Walterciclone escreveu:Marino escreveu:Um sistema de comunicação satelital para SSN é composto de uma bóia descartável, que é lançada conectada ao SSN por um cabo.
Após a comunicação ser estabelecida, o tráfego acabado, o cabo é cortado e a bóia "alaga", afundando sem deixar vestígios.
Este é o sistema que está sendo preferido as imensas antenas de VLF, que são facilmente identificadas em terra e destruídas por potências que possuem Tomahawk, por exemplo.
As ASAT, para mim, são tema da maior importância para o Brasil. Deveria ser foco prioritário do CTA.
Concordo, e uma arma ASAT, nescessita apenas do quê? Primeeiro de um sistema Inercial confiável e o mais preciso possível, a segunda coisa (e não menos importante) é um sistema de controle de altitude, que permita que o satélite que vai ser usado como "interceptador" mude sua órbita justamente p/ a mesma órbita do satélite a ser destruído.
Dois pontos com relação a ASAT:
As armas ASAT podem ser classificadas em duas categorias, sub-orbital e orbital. As sub-orbitais apenas se elevam até a órbita do satélite, chegando lá em velocidade baixa e caindo logo em seguida. A tática é colocar um obstáculo na rota do satélite (uma nuvem de balins ou estilhaços) e deixar que a própria velocidade do satélite o destrua ao impactar no obstáculo. Não são utilizadas manobras orbitais, apenas o controle da trajetória de lançamento como em um míssil anti-aéreo normal. Este tipo de arma é útil contra satélites em órbita baixa, geralmente utilizados para reconhecimento óptico/radar, e não “polui” demasiadamente a órbita, a não ser pelos próprios fragmentos do satélite destruído. Mas o lançamento precisa ser feito de um ponto próximo à trajetória do satélite-alvo. Este tipo de arma pode ser desenvolvido pelo Brasil à partir de tecnologias que já dominamos.
Já as ASAT orbitais são satélites com capacidade de mudança de trajetória e órbita, capazes de se aproximar do satélite-alvo com velocidade relativa baixa e então tomar alguma ação “ofensiva” contra ele, que pode ir do disparo de um feixe laser a simplesmente “grudar” no alvo, desbalanceando-o e tornando seu controle impossível. Este tipo de arma pode ser lançado de qualquer lugar, e pode em princípio inutilizar satélites em qualquer órbita (baixa, média ou alta, estas duas últimas utilizadas pelos satélites de navegação e comunicação), mas exige uma capacidade de satelitização de cargas relativamente pesadas (já que a arma tem que possuir grande capacidade de manobra autônoma ela própria será relativamente pesada), com um alto nível de precisão no posicionamento.
O Brasil não tem, e pelos planos atuais não planeja ter, a capacidade de desenvolver uma arma assim. Isto exigiria um lançador maior, mais prático, mais confiável e mais preciso que o VLS. O máximo que o VLS poderia lançar seria uma arma deste tipo para órbitas baixas, onde uma arma sub-orbital seria mais custo-efetiva. Os planos espaciais do Brasil prevêem o uso do lançador ucraniano Cyclone para os satélites maiores, e desenvolver uma arma anti-satélite utilizando um lançador estrangeiro seria praticamente impossível devido às pressões políticas internacionais que sem dúvida viriam não só sobre o Brasil mas principalmente sobre o fornecedor do foguete.
Leandro G Card