#1808
Mensagem
por Marino » Qui Jun 25, 2009 11:55 am
Paraguai quer reforçar presença das Forças Armadas na região de
Itaipu
A medida faz parte de uma ampla estratégia de Assunção para melhorar a segurança nas áreas de
fronteira
ASSUNÇÃO - O governo do Paraguai quer ampliar a presença militar na região da usina
binacional de Itaipu, informou nesta quarta um porta-voz do Executivo.
De acordo com a fonte, o assunto foi discutido durante uma reunião do presidente Fernando
Lugo com chefes das Forças Armadas do país, que apresentaram um projeto para remanejar oficiais que
trabalham em postos de fronteira.
O porta-voz das Forças Armadas, José Manuel Cáceres, explicou que o objetivo é identificar os
locais em que "os postos e destacamentos militares poderiam ser melhor aproveitados em suas funções".
O ministro da Indústria, Francisco Rivas, enfatizou por sua vez que faz parte do projeto ampliar a
presença militar na região do Rio Paraná, onde está a hidrelétrica, cuja gestão é dividida com o Brasil.
Segundo Rivas, a área onde foi construída a usina, perto da Tríplice Fronteira, dispunha de uma
unidade militar que está "totalmente desarticulada".
A Tríplice Fronteira é vista por autoridades como uma área em que há intensa atividade de
traficantes de drogas. Recentemente, o governo dos Estados Unidos ofereceu um subsídio de US$ 280
mil para reforçar a segurança local.
Washington acredita, além disso, que habitantes da região seriam financiadores de grupos
islâmicos considerados terroristas, como o movimento libanês xiita Hezbollah.
Mercosul
O assessor para assuntos internacionais do presidente Lugo, Gustavo Codas, disse que o
adiamento da Cúpula do Mercosul, que estava marcada para 3 e 4 de julho e foi postergada para os dias
23 e 24 do mesmo mês, deve-se à falta de acordo entre Paraguai e Brasil sobre a renegociação do
Tratado de Itaipu.
De acordo com o jornal Ultimas Noticias, Codas admitiu, na noite dessa terça-feira, que não foi
apenas a carregada agenda do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que motivou a mudança
da data do encontro, que ocorrerá em Assunção.
Inicialmente, o grande número de compromissos internacionais de Lula foi o argumento alegado
pelo governo do Paraguai, que exerce a presidência temporária do bloco.
"O motivo do adiamento seria ter mais tempo para as negociações bilaterais", disse Codas. O
funcionário explicou que, até o momento, o Brasil ainda não apresentou uma proposta ao país vizinho
para discutir a revisão do acordo, mediante o qual as duas nações dividem em partes iguais a energia
gerada em Itaipu.
Como a Cúpula da Mercosul foi postergada, também ficou para o fim de julho a reunião em que
os presidentes Lula e Lugo voltariam a tratar do tema. A última vez que os dois estiveram juntos foi no
mês de maio, em Brasília.
Naquela ocasião, não houve acordo quanto ao tratado, e os mandatários também deixaram de
assinar 14 acordos bilaterais.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco