O futuro da AAAe no Brasil

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#376 Mensagem por ZeRo4 » Seg Abr 27, 2009 12:56 am

Leandro, belíssimo post... estava madrugando aqui e só agora percebi.

Eu era muito a favor do Spyder justamente porque poderiamos produzir os mísseis aqui ou utilizar outros mísseis que não o Python/Derby. Além disso é um sistema de curto/médio alcance em um só pacote. Depois percebi que essa opção seria extramamente cara dado ao custo de cada míssil em relação a um guiado por CLOS.

Por isso continuo achando que a melhor opção é o Pantsyr, primeiro porque os mísseis vem selados o que diminui o problema de grandes estoques por um longo período e o outro é que como é um míssil simples e todo sistema de guiamento está na verdade no sistema em si... acredito que os Russos poderiam facilitar a produção nacional do míssil.

Quanto a montagem da AAAe propriamente dita, temos que levar em consideração que missão cada força terá. Na minha opinião a defesa deveria ficar a cargo da FAB, e o EB ficaria responsável por defender os seus próprios meios.

Levando isso em consideração, acho que o EB, assim como o CFN, estaria bem das penas com o Igla, futuramente o manpad nacional, apoiados pelo Saber... o próximo degrau seria um veículo com um pod e um canhão montados, semelhantes ao MacBeth Israelense e o outro degrau seria o próprio Pantsyr apoiado por radares externos.

Já para FAB a discussão seria um pouco mais embaixo... porque ai teríamos que discutir a relação custo-benefício entre sistemas de médio e longo alcance.

[]s




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#377 Mensagem por LeandroGCard » Seg Abr 27, 2009 8:56 pm

ZeRo4 escreveu:Leandro, belíssimo post... estava madrugando aqui e só agora percebi.

Eu era muito a favor do Spyder justamente porque poderiamos produzir os mísseis aqui ou utilizar outros mísseis que não o Python/Derby. Além disso é um sistema de curto/médio alcance em um só pacote. Depois percebi que essa opção seria extramamente cara dado ao custo de cada míssil em relação a um guiado por CLOS.

Por isso continuo achando que a melhor opção é o Pantsyr, primeiro porque os mísseis vem selados o que diminui o problema de grandes estoques por um longo período e o outro é que como é um míssil simples e todo sistema de guiamento está na verdade no sistema em si... acredito que os Russos poderiam facilitar a produção nacional do míssil.

Quanto a montagem da AAAe propriamente dita, temos que levar em consideração que missão cada força terá. Na minha opinião a defesa deveria ficar a cargo da FAB, e o EB ficaria responsável por defender os seus próprios meios.

Levando isso em consideração, acho que o EB, assim como o CFN, estaria bem das penas com o Igla, futuramente o manpad nacional, apoiados pelo Saber... o próximo degrau seria um veículo com um pod e um canhão montados, semelhantes ao MacBeth Israelense e o outro degrau seria o próprio Pantsyr apoiado por radares externos.

Já para FAB a discussão seria um pouco mais embaixo... porque ai teríamos que discutir a relação custo-benefício entre sistemas de médio e longo alcance.

[]s
Olá ZeRo4,

O único problema que vejo no cenário que você colocou é a disposição da FAB para prover a defesa anti-aérea de objetivos que não estejam diretamente sob a responsabilidade da força. Tudo bem proteger as bases aéreas ou as posições de radar do sistema de controle aéreo, mas imagine alvos como pontes, posições de artilharia ou centros de comando do exército no TO, a FAB é que os protegeria? São alvos fixos ou semi-fixos, ótimos para o ataque alto e distante no modo CCIP ou com bombas guiadas, disparadas de muito além do alcance dos MANPADS. O EB já teria unidades nos locais ou disponíveis para se deslocar para eles, mas e a FAB?

Bombas guiadas por laser ou GPS como a Paveway (ou as novas bombas brasileiras da Mectron/Britanite) por exemplo tem custo relativamente baixo, de poucos milhares de dólares, e podem ser lançadas desde mais de 20 Km de distâncias dos alvos, deixando as aeronaves lançadoras muito longe para que qualquer míssil de curto alcance. Mesmo o Pantsyr tem alcance curto para enfrentar este tipo de ameaça, imagine um MANPAD. Seria necessário um míssil com alcance maior. Ou se é para derrubar apenas as bombas e deixar os aviões livres para fazer o que quiserem então um bom canhão orientado por alça ótica ou radar já dá conta do recado por uma fração do preço de um sistema de mísseis.

