Estratégia Nacional de Defesa
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Exército critica plano de defesa e vê comandos enfraquecidos
Textos na internet falam em "hipertrofia" do ministério
ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA
Em sua primeira reunião do ano, o Alto Comando do Exército, que reúne os generais de quatro estrelas, o mais alto posto da carreira, criticou a Estratégia Nacional de Defesa, apresentada no Planalto no final de 2008, por supostamente fortalecer o Ministério da Defesa, em detrimento dos comandos das três Forças Armadas.
Houve consenso contra dois pontos do plano: a criação de um Estado-Maior que representaria as três Forças e trabalharia junto com a pasta da Defesa, tirando, segundo os militares, autonomia de cada Estado-Maior já existente em Exército, Marinha e Aeronáutica; e a prerrogativa do ministro da Defesa de indicar os comandantes das três Forças.
A Estratégia Nacional de Defesa, elaborada pelos ministros Nelson Jobim (Defesa) e Roberto Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos), reúne ações para tentar suprir as debilidades do sistema de defesa brasileiro, carente de recursos.
Textos críticos ao plano circulam na internet desde domingo e são atribuídos a três generais, sendo um deles Luiz Cesário da Silveira Filho, ex-comandante militar do Leste, que fez a exposição considerada "mais dura" ontem. Cesário entrou para a reserva por tempo/idade. Sua despedida foi à noite, no Clube do Exército. Ele era comandante no Rio quando um sargento entregou três moradores de morro a traficantes.
Cesário classificou o plano de "utópico" e ironizou: "Vai haver dinheiro para tudo isso?".
Ao saber das críticas, Jobim telefonou para o comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, que resumiu a reunião como uma análise do plano no "foro adequado", em que o texto foi principalmente elogiado, apesar das críticas.
Na internet, o plano é ridicularizado com a sigla END (fim, em inglês) e criticado por tentar "ressuscitar antigos costumes de ingerência política nos negócios internos das Forças Armadas". Os textos pedem ainda prevenção contra a "hipertrofia do Ministério da Defesa" e a "introdução de cotas (sociais, raciais, etc.)" no acesso às academias militares.
As críticas à Estratégia Nacional de Defesa ocorrem no momento em que está sendo discutida uma revisão da Lei da Anistia, para permitir o julgamento de crimes de tortura cometidos no regime militar.
Vejam a que ponto chega o corporativismo da Força: "Já conseguiram safar o Tenente".rs rs rs rs rs!
Textos na internet falam em "hipertrofia" do ministério
ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA
Em sua primeira reunião do ano, o Alto Comando do Exército, que reúne os generais de quatro estrelas, o mais alto posto da carreira, criticou a Estratégia Nacional de Defesa, apresentada no Planalto no final de 2008, por supostamente fortalecer o Ministério da Defesa, em detrimento dos comandos das três Forças Armadas.
Houve consenso contra dois pontos do plano: a criação de um Estado-Maior que representaria as três Forças e trabalharia junto com a pasta da Defesa, tirando, segundo os militares, autonomia de cada Estado-Maior já existente em Exército, Marinha e Aeronáutica; e a prerrogativa do ministro da Defesa de indicar os comandantes das três Forças.
A Estratégia Nacional de Defesa, elaborada pelos ministros Nelson Jobim (Defesa) e Roberto Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos), reúne ações para tentar suprir as debilidades do sistema de defesa brasileiro, carente de recursos.
Textos críticos ao plano circulam na internet desde domingo e são atribuídos a três generais, sendo um deles Luiz Cesário da Silveira Filho, ex-comandante militar do Leste, que fez a exposição considerada "mais dura" ontem. Cesário entrou para a reserva por tempo/idade. Sua despedida foi à noite, no Clube do Exército. Ele era comandante no Rio quando um sargento entregou três moradores de morro a traficantes.
Cesário classificou o plano de "utópico" e ironizou: "Vai haver dinheiro para tudo isso?".
Ao saber das críticas, Jobim telefonou para o comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, que resumiu a reunião como uma análise do plano no "foro adequado", em que o texto foi principalmente elogiado, apesar das críticas.
Na internet, o plano é ridicularizado com a sigla END (fim, em inglês) e criticado por tentar "ressuscitar antigos costumes de ingerência política nos negócios internos das Forças Armadas". Os textos pedem ainda prevenção contra a "hipertrofia do Ministério da Defesa" e a "introdução de cotas (sociais, raciais, etc.)" no acesso às academias militares.
As críticas à Estratégia Nacional de Defesa ocorrem no momento em que está sendo discutida uma revisão da Lei da Anistia, para permitir o julgamento de crimes de tortura cometidos no regime militar.
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Críticas de generais a plano de Defesa preocupam Jobim
BRASÍLIA - Informado de resistências à Estratégia Nacional de Defesa na alta cúpula do Exército, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, telefonou ontem ao comandante da Força, general Enzo Martins Peri, que participava da reunião com o generalato, no Quartel-General, para saber da extensão das críticas e do nível de contaminação delas na caserna.
Íntegra:
http://defesabrasil.com/site/index.php/ ... Jobim.html
BRASÍLIA - Informado de resistências à Estratégia Nacional de Defesa na alta cúpula do Exército, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, telefonou ontem ao comandante da Força, general Enzo Martins Peri, que participava da reunião com o generalato, no Quartel-General, para saber da extensão das críticas e do nível de contaminação delas na caserna.
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
END é tema de debate em Brasília
Parlamentares, representantes dos governos estadual e federal e empresários irão se reunir em evento para debater a indústria bélica no Brasil
A Frente Parlamentar de Apoio às Forças Armadas na Amazônia e a Comissão de Relações Exteriores e Defesa da Câmara dos Deputados irão promover no dia 29 de abril de 2009, em Brasília, o Fórum Plano Estratégico de Defesa: Modernização e Apoio do Governo aos Fabricantes de Equipamentos de Defesa.
Íntegra:
http://defesabrasil.com/site/index.php/ ... silia.html
Parlamentares, representantes dos governos estadual e federal e empresários irão se reunir em evento para debater a indústria bélica no Brasil
A Frente Parlamentar de Apoio às Forças Armadas na Amazônia e a Comissão de Relações Exteriores e Defesa da Câmara dos Deputados irão promover no dia 29 de abril de 2009, em Brasília, o Fórum Plano Estratégico de Defesa: Modernização e Apoio do Governo aos Fabricantes de Equipamentos de Defesa.
