A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

Moderador: Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
HIGGINS

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

#136 Mensagem por HIGGINS » Dom Mai 31, 2009 12:33 am

Achismo, apenas isto.
Pior é ancorar-se em jornalistas como Dora Kramer e Reinaldo Azevedo. O segundo chega a ser ridículo.

Quem disse que a política externa brasileira tem colecionado derrotas?
De onde sai isso?

Eu digo: Daqueles que defendem tirar o sapato para entrar nos EUA; que querbraram o país 3 vezes em seis anos; que querem um careca pauliusta na presidência da república.
Fácil de saber...




Avatar do usuário
Marino
Sênior
Sênior
Mensagens: 15667
Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
Agradeceram: 630 vezes

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

#137 Mensagem por Marino » Dom Mai 31, 2009 10:11 am

Higgins, me desculpe, mas eu não entendi direito seu post.
Só para não cometer um erro, você estaria me criticando diretamente, dizendo que eu só me baseio em posts do Reinaldo e da Dora? Que eu me baseio em achismos, é isto por acaso?
Minha crítica ao criar este tópico é muito mais ampla, não se baseando em "derrotas" em disputas por cargos internacionais.
Quanto ao final de seu post, concordo 100%. Vc deve lembrar que eu escrevi várias vezes que FHC será julgado pela história como um dos piores presidentes do país.
Se quiser tratar a questão por MP, estou aguardando.




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Avatar do usuário
usskelvin
Sênior
Sênior
Mensagens: 737
Registrado em: Sáb Dez 27, 2008 6:25 pm

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

#138 Mensagem por usskelvin » Dom Mai 31, 2009 10:40 am

Marino escreveu:Higgins, me desculpe, mas eu não entendi direito seu post.
Só para não cometer um erro, você estaria me criticando diretamente, dizendo que eu só me baseio em posts do Reinaldo e da Dora? Que eu me baseio em achismos, é isto por acaso?
Minha crítica ao criar este tópico é muito mais ampla, não se baseando em "derrotas" em disputas por cargos internacionais.
Quanto ao final de seu post, concordo 100%. Vc deve lembrar que eu escrevi várias vezes que FHC será julgado pela história como um dos piores presidentes do país.
Se quiser tratar a questão por MP, estou aguardando.
Simples, muitos users aqui já entraram em clima de eleição, eles querem Dilma de qualquer forma, qualquer coisa tem que ser relativizada com a época do FHC, e qualquer um que não reze a cartilha tem que ser defenestrado como psdbista, vivemos aqui um constante patrulhamento, onde quem aponta os problemas deste governo é diretamente e sem analise tratado como psdbista, ou vc usa as fontes deles ou o resto não existe, não presta, etc etc etc, isso rotulação, patrulhamento, é vergonhoso.




Vamo la moderação, continuamos confiando na sua imparcialidade.
Avatar do usuário
Marino
Sênior
Sênior
Mensagens: 15667
Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
Agradeceram: 630 vezes

