Voo TAM 3054: MP denunciarah oito por tragedia em CGH

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jambockrs
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Voo TAM 3054: MP denunciarah oito por tragedia em CGH

#1 Mensagem por jambockrs » Sáb Jul 12, 2008 6:50 pm

Meus prezados:
A investigaçao da Policia Civil estah na fase final e o Ministerio Publico tomou sua decisao antes mesmo do fim do inquerito.
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora ... section=67
fonte: jornal "Zero Hora" 12 jul 2008
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Edu Lopes
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Re: Voo TAM 3054: MP denunciarah oito por tragedia em CGH

#2 Mensagem por Edu Lopes » Ter Set 30, 2008 10:32 am

Não foi a pista

Istoé revela o que diz a perícia final sobre a tragédia do vôo TAM 3054, que matou 199 pessoas, no maior acidente aéreo do País

Alan Rodrigues


Um relatório confidencial guardado no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), em Brasília, mostra as conclusões finais da investigação sobre o maior acidente aéreo do Brasil. Mantido sob segredo de Justiça, o documento número 2007.61.81.008823-6 aponta as causas que provocaram a tragédia do vôo 3054, da TAM, em 17 de julho de 2007. Naquele final de tarde chuvoso, 199 pessoas morreram depois que o Airbus A-320 não conseguiu frear na pista 17R/35L do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e explodiu após colidir contra um prédio da própria companhia. As investigações conduzidas por técnicos do Instituto Nacional de Criminalística, às quais ISTOÉ teve acesso, desmentem o que nos últimos 14 meses foi apontado por especialistas como uma das principais causas do acidente. "A pista molhada e sem grooving (ranhuras no asfalto que ajudam o escoamento da água) não teve peso decisivo no acidente", registra o relatório. "Mesmo que houvesse mais 250 metros de pista, não pouparia a tragédia."

Segundo o relatório, o Airbus tocou o solo com uma velocidade de 270 km/h e atravessou os 1.940 metros de asfalto molhado a 240 km/h.

Não houve derrapagem ou aquaplanagem. "Houve uma resposta inesperada do sistema automático de frenagem da aeronave nos momentos iniciais em solo, o que aconteceu por conseqüência da não abertura dos spoilers durante o pouso", diz o documento do Cenipa.

"Pode-se afirmar que o não funcionamento dos spoilers e problemas no autobreck (freio automático), certamente, estiveram entre os fatores determinantes que inibiram a desaceleração da aeronave." O documento, no entanto, não é conclusivo quando analisa as causas do não funcionamento dos sistemas de frenagem do avião. Esses sistemas podem ter falhado por razões mecânicas e/ou eletrônicas ou por erro humano. Para saber exatamente como se comportaram os pilotos do avião, os técnicos precisam comparar os dados digitais, armazenados no computador de bordo, com o posicionamento físico das manetes, operadas manualmente pelos pilotos para determinar a frenagem ou a aceleração da aeronave.

Os dados digitais apontam que o motor do lado direito do avião estava acelerado em potência máxima, enquanto o esquerdo estava em reverso. O problema é que essas informações só podem ser dadas como absolutamente verdadeiras caso a posição das manetes as confirmem.

No caso do vôo 3054, os especialistas submeteram o que sobrou dos comandos de cabine a laboratórios franceses, onde foram feitos mais de 200 testes de ressonância magnética. O objetivo era saber a exata posição das manetes. Mas isso foi impossível de determinar. Os comandos ficaram expostos a uma temperatura superior a 2000 graus centígrados e chegaram aos laboratórios completamente derretidos.

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Apesar do relatório do Cenipa, a tragédia do vôo 3054 está longe de ser encerrada. Ainda em outubro, o delegado Antônio Carlos Barbosa, que conduz em São Paulo um inquérito policial sobre o caso, encaminhará ao Ministério Público o resultado de suas investigações. "Vou apontar de sete a dez pessoas como responsáveis por homicídio culposo (sem intenção de matar)", diz Barbosa, sem antecipar os nomes. Ele avalia que tanto o governo federal como as empresas envolvidas pode riam ter evitado o desastre. Barbosa sustenta que em dezembro de 2006, sete meses antes do acidente, em uma reunião na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Infraero e as maiores companhias aéreas brasileiras, entre elas a TAM, foram informadas sobre o risco de se pousar em Congonhas em dias de chuva com aeronaves com o reverso travado.

Na reunião, segundo ata obtida por ISTOÉ, ficou acertado entre as empresas e os organismos que gerenciam a aviação comercial no Brasil que não seriam usados aviões com quaisquer limitação no sistema de freios no aeroporto de Congonhas em dias de chuva. Nas cinco folhas da ata, os representantes das companhias aéreas assumem o compromisso de distribuir a orientação para todos os seus pilotos. O Airbus da TAM que fazia o vôo 3054 pousou com o reverso pinado. O delegado agora questiona de quem é a responsabilidade pelo fato de não ter sido praticado o que fora pactuado na reunião. Ele também questiona o fato de os gerentes da Anac não terem transformado em regra ou em norma aquilo que fora acertado na reunião. Na tarde da quinta-feira 24, a assessoria da TAM informou que a empresa "não vai comentar investigações ainda em andamento".


Fonte: http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2 ... 3759-1.htm




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rodrigo
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Re: Voo TAM 3054: MP denunciarah oito por tragedia em CGH

#3 Mensagem por rodrigo » Ter Set 30, 2008 2:33 pm

ficou acertado entre as empresas e os organismos que gerenciam a aviação comercial no Brasil que não seriam usados aviões com quaisquer limitação no sistema de freios no aeroporto de Congonhas em dias de chuva.
Quer dizer então que ao invés de aproveitar e criar uma regra proibindo aeronaves de voar sem problemas no sistema de freios, essa regra só vale para Congonhas? Vai ser necessária uma tragédia no Santos Dumont, Pampulha e etc...?




"O correr da vida embrulha tudo,
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aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

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jambockrs
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Re: Voo TAM 3054: MP denunciarah oito por tragedia em CGH

#4 Mensagem por jambockrs » Sáb Out 25, 2008 9:34 pm

Meus prezados:
Piloto denuncia que falha em equipamento pode ter provocado acidente com avião da TAM
Um piloto, que pediu anonimato, procurou na noite de ontem (24) os parentes e amigos das vítimas do acidente com o avião da TAM que se chocou com um terminal da companhia no aeroporto de Congonhas e matou 199 pessoas, e denunciou que uma falha num dos equipamentos da aeronave pode ter contribuído para o acidente em julho do ano passado. Os parentes das vítimas estão hospedados num hotel de São Paulo desde ontem para mais uma das reuniões mensais que realizam para cobrar a punição dos responsáveis pelo acidente.

De acordo com Dario Scott, presidente da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo JJ3054 (Afavitam), o piloto disse que o problema foi detectado num equipamento chamado Fadec (Full Authority Digital Engine Control), que controlaria o motor do avião. "Existiu uma pane nessa aeronave e esse equipamento estava com defeito. Esse aparelho acelerava o avião, independente da posição dos manetes do piloto, e não acionou nenhum tipo de freio", explicou Scott, ressaltando que, em sua denúncia, o piloto disse ainda que esse defeito já havia sido identificado no Airbus antes do acidente e estava sendo analisado pelos mecânicos da TAM. Na reunião que realizaram durante todo o dia de hoje (25), os parentes das vítimas do acidente aproveitaram para levar a denúncia ao delegado Antonio Carlos Menezes Barbosa, responsável pelo inquérito policial que investiga as causas e responsáveis pelo acidente. Segundo Scott, o delegado se comprometeu a investigar a denúncia. "Não é só a questão de uma pista sem área de escape, não é só a questão de normas descumpridas e de desrespeito aos avisos dos pilotos do risco de se pousar naquele aeroporto, são diversos os fatores que contribuíram para esse acidente. Esse talvez possa ser mais um. Qual o grau de relevância desse fator, ainda não sabemos", disse Scott. Procurada hoje pela Agência Brasil para esclarecer a nova denúncia, a assessoria de imprensa da TAM informou que a companhia não vai se pronunciar sobre o caso até a conclusão das investigações. Durante a reunião, os parentes também foram informados pelo delegado Barbosa de que o inquérito policial que investiga as causas e os culpados pelo acidente pode ser concluído na primeira quinzena de novembro. "Esperamos que os responsáveis pela tragédia sejam apontados e respondam perante a Justiça. Esperamos que se aprenda a lição com o que aconteceu com nossas famílias para que isso não se repita com a família de mais ninguém", disse Dario Scott. Ainda hoje será realizada uma manifestação no aeroporto de Congonhas, com um ato ecumênico.
Fonte: Terra, via Câmera 2 sábado, 25 de outubro de 2008 - 18:36
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Re: Voo TAM 3054: MP denunciarah oito por tragedia em CGH

#5 Mensagem por Valdemort » Dom Out 26, 2008 8:13 am

Claro ...
Simplismente não existe isso de aviador não reduzir uma das manetes ...
Aqui sempre a culpa é de quem morreu e não pode mais se defender ...




"O comunismo é a filosofia do fracasso, o credo da ignorância e o evangelho da inveja. Sua virtude inerente é a distribuição equitativa da miséria".
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Re: Voo TAM 3054: MP denunciarah oito por tragedia em CGH

#6 Mensagem por Brigadeiro » Seg Out 27, 2008 12:24 pm

Infelizmente... :cry: :cry:

Até mais!




