ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

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Anderson TR
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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#61 Mensagem por Anderson TR » Qua Mar 18, 2009 2:42 pm

caixeiro escreveu:Quinta-feira, 5 de Março de 2009
Torre do VLS em Alcântara
.
IAE assina termo aditivo ao contrato da obra de construção da plataforma de lançamento do VLS em Alcântara

04/03/2009

No dia 26 de fevereiro foi assinado, entre o Instituto de Aeronáutica e Espaço e o consórcio Jaraguá /Lavitta o termo aditivo ao contrato da obra de construção do novo sistema plataforma de lançamento do Veículo Lançador de Satélites (VLS). Estiveram presentes no evento de assinatura, o sub-diretor de funções do CTA, brigadeiro Pazini, o diretor do IAE, coronel Pantoja, o co-presidente da Jaraguá Cristian Jaty e o diretor-presidente da Jaraguá Nazareno das Neves, além de oficiais e engenheiros envolvidos no projeto. Cristian declarou que o resultado deste trabalho trará visibilidade à Jaraguá e será gerador de futuros negócios com a Aeronáutica. O engenheiro Nazareno também se pronunciou dizendo que este é o resultado de um caminho de quatro anos, já que este processo começou em 2005 e que acima de tudo é uma oportunidade de participar do desenvolvimento do projeto VLS. Ressaltou ainda, que o grupo de trabalho alocado para este projeto se manteve atuando de diferentes formas e que agora irá contar com a sinergia da engenharia do IAE.

Durante a solenidade de aniversário do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), ocorrida nesta segunda-feira, 2 de março, o major brigadeiro Salamone, comandante do CTA, comunicou oficialmente à sociedade de Alcântara a assinatura deste aditivo ao contrato e ressaltou a importância do início das obras da torre de lançamento do VLS. No evento, autoridades locais e imprensa puderam conhecer detalhes do novo projeto. O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), professor Carlos Ganem, esteve presente no evento e foi convidado pelo comandante do CTA a falar ao público presente.

Em sua declaração, Ganem declarou que a capacidade de lançar satélites, entre importantes benefícios à região, permitirá ao país fornecer informações adequadas sobre o clima, beneficiando o agronegócio brasileiro e favorecendo um maior controle sobre as comunicações no país, além de reduzir a dependência do setor

Fonte: IAE/CTA

Boa matéria!!!Tomara que isso não fique só no discurso e tapinhas nas costas!!




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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#62 Mensagem por Brasileiro » Qua Mar 18, 2009 5:11 pm

O texto até que é grandinho, mas o curioso é que em parte alguma do texto fala-se sobre que se refere este "termo aditivo".

O que se sabe é que a empresa está construindo a nova TMI. E em adição a isso???
Fica aí a dúvida.



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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#63 Mensagem por LeandroGCard » Sex Mar 27, 2009 10:01 am

Estou reproduzindo abaixo algumas considerações que coloquei em um fórum sobre astronomia referentes ao acordo Brasil-Ucrânia na área espacial, e que acho podem interessar aos participantes do BD.
Está ocorrendo uma confusão que parece proposital com esta questão do "programa espacial Brasil-Ucrânia". Na verdade não é nenhum programa espacial conjunto, apenas um acordo para lançamento de foguetes ucranianos utilizando o centro de lançamento de Alcântara, em bases puramente comerciais.

Os foguetes serão projetados e construídos na própria Ucrânia, e também serão de responsabilidade de equipes ucranianas a construção e instalação da infra-estrutura de lançamento, a montagem final do foguete e as operações de lançamento em si. Os brasileiros no máximo poderão assistir a estas atividades. Cabe ao Brasil fornecer o local para a instalação da base de lançamentos, a insfra-estrutura básica (água, energia, estradas de acesso, etc...) e verificar se tudo está de acordo com as normas e procedimentos adotados pelo Brasil.

Resumindo, a tecnologia espacial avançada é e constinuará sendo totalmente ucraniana, e ao Brasil caberá apenas a parte das obras civis e a burocracia. Se o Brasil quiser lançar algum satélite utilizando estes foguetes terá que pagar a parte dos ucranianos como qualquer outro cliente, e não achei em nenhum lugar (imprensa, site da empresa ACS, etc...) sequer garantias de que o Brasil teria alguma prioridade na sequência de lançamentos para eventuais cargas nacionais.

Portanto, apresentar o projeto como sendo fundamental para o estado e a nação brasileira é claramente uma tentativa de enganar a opinião pública para angariar apoio às operações de uma empresa que pouco ou nada acrescentará ao patrimônio tecnológico nacional, muito pelo contrário, está desviando recursos que poderiam ser utilizados pelo nosso próprio programa, que é baseado no foguete VLS (e provavelmente não passará dele justamente para liberar recursos para apoiar os lançamentos dos foguetes ucranianos).

O foguete a ser utilizado pelos ucranianos, o Cyclone, é um foguete de porte médio desenvolvido à partir do míssil soviético SS-9 e a sua última versão (a 4, que será lançada de Alcântara) terá características que o colocarão dentro de uma das faixas mais ativas do mercado mundial de lançadores, mas será grande demais para a totalidade dos satélites hoje em desenvolvimento em nosso país. Talvez o futuro Satélite Geoestacionário Brasileiro, hoje em fase de estudos e que não se sabe será desenvolvido em nosso país ou simplesmente adquirido em algum fornecedor mundial, possa utilizar este foguete. Mas também não há garantias de que o custo para nosso país seria inferior ao de contratar outra empresa de lançamentos qualquer, como a Arianespace (o foguete lançador A - Soyuz que eles utilizarão é da mesma categoria do Cyclone-4 e também reconhecidamente o mais seguro e econômico lançador existente).