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

#139 Mensagem por Marino » Dom Mai 31, 2009 11:03 am

Se for isto vou responder no mesmo tom.
Por isso estou primeiro perguntando, querendo saber qual a intenção do post.
Não defendo governo algum. Tanto o atual, como o passado, cometeram erros imensos, erros que deveriam estar sendo julgados por tribunais nacionais e não sendo escondidos debaixo de tapetes.
A questão deste tópico vai MUITO mais além do que simples ganhos em disputas internacionais.
Que Chancelaria é esta que:
- se omite em uma questão do Mercosul, como as papeleras na fronteira argentina/uruguaia, sendo convidada para mediar a questão entre dois sócios;
- se mete na questão marítima entre Chile e Peru, questão que já está sendo tratada bilateralmente, em uma corte internacional (para os que não sabem, li que o chanceler chileno vai interpelar o nosso por apoio dado ao Peru na questão bilateral);
- que aceita as violações sistemáticas do tratado do Mercosul por parte da Argentina;
- que aceita uma tropa ocupar uma empresa nacional, como na Bolívia;
- que vai aceitar a violação do tratado de Itaipu (para os que não viram, o país vai aceitar que o Paraguai venda energia de Itaipu no mercado interno);
- que pressiona para que o país assine as cláusulas extraordinárias do TNP (o NJ teve que virar macho em uma palestra no Instituto Rio Branco e dizer com todas as letras que apesar da pressão que eles estavam fazendo NÃO ASSINARIA O PROTOCOLO ADICIONAL, que isto seria uma violação da soberania nacional);
- que assina a declaração dos direitos dos povos indígenas, sem consultar os outros interessados, criando uma ameaça permanente para o Brasil;
- que pressiona para que um livro de um professor do IME seja recolhido das livrarias, fazendo voltar a censura ao Brasil, por conta de pressões da AIEA (o livro se chama "Explosões Nucleares", para os interessados), ou que o autor seja interrogado pelos inspetores da AIEA (de novo o NJ teve que virar macho);
- que não condena regimes assassinos como o do Sudão, em troca de um "possível" apoio para suas pretensões na ONU, que não serão atingidas sem que o Brasil tenha força militar, ao que se opõe;
- que assinou o tratado de mísseis;
- qua assinou o tratado de minas;
- que queria abrir mão de 200.000 km de fronteira marítima (e aqui foi a MB que virou macho);
- onde o Chanceler não sabe a diferença entre trabalhar para o governo e para o Estado;
- etc.
Veja que alguns dos ítens acima são da época do príncipe dos sociólogos, o maior entreguista que o Brasil já teve.
Outros, são do atual governo.
Então, o tópico, como já disse, é muito mais que disputas por cargos internacionais.
Continuo aguardando a resposta do Higgins, para não cometer um erro de interpretação.
Forte abraço




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
felipexion
Sênior
Sênior
Mensagens: 3548
Registrado em: Sex Ago 17, 2007 11:06 am
Localização: Bahia!
Agradeceram: 87 vezes

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

#140 Mensagem por felipexion » Dom Mai 31, 2009 11:23 am

Marino, é por essas e outras que eu não acredito no Brasil.




[centralizar]Mazel Tov![/centralizar]
Avatar do usuário
Marino
Sênior
Sênior
Mensagens: 15667
Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
Agradeceram: 630 vezes

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

#141 Mensagem por Marino » Dom Mai 31, 2009 12:00 pm

No Brasil eu acredito, não acredito em alguma pessoas em postos chave.
Um dia nossos governantes não agirão partidariamente, com interesse nas próximas eleições, mas nas próximas gerações.
Abração




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Avatar do usuário
DELTA22
Sênior
Sênior
Mensagens: 5726
Registrado em: Qui Jun 26, 2008 8:49 pm

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

#142 Mensagem por DELTA22 » Dom Mai 31, 2009 1:56 pm

Esse é o problema. Não vejo motivo para ser taxado com este ou aquele viés político somente por criticar uma política que esteja (e está) errada.

Não preciso ser psdbista pra criticar o governo Lula, bem como ser ptista pra criticar o governo FHC. E na questão de política internacional muito menos. Já disse isso, outros já disseram também: o governo atual (não vou dizer sobre o anterior, pois este já passou e os erros já foram cometidos e não adianta mais chorar) politizou ideologicamente o Itamaraty de uma maneira 'nunca antes vista na história deste país'. :?




"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
Avatar do usuário
usskelvin
Sênior
Sênior
Mensagens: 737
Registrado em: Sáb Dez 27, 2008 6:25 pm

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

#143 Mensagem por usskelvin » Dom Mai 31, 2009 2:00 pm

DELTA22 escreveu:Esse é o problema. Não vejo motivo para ser taxado com este ou aquele viés político somente por criticar uma política que esteja (e está) errada.

Não preciso ser psdbista pra criticar o governo Lula, bem como ser ptista pra criticar o governo FHC. E na questão de política internacional muito menos. Já disse isso, outros já disseram também: o governo atual (não vou dizer sobre o anterior, pois este já passou e os erros já foram cometidos e não adianta mais chorar) politizou ideologicamente o Itamaraty de uma maneira 'nunca antes vista na história deste país'. :?

Concordo totalmente.