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Comandante da Marinha defende plano de Jobim
Alexandre Rodrigues
O comandante da Marinha, almirante-de-esquadra Julio Soares de Moura Neto, defendeu ontem a Estratégia Nacional de Defesa das críticas feitas por generais em um documento apresentado anteontem na reunião do Alto Comando do Exército. Embora tenha dito que só teve conhecimento da carta assinada por três integrantes da alta cúpula do Exército por meio da imprensa, Moura Neto discordou e classificou o plano como um "alento" para os militares. Para o comandante da Marinha, ao contrário do que argumentam os generais, não faltou consenso para a aprovação do plano, que, segundo ele, "foi exaustivamente discutido" com as três Forças Armadas.
"Esse documento (o plano) não foi feito à revelia (dos militares). Foi feito com a participação das três Forças, que discutiram muito e houve grandes mudanças desde o primeiro documento até o definitivo", disse Moura Neto, durante a apresentação do novo navio hidro-oceanográfico da Marinha, no Rio.
O comandante refutou a ideia de que o plano nacional de defesa tenha sido imposto pelos ministros Nelson Jobim (Defesa) e Mangabeira Unger (Secretaria de Assuntos Estratégicos). "Absolutamente não. Isso foi feito num grupo de trabalho. Tudo foi muito discutido no âmbito das Forças Armadas", afirmou.
Alexandre Rodrigues
O comandante da Marinha, almirante-de-esquadra Julio Soares de Moura Neto, defendeu ontem a Estratégia Nacional de Defesa das críticas feitas por generais em um documento apresentado anteontem na reunião do Alto Comando do Exército. Embora tenha dito que só teve conhecimento da carta assinada por três integrantes da alta cúpula do Exército por meio da imprensa, Moura Neto discordou e classificou o plano como um "alento" para os militares. Para o comandante da Marinha, ao contrário do que argumentam os generais, não faltou consenso para a aprovação do plano, que, segundo ele, "foi exaustivamente discutido" com as três Forças Armadas.
"Esse documento (o plano) não foi feito à revelia (dos militares). Foi feito com a participação das três Forças, que discutiram muito e houve grandes mudanças desde o primeiro documento até o definitivo", disse Moura Neto, durante a apresentação do novo navio hidro-oceanográfico da Marinha, no Rio.
O comandante refutou a ideia de que o plano nacional de defesa tenha sido imposto pelos ministros Nelson Jobim (Defesa) e Mangabeira Unger (Secretaria de Assuntos Estratégicos). "Absolutamente não. Isso foi feito num grupo de trabalho. Tudo foi muito discutido no âmbito das Forças Armadas", afirmou.
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Só para dar mais um nozinho no imbróglio da DEFESA.
Congresso quer mudar Estratégia de Defesa04/03/2009 - 15h12 Os novos presidentes das comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, assumiram nesta quarta-feira e anunciaram o desejo de rever o plano nacional do governo para a Defesa.
Eduardo Azeredo e Severiano Alves, querem debater a proposta apresentada no ano passado pelo ministro Nelson Jobim e ambos destacaram ao InfoRel, a importância de se promover mudanças no texto.
Nesta terça-feira, o alto comando do Exército se reuniu em Brasília e três generais criticaram o documento.
Na oportunidade, Luiz Cezário da Silva, ex-comandante Militar do Leste; Paulo César de Castro, chefe do Departamento de Ensino e Pesquisa; e Maynard Marques de Santa Rosa, chefe do Departamento Geral de Pessoal, entregaram as críticas por escrito ao comandante da força, general Enzo Péri.
Os dois primeiros vão para a reserva enquanto Santa Rosa fica no posto até 2010.
Na avaliação dos generais que passam para a reserva, o ministério da Defesa tem interferido nas três forças. Além disso, o número de servidores civis do ministério também é alvo dos militares.
Entretanto, o descontentamento estaria na idéia do ministro Nelson Jobim de criar um comando que concentraria as compras de armamentos e equipamentos. Deputados e senadores também querem discutir o tema.
Os três generais também atacam o orçamento da Defesa, considerado insuficiente para fazer frente às demandas estratégicas defendidas pelos militares.
Na avaliação do grupo, os recursos não permitem investimentos e a modernização das Forças Armadas.
Além disso, os militares afirmaram que o Exército não foi contemplado na proposta na mesma proporção de Marinha e Aeronáutica.
O comandante do Exército conversou com o ministro Jobim a quem afirmou que o documento não revela o sentimento da força, mas expressa a opinião pessoal de três generais.
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Congresso quer mudar Estratégia de Defesa04/03/2009 - 15h12 Os novos presidentes das comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, assumiram nesta quarta-feira e anunciaram o desejo de rever o plano nacional do governo para a Defesa
e vejamos pra onde isso vai.... se sera uma mudança pra melhor ou pra pior.
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
EEEEeeee mais trabalho escravo de graça pro governo... o que raios Israel tem de comum com o Brasil??????????????!!jauro escreveu:O Dia FORÇA MILITAR
ESTRATÉGIA DE DEFESA - Serviço Civil
Marco Aurélio Reis
Os jovens, moças e rapazes, que não forem aproveitados no serviço militar obrigatório, terão participação intensa em atividades sociais, no formato do serviço civil que será desenhado até a metade deste ano. Estudos apontam que, diferentemente dos cerca de 100 mil recrutas que anualmente recebem treinamento militar, esses jovens do serviço civil não ficarão comprometidos por longo período com a obrigação de servir à pátria. Atuarão apenas nos fins de semana de um semestre ou apenas no verão, dependendo da necessidade da cidade onde vão atuar. Inicialmente estão no foco do serviço civil recém-formados nas áreas de medicina, odontologia e enfermagem. Esses primeiros traços do serviço civil foram apresentados no Rio pelo secretário de Ensino, Logística, Mobilização, Ciência e Tecnologia do Ministério da Defesa, general José Elito Siqueira, na segunda reunião do Fórum Empresarial de Defesa e Segurança da Firjan.