O Spyder já seria um sistema mais adequado, pois a versão com booster pode atingir mais de 35 Km, o problema está nos mísseis com buscador radar ou IR independente, que encarecem cada unidade. O ideal seria algo intermediário, com um míssil maior que o do Panstyr mas usando um sistema de guiagem CLOS. Mas é uma questão complicada, porque em distâncias maiores que 12 ou 15 Km é difícil conseguir precisão com um sistema CLOS puro. Por isso eu citei que deveria haver uma versão do míssil com cabeça radar (semi-ativa ou ativa) ou IR. Ou talvez usando um míssil maior que os que normalmente usam este tipo de guiagem (todos com menos de 200 Kg), com uma ogiva também maior, cujo raio de letalidade dispensasse uma precisão muito grande do míssil. É importante ter em mente que o custo de um míssil não é diretamente proporcional ao seu tamanho (dentro de certas proporções) e sim à sua sofisticação. Mas devo reconhecer que não sei de nenhum sistema existente que se enquadre exatamente nestas especificações.

Estes conceitos de defesa anti-aérea por mísseis precisam ser estudados com cuidado, é fácil adotar um sistema com mísseis caríssimos e depois não poder usá-lo adequadamente para evitar gastos excessivos (me parece que é o caso de sistemas como o Spyder e o ASTER-15). Para alcances maiores o custo também maior é admissível, mas para alcances médios que permitem que o inimigo utilize munição mais barata (como citado acima), manter uma relação custo-benefício razoável é mais complicado.


Um abraço,


Leandro G. Card




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#378 Mensagem por ZeRo4 » Qui Abr 30, 2009 2:29 am

Leandro,

Concordo com tudo que disse. Minha explanação a respeito do EB realmente faltou uma "camada". O problema, como você disse, é que mísseis CLOS vão perdendo eficiência acima de determinadas distâncias, a própria Koslowa já escreveu um artigo interessante sobre isso, do contrário temos sistemas como o Spyder e o Umkhonto que tem um bom alcance médio, mas que tem o problema do custo... fora isso a única opção que vejo para o EB é o Buk! num sistema com S-300 vejo pouca utilidade adicionar o Buk, já no que estamos pensando a idéia se torna interessante, se eu não me engano o Buk é guiado por semi-ativo.

Grande Abraço!




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#379 Mensagem por Glauber Prestes » Qui Abr 30, 2009 2:50 am

Não se engana. O Buk é semi-ativo. E é interessante frizar que a Finlândia vai trocar os misseis, pois apresentaram ser frágeis contra medidas eletrônicas.




http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#380 Mensagem por lobo_guara » Qui Abr 30, 2009 4:46 pm

GERSON VICTORIO escreveu:Brasileiro,

vou chutar o balde :mrgreen: :mrgreen: ....eu faria assim

pegaria isto,

Imagem

trocaria o radar de aquisição por isto(abaixo), permanecendo o de direção e dando um UP nos sitemas Display(tudo full digital)

Imagem

acloparia dois disto lateralmente, com carenagem, engrenagem de elevação/rotação, sistema de alimentação bla, bla, bla...

Imagem

junto com o canhão eu disporia um conjunto(4 cada lado) do novo MSA-3.? uma vez já desenvolvido.

colocaria toda a gambiarra encima disto,

Imagem

e disto,

Imagem

ou rebocado...teriamos nosso Pantsyr tupiniquim :mrgreen: :mrgreen:

Gerson
Enfim chegamos ao ponto é isso mesmo, meus parabéns Gerson, parece tão simples que não consigo entender porque um projeto nesse sentido já não tenha sido iniciado (talvez até já esteja ocorrendo e a gente não saiba, afinal não custa sonhar!). Seria sem dúvida um ótimo ponto de partida (ainda incluiria a tal da nova VBTR da Iveco numa versão 8X8!), e provavelmente melhor do que a maior parte dos países atualmente produtores de sistemas anti-aéreos tenha partido n o passado.




Deve, pois, um príncipe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem tomar qualquer outra coisa por fazer, senão a guerra e a sua organização e disciplina, pois que é essa a única arte que compete a quem comanda. (Machiavelli)
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#381 Mensagem por LeandroGCard » Qui Abr 30, 2009 7:27 pm

glauberprestes escreveu:Não se engana. O Buk é semi-ativo. E é interessante frizar que a Finlândia vai trocar os misseis, pois apresentaram ser frágeis contra medidas eletrônicas.
Este é um problema típico dos sistemas de radar passivo. Eles até podem ser os mais simples e baratos depois dos CLOS, mas são mais fáceis de jamear. E se forem adotados recursos mais sofisticados de ECCM o sensor começa a ficar mais caro e talvez valha mais à pena partir logo para um IIR ou um radar-ativo.