Nada contra parcerias deste tipo para uso de uma base que de outra forma seria extremamente sub-utilizada, mas não se pode tentar confundir uma iniciativa como esta com um autêntico avanço na capacidade tecnológica de nosso país, como os responsáveis pelo programa e a imprensa em geral parecem estar deliberadamente tentando fazer. Se a parte a ser recebida pelo Brasil no preço de cada lançamento for canalizada diretamente para o nosso próprio programa espacial melhor ainda, mas os cidadão brasileiros não devem se enganar acreditando que o programa Brasil-Ucrânia pode substituir o nosso próprio, sob o risco de ver a qualquer momento os ucranianos encerrarem a parceria por considerá-la pouco vantajosa em termos comerciais, por sofrerem pressões externas ou simplesmente porque receberam proposta melhor de outro país qualquer.

E aí o Brasil ficaria sem nenhuma capacidade de efetuar lançamentos espaciais de forma independente, e todo nosso esforço na conquista do espaço ao longo dos últimos 30 seria jogado fora.

Leandro G. Card
O link para o texto do tratado no próprio site da empresa Alcântara Cyclone Space (ASC) está abaixo, para quem se interessar:

www.alcantaracyclonespace.com/index.php ... ert_indent
No meu entender dois pontos devem ser observados neste documento, pois mostram bem qual é a natureza do contrato:

1- Os foguetes Cyclone-4 a serem utilizados pela ACS, junto com todos os apetrechos necessários para lançá-lo, serão COMPRADOS no fornecedor ucraniano através de um processo normal de importação (e com desconto nos impostos, um subsídio direto). A empresa não terá nenhuma participação ou influência do desenvolvimento do foguete em si. Além disso as operações de preparação do para lançamento também são de responsabilidade da parte ucraniana da ACS. Ou seja, não se prevê o acesso do Brasil a nenhum dos aspectos tecnológicos envolvidos com o projeto, construção e operação do foguete.

2- O contrato pode ser denunciado por qualquer das partes sem a necessidade de nenhum tipo de justificativa, e após isto ele perderá a validade dentro de apenas 1 ano. Se os ucranianos por qualquer motivo decidirem ir lançar seus foguetes em qualquer outro lugar podem fazer isso a qualquer momento e em 1 ano já não haveriam mais foguetes de médio porte sendo lançados do Brasil, prazo insuficiente para que fosse desenvolvido um sucedâneo nacional em caso de necessidade.

O que me preocupa é que as autoridades brasileiras estão desenvolvendo uma nítida tendência de apresentar este acordo espacial Brasil-Ucrânia como se fosse uma espécie de “Programa Espacial Brasileiro 2”, o que obviamente ele não é, e se isto não for esclarecido certamente vão fazer muita propaganda em cima dele, criando um comprometimento. O grande risco é que isto crie a impressão (para o público e para as próprias autoridades) de que o sucesso do “Programa Espacial Brasileiro 1” (o VLS e sucessores) não é mais importante, e as verbas para ele sejam reduzidas ou ele seja simplesmente encerrado de vez após alguns poucos lançamentos, se houverem.

E pode ficar pior ainda. Existe a possibilidade de que apesar das expectativas o Cyclone-4 não se mostre competitivo no mercado mundial, e a Ucrânia passe a pensar em sair do programa. Para evitar que isto aconteça e não passar recibo do fracasso as autoridades brasileiras poderiam decidir subsidiar o lançamento de cargas de terceiros, o que seria bom para todo mundo menos para o Brasil, que estaria pagando para que a Ucrânia vendesse seus foguetes e outros países colocassem satélites em órbita a baixo custo, sem receber nada em troca além das imagens dos foguetes decolando com Alcântara ao fundo.

Outra possibilidade seria nosso país inventar cargas para serem lançadas pelo Cyclone-4, desenvolvendo um programa de satélites (científicos e aplicativos) sem a real necessidade e sem objetivos de longo prazo, despendendo assim verbas que poderiam ser utilizadas de forma mais construtiva. Isto até poderia trazer benefícios na área de tecnologia de satélites, mas as características do foguete Cyclone-4 o tornam adequado para o lançamento de satélites específicos que não necessariamente seriam os mais interessantes para todas as necessidades brasileiras. Além disso estaríamos mandando grande parte do dinheiro para fora do país, quando ele poderia ser utilizado no desenvolvimento de lançadores nacionais.

Portanto, é importante que o acordo espacial Brasil-Ucrânia seja visto como o que ele realmente é, uma forma de dar uso ao Centro de Lançamentos de Alcântara através do lançamento de foguetes ESTRANGEIROS, se possível com algum lucro. Inclusive seria interessante fechar acordos similares com outros países, como a China e a Índia (já que não quisemos com os EUA e perdemos a oportunidade com a Rússia). E tem que se ter sempre bem claro que ele não é um sucedâneo para um programa nacional de lançadores, que nos daria real independência na área espacial e traria benefícios ao parque tecnológico do país, o que não acontece no caso de acordos binacionais deste tipo específico.

Leandro G. Card




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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#64 Mensagem por Anderson TR » Seg Mar 30, 2009 9:09 pm

Entrevista com o diretor da ACS sobre prováveis ganhos para o Brasil, oriundos dessa cooperação...

http://portalctb.org.br/site/index.php? ... ew&id=1393&
Itemid=20

Alcantara Cyclone Space: O primeiro passo para a conquista do mercado espacial
27/08/2008

Vinte e quatro meses. Esse é o prazo para o Brasil dar o primeiro passo no valioso mercado de lançamento de satélites. No primeiro semestre de 2010, a empresa binacional Alcantara Cyclone Space (ACS)– uma joint venture brasileira e ucraniana – deverá lançar do Centro Espacial de Alcântara (CEA), no Maranhão, o foguete Ciclone IV, carregando um satélite japonês. O primeiro “cliente” será o Laboratório de Sistemas Espaciais Inteligentes da Universidade de Tóquio, que está construindo o satélite científico Nano-Jasmine .

Em entrevista à Revista Espaço Brasileiro, o diretor-geral da parte brasileira da ACS, Roberto Amaral, explica que a parceria Brasil-Ucrânia é uma excelente oportunidade para assegurar a autonomia em um setor estratégico como o espacial. “Esse potencial se deriva do fato da ACS, além de atender à demanda dos dois países instituidores, ingressar no mercado mundial de satélites, disputando um investimento estimado de 14 bilhões de dólares em um período de 10 anos”. Estima-se que a ACS deverá absolver cerca de 30% desse mercado.

A binacional Alcantara Cyclone Space começa a dar seus primeiros passos neste ano. Quais são as perspectivas para a empresa? Já foram estabelecidos metas e prazos?

Roberto Amaral - A possibilidade de criação de uma empresa no moldes da Alcantara Cyclone Space começou a ser pensada em 1999, embora o Programa Espacial Brasileiro, que caminha a passos perigosamente lentos, tenha mais de 30 anos.

A ACS foi criada pelos governos do Brasil e da Ucrânia em 21 de outubro de 2003, pelo artigo 3º do Tratado de Cooperação de Longo Prazo entre os dois países, mas somente em 2007 é que efetivamente começou a ser montada, com a publicação de seu Estatuto e a nomeação do diretor-geral brasileiro.

A ACS é o encontro de interesses entre Brasil e Ucrânia. Nosso país ainda não possui um veículo lançador, e sua base de lançamento é, hoje, um mero projeto. A Ucrânia desenvolveu, com extraordinário sucesso, a família de foguetes Cyclone, mas não pode ter uma base de lançamento em seu território por limitações de fronteira. Já o Brasil possui uma excelente localização para lançamentos, em Alcântara, no Maranhão e em grande parte do Nordeste, pela sua localização próxima do Equador, o que lhe permite lançamentos com uma economia de até 30% de combustível.

A Ucrânia está desenvolvendo o Cyclone 4, que será por algum tempo o topo da linha Cyclone. O Brasil desenvolverá toda a infra-estrutura terrestre, e a ACS montará a plataforma de lançamentos. Reunindo os investimentos da ACS e os do CEA podemos estimar em um bilhão de reais os recursos que serão aplicados em Alcântara. Refiro-me apenas a investimentos diretos, sem computar, portanto, aqueles decorrentes da própria vida da base, dos campi universitários de ensino e pesquisa e dos campi tecnológicos, atraindo indústrias limpas e de ponta, transformando o Maranhão no principal centro espacial da América Latina.

A meta estabelecida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aceita pelo governo ucraniano prevê o primeiro lançamento do Cyclone 4 no curso do primeiro semestre de 2010. Mas são muitas as dificuldades. Nenhuma de ordem técnica ou tecnológica, quase todas derivadas de dificuldades impostas pela administração pública, de que dependemos, para quase tudo.

Gostaria que o senhor esclarecesse qual a importância da instalação dessa empresa para o Brasil.

A dieta de recursos orçamentários das últimas décadas impediu que o programa espacial brasileiro se desenvolvesse para aproveitamento do diferencial representado pela localização geográfica de Alcântara e, principalmente, para atender às nossas necessidades estratégicas.

Montar e gerir seu próprio programa espacial é fundamental para nosso País. O avanço das telecomunicações (que exige satélites) e a necessidade de rastrear fronteiras, meio-ambiente e meteorologia, a demanda por satélites e pela independência no acesso às informações por eles coletadas tornam cada vez mais relevante nosso programa. Aproveitar a oportunidade representada pela parceria Brasil-Ucrânia para assegurar essa autonomia, aliada ao grande potencial de negócios e geração de divisas representado pela binacional é, assim, uma prioridade que não pode ser ignorada. Esse potencial de negócios deriva do fato de a ACS, além de atender à demanda dos dois países instituidores, ingressará no mercado mundial de satélites, disputando um orçamento estimado de 14 bilhões de dólares americanos em um período de 10 anos. Em particular, acredita-se ser possível absorver algo na ordem de 30% deste mercado, ou seja, gerar uma receita de aproximadamente 4 bilhões de dólares em um horizonte de 10 anos.

Relembro que os investimentos destinados ao sítio de Alcântara, no Maranhão, não visam exclusivamente à implantação da ACS.

A ACS irá fornecer serviços de lançamentos de satélites. Que tipo de satélite poderá ser levado pelo foguete Cyclone 4?

A missão da ACS é, efetivamente, lançar satélites. Este é um mercado extremamente competitivo. O custo de um lançador está relacionado ao custo de um satélite. Por exemplo, um satélite de 600 kg, em órbita a 800 km da Terra, tem custo estimado entre 15 a 25 milhões de dólares.

O foguete Cyclone 4, em construção, poderá colocar em órbita um satélite de até 5,3 toneladas em órbita baixa, de até 2 mil km da Terra, ou um satélite de até 1,8 toneladas em órbita de transferência geoestacionária, sendo que a órbita geoestacionária está a 36 mil km da Terra. O tipo de satélite que poderemos lançar vai depender do pedido de nossos futuros clientes.

Mas, retornando ao foco da sua pergunta, posso dizer que os clientes para este mercado são as TVs, internet e monitoramentos, como aqueles voltados às questões do meio ambiente: queimadas, desmatamentos, inundações, secas etc.

De qualquer modo, é interessante informar que o Brasil também pode fazer satélites. Existe o projeto Plataforma Multimissão (PMM), que está desenvolvendo uma espécie de satélite multifacetado, onde o interessado acopla o serviço que pretende ter, como monitoramento de queimadas, de clima ou qualquer outro. Mais especificamente, a PMM é uma plataforma que oferece os serviços básicos para um satélite e que pode receber formas diferentes de cargas-úteis, ou seja, instrumentação que pode desenvolver trabalhos específicos quando em órbita. Em 2011, o Brasil deve lançar o primeiro satélite deste tipo.

Como é o mercado mundial para esse tipo de lançamento? Quem são os prováveis clientes?

Esse mercado é disputado por Estados Unidos, Rússia, Japão, China, Índia, Israel e pela Comunidade Européia, esta última por meio do centro de lançamento de Kourou, na Guiana.

O principal mercado-alvo da ACS são os países da América Latina e do Hemisfério Sul de forma geral, além da África, que poderão beneficiar-se da redução de custos representada pela localização geográfica de Alcântara, a apenas dois graus ao sul da Linha do Equador.

Na América Latina, o Brasil é o país que mais desenvolveu o projeto espacial, uma imposição de seu território. Há uns 10 anos, a Argentina liderava, mas este cenário mudou. A Argentina não tem foguete lançador, mas participa da construção de partes de satélites.

Em média, quanto custa o lançamento comercial de um satélite? E de quanto é o investimento feito na ACS?

A primeira fase de implantação da ACS prevê investimentos de aproximadamente R$ 1 bilhão em Alcântara. Nesse valor estão previstos os custos de construção, por parte do governo federal, de um porto próximo ao sítio de lançamento; de implantação de infra-estrutura para o CEA e instalação de um pólo de tecnologia; de uma estrada estadual ligando o porto ao sítio e melhorando sensivelmente a comunicação entre as comunidades locais.

A construção do sítio de lançamento, com a plataforma e as instalações necessárias ao lançamento dos foguetes está orçada em US$ 105 milhões, dos quais cada país responde por 50%.

O foguete Cyclone 4 está sendo desenvolvido na Ucrânia, por um custo estimado de US$ 120 milhões, e será transladado para o Brasil para o primeiro lançamento, previsto para 2010. Este valor inclui o projeto de um novo terceiro estágio, a contratação da equipe de trabalho e todos os custos para o desenvolvimento e a produção do veículo lançador. Deve-se destacar que o primeiro lançamento, em 2010, é de qualificação do veículo e do centro de lançamento. O custo somente da produção de um foguete para fins comerciais é bem menor. De qualquer modo, dizer agora quanto custará um lançamento a partir da família Cyclone é prematuro.

Há alguma legislação que destine o dinheiro obtido pela arrecadação da ACS? Ele deverá ser destinado ao programa espacial?

A binacional tem estrutura paritária, sendo 50% de seu capital controlado por cada um dos governos participantes. Cada país receberá metade do lucro final das atividades da empresa. Ou seja, tanto os governos do Brasil como da Ucrânia receberão de volta, a médio prazo, os recursos que aplicaram na binacional. Cabe ao Governo Federal definir em seu orçamento como serão aplicados esses recursos.

Há alguma projeção de aquecimento da economia brasileira com o pleno funcionamento da ACS? Imagina-se que com a instalação da empresa será preciso contratar mão-de-obra brasileira, alguns serviços devem ser contratados pela indústria local.

Alcântara é um dos municípios mais pobres do Brasil, vivendo principalmente de repasses de verbas de fundos federais, e suas comunidades praticam essencialmente atividades de subsistência. A instalação da ACS permitirá, além dos investimentos em infra-estrutura – estradas, porto, escolas, hospital e fornecimento de energia – ,que as comunidades tenham acesso a um novo mercado de trabalho, sem prejuízo de suas características étnicas e culturais.

O projeto do CEA, do qual a ACS é parte, prevê o desenvolvimento de parcerias com entidades como Sesi, Senac e Sebrae, entre outras, no sentido de identificar o potencial econômico das comunidades, para melhor aproveitamento e crescimento da economia local.

Em relação à mão-de-obra especializada, como engenheiros e químicos, por exemplo, temos certeza de que a ACS abrirá um novo campo de trabalho para o Brasil, voltado para a Ciência e Tecnologia, aproveitando no País os nossos cérebros, muitos forçados a trabalhar no exterior por falta de mercado interno, além de incentivar a indústria nacional.

A implantação de um centro de lançamento do porte daquele do Cyclone 4 e a sua operação em bases comerciais resultarão, ainda, em transferência de tecnologia para o País uma vez que profissionais brasileiros e empresas nacionais irão necessariamente se capacitar para tais atividades. Deve-se destacar que a operação do Cyclone 4 vai exigir conhecimento e capacitação no tratamento de um veículo lançador muito maior do que aqueles, até o momento, considerados no País. Além disso, trata-se de um veículo lançador que utiliza uma tecnologia de propulsão líquida, que também é uma novidade no contexto do Programa Nacional de Atividades Espaciais.

Finalmente, existe a possibilidade de o empreendimento com a Ucrânia ser expandido no futuro, de forma a incluir o desenvolvimento conjunto de um veículo lançador de capacidade superior àquela do Cyclone 4. Neste caso, seria um desenvolvimento conjunto, portanto, contemplando a única forma efetiva de transferência de tecnologia em função do trabalho, lado a lado, de especialistas brasileiros e ucranianos, e com propriedade conjunta do veículo resultante. A possibilidade de desenvolvimento deste novo veículo, que por enquanto está sendo denominado Cyclone 5, ainda está nas fases iniciais de análise e, certamente, o prosseguimento neste empreendimento depende do sucesso alcançado com a efetivação do complexo de lançamento do Cyclone 4 em Alcântara.




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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#65 Mensagem por LeandroGCard » Ter Mar 31, 2009 12:40 pm

A implantação de um centro de lançamento do porte daquele do Cyclone 4 e a sua operação em bases comerciais resultarão, ainda, em transferência de tecnologia para o País uma vez que profissionais brasileiros e empresas nacionais irão necessariamente se capacitar para tais atividades. Deve-se destacar que a operação do Cyclone 4 vai exigir conhecimento e capacitação no tratamento de um veículo lançador muito maior do que aqueles, até o momento, considerados no País. Além disso, trata-se de um veículo lançador que utiliza uma tecnologia de propulsão líquida, que também é uma novidade no contexto do Programa Nacional de Atividades Espaciais.[/color]

Finalmente, existe a possibilidade de o empreendimento com a Ucrânia ser expandido no futuro, de forma a incluir o desenvolvimento conjunto de um veículo lançador de capacidade superior àquela do Cyclone 4. Neste caso, seria um desenvolvimento conjunto, portanto, contemplando a única forma efetiva de transferência de tecnologia em função do trabalho, lado a lado, de especialistas brasileiros e ucranianos, e com propriedade conjunta do veículo resultante. A possibilidade de desenvolvimento deste novo veículo, que por enquanto está sendo denominado Cyclone 5, ainda está nas fases iniciais de análise e, certamente, o prosseguimento neste empreendimento depende do sucesso alcançado com a efetivação do complexo de lançamento do Cyclone 4 em Alcântara.
Não existe previsão nem contratual nem de qualquer outra natureza para a capacitação de empresas ou técnicos brasileiros em nenhuma das atividades de projeto, construção ou preparação para lançamento do Cyclone-4. O contrato é muito claro ao dizer que o foguete será importado da Ucrânia e a responsabilidade pela base de lançamento e a preparação para o vôo é da parte ucraniana da ACS. E uma das características deste foguete é justamente a exigência de um mínimo de interferência humana na preparação para o lançamento, herança de sua origem como ICBM (e aliás um bom argumento a favor de sua segurança).

Com certeza algum treinamento nestas operações será ministrado aos técnicos brasileiros, no mínimo por motivos de segurança, e também existe a possibilidade de que brasileiros possam acompanhar a montagem final do foguete (que será transportado semi-desmontado da Ucrânia para o Brasil), o que já é uma evolução sobre o contrato que os americanos queriam assinar conosco. Mas poderíamos ter enviado técnicos para fazer o mesmo aprendizado na Rússia ( e provavelmente também na China por conta dos satélites CBERS) a qualquer momento, e com certeza custaria muito menos que os 500 milhões que vamos desembolsar com este programa. Na verdade o simples fato de o foguete utilizar combustível líquido, ser grande e ser lançado daqui ajuda a tecnologia nacional tanto quanto o fato da seleção brasileira ir jogar alguns amistosos contra a seleção de um país qualquer ajuda a evolução do futebol daquele país. É mais do que nada, mas também não faz milagre se o time da casa já não tiver um bom domínio do assunto.

Também nada em princípio impede acordos futuros que contemplem o desenvolvimento de novos lançadores ou a transferência de tecnologia ucraniana para nós, se nos interessarmos , eles concordarem e pagarmos o devido preço. Mas não há absolutamente nada previsto neste sentido até o momento. Além disso a tecnologia da família de foguetes Cyclone, que usa combustíveis estocáveis, está sendo abandonada em todo o mundo em favor de misturas combustíveis baseadas em oxigênio líquido ou de motores de combustível sólido de grande porte. As razões envolvem custo, segurança e proteção ambiental, e este último ponto provavelmente será uma eterna fonte de questionamentos enquanto foguetes desta família ou derivados diretos dela estiverem sendo lançados de Alcântara, uma região que era considerada um patrimônio ecológico.

Leandro G. Card




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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#66 Mensagem por Anderson TR » Qua Abr 01, 2009 9:47 pm

LeandroGCard escreveu: Além disso a tecnologia da família de foguetes Cyclone, que usa combustíveis estocáveis, está sendo abandonada em todo o mundo em favor de misturas combustíveis baseadas em oxigênio líquido ou de motores de combustível sólido de grande porte. As razões envolvem custo, segurança e proteção ambiental, e este último ponto provavelmente será uma eterna fonte de questionamentos enquanto foguetes desta família ou derivados diretos dela estiverem sendo lançados de Alcântara, uma região que era considerada um patrimônio ecológico.

Leandro G. Card
Éh verdade!!!existem evoluções nas matrizes energéticas de foguetes espaciais, porém, o Brasil não domina totalmente aquelas que usam combustíveis estocáveis (líquidos) como os do Cyclone e com o fiasco do VLS estão procurando dar um passo de cada vez.....Por falar em misturas ecológicamente corretas, a Ucrânia vem pesquisando ou domina essas novas tendencias???
Aqui em Brasília, com o apoio de orgãos de fomento a pesquisa, a UNB está testando a propulsão de foguetes de pequeno porte com o uso de misturas combustíveis (vale ressaltar que esse apoio não é o suficiente)......Mas até que a rapaziada tá se virando bem!!!!




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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#67 Mensagem por LeandroGCard » Sex Abr 03, 2009 9:36 pm

BlInDaDo-BR escreveu: Éh verdade!!!existem evoluções nas matrizes energéticas de foguetes espaciais, porém, o Brasil não domina totalmente aquelas que usam combustíveis estocáveis (líquidos) como os do Cyclone e com o fiasco do VLS estão procurando dar um passo de cada vez.....Por falar em misturas ecológicamente corretas, a Ucrânia vem pesquisando ou domina essas novas tendencias???
Aqui em Brasília, com o apoio de orgãos de fomento a pesquisa, a UNB está testando a propulsão de foguetes de pequeno porte com o uso de misturas combustíveis (vale ressaltar que esse apoio não é o suficiente)......Mas até que a rapaziada tá se virando bem!!!!
Na verdade o fato do Cyclone utilizar combustível estocável foi totalmente incidental, o Brasil não teve nenhuma participação neste fato.

Não foi uma escolha por "um passo de cada vez", apenas aconteceu que o foguete que os Ucranianos tem para entregar ser o Cyclone, que usa este tipo de combustível. O Zenit, que é um projeto bem mais recente e utiliza a mistura de oxigênio líquido e querosene, também é montado pela Yuzhnoe, mas ao que parece boa parte dos componentes é de produção russa. Os ucranianos não tem a capacidade de montá-los sem apoio dos russos, que não tem interesse na parceria Ucrânia-Brasil.

Já o Cyclone, que é baseado no projeto de um míssil estratégico bem mais antigo, pode ser construído com menos apoio russo (ou talvez até sem nenhum), então é este que a ACS irá comprar.

Quanto aos ucranianos estarem estudando outros combustíveis não consegui achar referências, mas é provável que sim. Só que os projetos dos motores de todos os foguetes já construídos na Ucrânia sempre foram feitos pelos escritórios de projeto russos, então não sei até que ponto os ucranianos sabem projetar motores-foguete, o que é bem diferente de construí-los à partir de desenhos já prontos.

Eu me formei em engenharia mecânica na UnB, e fico orgulhoso quando vejo o pessoal de lá desenvolvendo uma pesquisa tão interessante como a dos foguetes híbridos de parafina que eles estão pesquisando. A parafina se mostrou o único combustível que permite aos foguetes híbridos atingir um nível de eficiência próximo ao dos combustíveis puramente sólidos ou líquidos, e a NASA também está pesquisando esta área. No futuro é possível que os lançadores pequenos até um tamanho próximo ao do VLS-1 e boosters para foguetes maiores utilizem este combustível.

Infelizmente o Brasil é um país estranho, que fica muito feliz em gastar centenas de milhões para montar uma base para os ucranianos lançarem seus foguetes, mas cada centavo para as pesquisas sobre o tema na UnB tem que ser arrancado a fórceps!


um grande abraço,


Leandro G. Card




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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#68 Mensagem por Anderson TR » Dom Abr 05, 2009 8:16 pm

LeandroGCard escreveu:
Eu me formei em engenharia mecânica na UnB, e fico orgulhoso quando vejo o pessoal de lá desenvolvendo uma pesquisa tão interessante como a dos foguetes híbridos de parafina que eles estão pesquisando. A parafina se mostrou o único combustível que permite aos foguetes híbridos atingir um nível de eficiência próximo ao dos combustíveis puramente sólidos ou líquidos, e a NASA também está pesquisando esta área. No futuro é possível que os lançadores pequenos até um tamanho próximo ao do VLS-1 e boosters para foguetes maiores utilizem este combustível.

Infelizmente o Brasil é um país estranho, que fica muito feliz em gastar centenas de milhões para montar uma base para os ucranianos lançarem seus foguetes, mas cada centavo para as pesquisas sobre o tema na UnB tem que ser arrancado a fórceps!


um grande abraço,


Leandro G. Card
Bacana saber que você se formou pela UNB, também sou formado pela UNB, Sou Sociólogo!!!
...Bem Leandro, o problema que vejo nessas questões tecnológicas por parte do Brasil, com falta de incentivo e de investimento em pesquisas e desenvolvimento, vem de encontro com a falta de um "Norte" ou política de Estado que vislumbre o País internamente e no cenário Internacional e sua importancia. Fiz um trabalho, no tema de Sociologia do Desenvolvimento, em que pesquisei sobre o investimento em infra-estrutura no Brasil e as formas como as políticas de fomento funcionam por aqui, inclusive em áreas que demandariam ou absorveriam grande parte de mão de obra especializada na área de tecnologia. Percebí que Após o processo de Redemocratização e da nova constituinte (mesmo antes disso), os sucessivos governantes vem sucateando as instancias militares e os projetos industriais que levam em conta o tema Defesa.Todos nós sabemos que o investimento em defesa é um dos maiores proporcionadores do investimento em tecnologia e pesquisa, e que fomenta inovações inclusive para o nosso cotidiano ou uso civil......Se formos remontar as nossas atuais bases políticas e de organização de Estado, estamos com pouco mais de 20 anos de uma nova realidade, depois de atravessarmos crises internacionais, processos políticos/economicos e eleitorais conturbados(re-eleição, privatizações, abetura economica, entre outros fatores)....E estamos nos firmando em uma estabilidade economica inédita na história recente do país, ou seja, só iremos desenvolver essa caracteristica de um pensamento de Estado à longo prazo, de fato, quando conseguirmos vencer etapas internas de disputa pelo poder, como um fim em sí mesmo......Partidos políticos que carregam dogmas ideológicos e que desconstroem conquistas anteriores e de governos passados ainda são uma realidade em nossa jovem Democracia, ou seja, usam as mazelas e problemas internos como armas de acusação e trunfos eleitorais, e não pensam de forma clara nesses temas como conquistas de uma Nação, e sim como conquistas partidárias, interesseiras e pretensiosas (claro que em muitos casos elas assim as são)......

Não sei que idade que você tem, mas eu já presenciei tempos econômicos no Brasil muito obscuros, com hiperinflação, congelamento e ainda uma imensa gama de problemas que até hoje enfrentamos e que nos trouxeram uma carga negativa de percepção imediatista das coisas até no cenário internacional, porém, demos uma melhorada em alguns indicadores, só não alcançamos ainda a estatura de um Homem feito como país e nação....O Brasil é sim um "país estranho", concordo com você, estranho como um adolescente inseguro e despreparado para lhe dar com os homens feitos (espertalhões), nações do cenário internacional, porém, já estamos aprendendo algumas coisas, e como membros desse corpo adolescente e ainda despreparado que vivemos, temos e teremos incumbencias importantes a desempenhar, quando chegar o nosso tempo, principalmente como formadores de opinião, você com toda a experiencia em sua área, eu com algumas poucas coisas que sei, e todos nós foristas do DB que possuem uma visão mais crítica e ampliada das coisas......E espero ansiosamente que esse tempo chegue, porém, cabe a nós confiarmos em Deus e trabalharmos firmemente e com honestidade, servindo como referenciais para um Brasil melhor no dia de amanhã!!!

Grande Abraço!!




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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#69 Mensagem por LeandroGCard » Seg Abr 06, 2009 7:38 pm

Pois é Blindado,

Concordo com todas as suas colocações, em gênero número e grau. O Brasil ainda está começando a aprender como ser "gente grande", e ainda vai demorar um bom tempo para chegar lá. Por enquanto vamos contribuindo como pudermos, e torcendo para que nosso amado país atinja a maturidade ainda em nosso tempo de vida, para que possamos chegar a vê-lo.

Um grande abraço,

Leandro G. Card




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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#70 Mensagem por Marino » Ter Mai 26, 2009 11:29 am

Globo:
PANORAMA POLÍTICO
Fernanda Krakovics
Assunto encerrado
A AGU não vai abrir uma câmara de conciliação, pedida pelo Ministério da Defesa, para rever a concessão de terras da base de Alcântara para quilombolas. O governo avalia que há área suficiente para o projeto espacial brasileiro. :evil: :evil: :evil:




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#71 Mensagem por LeandroGCard » Ter Mai 26, 2009 5:58 pm

Marino escreveu:Globo:
PANORAMA POLÍTICO
Fernanda Krakovics
Assunto encerrado
A AGU não vai abrir uma câmara de conciliação, pedida pelo Ministério da Defesa, para rever a concessão de terras da base de Alcântara para quilombolas. O governo avalia que há área suficiente para o projeto espacial brasileiro. :evil: :evil: :evil:
Pelas informações que tenho sou forçado a concordar com o governo.

Para lançar um VLS a cada 2 ou 3 anos a base já existente está boa até demais. E para os foguetes Cyclone da Ucrânia também já está reservada a área para a rampa de lançamento e os prédios de montagem, abastecimento e controle. O que mais está previsto pelo programa espacial brasileiro? Se mais nada, então para quê se usaria mais espaço.

O comentado foi que se gostaria de ter mais rampas para os Cyclone, mas dadas as características dele não vejo porque isso. Ele é preparado para lançamento em posição horizontal dentro de um prédio e só vai para a rampa no momento do lançamento, para ser colocado em posição vertical e abastecido. Depois é só lançar, praticamente não há interferência humana após ele sair do prédio. Assim o tempo de permanência dele na rampa é mínimo, e no prédio de preparação ele estará desabastecido e será perfeitamente seguro se for construído um prédio maior (ou o original for ampliado) para que se possa preparar mais de um foguete em paralelo. Para quê mais rampas então?

O problema virá quando os Cyclone começarem a ser lançados e contaminarem toda a área em volta da base com compostos tóxicos de nitrogênio. Os quilombófilos e ecochatos vão cair matando!


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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#72 Mensagem por Brasileiro » Ter Mai 26, 2009 6:04 pm

Para quê mais rampas então?
Para que dê alguma esperançazinha pro nosso programa espacial.
Vai que de repente ali por 2050 a gente termina de desenvolver um foguete do tipo e não tem onde lançar?

"ACS - A pá de cal".



abraços]




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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#73 Mensagem por LeandroGCard » Ter Mai 26, 2009 8:43 pm

Brasileiro escreveu:
Para quê mais rampas então?
Para que dê alguma esperançazinha pro nosso programa espacial.
Vai que de repente ali por 2050 a gente termina de desenvolver um foguete do tipo e não tem onde lançar?

"ACS - A pá de cal".

abraços]
Imagine!

Quanto mais rampas mais Cyclones vão lançar, e aí mesmo é que nunca vamos ter um foguete nacional que nos garanta independência nesta área tão sensível. Deixa a base pequena, assim vão ter que usar a rampa do VLS para os próximos foguetes brasileiros e aposentam logo aquele "troço", liberando o pessoal para desenvolver alguma coisa com chance de se tornar eficiente. Aí depois, se der para fazer algo maior, tomamos é o lugar do Cyclone e mandamos os ucranianos de volta para os braços dos americanos.

Leandro G. Card




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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#74 Mensagem por Marino » Qua Mai 27, 2009 11:19 am

LeandroGCard escreveu:
Marino escreveu:Globo:
PANORAMA POLÍTICO
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Assunto encerrado
A AGU não vai abrir uma câmara de conciliação, pedida pelo Ministério da Defesa, para rever a concessão de terras da base de Alcântara para quilombolas. O governo avalia que há área suficiente para o projeto espacial brasileiro. :evil: :evil: :evil:
Pelas informações que tenho sou forçado a concordar com o governo.

Para lançar um VLS a cada 2 ou 3 anos a base já existente está boa até demais. E para os foguetes Cyclone da Ucrânia também já está reservada a área para a rampa de lançamento e os prédios de montagem, abastecimento e controle. O que mais está previsto pelo programa espacial brasileiro? Se mais nada, então para quê se usaria mais espaço.

O comentado foi que se gostaria de ter mais rampas para os Cyclone, mas dadas as características dele não vejo porque isso. Ele é preparado para lançamento em posição horizontal dentro de um prédio e só vai para a rampa no momento do lançamento, para ser colocado em posição vertical e abastecido. Depois é só lançar, praticamente não há interferência humana após ele sair do prédio. Assim o tempo de permanência dele na rampa é mínimo, e no prédio de preparação ele estará desabastecido e será perfeitamente seguro se for construído um prédio maior (ou o original for ampliado) para que se possa preparar mais de um foguete em paralelo. Para quê mais rampas então?

O problema virá quando os Cyclone começarem a ser lançados e contaminarem toda a área em volta da base com compostos tóxicos de nitrogênio. Os quilombófilos e ecochatos vão cair matando!


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O espaço cedido ao programa ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB era do programa brasileiro, da FAB.
Era para ser cedido temporariamente, enquanto se discutiam com os "quilombolas".
O programa brasileiro perde esta área, única que dispunha, e não poderá se expandir.




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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#75 Mensagem por LeandroGCard » Qua Mai 27, 2009 6:16 pm

Marino escreveu: O espaço cedido ao programa ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB era do programa brasileiro, da FAB.
Era para ser cedido temporariamente, enquanto se discutiam com os "quilombolas".
O programa brasileiro perde esta área, única que dispunha, e não poderá se expandir.
Pois é, mas expandir o quê? A expansão do programa espacial brasileiro não é o próprio programa Brasil-Ucrânia?

Falando sério agora. Se houver uma real determinação do governo e da sociedade brasileira em desenvolver um programa espacial digno do nome, não serão alguns quilombolas que irão impedir isso. O goveno pode desapropriar terras muito mais amplas e re-assentar populações muito mais numerosas para construir represas, estradas, portos, indústrias, etc..., em nome do interesse maior nacional. Não seriam os quilombolas que iriam se tornar um empecilho ao programa espacial se a vontade real existisse (ainda se fossem índios...).

Agora, o fato de a terra ser disputada por uns poucos pretensos descendentes de ex-excravos constituir-se sequer num incômodo para o programa espacial brasileiro mostra claramente a total falta de importância com que ele é encarado pelo governo e pela sociedade, então mais ou menos espaço para uma possível expansão futura que hoje não é sequer imaginada não vão fazer absolutamente nenhuma diferença. Pessoalmente fico indignado com este descaso, mas não dá para fugir da realidade, a questão dos quilombolas não é uma das que realmente atrapalham nosso programa espacial.

Se e quando algum dia existir de fato alguma preocupação no Brasil com relação ao domínio autóctone da tecnologia espacial, então voltarei a pensar no assunto das terras de Alcântara nas mão dos quilombolas. Até lá, pouco se me dá se entregarem a região inteira para eles e transformarem as bases de lançamento em silos para armazenamento mandioca e carne-seca. Pode deixar que os chinese, europeus, etc... estão aí mesmo para lançar nossos satélites, se tivermos algum para lançar.


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