Vamo la moderação, continuamos confiando na sua imparcialidade.
Avatar do usuário
Marino
Sênior
Sênior
Mensagens: 15667
Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
Agradeceram: 630 vezes

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

#144 Mensagem por Marino » Dom Mai 31, 2009 4:42 pm

Do Defesanet:
El sábado 25 de abril tras esperar largas horas de antesala, el canciller brasileño, Celso Amorim, fue recibido por Chávez en Miraflores. Amorim informó en esa ocasión sobre las condiciones que políticos de oposición y empresarios brasileños habían colocado para dar luz verde al ingreso de Venezuela al Mercosur. El brasileño pidió apresurar las negociaciones arancelarias pendientes, lo que se produjo a finales de mayo. En esa misma ocasión, Amorim mencionó a Chávez el tema de la televisión digital y el interés de Lula de convertir el estándar nipo-brasileño en el dominante en Suramérica. La presión brasileña habría logrado frenar el anuncio venezolano a favor de China, a la vez que se programó una exhibición del sistema nipo-brasileño a autoridades venezolanas, la cual ya se cumplió.




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Avatar do usuário
Túlio
Site Admin
Site Admin
Mensagens: 61261
Registrado em: Sáb Jul 02, 2005 9:23 pm
Localização: Tramandaí, RS, Brasil
Agradeceram: 6570 vezes
Contato:

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

#145 Mensagem por Túlio » Dom Mai 31, 2009 7:44 pm

Marino escreveu: Um dia nossos governantes não agirão partidariamente, com interesse nas próximas eleições, mas nas próximas gerações.
Abração

Se me permites, cupincha, vou esperar sentado (e isso se achar uma poltrona BEEEEEM confortável...).

Para entendermos a política MACRO (como é feita no Brasil), temos de entender a política MICRO, aquela dos municípios e suas interações com Estados e União. Tenho tido excelentes oportunidades de ver (de dentro) como funciona...

E é NAUSEANTE... [001]




Be fearful when others are greedy and be greedy when others are fearful.

Warren Buffett
Avatar do usuário
Marino
Sênior
Sênior
Mensagens: 15667
Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
Agradeceram: 630 vezes

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

#146 Mensagem por Marino » Seg Jun 01, 2009 10:12 am

ESP:
OPINIÃO

Autópsia de outro fracasso

Marcelo de Paiva Abreu *



A ação diplomática do Brasil nos últimos tempos pode ser criticada com base em diversos critérios: excessiva complacência com vizinhos atados a populismos variados, que vão do "bolivarianismo" ao neoperonismo; ênfase desmedida em protagonismo, às expensas de substância, na seleção de parceiros "estratégicos"; avaliações descoladas da realidade sobre as possibilidades da política externa. Tais críticas são feitas tendo como pano de fundo o consenso de que o serviço exterior do Brasil é competente e tem tido sucesso em fazer ouvir a voz do País. Acontecimentos recentes sugerem que tais premissas podem estar comprometidas.

Os últimos meses foram marcados por controvérsias sobre postulações internacionais envolvendo interesses brasileiros. Em jogo estavam as escolhas do diretor-geral da UNESCO, da sede dos Jogos Olímpicos de 2016 - o Rio de Janeiro compete com Chicago, Madri e Tóquio - e, surpreendentemente, de integrantes do Órgão Permanente de Apelação da Organização Mundial do Comércio (OMC). O destaque, neste último caso, decorreu de o nome indicado ser o de Ellen Gracie, ministra e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). O cargo em si, embora disputado entre especialistas, é de dedicação parcial (até 100 dias por ano) e não tem o mesmo prestígio da direção de organismos multilaterais.

A estratégia do Itamaraty ficou exposta, porque o ministro das Relações Exteriores deixou claro que não haveria apoio oficial à candidatura de brasileiros à direção da UNESCO, inclusive de funcionário do órgão com chances efetivas de ser escolhido. O Brasil, em nome da aproximação política aos países árabes, estava comprometido com a candidatura egípcia e concentraria esforços na defesa de outras candidaturas brasileiras: a da cidade do Rio e a de Ellen Gracie. Esse apoio foi mantido mesmo após ter sido constatado que o candidato egípcio, apoiado pelo Brasil, notabilizou-se por comentários antissemitas.

O fracasso em relação à candidatura da ministra Gracie ao Órgão Permanente de Apelação da OMC deixa ainda mais exposta tal estratégia. E, no entanto, as dificuldades quanto à candidatura eram óbvias. Foram minimizadas pelo governo, que, movido por interesses relacionados à política interna, estimulou a avaliação de que o cargo na OMC era mais importante do que de fato é. Diversos fatores indicavam ser improvável a escolha da ministra. Luiz Olavo Baptista foi um dos sete membros do Órgão de Apelação durante quase oito anos e a OMC tem 153 membros. Em qualquer cenário haveria dificuldade em fazer prosperar a candidatura brasileira, em face de pressões por rotatividade na representação dos membros.

