de se dispor de POSIÇÕES ESTRATÉGICAS, e a necessidade de não se dividir a Esquadra.
O Poder Político da nação, ouvidos os interessados, DECIDIU criar a Segunda Esquadra, aceitando as ponderações da MB em não dividir a atual, já claramente insuficiente.
Então SERÁ criada a segunda Esquadra, por DECISÃO daqueles a quem devemos obedecer. Ponto.
Na END há duas áreas de interesse para a MB claramente definidas: os campos do pré-sal, que vão de Vitória até Santa Catarina, e a foz do Rio Amazonas, ponto de entrada para nosso interior e nossa Região Amazônica.
Então, superado o desgaste inicial, se o PODER POLÍTICO DA NAÇÃO nos der os meios para a criação da 2ª Esquadra e da 2ª Divisão Anfíbia, além de potencializar a Esquadra existente, não temos que ficar tristes não, MUITO PELO CONTRÁRIO.
O interessante é que este posicionamento estratégico apareceu pela primeira vez no 1º Império, quando nossos representantes políticos na 1ª assembléia nacional discutiam a ameaça que viria pelo mar (Portugal) e diziam da necessidade de 2 Esquadras, uma para proteger a Corte até Santa Catarina (esqueceram o RGS) e outra para o Norte do Brasil.
Dizer que a ForS se indenpendizará é uma tolice tão grande que não merece resposta.
Então, NÃO SE DIVIDIRÁ O PODER DA ATUAL ESQUADRA, pelo contrário, ele será aumentado, mas se criará uma OUTRA Esquadra, cada uma nucleada em um PA, aumentando o Poder Naval do Brasil, em MUITO.
As Forças Distritais serão aumentadas, assim como as atuais Bases Distritais terão sua capacidade de apoio grandemente aumentada. Já estamos vendo os NPa de 500 ton e os NaPaOc de 1800 ton a caminho.
O autor não deve ter tido oportunidade de acompanhar os debates iniciais, entre a MB e o Governo, assim como não deve ter lido o PEAMB em sua parte de articulação.
Acabei respondento, não?