No encontro, o general lembrou que o Brasil absorve, por ano, apenas 100 mil homens no serviço militar obrigatório, dentro de um universo formado por 1 milhão de jovens. Ou seja, sobrará gente para o serviço civil. E trabalho não faltará se forem levadas em consideração as necessidades das cidades, por exemplo, nos surtos de dengue, como os que vêm se repetindo no Rio, ou em calamidades climáticas, como as enchentes em várias cidades do Estado de Santa Catarina. Como argumento para reações contrárias à convocação de mais jovens para o serviço à Nação, o general Elito Siqueira tem citado o Estado de Israel, onde os homens prestam serviço por três anos e as mulheres, dois anos. “E é uma honra para eles”, sublinha o general.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Nas Entrelinhas
Jobim e os búfalos
Os Estados Unidos eram o potencial "inimigo principal". A eleição de Barack Obama, porém, transforma essa preocupação numa espécie de delírio
Por Luiz Carlos Azedo
No começo da semana passada, vestido para a guerra, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, depois de voar duas horas em aviões da FAB, visitou o Pelotão de Fronteira de Ipiranga, na divisa com a Colômbia, acompanhado do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos Estados Unidos, almirante Mike Mullen, e sua comitiva. A visita teve por objetivo dar aos militares ianques uma visão geral da estrutura de Defesa brasileira na Amazônia. Mullen é o segundo homem na hierarquia militar dos Estados Unidos.
Amazônia
Ciceroneados pelo comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno Ribeiro, os militares americanos conheceram os problemas de logística e as principais armas brasileiras para o combate nas selvas e nas fronteiras: soldados de origem indígena e búfalos. Sim, búfalos, perfeitamente adaptados ao terreno, depois de pesquisas com outros animais de cargas, como cavalos, jegues e mulas. Eles conseguem transportar o equivalente ao seu peso, e podem tracionar o dobro. Um búfalo adulto se alimenta da própria selva e carrega a comida consumida por 10 combatentes durante uma semana. Isso significa autonomia operacional para uma patrulha ou pequeno grupo de artilharia por igual período.
Participaram da comitiva o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Clifford Sobel, os comandantes da Marinha, almirante-de-Esquadra Júlio Soares de Moura Neto; do Exército, general-de-exército Enzo Martins Peri; e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro-do-ar Juniti Saito. Em sua palestra, o general Heleno destacou que a região não é para o mais forte, "é do mais sóbrio e inteligente, que pode durar mais na ação". Detalhe: os búfalos foram usados pelos vietcongs na Guerra do Vietnã.
Heleno, aquele general que protestou por causa da demarcação em terras contínuas da reserva indígena Raposa-Serrra do Sol, é considerado oficial brilhante e exerce liderança na tropa. Defende o deslocamento dos principais efetivos das Forças para a Amazônia e também pensa que o Brasil não deve subestimar os históricos interesses "anglo-saxões" na região. Talvez por isso, a fronteira escolhida para a visita tenha sido a daColômbia, cuja aliança militar com os Estados Unidos é estratégica, por causa das FARC e do narcotráfico, e não a da Venezuela, do nosso histriônico vizinho Hugo Chávez. Por trás do eufemismo de que o "inimigo pode ser qualquer um" do Plano de Defesa Nacional do governo Lula, está a ideia de que os Estados Unidos têm olho grande na Amazônia. O Exército treina soldados-índios e cria búfalos porque sabe que nem a Marinha nem a Aeronáutica teriam condições de enfrentar uma improvável agressão norte-americana. Sem poder de dissuasão, a única alternativa militar seria a guerra de guerrilhas contra uma eventual força de ocupação, principalmente na Amazônia. Parece ideia de jerico, mas os militares acham que tudo pode acontecer daqui a 50 anos, com o esgotamento de reservas de petróleo, manganês, urânio, nióbio e outros minerais estratégicos cobiçados pelos Estados Unidos.
O Rubicão
O ministro Jobim é considerado o primeiro ministro da Defesa de fato pela linha-dura do Exército. Homem de Estado, foi o subrelator da atual Constituição brasileira e presidente do Supremo Tribunal Federal. Se voltar para a advocacia amanhã, terá o crédito de deixar como legado, juntamente com o ministro Mangabeira Unger, um Plano de Defesa digno desse nome, visando fortalecer a indústria bélica nacional e construir um relativo "poder de dissuasão". Nos bastidores, Jobim compartilha as mesmas preocupações nacionalistas de nossos militares. Mas o Plano foi elaborado num cenário de deriva à esquerda da América Sul, em confronto com a belicosa política externa do ex-presidente Bush. Os Estados Unidos eram o potencial "inimigo principal". A eleição de Barack Obama, porém, transforma essa preocupação numa espécie de delírio ultranacionalista.
É aí que surgem novas divergências em relação ao Plano de Defesa, principalmente por causa da crise econômica, envolvendo a autonomia dos comandos e as prioridades para o reaparelhamento das Forças Armadas. Jobim resolveu afirmar o Poder Civil e subordinar o Exército, a Aeronáutica e a Marinha ao Estado-Maior Conjunto da Defesa, a quem caberia elaborar o orçamento, estabelecer as prioridades para o reaparelhamento militar e liberar recursos para os projetos e licitações aprovados. O Alto Comando do Exército não aceita a mudança, quer manter o orçamento próprio. Quem lidera a rebelião é o comandante Militar do Leste, general-de-exército Luiz Cesário da Silveira Filho, um remanescente da antiga linha-dura do regime militar.
Não sei onde esse idiota vê delírios ultranacionalistas.
Ou que BO vai ser condescendente com o Brasil em detrimento do seu povo.
Jobim e os búfalos
Os Estados Unidos eram o potencial "inimigo principal". A eleição de Barack Obama, porém, transforma essa preocupação numa espécie de delírio
Por Luiz Carlos Azedo
No começo da semana passada, vestido para a guerra, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, depois de voar duas horas em aviões da FAB, visitou o Pelotão de Fronteira de Ipiranga, na divisa com a Colômbia, acompanhado do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos Estados Unidos, almirante Mike Mullen, e sua comitiva. A visita teve por objetivo dar aos militares ianques uma visão geral da estrutura de Defesa brasileira na Amazônia. Mullen é o segundo homem na hierarquia militar dos Estados Unidos.
Amazônia
Ciceroneados pelo comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno Ribeiro, os militares americanos conheceram os problemas de logística e as principais armas brasileiras para o combate nas selvas e nas fronteiras: soldados de origem indígena e búfalos. Sim, búfalos, perfeitamente adaptados ao terreno, depois de pesquisas com outros animais de cargas, como cavalos, jegues e mulas. Eles conseguem transportar o equivalente ao seu peso, e podem tracionar o dobro. Um búfalo adulto se alimenta da própria selva e carrega a comida consumida por 10 combatentes durante uma semana. Isso significa autonomia operacional para uma patrulha ou pequeno grupo de artilharia por igual período.
Participaram da comitiva o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Clifford Sobel, os comandantes da Marinha, almirante-de-Esquadra Júlio Soares de Moura Neto; do Exército, general-de-exército Enzo Martins Peri; e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro-do-ar Juniti Saito. Em sua palestra, o general Heleno destacou que a região não é para o mais forte, "é do mais sóbrio e inteligente, que pode durar mais na ação". Detalhe: os búfalos foram usados pelos vietcongs na Guerra do Vietnã.
Heleno, aquele general que protestou por causa da demarcação em terras contínuas da reserva indígena Raposa-Serrra do Sol, é considerado oficial brilhante e exerce liderança na tropa. Defende o deslocamento dos principais efetivos das Forças para a Amazônia e também pensa que o Brasil não deve subestimar os históricos interesses "anglo-saxões" na região. Talvez por isso, a fronteira escolhida para a visita tenha sido a daColômbia, cuja aliança militar com os Estados Unidos é estratégica, por causa das FARC e do narcotráfico, e não a da Venezuela, do nosso histriônico vizinho Hugo Chávez. Por trás do eufemismo de que o "inimigo pode ser qualquer um" do Plano de Defesa Nacional do governo Lula, está a ideia de que os Estados Unidos têm olho grande na Amazônia. O Exército treina soldados-índios e cria búfalos porque sabe que nem a Marinha nem a Aeronáutica teriam condições de enfrentar uma improvável agressão norte-americana. Sem poder de dissuasão, a única alternativa militar seria a guerra de guerrilhas contra uma eventual força de ocupação, principalmente na Amazônia. Parece ideia de jerico, mas os militares acham que tudo pode acontecer daqui a 50 anos, com o esgotamento de reservas de petróleo, manganês, urânio, nióbio e outros minerais estratégicos cobiçados pelos Estados Unidos.
O Rubicão
O ministro Jobim é considerado o primeiro ministro da Defesa de fato pela linha-dura do Exército. Homem de Estado, foi o subrelator da atual Constituição brasileira e presidente do Supremo Tribunal Federal. Se voltar para a advocacia amanhã, terá o crédito de deixar como legado, juntamente com o ministro Mangabeira Unger, um Plano de Defesa digno desse nome, visando fortalecer a indústria bélica nacional e construir um relativo "poder de dissuasão". Nos bastidores, Jobim compartilha as mesmas preocupações nacionalistas de nossos militares. Mas o Plano foi elaborado num cenário de deriva à esquerda da América Sul, em confronto com a belicosa política externa do ex-presidente Bush. Os Estados Unidos eram o potencial "inimigo principal". A eleição de Barack Obama, porém, transforma essa preocupação numa espécie de delírio ultranacionalista.
É aí que surgem novas divergências em relação ao Plano de Defesa, principalmente por causa da crise econômica, envolvendo a autonomia dos comandos e as prioridades para o reaparelhamento das Forças Armadas. Jobim resolveu afirmar o Poder Civil e subordinar o Exército, a Aeronáutica e a Marinha ao Estado-Maior Conjunto da Defesa, a quem caberia elaborar o orçamento, estabelecer as prioridades para o reaparelhamento militar e liberar recursos para os projetos e licitações aprovados. O Alto Comando do Exército não aceita a mudança, quer manter o orçamento próprio. Quem lidera a rebelião é o comandante Militar do Leste, general-de-exército Luiz Cesário da Silveira Filho, um remanescente da antiga linha-dura do regime militar.
Os Estados Unidos eram o potencial "inimigo principal". A eleição de Barack Obama, porém, transforma essa preocupação numa espécie de delírio ultranacionalista.
Não sei onde esse idiota vê delírios ultranacionalistas.
Onde esse energúmeno está vendo rebelião?Quem lidera a rebelião é o comandante Militar do Leste, general-de-exército Luiz Cesário da Silveira Filho, um remanescente da antiga linha-dura do regime militar.
Idéia de jerico é não se precaver, ou acreditar que a Amazônia poderá ser invadida por ETs.Por trás do eufemismo de que o "inimigo pode ser qualquer um" do Plano de Defesa Nacional do governo Lula, está a ideia de que os Estados Unidos têm olho grande na Amazônia. Parece ideia de jerico, mas os militares acham que tudo pode acontecer daqui a 50 anos, com o esgotamento de reservas de petróleo, manganês, urânio, nióbio e outros minerais estratégicos cobiçados pelos Estados Unidos.
Ou que BO vai ser condescendente com o Brasil em detrimento do seu povo.
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Do Notimp 11/03/2009
Indústria de defesa brasileira propõe isenção de tributos
SÃO PAULO - A proposta de projeto de lei complementar que prevê vantagens competitivas e isenção tributária para empresas privadas na área de defesa está na Casa Civil. Depois de quatro anos em elaboração e dos pareceres dos Ministérios de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, da Ciência e Tecnologia, das Relações Exteriores, da Defesa, do Planejamento, e da Fazenda, o texto chega à etapa final antes de ser enviado ao Congresso. Previsto no Plano Estratégico de Defesa Nacional, o regime fiscal diferenciado faz parte também da pauta do setor.
"A proposta visa, basicamente, colocar as indústrias nacionais em pé de igualdade com as indústrias estrangeiras", diz Jairo Cândido, diretor do Departamento da Indústria de Defesa (Comdefesa) da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). Segundo Cândido, o setor privado espera que o projeto crie uma série de paradigmas, inclusive, facilitando a tramitação da Estratégia Nacional da Defesa. "O projeto é o começo de um ordenamento jurídico básico para a indústria nacional de defesa e sem dúvida é muito importante", afirma.
A proposta que a Casa Civil analisa, segundo o diretor da Comdefesa, faz com que a produção de material de defesa no País fique com a mesma carga tributária que os produtos importados. "Quer dizer: eles passam a não ter carga fiscal", explica. Cândido diz que o projeto tem outras vantagens, como a de definir o que é a indústria estratégica de defesa e o que é um produto estratégico de defesa. A proposta também estabelece que as compras em outros países deverão acontecer por meio de indústria nacional, visando a transferência de tecnologia. Segundo o diretor, o texto disciplina o relacionamento de aquisição de produtos e, portanto, cria uma outra relação entre Forças Armadas e indústrias.
Os pilares da proposta já haviam sido anunciados pelo ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, um dos responsáveis pela elaboração do Plano Estratégico de Defesa Nacional. Entre eles estão: um regime jurídico e tributário próprios para as empresas privadas do setor; a parte estatal da indústria de Defesa deverá operar no teto tecnológico; a pesquisa e produção deverão ter vínculo próximo; a promoção de parceria com outros países em material tecnológico; a política de compras do Estado deverá ser coordenada pelo Ministério da Defesa.
No caso de um regime tributário especial para o setor, um dos argumentos correntes é a de que o governo brasileiro detém o monopólio da compra dos produtos. "Nosso cliente é o governo, portanto tributar a defesa é tributar ele mesmo. E não tributamos quando compra do exterior, portanto esse é um projeto de lei que cria uma isonomia. Não é desonerar a indústria nacional, é criar a mesma regra que já é usada para comprar do exterior", afirma Cândido.
Algumas vantagens fiscais foram conquistadas por meio da Medida Provisória 451. A MP permitiu a suspensão do pagamento do imposto de importação, do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), das contribuições para PIS/Pasep e da Cofins-Importação incidentes na importação e na comercialização no mercado interno sobre a industrialização de bens e material de emprego militar.
Em outro artigo, a MP prevê a suspensão do pagamento do IPI, das contribuições para o PIS/Pasep e da Cofins e da contribuições para PIS/Pasep importação e da Cofins-importação incidentes na aquisição no mercado interno ou na importação sobre industrialização de aeronaves, veículos espaciais, demais veículos aéreos, aparelhos de treinamento de voo em terra, bem como peças e motores de avião.
Um outro pleito do setor da indústria de defesa está ligado ao Orçamento do Ministério da Defesa. Investimentos na área, segundo Cândido, são de programação de longo prazo, portanto o recurso destinado a área deve ser de longo prazo. Os empresários cobram um meio de proteger os recursos contra os riscos dos contingenciamentos orçamentários. "Como você vai tocar um programa de 20 anos, se no quarto ano vai faltar dinheiro?", destaca.
No quesito crise, Cândido avalia que a turbulência econômica não pode passar pela indústria nacional de defesa. "Nesse aspecto não há porque falar em crise até porque os recursos não são orçamentários, são recursos de financiamento. E assim já é o recurso usado no helicóptero EC-725, assim será o do submarino nuclear, ou seja, 100% de recurso estrangeiro a uma taxa muito mais inteligente do que as taxas nacionais", explica. "Todos os programas de defesa são programas de longo prazo. Estamos falando de prazos de 10, 15 ou 20 anos", completa o diretor.
abraços]
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amor fati
amor fati
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Agora com a crise econômica, que o LL chamou de marolinha, o negócio é nadar sem gastar muitas braçadas, até que águas mais calmas se façam.
"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Em aula inaugural na ECEME, Jobim explicou processo de formulação da Estratégia Nacional de Defesa
Brasília, 16/03/2009 – Em aula inaugural para oficiais dos cursos de altos estudos das três Forças, realizada na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), no Rio de Janeiro, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, explicou em detalhes como se deu o processo de formulação da Estratégia Nacional de Defesa e ressaltou que o documento final foi resultado de um intenso e demorado debate entre o Ministério da Defesa, a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), e os Comandos do Exército, Marinha e Aeronáutica. A aula inaugural aconteceu no dia 6 de março, na sede da ECEME.
Nos três meses que antecederam a publicação da Estratégia, feita em 18 de dezembro de 2008, Jobim relatou que a Presidência da República, por meio da Casa Civil, da Secretaria de Comunicação da Presidência (SECOM) e Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e os Ministérios do Planejamento, Relações Exteriores, Ciência e Tecnologia participaram ativamente dos debates para a formulação final do documento. O ministro destacou ainda que os deputados da Frente Parlamentar de Defesa e as presidências da Câmara e do Senado também deram relevantes contribuições. Segundo o ministro, entre a primeira proposta apresentada para discussão inicial com os Comandos e o documento final apresentado ao presidente da República e, posteriormente, submetido à aprovação do Conselho de Defesa Nacional, foram mais de 40 versões da Estratégia Nacional de Defesa.
“Não foi fácil trabalhar nisso, não foi simples, discutir item por item, alguns itens eram óbvios, mas tinham itens vitais, importantes, porque eram itens que caracterizavam a consolidação do processo democrático na relação e na integração das Forças Armadas ao novo perfil de Estado brasileiro. Não há mais que se falar numa distinção entre poder civil e poder militar. Nós temos uma coisa só que se chama Poder Nacional e isso se integra pelas atividades de governo e pela execução destinada aos militares das três Armas daquilo que eles constitucionalmente têm que fazer”, disse o ministro.
De acordo com Jobim, a Estratégia Nacional de Defesa não colocou ponto final às discussões sobre a reorganização das Forças Armadas, a reestruturação da indústria de defesa e a reformulação do serviço militar. Agora virá uma segunda etapa. “Nós não terminamos. Estamos no meio do caminho. As premissas foram lançadas e agora vem o que consistem essas premissas, o que consistem, por exemplo, as medidas de estímulo à indústria de defesa, o que significa a integração das unidades de ensino das Forças Armadas, o que significa a criação do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas no Ministério da Defesa. Agora, é o segundo passo, o do aprofundamento. Alguns dizem que tudo tem que ser feito com pressa e eu acho que nós aqui não estamos discutindo o tempo histórico da nossa geração, estamos discutindo o tempo histórico da nossa Nação. Este não é um serviço para a nossa geração. Isso é a tentativa de uma linha que possa ter uma capacidade de ajustamento progressivo e de aprofundamento no sentido da integração e da compreensão da Nação de que a Defesa é um objetivo da Nação e não é o objetivo exclusivamente dos militares, sendo os militares os únicos capacitados a darem execução às decisões que são as decisões da Nação”, frisou Jobim.
O ministro disse que, pelo decreto presidencial assinado em 6 de setembro de 2007 e que criou o comitê para a elaboração da Estratégia Nacional de Defesa, o trabalho deveria ter sido concluído até 7 de setembro, mas não foi possível. “Levamos todo esse tempo para exatamente promover o consenso democrático em cima de um tema que era absolutamente uma novidade para o setor civil e era também uma absoluta novidade no que diz respeito aos tratamentos ao setor militar pela integração com o poder civil”, explicou Jobim.
Ele anunciou que o General-de-Brigada Sérgio Etchegoyen, Comandante da ECEME, será o gestor da execução das ações decorrentes da Estratégia Nacional de Defesa. Ele foi designado assessor especial militar do ministro da Defesa no dia 27 de fevereiro, mas ainda não assumiu efetivamente o cargo. Jobim lembrou que ao final do documento da Estratégia (veja íntegra do documento em português, inglês e espanhol neste site) uma série de tarefas estão elencadas como disposições finais e que têm que ser apresentadas. A última delas tem que ser apresentada em dezembro de 2010 e as primeiras em março de 2009. “O General Etchegoyen será o gestor da execução desse conjunto de tarefas, que são tarefas que passam pelas Forças e pelas secretarias, algumas coisas são de natureza administrativa e outras de natureza legislativa.” informou Jobim.
A aula magna do ministro foi acompanhada pelo Comandante da Marinha, Júlio Soares de Moura Neto, pelo Comandante da Aeronáutica, Brigadeiro Juniti Saito, pelo Almirante Prado Maia, Chefe do Estado-Maior de Defesa do Ministério da Defesa, pelo General Rui Monarca da Silveira, Comandante da 1ª Divisão do Exército, pelo Brigadeiro Marco Aurélio Mendes, Comandante do III Comando Aéreo Regional (COMAR), entre outras autoridades militares.
Brasília, 16/03/2009 – Em aula inaugural para oficiais dos cursos de altos estudos das três Forças, realizada na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), no Rio de Janeiro, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, explicou em detalhes como se deu o processo de formulação da Estratégia Nacional de Defesa e ressaltou que o documento final foi resultado de um intenso e demorado debate entre o Ministério da Defesa, a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), e os Comandos do Exército, Marinha e Aeronáutica. A aula inaugural aconteceu no dia 6 de março, na sede da ECEME.
Nos três meses que antecederam a publicação da Estratégia, feita em 18 de dezembro de 2008, Jobim relatou que a Presidência da República, por meio da Casa Civil, da Secretaria de Comunicação da Presidência (SECOM) e Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e os Ministérios do Planejamento, Relações Exteriores, Ciência e Tecnologia participaram ativamente dos debates para a formulação final do documento. O ministro destacou ainda que os deputados da Frente Parlamentar de Defesa e as presidências da Câmara e do Senado também deram relevantes contribuições. Segundo o ministro, entre a primeira proposta apresentada para discussão inicial com os Comandos e o documento final apresentado ao presidente da República e, posteriormente, submetido à aprovação do Conselho de Defesa Nacional, foram mais de 40 versões da Estratégia Nacional de Defesa.
“Não foi fácil trabalhar nisso, não foi simples, discutir item por item, alguns itens eram óbvios, mas tinham itens vitais, importantes, porque eram itens que caracterizavam a consolidação do processo democrático na relação e na integração das Forças Armadas ao novo perfil de Estado brasileiro. Não há mais que se falar numa distinção entre poder civil e poder militar. Nós temos uma coisa só que se chama Poder Nacional e isso se integra pelas atividades de governo e pela execução destinada aos militares das três Armas daquilo que eles constitucionalmente têm que fazer”, disse o ministro.
De acordo com Jobim, a Estratégia Nacional de Defesa não colocou ponto final às discussões sobre a reorganização das Forças Armadas, a reestruturação da indústria de defesa e a reformulação do serviço militar. Agora virá uma segunda etapa. “Nós não terminamos. Estamos no meio do caminho. As premissas foram lançadas e agora vem o que consistem essas premissas, o que consistem, por exemplo, as medidas de estímulo à indústria de defesa, o que significa a integração das unidades de ensino das Forças Armadas, o que significa a criação do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas no Ministério da Defesa. Agora, é o segundo passo, o do aprofundamento. Alguns dizem que tudo tem que ser feito com pressa e eu acho que nós aqui não estamos discutindo o tempo histórico da nossa geração, estamos discutindo o tempo histórico da nossa Nação. Este não é um serviço para a nossa geração. Isso é a tentativa de uma linha que possa ter uma capacidade de ajustamento progressivo e de aprofundamento no sentido da integração e da compreensão da Nação de que a Defesa é um objetivo da Nação e não é o objetivo exclusivamente dos militares, sendo os militares os únicos capacitados a darem execução às decisões que são as decisões da Nação”, frisou Jobim.
O ministro disse que, pelo decreto presidencial assinado em 6 de setembro de 2007 e que criou o comitê para a elaboração da Estratégia Nacional de Defesa, o trabalho deveria ter sido concluído até 7 de setembro, mas não foi possível. “Levamos todo esse tempo para exatamente promover o consenso democrático em cima de um tema que era absolutamente uma novidade para o setor civil e era também uma absoluta novidade no que diz respeito aos tratamentos ao setor militar pela integração com o poder civil”, explicou Jobim.
Ele anunciou que o General-de-Brigada Sérgio Etchegoyen, Comandante da ECEME, será o gestor da execução das ações decorrentes da Estratégia Nacional de Defesa. Ele foi designado assessor especial militar do ministro da Defesa no dia 27 de fevereiro, mas ainda não assumiu efetivamente o cargo. Jobim lembrou que ao final do documento da Estratégia (veja íntegra do documento em português, inglês e espanhol neste site) uma série de tarefas estão elencadas como disposições finais e que têm que ser apresentadas. A última delas tem que ser apresentada em dezembro de 2010 e as primeiras em março de 2009. “O General Etchegoyen será o gestor da execução desse conjunto de tarefas, que são tarefas que passam pelas Forças e pelas secretarias, algumas coisas são de natureza administrativa e outras de natureza legislativa.” informou Jobim.
A aula magna do ministro foi acompanhada pelo Comandante da Marinha, Júlio Soares de Moura Neto, pelo Comandante da Aeronáutica, Brigadeiro Juniti Saito, pelo Almirante Prado Maia, Chefe do Estado-Maior de Defesa do Ministério da Defesa, pelo General Rui Monarca da Silveira, Comandante da 1ª Divisão do Exército, pelo Brigadeiro Marco Aurélio Mendes, Comandante do III Comando Aéreo Regional (COMAR), entre outras autoridades militares.
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Carta a um Jobim fora do tom
Luiz Cesário da Silveira Filho
General da Reserva do Exército
Ministro Jobim,
Tomei conhecimento de sua entrevista, publicada no Jornal do Brasil em 15 março de 2009, na qual o senhor responde à pergunta de como pretende administrar a insatisfação de alguns generais em relação a algumas diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa (END).
Por considerar deselegante para comigo e para com os integrantes da Reserva das Forças Armadas a sua resposta de que "o general que declarou a insatisfação não tem nada a administrar porque é absolutamente indiferente, foi para a reserva, se liberou", resolvi considerar a possibilidade de responder-lhe.
Sei que o senhor não leu as minhas palavras de despedida do Comando Militar do Leste. Nelas, relembro o saudoso ministro do Exército, General Orlando Geisel, que afirmou: "Os velhos soldados se despedem, mas não se vão".
Sou um general com 47 anos de serviço totalmente dedicados ao meu Exército e ao meu país. Conquistei todas as promoções por merecimento. Fiz jus à farda que vesti. Não andei fantasiado de general. Fui e continuarei a ser, pelo resto de minha vida, um respeitado chefe militar. Vivi intensamente todos os anos de minha vida militar. Fui, sempre, um profissional do meu tempo.
Alçado ao mais alto posto da hierarquia terrestre, acompanhei, por dever, atentamente, a evolução do pensamento político-estratégico brasileiro, reagindo com as perspectivas de futuro para a minha instituição, na certeza de que a história do Brasil se confunde com a história do Exército.
Vivemos, atualmente, dias de inquietude e incerteza. Sei que só nós, os militares, por força da continuidade do nosso dever constitucional, temos por obrigação manter a trajetória imutável da liberdade no Brasil. É, por este motivo, que serei sempre uma voz a se levantar contra os objetivos inconfessáveis que se podem aduzir da leitura de sua Estratégia Nacional de Defesa.
Ela está eivada de medidas, algumas utópicas e outras inexequíveis, que ferem princípios, contrariam a Constituição Federal e afastam mais os chefes militares das decisões de alto nível. Tal fato trará consequências negativas para o futuro das instituições militares, comprometendo, assim, o cumprimento do prescrito no artigo 142, da Constituição Federal, que trata da competência das Forças Armadas.
"Competência para defender a Nação do estrangeiro e de si mesma".
Em época de grave crise econômica, como a que atinge o país, apesar das tentativas de acobertá-la por parte do governo ao qual o senhor serve, os melhoramentos materiais sugeridos serão, obviamente, postergados. Mas, o cerne da estratégia e suas motivações políticas poderão ser facilmente implementados.
É clara, nela, a intenção de se atribuir maiores poderes ao seu cargo de ministro da Defesa, dando-lhe total capacidade de interferir em todas as áreas das Forças Armadas, desde a indicação de seus comandantes, até a reestruturação do ensino e do preparo e emprego das Forças.
Vejo, atualmente, com preocupação, a subvalorização do poder militar. Desde a Independência do Brasil, sempre tivemos a presença de um cidadão fardado integrando a mesa onde se tomam as mais importantes decisões do país. O Exército Brasileiro sempre foi um ator importante na vida brasileira, e, ao longo da história, teve o papel de interlocutor, indutor e protagonista.
A concepção ressentida da esquerda, que se consolidou no poder político a partir de 1995, absorvendo as ideias exógenas do Estado mínimo e da submissão total do poder militar, mantendo "a chave do cofre e a caneta" em mãos civis, a fim de conseguir a sua subserviência ao poder político civil, impôs a criação de um ministério destinado a coordenar as três Forças Armadas. Isto não se fazia necessário, no estágio evolutivo em que se encontrava o processo político brasileiro. Em um governo, à época da criação do Ministério da Defesa, constituído por 18 ministérios, nos quais pelo menos cinco eram militares, foram substituídos, estes últimos, por um ministério que, por desconhecimento de seus ocupantes (até hoje, nenhum ministro da Defesa prestou sequer o Serviço Militar Obrigatório, como soldado), tem apenas atuado no campo político.
Estou convencido que afastar-nos da mais alta mesa de decisão do país foi uma estratégia política proposital, o que tem possibilitado, mais facilmente, o aparelhamento do Estado brasileiro rumo à socialização, com a pulverização da alta administração do país, atualmente, em 37 ministérios e, apenas um, pretensamente, militar.
A expressão militar deve ser gerida com conhecimento profissional, pois ela é um componente indissolúvel do poder nacional. Sem a presença de militares no círculo das altas decisões nacionais, temos assistido a movimentos perturbadores da moral, da ética e da ordem pública intentarem contra a segurança do direito, aspecto basilar em um regime que se diz democrático. Tal fato traz, em seu bojo, condições potenciais de levar o país rapidamente a uma situação de anomia constitucional, o que poderá se configurar em risco de ruptura institucional.
A sua END aprofunda o contexto de restrições à autonomia militar e sugere medidas que, se adotadas, trarão de volta antigos costumes de politização dos negócios internos das Forças Armadas. Talvez isso favoreça o modelo de democracia que querem nos impingir. Será isto o que o senhor quer dizer quando fala em sua entrevista "que é o processo de consolidação da transição democrática"?
Finalizando, quero salientar que a desprezível conceituação de que "o general que declarou insatisfação não tem nada a administrar porque é absolutamente indiferente, foi para a reserva, se liberou", bem demonstra a consideração que o senhor empresta aos integrantes da Reserva das Forças Armadas, segmento que o seu ministério pretende representar. Isto mostra, também, o seu desconhecimento da grandeza e da servidão da profissão militar, pois, como bem disse o general Otávio Costa, "a farda não é uma vestimenta que se despe, mas uma segunda pele que adere definitivamente à alma...".
