ESTRATÉGIA NAVAL

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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WalterGaudério
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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#256 Mensagem por WalterGaudério » Dom Mai 10, 2009 11:04 pm

Carlos Mathias escreveu:
Vai não, mas o canal do mangue é PHODA, queria mandar os mensaleiros e os fornecedores de camisinhas do Fernando Lugo p lá
Pois é, por isso mesmo citei o Mangue, o Tietê é uma cascata cristalina perto daquela massa sebenta que escorre ali dentro. :lol:

Seguindo. Eu pensei no satélite de vigilância, mas também já tinha em mente um outro para comunicações como parte de igual importância.
Agora Walter, digamos que o sub conseguisse se comunicar com o sat através de uma espécie de feixe de rádio, sem emanações laterais, num arco de digamos 20º e sabendo logicamente a posição do referido satélite. Isso não evitaria detecções via ELINT/SIGINT?
Essa seara é justamente a do Marino. Na minha época(sejamos condescendentes, anos 80 :lol: :lol: ), era possivel apenas a detecção e interferência, mas não a interceptação propriamente dita(com a decodificação da mensagem), Hoje não sei... a julgar pela crescente capacidade de processamento dos sistemas computacionais...

Mas ainda é meio difícil.

O problema central/nevralgico de tudo isso aí que vc citou, é que satélites são facilmente rastreados. A NASA tem simplesmente sob rastreamento permanente mais de 300 fragmentos de sucata espacial ao redor da terra. Não preciso dizer que essa capacidade foi desenvolvida durante a guerra-fria para finalidades ASAT...




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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#257 Mensagem por Marino » Seg Mai 11, 2009 8:45 am

Um sistema de comunicação satelital para SSN é composto de uma bóia descartável, que é lançada conectada ao SSN por um cabo.
Após a comunicação ser estabelecida, o tráfego acabado, o cabo é cortado e a bóia "alaga", afundando sem deixar vestígios.
Este é o sistema que está sendo preferido as imensas antenas de VLF, que são facilmente identificadas em terra e destruídas por potências que possuem Tomahawk, por exemplo.
As ASAT, para mim, são tema da maior importância para o Brasil. Deveria ser foco prioritário do CTA.




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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#258 Mensagem por WalterGaudério » Seg Mai 11, 2009 9:26 am

Marino escreveu:Um sistema de comunicação satelital para SSN é composto de uma bóia descartável, que é lançada conectada ao SSN por um cabo.
Após a comunicação ser estabelecida, o tráfego acabado, o cabo é cortado e a bóia "alaga", afundando sem deixar vestígios.
Este é o sistema que está sendo preferido as imensas antenas de VLF, que são facilmente identificadas em terra e destruídas por potências que possuem Tomahawk, por exemplo.
As ASAT, para mim, são tema da maior importância para o Brasil. Deveria ser foco prioritário do CTA.
Concordo, e uma arma ASAT, nescessita apenas do quê? Primeeiro de um sistema Inercial confiável e o mais preciso possível, a segunda coisa (e não menos importante) é um sistema de controle de altitude, que permita que o satélite que vai ser usado como "interceptador" mude sua órbita justamente p/ a mesma órbita do satélite a ser destruído.




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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#259 Mensagem por LeandroGCard » Seg Mai 11, 2009 10:44 am

Walterciclone escreveu:
Marino escreveu:Um sistema de comunicação satelital para SSN é composto de uma bóia descartável, que é lançada conectada ao SSN por um cabo.
Após a comunicação ser estabelecida, o tráfego acabado, o cabo é cortado e a bóia "alaga", afundando sem deixar vestígios.
Este é o sistema que está sendo preferido as imensas antenas de VLF, que são facilmente identificadas em terra e destruídas por potências que possuem Tomahawk, por exemplo.
As ASAT, para mim, são tema da maior importância para o Brasil. Deveria ser foco prioritário do CTA.
Concordo, e uma arma ASAT, nescessita apenas do quê? Primeeiro de um sistema Inercial confiável e o mais preciso possível, a segunda coisa (e não menos importante) é um sistema de controle de altitude, que permita que o satélite que vai ser usado como "interceptador" mude sua órbita justamente p/ a mesma órbita do satélite a ser destruído.
Dois pontos com relação a ASAT:

As armas ASAT podem ser classificadas em duas categorias, sub-orbital e orbital. As sub-orbitais apenas se elevam até a órbita do satélite, chegando lá em velocidade baixa e caindo logo em seguida. A tática é colocar um obstáculo na rota do satélite (uma nuvem de balins ou estilhaços) e deixar que a própria velocidade do satélite o destrua ao impactar no obstáculo. Não são utilizadas manobras orbitais, apenas o controle da trajetória de lançamento como em um míssil anti-aéreo normal. Este tipo de arma é útil contra satélites em órbita baixa, geralmente utilizados para reconhecimento óptico/radar, e não “polui” demasiadamente a órbita, a não ser pelos próprios fragmentos do satélite destruído. Mas o lançamento precisa ser feito de um ponto próximo à trajetória do satélite-alvo. Este tipo de arma pode ser desenvolvido pelo Brasil à partir de tecnologias que já dominamos.

Já as ASAT orbitais são satélites com capacidade de mudança de trajetória e órbita, capazes de se aproximar do satélite-alvo com velocidade relativa baixa e então tomar alguma ação “ofensiva” contra ele, que pode ir do disparo de um feixe laser a simplesmente “grudar” no alvo, desbalanceando-o e tornando seu controle impossível. Este tipo de arma pode ser lançado de qualquer lugar, e pode em princípio inutilizar satélites em qualquer órbita (baixa, média ou alta, estas duas últimas utilizadas pelos satélites de navegação e comunicação), mas exige uma capacidade de satelitização de cargas relativamente pesadas (já que a arma tem que possuir grande capacidade de manobra autônoma ela própria será relativamente pesada), com um alto nível de precisão no posicionamento.

O Brasil não tem, e pelos planos atuais não planeja ter, a capacidade de desenvolver uma arma assim. Isto exigiria um lançador maior, mais prático, mais confiável e mais preciso que o VLS. O máximo que o VLS poderia lançar seria uma arma deste tipo para órbitas baixas, onde uma arma sub-orbital seria mais custo-efetiva. Os planos espaciais do Brasil prevêem o uso do lançador ucraniano Cyclone para os satélites maiores, e desenvolver uma arma anti-satélite utilizando um lançador estrangeiro seria praticamente impossível devido às pressões políticas internacionais que sem dúvida viriam não só sobre o Brasil mas principalmente sobre o fornecedor do foguete.

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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#260 Mensagem por WalterGaudério » Seg Mai 11, 2009 6:57 pm

LeandroGCard escreveu:
Walterciclone escreveu: Concordo, e uma arma ASAT, nescessita apenas do quê? Primeeiro de um sistema Inercial confiável e o mais preciso possível, a segunda coisa (e não menos importante) é um sistema de controle de altitude, que permita que o satélite que vai ser usado como "interceptador" mude sua órbita justamente p/ a mesma órbita do satélite a ser destruído.
Dois pontos com relação a ASAT:

As armas ASAT podem ser classificadas em duas categorias, sub-orbital e orbital. As sub-orbitais apenas se elevam até a órbita do satélite, chegando lá em velocidade baixa e caindo logo em seguida. A tática é colocar um obstáculo na rota do satélite (uma nuvem de balins ou estilhaços) e deixar que a própria velocidade do satélite o destrua ao impactar no obstáculo. Não são utilizadas manobras orbitais, apenas o controle da trajetória de lançamento como em um míssil anti-aéreo normal. Este tipo de arma é útil contra satélites em órbita baixa, geralmente utilizados para reconhecimento óptico/radar, e não “polui” demasiadamente a órbita, a não ser pelos próprios fragmentos do satélite destruído. Mas o lançamento precisa ser feito de um ponto próximo à trajetória do satélite-alvo. Este tipo de arma pode ser desenvolvido pelo Brasil à partir de tecnologias que já dominamos.

Já as ASAT orbitais são satélites com capacidade de mudança de trajetória e órbita, capazes de se aproximar do satélite-alvo com velocidade relativa baixa e então tomar alguma ação “ofensiva” contra ele, que pode ir do disparo de um feixe laser a simplesmente “grudar” no alvo, desbalanceando-o e tornando seu controle impossível. Este tipo de arma pode ser lançado de qualquer lugar, e pode em princípio inutilizar satélites em qualquer órbita (baixa, média ou alta, estas duas últimas utilizadas pelos satélites de navegação e comunicação), mas exige uma capacidade de satelitização de cargas relativamente pesadas (já que a arma tem que possuir grande capacidade de manobra autônoma ela própria será relativamente pesada), com um alto nível de precisão no posicionamento.

O Brasil não tem, e pelos planos atuais não planeja ter, a capacidade de desenvolver uma arma assim. Isto exigiria um lançador maior, mais prático, mais confiável e mais preciso que o VLS. O máximo que o VLS poderia lançar seria uma arma deste tipo para órbitas baixas, onde uma arma sub-orbital seria mais custo-efetiva. Os planos espaciais do Brasil prevêem o uso do lançador ucraniano Cyclone para os satélites maiores, e desenvolver uma arma anti-satélite utilizando um lançador estrangeiro seria praticamente impossível devido às pressões políticas internacionais que sem dúvida viriam não só sobre o Brasil mas principalmente sobre o fornecedor do foguete.

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Valeu pelo aporte Leandro.




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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#261 Mensagem por Vinicius Pimenta » Ter Mai 12, 2009 2:57 pm

Pergunta de um ignorante no assunto:

Não tem como se desenvolver um míssil que faça o serviço ao invés de depender de foguetes? Por que em vez de colocar alguma coisa no caminho, ou colar no satélite, não se explode ele logo de uma vez?




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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#262 Mensagem por Paisano » Ter Mai 12, 2009 4:03 pm

Vinicius Pimenta escreveu:Pergunta de um ignorante no assunto:

Não tem como se desenvolver um míssil que faça o serviço ao invés de depender de foguetes? Por que em vez de colocar alguma coisa no caminho, ou colar no satélite, não se explode ele logo de uma vez?
Ou ainda, algo que não precise ser lançado, como por exemplo, um feixe de luz e/ou radiação a partir do solo?




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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#263 Mensagem por Marino » Ter Mai 12, 2009 4:58 pm

Vinicius Pimenta escreveu:Pergunta de um ignorante no assunto:

Não tem como se desenvolver um míssil que faça o serviço ao invés de depender de foguetes? Por que em vez de colocar alguma coisa no caminho, ou colar no satélite, não se explode ele logo de uma vez?
Não tenho certeza, mas creio que os americanos desenvolveram um míssil que seria lançado de um F-15 a grande altitude.




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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#264 Mensagem por WalterGaudério » Ter Mai 12, 2009 5:34 pm

Marino escreveu:
Vinicius Pimenta escreveu:Pergunta de um ignorante no assunto:

Não tem como se desenvolver um míssil que faça o serviço ao invés de depender de foguetes? Por que em vez de colocar alguma coisa no caminho, ou colar no satélite, não se explode ele logo de uma vez?
Não tenho certeza, mas creio que os americanos desenvolveram um míssil que seria lançado de um F-15 a grande altitude.
Positivo, foi na década de oitenta ainda, era o AGM 135 ou AIM 135, no entanto tratava-se de uma arma ASAT sub-orbital, não servindo para atingir satélites em orbitas médias ou altas.

Atualmente os americanos desenvolvem o sistema ABL-1 Airborne Laser Weapon, instalado em uma plataforma Boeing 747-400, que (eu acho) terá alguma capacidade nesse sentido.




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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#265 Mensagem por soultrain » Ter Mai 12, 2009 8:32 pm

Paisano escreveu:
Vinicius Pimenta escreveu:Pergunta de um ignorante no assunto:

Não tem como se desenvolver um míssil que faça o serviço ao invés de depender de foguetes? Por que em vez de colocar alguma coisa no caminho, ou colar no satélite, não se explode ele logo de uma vez?
Ou ainda, algo que não precise ser lançado, como por exemplo, um feixe de luz e/ou radiação a partir do solo?
Chama o Dandolo, ele faz isso com um FAL em duas semanas. :idea: :idea: :shock:





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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#266 Mensagem por Wolfgang » Ter Mai 12, 2009 8:44 pm

:mrgreen: :mrgreen:




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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#267 Mensagem por Wolfgang » Ter Mai 12, 2009 8:45 pm

Marino escreveu:
Vinicius Pimenta escreveu:Pergunta de um ignorante no assunto:

Não tem como se desenvolver um míssil que faça o serviço ao invés de depender de foguetes? Por que em vez de colocar alguma coisa no caminho, ou colar no satélite, não se explode ele logo de uma vez?
Não tenho certeza, mas creio que os americanos desenvolveram um míssil que seria lançado de um F-15 a grande altitude.

Marino, são Eagles com míssil PAC-3 no ventre, salvo engano.




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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#268 Mensagem por soultrain » Ter Mai 12, 2009 8:50 pm

Um AB com SM2, se não estou em erro, derrubou um satélite há poucos meses.

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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#269 Mensagem por felipexion » Ter Mai 12, 2009 8:51 pm

soultrain escreveu:
Chama o Dandolo, ele faz isso com um FAL em duas semanas. :idea: :idea: :shock:
Não fale um negócio desse que ele reaparece por essas bandas.

Que aliás agora ele inventou a idéia de comprar Harriers para manter na amazônia.




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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#270 Mensagem por ciclope » Ter Mai 12, 2009 9:10 pm

:roll:




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