A ministra Gracie tem currículo distinto, postura de grande dignidade e desfruta de prestígio como a primeira mulher a presidir o STF. Mas a sua candidatura não atende aos requisitos do artigo 17.3 do Entendimento relativo às normas e procedimentos sobre solução de controvérsias na OMC: "O Órgão de Apelação será composto de pessoas de reconhecida competência, com experiência comprovada em Direito, comércio internacional e nos assuntos tratados pelos acordos abrangidos em geral."

Ventilou-se que o ministro Celso Amorim protestou em conversa "dura" com Pascal Lamy, diretor da OMC. Melhor justificativa teria tido Lamy para ter conversa de tal teor, pois o Brasil levou à OMC uma candidatura para resolver assunto de política interna. O ministro deveria reservar seus momentos de dureza para conter incontinências de vizinhos como Lugo ou Chávez.

O Brasil, desde a criação do Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio (Gatt, na sigla em inglês), sempre teve prestígio na instituição, além do que poderia ser explicado por sua participação no comércio mundial. O embaixador Álvares Maciel teve atuação destacada na Rodada Tóquio e Paulo Nogueira Batista foi influente na Rodada Uruguai. Embaixadores no Gatt e na OMC - Ricupero, Lafer, Lampreia, Amorim - foram depois ministros de Estado. No sistema de solução de controvérsias, o Brasil tem tido relevância em "panels" decisivos. O Brasil, no âmbito da OMC, tem participado de reuniões em formatos G-4 e G-7 com os protagonistas desenvolvidos. É uma lástima que tal reputação de competência e operosidade seja comprometida por avaliações incorretas sobre as reais chances do País na indicação de brasileiros para ocupar posições de destaque na organização.

O episódio Ellen Gracie é o último de uma longa lista de tropeços. Nos últimos anos o Brasil vem acumulando espetacular sequência de insucessos em postulações para ocupar posições em organismos multilaterais, muitas delas com engajamento do Itamaraty. Candidatos brasileiros foram derrotados na escolha de dirigentes da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), da Organização Mundial do Comércio, da União Internacional de Telecomunicações (UIT), da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (Wipo, na sigla em inglês). Esses processos quase sempre explicitaram posições divergentes do Brasil com seus vizinhos latino-americanos e até mesmo do Mercosul.

O que explicaria esse retrospecto de time de várzea? A hipótese caridosa é que a deterioração na capacidade analítica da diplomacia brasileira se deva à postura politizada assumida pelo Itamaraty desde 2003. De qualquer forma, é triste ver o País passar vergonha por conta desses erros de avaliação. Esperemos que lições relevantes sejam tiradas. Podem ser úteis na postulação do Brasil no quadro da reforma da ONU. Senão, a vergonha poderá ser ainda maior.

*Marcelo de Paiva Abreu, Ph.D. em Economia pela Universidade de Cambridge, é professor titular do Departamento de Economia da PUC-Rio




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Avatar do usuário
rodrigo
Sênior
Sênior
Mensagens: 12891
Registrado em: Dom Ago 22, 2004 8:16 pm
Agradeceram: 424 vezes

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

#147 Mensagem por rodrigo » Seg Jun 01, 2009 10:38 am

tras esperar largas horas de antesala, el canciller brasileño, Celso Amorim, fue recibido por Chávez en Miraflores.
E ainda falam que tirar os sapatos em um aeroporto americano é humilhação à um chanceler.




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

João Guimarães Rosa
Avatar do usuário
Vinicius Pimenta
Site Admin
Site Admin
Mensagens: 12007
Registrado em: Seg Fev 17, 2003 12:10 am
Localização: Rio de Janeiro - RJ - Brasil
Agradeceram: 131 vezes
Contato:

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

#148 Mensagem por Vinicius Pimenta » Seg Jun 01, 2009 3:07 pm

Contra fatos não há argumentos. Independente de opinião do jornalista A, B ou C, os pontos destacados pelo Marino são um soco na boca do estômago para qualquer brasileiro minimamente preocupado com nossa política externa.




Vinicius Pimenta

Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
HIGGINS

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

#149 Mensagem por HIGGINS » Ter Jun 02, 2009 8:12 pm

Marino,
não vou responder a ti via MP, pelo fato de você merecer por respeito, uma resposta pública de minha parte.

Antes de tudo, revelo que tenho pelos jornalistas Dora Kramer e Reinaldo Azevedo nenhum respeito: são cães de aluguel; não jornalistas!

Como estamos em um fórum, e as respostas se sobrepõem, pode-se considerar que outra coisa não foi que uma crítica. Você a considerou muito forte, tanto que reclamou.

Ataca-se o Itamaraty por oportunismo partidário. Digo partidário pq oportunismo ideológico não cabe. Tenho a impressão que ninguém percebe o que acontece, em termos de informação neste país. Se precebessem, fontes como “Reinaldo Azevedo” seriam solenemente ignoradas.


Exemplo rápido, sobre o vosso exemplo:

1) Depois da palhaçada do Evo, no episódio das pequenas e deficitárias refinarias, na qual diga-se, muitos queriam uma guerra com os Bolivianos (oposição e foristas que nunca calçaram uma bota), deu-se que a esperada "ajuda da PDVSA" não se concretizou e o "Índio", voltou bem mansinho pedindo ajuda. A Petrobrás conseguiu explorar um mega campo de gás.

2) O Tratado de Itaipú, em vigor, não impede que os paraguaios instalem um escritório e vendam o excedente deles no mercado brasileiro. Não fizeram antes por preguiça ou incompetência.

3) Mediar a picuinha das papeleiras? Nada tem de ser mediado ali! O direito uruguaio é líquido e certo. Aceitar o papel de mediador, isto sim, seria amadorismo.

4) Quem disse que a indicação de um operador do direito é inconsistente para a OMC, se as demandas entre nações e suas conseqüentes postulações versam sobre o caráter jurídico de cada uma? É brincadeira!

Pois bem, eu enxergo e os amigos não, que cada crítica ao itamaraty fundamenta-se antes em preconceitos plantados, que servem antes ao interesse politico-partidário em vista das próximas eleições, que propriamente ao desenvolvimento e aplicação da diplomacia em si.

Foi sobre as asas da diplomacia brasileira, que nestes últimos seis anos diversificaram-se nossos destinos comerciais, abriram-se novos mercados e manteve-se os antigos. E o que vejo? Críticas!
Querem o quê? Que como antes déssemos preferência para as nações "centrais", que não cediam uma vírgula sequer?
É isso?

Até Chavez, midiático que é, sofreu com nossa ação diplomática. Ele compra de prateleira, faz isso e aquilo. Mas, sofre fracassos. Perdeu na Bolívia, perdeu na Colômbia (fomos nós, mediadores mais eficientes), e mesmo tendo o casal K na mão, perde espaço na Argentina... Será que ninguém percebeu que Chavez fala muito, mas perde no plano prático?

Ah... Itamaraty é um fracasso! A imprensa brasileira, claro, é especialista e sabe tudo...

Entendam uma coisa sobre postulações: quando vc contraria interesses, dá-se o momento em que és confrontado. Quem manso é, ganha todas as sinecuras...
Entenderam, agora?

PS: Marino,
se você acredita-se agredido, ofendido, humilhado ou algo similar, tenha de mim de forma pública (como se deve), minhas desculpas.
Eu sei bem, que tornei-me uma pessoa de pouca popularidade neste espaço. Mas, que preço se paga pela oportunidade de dizer ao senhor do mundo, que ele saia de fronte ao sol?




Avatar do usuário
usskelvin
Sênior
Sênior
Mensagens: 737
Registrado em: Sáb Dez 27, 2008 6:25 pm

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

#150 Mensagem por usskelvin » Ter Jun 02, 2009 9:21 pm

HIGGINS escreveu:Antes de tudo, revelo que tenho pelos jornalistas Dora Kramer e Reinaldo Azevedo nenhum respeito: são cães de aluguel; não jornalistas!
.......

Ataca-se o Itamaraty por oportunismo partidário. Digo partidário pq oportunismo ideológico não cabe. Tenho a impressão que ninguém percebe o que acontece, em termos de informação neste país. Se precebessem, fontes como “Reinaldo Azevedo” seriam solenemente ignoradas.
Caro moderador paisano estamos contando com sua imparcialidade e prontidão, exatamente como fizeste comigo no outro tópico, grande abraço.




Vamo la moderação, continuamos confiando na sua imparcialidade.
Responder