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Mensagem
por Marino » Seg Mai 25, 2009 10:54 am
Brasil: Submarino nuclear é fundamental para a defesa da Amazónia Azul
- Comandante da Marinha do Brasil
Rio de Janeiro, Brasil, 23 Mai (Lusa) -- O submarino de propulsão
nuclear brasileiro é fundamental para garantir a defesa da Amazónia
Azul, uma área equivalente à dimensão da Floresta Amazónica no mar,
defendeu o Comandante da Marinha do Brasil.
Lusa
6:50 Sábado, 23 de Mai de 2009
]
Rio de Janeiro, Brasil, 23 Mai (Lusa) -- O submarino de propulsão
nuclear brasileiro é fundamental para garantir a defesa da Amazónia
Azul, uma área equivalente à dimensão da Floresta Amazónica no mar,
defendeu o Comandante da Marinha do Brasil.
"O submarino de propulsão nuclear é fundamental como um instrumento de
dissuasão, eles são silenciosos e operam em águas rasas. São de muita
importância para podermos tomar conta de áreas de proximidade de
plataformas e para tomarmos conta da nossa Amazónia Azul", afirmou o
almirante-de-Esquadra Júlio Soares de Moura Neto, no Rio de Janeiro.
Segundo o comandante da força, é "indispensável para a meta maior
construir o submarino de propulsão nuclear" em que desde o início do
Programa Nuclear desenvolvido pela Marinha do Brasil, em 1979, foram
investidos 1200 milhões de dólares (cerca de 870 milhões de euros).
"Já se gastou muito dinheiro, mas as cifras são muito menos que outros
países gastaram para chegar ao mesmo estádio", argumentou o almirante
Moura Neto ao referir a necessidade de o Brasil alcançar a sua
independência tecnológica.
O programa nuclear brasileiro, segundo o almirante, é o "grande ponto
superior da tecnologia da Marinha" e também de cunho estratégico que
demanda maior parte de recursos da força.
Para encerrar o programa nuclear que envolve o domínio da tecnologia
de enriquecimento do urânio, a construção de centrífugas e de um
gerador de energia eléctrica que produza a partir da energia nuclear,
serão precisos mais um mil milhão de reais (360 milhões de euros) até
2014, o equivalente a 130 milhões de reais (46 milhões de euros) por
ano adicionais ao orçamento da força.
A previsão é que a partir de 2014, o Brasil dê início à construção do
submarino a propulsão nuclear com um prazo mínimo de, pelo menos, seis
anos.
Contudo, o Almirante Moura Neto admite a insuficiência de recursos e
os atrasos ocorridos no programa. Ainda assim, enfatiza que o Brasil
já está a ingressar na fase final do programa nuclear.
O grande espaço chamado de Amazónia Azul inclui uma área de 4,5
milhões de quilómetros quadrados, equivalente a metade do território
brasileiro e possui grande quantidade de recursos, como, por exemplo,
o petróleo, em que mais de 85 por cento dele é extraído do mar. Os
campos de Tupi, na Bacia de Santos que extraem da camada pré-sal, por
exemplo, estão localizados a 150 milhas da costa.
Com toda esta riqueza, o almirante Moura Neto admite que a Marinha do
Brasil "se vê hoje numa dicotomia" devido a insuficiência de recursos.
"A Marinha padece de uma crise de reaparelhamento em face de
orçamentos insuficientes no decorrer de alguns anos", refere.
"Existe no mar uma outra Amazónia tão importante quanto a Amazónia
verde, com tantos recursos que precisam ser entendidos, preservados e
utilizados", destaca.
E, neste sentido, o comandante da força explica que entre as metas
prioritárias no Programa de Reaparelhamento estão incluídas a
construção de quatro submarinos convencionais Scorpènes em conjunto
com a França e o projecto e construção do submarino nuclear.
Num primeiro momento, até 2014, está previsto um investimento da ordem
de 23 mil milhões de reais (cerca de oito mil milhões de euros).
Um ponto ainda sensível é a reivindicação do aumento da plataforma
continental para além das 200 milhas junto a Comissão de Limites das
Nações Unidas para estender o património marítimo brasileiro em cerca
de um milhão de quilómetros quadrados.
No entanto, a ONU libertou cerca de 800 mil quilómetros quadrados, o
Brasil deverá pleitear ainda o restante este ano.
[b]"Vamos buscar argumentos técnicos para contrabalançar os argumentos da
Comissão de Limite. Vamos lutar por esses 200 mil quilómetros. São
limites e a gente não cede um milímetro", afirmou o almirante Moura
Neto. [/b]
FO.
Lusa/fim
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco