Entrevista do gerente do projeto do míssil anti-navio
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Entrevista do gerente do projeto do míssil anti-navio
Saiu na defesa net excelente entrevista com o Vice-Almirante (RM1) RONALDO FIÚZA DE CASTRO
Gerente do Projeto de Desenvolvimento do míssil nacional superfície-superfície (SSM).
Detalhes interessantes sobre as antigas questões envolvendo a oferta do Gabriel e da antiga fabrica de torpedos, que não foram para frente.
link
http://www.defesanet.com.br/04_09/mb_ssm.htm
Gerente do Projeto de Desenvolvimento do míssil nacional superfície-superfície (SSM).
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Re: Entrevista do gerente do projeto do míssil anti-navio
Alguns fatos interessantes sobre o projeto:
-"Os sensores inerciais estão contratados junto ao CTMSP (Centro tecnológico da Marinha em S. Paulo)"
-"A plataforma inercial será produzida pelo Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM)."
-"A carga útil deve ser produzida pela FAJCMC, a fábrica de munições da MB."
1) e 2)
Por que a Marinha contratou seus próprios centros de tecnologia, se as empresas de SJC já dominam a fabricação de sensores inerciais a fibra ótica como os utilizados no MAR-1? Não seria suficiente adaptação/evolução do sistema? Não seria reinventar a roda já que Mectron e Optsents já dominam essa tecnologia? Não seria um estímulo maior à indústria (geração de demanda) se os sensores inerciais fossem contratados junto a ela?
3) Britanite/Avibras/Imbel/Ares não são capazes de fabricar uma cabeça de guerra? Volta-se à questão anterior, do estímulo à indústria e transferência de tecnologia à indústria.
Parece-me haver uma grande dispersão de esforços, cada força inventado suas próprias soluções de forma isolada e incomunicáveis.
abraços]
-"Os sensores inerciais estão contratados junto ao CTMSP (Centro tecnológico da Marinha em S. Paulo)"
-"A plataforma inercial será produzida pelo Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM)."
-"A carga útil deve ser produzida pela FAJCMC, a fábrica de munições da MB."
1) e 2)
Por que a Marinha contratou seus próprios centros de tecnologia, se as empresas de SJC já dominam a fabricação de sensores inerciais a fibra ótica como os utilizados no MAR-1? Não seria suficiente adaptação/evolução do sistema? Não seria reinventar a roda já que Mectron e Optsents já dominam essa tecnologia? Não seria um estímulo maior à indústria (geração de demanda) se os sensores inerciais fossem contratados junto a ela?
3) Britanite/Avibras/Imbel/Ares não são capazes de fabricar uma cabeça de guerra? Volta-se à questão anterior, do estímulo à indústria e transferência de tecnologia à indústria.
Parece-me haver uma grande dispersão de esforços, cada força inventado suas próprias soluções de forma isolada e incomunicáveis.
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Re: Entrevista do gerente do projeto do míssil anti-navio
Eu acredito que esses Centros vão atuar mais como parceiros, mais na gerência do projeto do que propriamente no seu desenvolvimento. Acho que o caminho natural será procurar essas empresas para queimar etapas. Não acredito que os Centros atuarão de maneira isolada, até porque vai contra a END. Como é um projeto da Força, é natural que os seus Centros atuem nos projetos, assim como fazem o CTA e o CTEx nos projetos da FAB e EB, respectivamente.
Vinicius Pimenta
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Re: Entrevista do gerente do projeto do míssil anti-navio
Visto que nós vivemos em um país com um litoral imenso, considerando que o míssil anti-navio é uma arma eficaz para realizar a dissuação de ações hostis no nosso mar, como ficou demonstrado na Guerra das Malvinas, através de 05 AM 39 lançados dos Super Etandard e de um MM 38 lançado de terra contra a Royal Navy.
Considero que para a nossa defesa deveríamos ter muitos mísseis deste tipo disponíveis, lançados do mar, do ar e da terra.
Mas analisando os diversos embargos de armas sofridos por muitos países em época de conflito.
Exemplos de embargos de armas:
1- Argentina durante guerra das Malvinas;
2- Chile durante ditadura Pinochet;
3- África do Sul durante o apartheid e tendo que lutar na Namíbia contra forças guerrilheiras e cubanos.
4- Portugal na guerra colonial e toda a dificuldade para conseguir armas e meios;
5- O Irã atualmente
Penso que um arsenal de armas nacionais, entre elas o míssil anti-navio, que pudessem dar o mínimo de independência ao Brasil, seria questão fundamental para a nossa afirmação de soberania.
Nós já deveríamos ter esse míssil a muito tempo, são muitos os países que desenvolveram sistemas de armas anti-navio, exemplos: China, Japão, França, Alemanha, Itália, Coréia do Sul, Coréia do Norte, Índia, Grã-Bretanha, Noruega, Rússia, EUA, África do Sul, Suécia, Israel, Irã é o que me lembro no momento, cada um buscou o seu caminho, tem os seus projetos.
Acho que para 2009, estamos muito atrasados. Alguém sabe alguma coisa sobre o tal BARRACUDA da Avibrás.
Considero que para a nossa defesa deveríamos ter muitos mísseis deste tipo disponíveis, lançados do mar, do ar e da terra.
Mas analisando os diversos embargos de armas sofridos por muitos países em época de conflito.
Exemplos de embargos de armas:
1- Argentina durante guerra das Malvinas;
2- Chile durante ditadura Pinochet;
3- África do Sul durante o apartheid e tendo que lutar na Namíbia contra forças guerrilheiras e cubanos.
4- Portugal na guerra colonial e toda a dificuldade para conseguir armas e meios;
5- O Irã atualmente
Penso que um arsenal de armas nacionais, entre elas o míssil anti-navio, que pudessem dar o mínimo de independência ao Brasil, seria questão fundamental para a nossa afirmação de soberania.
Nós já deveríamos ter esse míssil a muito tempo, são muitos os países que desenvolveram sistemas de armas anti-navio, exemplos: China, Japão, França, Alemanha, Itália, Coréia do Sul, Coréia do Norte, Índia, Grã-Bretanha, Noruega, Rússia, EUA, África do Sul, Suécia, Israel, Irã é o que me lembro no momento, cada um buscou o seu caminho, tem os seus projetos.
Acho que para 2009, estamos muito atrasados. Alguém sabe alguma coisa sobre o tal BARRACUDA da Avibrás.
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- Heer.Skuda
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Re: Entrevista do gerente do projeto do míssil anti-navio
5 engenheiros? o que significa isso?!
As vezes acho que este é o tipo de projeto que existe apenas para existir, nao senti firmeza alguma na entrevista.
Este projeto nao vai para frente, se continuar deste tamanho.
As vezes acho que este é o tipo de projeto que existe apenas para existir, nao senti firmeza alguma na entrevista.
Este projeto nao vai para frente, se continuar deste tamanho.
"Minha experiência pessoal diz que as decisões ousadas e arriscadas constituem a melhor promessa da vitória"
Erwin Johannes Eugen
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Re: Entrevista do gerente do projeto do míssil anti-navio
Vc não entendeu.Heer.Skuda escreveu:5 engenheiros? o que significa isso?!
As vezes acho que este é o tipo de projeto que existe apenas para existir, nao senti firmeza alguma na entrevista.
Este projeto nao vai para frente, se continuar deste tamanho.
O projeto está nas mãos de empresas civis, como a Mectron e a Avibrás. Os 5 engenheiros são a estrutura montada na MB para acompanhamento/gerenciamento do projeto.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Entrevista do gerente do projeto do míssil anti-navio
Heer.Skuda escreveu:5 engenheiros? o que significa isso?!
As vezes acho que este é o tipo de projeto que existe apenas para existir, nao senti firmeza alguma na entrevista.
Este projeto nao vai para frente, se continuar deste tamanho.
Esse projeto ja foi para geladeira ...
Abracos Elcio Caixeiro
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Re: Entrevista do gerente do projeto do míssil anti-navio
Leia meu post acima.caixeiro escreveu:Heer.Skuda escreveu:5 engenheiros? o que significa isso?!
As vezes acho que este é o tipo de projeto que existe apenas para existir, nao senti firmeza alguma na entrevista.
Este projeto nao vai para frente, se continuar deste tamanho.
Esse projeto ja foi para geladeira ...
Abracos Elcio Caixeiro
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Re: Entrevista do gerente do projeto do míssil anti-navio
Vomos ver julho ou Agosto ..Marino escreveu:Leia meu post acima.caixeiro escreveu:
Esse projeto ja foi para geladeira ...
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Re: Entrevista do gerente do projeto do míssil anti-navio
Safo.
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Re: Entrevista do gerente do projeto do míssil anti-navio
Entenda o seguinte: o contrato foi assinado, publicado em DOU, os recursos empenhados, o lote mínimo que torna econômica a pesquisa/investimento foi aceito pela MB.
Acha quue tem volta?
Acha quue tem volta?
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Re: Entrevista do gerente do projeto do míssil anti-navio
Vai depender muito do que o NJ poder salvar da degola, o Saito foi mais explicito possivel, "quero acabar o FX-2 esse ano que ano que vem e ano eleitoral", eu nao ia com a cara do NJ mais posso garantir aos forista do DB ele esta lutando para manter a palavra empenhada junto aos Militares, agora a coisa nao anda boa em Brasilia, nao vai ter dinheiro para tudo e para todos o noticia ja foi ventilada, ele quase saiu do cargo pq nao aceitou os cortes (Dizem que saiu mais houve conversas nao tem como confimar), agora hoje se podesse resumir tudo em uma palavra diria "medo".Marino escreveu:Entenda o seguinte: o contrato foi assinado, publicado em DOU, os recursos empenhados, o lote mínimo que torna econômica a pesquisa/investimento foi aceito pela MB.
Acha quue tem volta?
Agora parece ironia mais depende muito o que o Obama vai fazer la na economia dele do que algo que possamos fazer aqui, o que poderiamos fazer nao vai acontecer em ano de eleicao, entam resta ter fe e rezar.
Abracos Elcio Caixeiro
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Re: Entrevista do gerente do projeto do míssil anti-navio
Vou falar neste post sobre os orçamentos do projeto do míssil antinavio da Marinha:
Previsão orçamentária inicial do projeto (milhões de reais):
2008: 4.800.000
2009: 7.200.000
2010: 19.200.000
2011: 22.560.000
Realizado (milhões de reais):
2008: 4.320.000
2009 (previsto): 7.200.000
Agora, o que está previsto no orçamento de 2010:
2010: 4.333.165
Mas o que estava previsto inicialmente para 2010 eram 19,2 milhões
Porém, temos de levar em conta que, no programa de subvenção econômica da FINEP, foi aprovado recurso de 4,90 milhões de reais para o autodiretor do míssil, que serão liberados apartir do ano que vem, portanto (até onde dá pra saber) o dinheiro previsto para o programa no próximo ano é de 9,23 milhões, ou seja, menos da metade dos 19 milhões anteriormente previstos.
Então digo: Há alguma coisa errada com o projeto do míssil? Ou ele receberá dinheiro por outras fontes de financiamento que não sejam diretamente da Marinha?
abraços]
Previsão orçamentária inicial do projeto (milhões de reais):
2008: 4.800.000
2009: 7.200.000
2010: 19.200.000
2011: 22.560.000
Realizado (milhões de reais):
2008: 4.320.000
2009 (previsto): 7.200.000
Agora, o que está previsto no orçamento de 2010:
2010: 4.333.165
Mas o que estava previsto inicialmente para 2010 eram 19,2 milhões
Porém, temos de levar em conta que, no programa de subvenção econômica da FINEP, foi aprovado recurso de 4,90 milhões de reais para o autodiretor do míssil, que serão liberados apartir do ano que vem, portanto (até onde dá pra saber) o dinheiro previsto para o programa no próximo ano é de 9,23 milhões, ou seja, menos da metade dos 19 milhões anteriormente previstos.
Então digo: Há alguma coisa errada com o projeto do míssil? Ou ele receberá dinheiro por outras fontes de financiamento que não sejam diretamente da Marinha?
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Re: Entrevista do gerente do projeto do míssil anti-navio
Vinicius Pimenta escreveu:Eu acredito que esses Centros vão atuar mais como parceiros, mais na gerência do projeto do que propriamente no seu desenvolvimento. Acho que o caminho natural será procurar essas empresas para queimar etapas. Não acredito que os Centros atuarão de maneira isolada, até porque vai contra a END. Como é um projeto da Força, é natural que os seus Centros atuem nos projetos, assim como fazem o CTA e o CTEx nos projetos da FAB e EB, respectivamente.
Os centros atuarão como contratantes de suas respectivas áreas, com exceção da parte da ogiva. Fatalmente indústrias privadas serão engajadas no processo.
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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Re: Entrevista do gerente do projeto do míssil anti-navio
Mas por que a Ogiva (FAJCMC) e a plataforma inercial (IPqM) não serão contratadas também à indústria nacional, como vai ser o caso do motor (Avibras) e radar (Omnisys)? Para baratear?
Imbel, Britanite e Avibrás são perfeitamente capazes de produzir a carga útil. E a plataforma inercial do MAR-1 já é fabricada pela Optsensys.
Só não pode deixar acontecer com o míssil o que acontece com nosso programa espacial, quase que totalmente fabricado pelos institutos de pesquisa.
abraços]
Imbel, Britanite e Avibrás são perfeitamente capazes de produzir a carga útil. E a plataforma inercial do MAR-1 já é fabricada pela Optsensys.
Só não pode deixar acontecer com o míssil o que acontece com nosso programa espacial, quase que totalmente fabricado pelos institutos de pesquisa.
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