Por isso eu imagino uma configuração mais versátil, com um míssil CLOS na faixa dos 130 Kg de peso e uma ogiva relativamente pesada (uns 30 Kg), com o alcance efetivo de 15 Km (além desta distância acho que a degradação da guiagem CLOS seria excessiva). A mesma célula contudo poderia receber de forma intercambiável um sensor como do MAA-1 e uma ogiva menor (uns 20 Kg), além de um booster auxiliar de lançamento. O peso total iria para uns 220 Kg e o alcance passaria para uns 30 Km, mas aí com a guiagem final por IR. Este último míssil seria bem mais caro, mas seu uso se daria apenas quando se tornasse evidente que o inimigo estaria realizando uma campanha de hostilização ou no caso da trajetória do alvo o colocar fora do alcance do modelo mais simples. O lançador (conteirável ou VLS) poderia receber qualquer quantidade de cada um dos dois mísseis, e lançar o que fosse mais adequado em cada situação.

A vantagem deste arranjo é que a maior parte dos dois mísseis (motor principal, sistema de controle de atitude, lançador, etc...) seria comun, baixando o custo de desenvolvimento e produção em série. E o operador poderia escolher o míssil que quisesse para cada situação, permitindo manter a densidade de fogo contra alvos mais próximos com custo relativamente baixo e atingir alvos mais distantes quando necessário. Por exemplo, seria possível o mesmo sistema engajar o avião lançador com o míssil mais caro e as bombas lançadas com os mais baratos.

O problema é que pelo que sei um sistema assim não existe, e teria que ser desenvolvido. Mas para um país que produz um míssil anti-carro e um AAM IR, está desenvolvendo 2 AAM's IR mais avançados, tem um ARM praticamente pronto e está trabalhando em um míssil anti-navio e outro de ataque terrestre, me parece uma evolução mais do que natural. Ainda mais que este "MSA-1" seria o único projeto de interesse de todas as 3 FA's ao mesmo tempo.

A aquisição de mísseis estrangeiros eu deixaria para os de alcance realmente grande (mais de 60 Km), que seriam um desenvolvimento mais complexo e caro para no final comprar poucas unidades. E para os MANPADS, pois embora possa parecer contraditório não há problemas se os MANPADS forem simplesmente adquiridos fora, pois o uso seria somente contra alvos manobráveis e muito próximos (ou seja, plataformas muito mais caras do que eles próprios) e o estoque não precisaria ser grande.

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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#382 Mensagem por Marino » Dom Mai 17, 2009 5:08 pm

Podem começar a comemorar.
Notícias em breve.
[009] [009] [009] [009] [009] [009] [009] [009]




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#383 Mensagem por Carlos Mathias » Dom Mai 17, 2009 5:13 pm

Hmmmmm, olha lá hein!? Depois nego me aparece com aquelas tranqueiras rebocadas suecas e diz que é o filé mignom...
Confio em ti, Marino. :wink: :D




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#384 Mensagem por zarata » Dom Mai 17, 2009 5:57 pm

Marino escreveu:Podem começar a comemorar.
Notícias em breve.
[009] [009] [009] [009] [009] [009] [009] [009]
SERA que agora vai ser avera!!!!!
mes que vem fiquei sabendo que alguem vai sair para fazer compras????




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#385 Mensagem por Brasileiro » Dom Mai 17, 2009 5:58 pm

:shock: :shock: 8-] 8-] [009] [009] [009]

Salve! Salve!
Exército de "guarda chuva" novo! Beleza!
Tomara que seja um guarda-chuvão, daqueles que não deixa "chover" num raio da ordem de dezenas de kilômetros! HAHAHAHAHAHA

Bricandeira, mas se for "guarda-chuvinha" também tá bom, qualquer coisa é melhor que essa lona furada que o EB usa hoje...


abraços]




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#386 Mensagem por Marino » Dom Mai 17, 2009 5:58 pm

Já está comprado, ou acertada a compra.
Não dá para falar mais, mas podem comemorar.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#387 Mensagem por zarata » Dom Mai 17, 2009 6:01 pm

Marino escreveu:Já está comprado, ou acertada a compra.
Não dá para falar mais, mas podem comemorar.
ainda bem que bom :)




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#388 Mensagem por Gerson Victorio » Dom Mai 17, 2009 6:03 pm

Marino escreveu:Podem começar a comemorar.
Notícias em breve.
[009] [009] [009] [009] [009] [009] [009] [009]

Marino,

por equanto ....so EB na jogada?

Gerson




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#389 Mensagem por Marino » Dom Mai 17, 2009 6:05 pm

EB + FAB, e não falo mais nada.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#390 Mensagem por Guilhermerb » Dom Mai 17, 2009 6:34 pm

Marino, diz a nacionalidade pelo menos vai por favor?hahahahah se vc puder claro :D




O Pior cego é o que está convicto e seguro de que vê. Não há nada mais fácil do que apontar os erros, preconceitos e fanatismo dos outros enquanto permanecemos cegos e insensíveis aos nossos próprios.
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