helio escreveu:Gaitero
Sim, o AMX está em operação e continuará até a chegada dos FX-2
Mas isto não quer dizer que ele é imprescindivel. Se assim fosse ,procurariam recuperar os que ficaram oxidados por descuido em BASC.
Ao contrário dos AMX, repare que até os F-5E mais detonados da frota( aqueles que vieram do agressor) a FAB está fazendo todos os esforços para recuperá-los .
Que o upgrade irá melhorar a capacidade do stuka não resta nenhuma duvida, entretanto julgo que veio muito tarde(o protótipo sequer saiu) e quando o ultimo AMX sair de Gavião Peixoto devidamente modernizado , já estará na hora de descarregá-los pela vinda dos FX-2.
Não será descarregado por ter chegado o fim da vida util da célula, mas sim em prol da padronização de equipamentos.
O mesmo ocorreu com os HS.748 que apesar de estarem novos, deram lugar ao EMB-145.
Ocorreu também no Chile que descarregaram os Mirage Elkan e F-5E para dar lugar uma racional padronização do equipamento , os F-16.
Hélio
Compreendo, pelo menos sua opinião tornou-se mais palpavel.
Creio então que você tenha uma fonte oficial dizendo que apenas 43 AMX serão modernizados. Dos 53 adqueridos e ainda operacionais. Certo?
Porque de fato, não se sabe quantos caças serão modernizados, sabe-se apenas que o Programa de Modernização das aeronaves A-1 foi iniciado em 2003 com a contratação da EMBRAER – Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. como empresa principal, responsável pela execução de todas as atividades de modernização.
E que em 20 de fevereiro de 2009 foi divulgado no DOU um contrato acessório desse Programa de Modernização, firmado entre o Comando da Aeronáutica e a Embraer Aviation International (EAI), para aquisição de equipamentos inexistentes no mercado nacional. Mas isto não significa que apenas os 43 caças que receberam estes sistemas serão modernizados, pelo contrário, existem aviões com menos de 8 anos na FAB e que já podem ter sido comprados com os novos equipamentos, ou seja, podemos estar modernizando todos os 53 caças. Mas apenas 43 necessitavam destes novos sistemas.
Vale ressaltar que, em virtude de dispositivo contratual de compensação comercial, industrial e tecnológica (offset) desse contrato acessório, os componentes do sistema aviônico que estão sendo adquiridos por meio da EAI serão produzidos no Brasil, por indústria nacional. Ou seja, capacitação nacional.
Pois bem, vou colocar os pontos positivos do Caça, assim creio que você deverá ter seus pontos negativos e poderemos debater não mais pensamentos e opiniões, mas sim fatos e verdades.
1- A versão brasileira do AMX deverá ser equipada com um radar multimodo "look-down/shoot-down", o que aumentará consideravelmente sua capacidade de ataque.
2- O AMX dispõe de uma APU ("auxiliary power unit") capaz de dar partida em sua turbina e demais sistemas. O seu trem de pouso, reforçado, bem como a potência da turbina, possibilitam a decolagem de pistas curtas e mal-preparadas (a distância para decolagem com peso de 10.500Kg é de aproximadamente 760m).
3- Outra característica que contribui para a facilidade de operação é o uso de componentes substituíveis na linha de vôo (LRU, "line replacement unit"), cujas eventuais panes são detectadas através do sistema de auto-teste (BITE, "built-in test equipment").
4- O AMX pode ser equipado com bombas convencionais, foguetes não-guiados, bombas inteligentes guiadas a laser, mísseis ar-terra e anti-radar, além do míssil AM39 Exocet.
5- Como praticamente todos os sistemas vitais para a aeronave são duplicados, espera-se que a aeronave seja capaz de completar a missão caso quaisquer deles sofram uma pane.
6- O AMX também está equipado com equipamentos ativos e passivos de contra-medidas eletrônicas, além de dispensadores de chamas ("flare") e de tiras refletivas ("chaff").
7- o AM-X deverá receber modernizações em seu Cockpit semelhantes ao do F-5 BR.
8- A estrutura semi-monobloco do AMX A-1 foi confeccionada quase toda em liga de alumínio, com exceção das superfícies de controle que são de fibra de carbono; foi concebida para 16.000 horas de vôo (em média 30 anos) que pode ser estendido para 24.000 horas.
9- Seu custo unitário em 1999 era de US$18.000.000,00
10- O coronel da USAF Neil R Anderson, o primeiro homem a pilotar um F-16, fez um vôo de teste no AMX, e teceu um comentário que considero relevante. Ele disse que o AMX acelera bem e que a baixa altitude, o AMX é mais manobrável que um F-5E. '' A manobrabilidade do AMX é boa, principalmente em baixa altitude, e ele é capaz de puxar até 8 Gs, em manobra. As asas possuem muitos dispositivos de sustentação, que permitem um melhor desempenho acrobático.''
11- Um motor Rolls-Royce RB168-807, para velocidade subsônica, garante-lhe um alto desempenho operacional, consumindo pouco combustível e assim aumentando sua autonomia de vôo.
12- O FX será uma aeronave multimissão, mas a missão inicial será apenas defesa aérea até chegar o segundo lote que substituirá os F-5BR a partir de 2015. Por alguns anos, o FX fará uma dupla Hi-Lo com o AMX até que o substituto entre em operação, podendo ser até lotes adicionais do FX.