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Re: Voo TAM 3054: MP denunciarah oito por tragedia em CGH

#7 Mensagem por jambockrs » Dom Dez 14, 2008 8:50 pm

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Familiares das vítimas do vôo JJ3054 satisfeitas com as conclusões do inquérito do MPE de São Paulo
Os familiares das vítimas do acidente com o Airbus A320 da TAM, ocorrido em 17 de julho do ano passado, no aeroporto de Congonhas ficaram satisfeitos com as conclusões do inquérito realizado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de São Paulo e com o encaminhamento que será enviado junto com a investigação que está sendo realizada pela Polícia Federal.
Eles passaram o último final de semana reunidos no Hotel Embaixador, na capital gaúcha, e ouviram o promotor Mário Luiz Sarrubbo, que recomendou o indiciamento de 11 pessoas como responsáveis pela morte dos 199 passageiros e tripulantes do vôo 3054, entre o aeroporto Salgado Filho e o de Congonhas.
Sarrubbo explicou aos familiares que retirou do inquérito policial os dois funcionários da Infraero que fizeram a medição do nível da água na pista de Congonhas, "porque apenas cumpriam ordens". Porém, em seu lugar, indicou três funcionários da TAM: Marco Aurélio Castro, diretor de segurança; Orlando Bombini Jr., chefe de pilotos; e Alex Frischmann, chefe do equipamento A320 na empresa.
Esta foi a 16ª reunião dos familiares das vítimas do vôo TAMJJ3054. Segundo Dario Scotti, presidente da Associação das Famílias e Amigos das Vítimas do Vôo TAMJJ3054 (AFAVITAM). "Nos reunimos uma vez por mês para que este acidente não seja esquecido, e até serve como terapia para alguns de nós", explicou Scotti, lembrando que foram necessários 16 meses de investigações para que 11 pessoas fossem responsabilizadas de forma culposa (sem intenção) pela morte dos passageiros daquela viagem.
O presidente da AFAVITAM disse ainda que todos ficaram satisfeitos com a unificação dos processos num só em nível federal. Durante o encontro, os familiares ainda ouviram as advogadas Adriana Burger e Laiana Elisa de Souza, da Defensoria Pública/RS, que os informou sobre o andamento da ação movida pelo PROCON/RS, cobrando a multa de R$1 milhão da empresa pela demora na divulgação da lista de passageiros.
A programação do encontro foi encerrada no domingo, com uma visita ao memorial construído pela AFAVITAM junto ao aeroporto Salgado Filho, e um culto ecumênico celebrado em memória das vítimas.
fonte: Câmera 2 domingo, 14 de dezembro de 2008 - 16:51
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Re: Voo TAM 3054: MP denunciarah oito por tragedia em CGH

#8 Mensagem por jambockrs » Qui Jun 25, 2009 1:16 pm

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Cenipa: falha humana causou acidente da TAM em Congonhas
Relatório afirma que piloto, preocupado com pista molhada de Congonhas, errou a posição de manete; 119 morreram
Uma falha do piloto provocada pela pressão de ter que pousar em uma pista em condições inadequadas é uma das principais causas apontadas pelo relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) para explicar o acidente com o Airbus da TAM no Aeroporto de Congonhas, em 17 de julho de 2007. Na ocasião, morreram 199 pessoas, entre passageiros do voo e pessoas que estavam em um prédio atingido pelo avião.

O relatório, que o "Diário de S.Paulo" publica hoje, aponta ao menos oito fatores que contribuíram para que o piloto cometesse o erro de manter uma das manetes (alavanca que controla a potência do motor) na posição de "climb" (aceleração) durante o pouso. A transcrição das caixas-pretas comprova que só a manete esquerda foi colocada na posição certa, de "reverse" (freio).

A investigação entende que a pista de Congonhas, que estava sem grooving (ranhuras) e "molhada e escorregadia" na hora do pouso, preocuparam o piloto. Nas conversas na cabine, o comandante Kleyber Lima relembra três vezes nos cinco minutos que antecedem o acidente que o reverso (freio aerodinâmico) direito estava inoperante. A pressão para parar o jato em circunstâncias adversas, agravadas por problemas psicológicos, fisiológicos e falhas na preparação, induziram o piloto ao erro, concluiu o Cenipa. Leia mais em O Globo
fonte: De Tahiane Stochero - O Globo, via Câmera 2 - 25.06.09 - 10:01
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Re: Voo TAM 3054: MP denunciarah oito por tragedia em CGH

#9 Mensagem por ninjanki » Qua Jul 01, 2009 6:26 pm

Na boa, eu tenho de discordar do CENIPA. Se a manete recuperada não pode ser testada para comprovar qual era sua posição, e o piloto não mencionou a posição aonde deixaria a manete verbalmente nos procedimentos de pouso, concluir que ela estava na posição errada porque a caixa-preta diz isso não é exato. A caixa-preta não tem olhos, nem gravou as imagens da cabine no momento do pouso. A informação da posição da manete é eletrônica, vinda provavelmente dos próprios sensores da manete, e a mesma informação que o computador de bordo recebeu. Se houve problema justamente nesses sensores, não é a caixa-preta que vai saber a verdade. Mais que isso, pode ser que nem isso seja a informação guardada. Se a caixa-preta recebe informações indiretamente, através do computador de bordo, pode muito bem ter recebido oque o computador de bordo achava que estava sendo comandado, e não necessariamente oque estava sendo comandado. Uma série de bugs ou comportamentos anômalos, em diferentes sistemas da aeronave, poderiam ter levado o computador de bordo a entender errado o status da aeronave, e com isso até mesmo contaminado as informações que esse passa para a caixa-preta.

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