Lembre-se que os militares da ativa sempre conferem prestígio, não somente aos chefes de hoje, como, também, aos de ontem. Não existem dois Exércitos. Há apenas um: o de Caxias, que congrega, irmanados, os militares da ativa e da reserva.
A certeza de que o espírito militar, que sempre me acompanhou nos meus 47 anos de vida dedicados totalmente ao Exército, o qual, oxigenado pela camaradagem, é formado por coragem, lealdade, ética, dignidade, espírito público e amor incondicional ao Brasil, é o que me faz voltar, permanentemente, contra a concepção contida na sua END.
Luiz Cesário da Silveira Filho
General da Reserva do Exército
Ministro Jobim,
Tomei conhecimento de sua entrevista, publicada no Jornal do Brasil em 15 março de 2009, na qual o senhor responde à pergunta de como pretende administrar a insatisfação de alguns generais em relação a algumas diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa (END).
Por considerar deselegante para comigo e para com os integrantes da Reserva das Forças Armadas a sua resposta de que "o general que declarou a insatisfação não tem nada a administrar porque é absolutamente indiferente, foi para a reserva, se liberou", resolvi considerar a possibilidade de responder-lhe.
Sei que o senhor não leu as minhas palavras de despedida do Comando Militar do Leste. Nelas, relembro o saudoso ministro do Exército, General Orlando Geisel, que afirmou: "Os velhos soldados se despedem, mas não se vão".
Sou um general com 47 anos de serviço totalmente dedicados ao meu Exército e ao meu país. Conquistei todas as promoções por merecimento. Fiz jus à farda que vesti. Não andei fantasiado de general. Fui e continuarei a ser, pelo resto de minha vida, um respeitado chefe militar. Vivi intensamente todos os anos de minha vida militar. Fui, sempre, um profissional do meu tempo.
Alçado ao mais alto posto da hierarquia terrestre, acompanhei, por dever, atentamente, a evolução do pensamento político-estratégico brasileiro, reagindo com as perspectivas de futuro para a minha instituição, na certeza de que a história do Brasil se confunde com a história do Exército.
Vivemos, atualmente, dias de inquietude e incerteza. Sei que só nós, os militares, por força da continuidade do nosso dever constitucional, temos por obrigação manter a trajetória imutável da liberdade no Brasil. É, por este motivo, que serei sempre uma voz a se levantar contra os objetivos inconfessáveis que se podem aduzir da leitura de sua Estratégia Nacional de Defesa.
Ela está eivada de medidas, algumas utópicas e outras inexequíveis, que ferem princípios, contrariam a Constituição Federal e afastam mais os chefes militares das decisões de alto nível. Tal fato trará consequências negativas para o futuro das instituições militares, comprometendo, assim, o cumprimento do prescrito no artigo 142, da Constituição Federal, que trata da competência das Forças Armadas.
"Competência para defender a Nação do estrangeiro e de si mesma".
Em época de grave crise econômica, como a que atinge o país, apesar das tentativas de acobertá-la por parte do governo ao qual o senhor serve, os melhoramentos materiais sugeridos serão, obviamente, postergados. Mas, o cerne da estratégia e suas motivações políticas poderão ser facilmente implementados.
É clara, nela, a intenção de se atribuir maiores poderes ao seu cargo de ministro da Defesa, dando-lhe total capacidade de interferir em todas as áreas das Forças Armadas, desde a indicação de seus comandantes, até a reestruturação do ensino e do preparo e emprego das Forças.
Vejo, atualmente, com preocupação, a subvalorização do poder militar. Desde a Independência do Brasil, sempre tivemos a presença de um cidadão fardado integrando a mesa onde se tomam as mais importantes decisões do país. O Exército Brasileiro sempre foi um ator importante na vida brasileira, e, ao longo da história, teve o papel de interlocutor, indutor e protagonista.
A concepção ressentida da esquerda, que se consolidou no poder político a partir de 1995, absorvendo as ideias exógenas do Estado mínimo e da submissão total do poder militar, mantendo "a chave do cofre e a caneta" em mãos civis, a fim de conseguir a sua subserviência ao poder político civil, impôs a criação de um ministério destinado a coordenar as três Forças Armadas. Isto não se fazia necessário, no estágio evolutivo em que se encontrava o processo político brasileiro. Em um governo, à época da criação do Ministério da Defesa, constituído por 18 ministérios, nos quais pelo menos cinco eram militares, foram substituídos, estes últimos, por um ministério que, por desconhecimento de seus ocupantes (até hoje, nenhum ministro da Defesa prestou sequer o Serviço Militar Obrigatório, como soldado), tem apenas atuado no campo político.
Estou convencido que afastar-nos da mais alta mesa de decisão do país foi uma estratégia política proposital, o que tem possibilitado, mais facilmente, o aparelhamento do Estado brasileiro rumo à socialização, com a pulverização da alta administração do país, atualmente, em 37 ministérios e, apenas um, pretensamente, militar.
A expressão militar deve ser gerida com conhecimento profissional, pois ela é um componente indissolúvel do poder nacional. Sem a presença de militares no círculo das altas decisões nacionais, temos assistido a movimentos perturbadores da moral, da ética e da ordem pública intentarem contra a segurança do direito, aspecto basilar em um regime que se diz democrático. Tal fato traz, em seu bojo, condições potenciais de levar o país rapidamente a uma situação de anomia constitucional, o que poderá se configurar em risco de ruptura institucional.
A sua END aprofunda o contexto de restrições à autonomia militar e sugere medidas que, se adotadas, trarão de volta antigos costumes de politização dos negócios internos das Forças Armadas. Talvez isso favoreça o modelo de democracia que querem nos impingir. Será isto o que o senhor quer dizer quando fala em sua entrevista "que é o processo de consolidação da transição democrática"?
Finalizando, quero salientar que a desprezível conceituação de que "o general que declarou insatisfação não tem nada a administrar porque é absolutamente indiferente, foi para a reserva, se liberou", bem demonstra a consideração que o senhor empresta aos integrantes da Reserva das Forças Armadas, segmento que o seu ministério pretende representar. Isto mostra, também, o seu desconhecimento da grandeza e da servidão da profissão militar, pois, como bem disse o general Otávio Costa, "a farda não é uma vestimenta que se despe, mas uma segunda pele que adere definitivamente à alma...".
Lembre-se que os militares da ativa sempre conferem prestígio, não somente aos chefes de hoje, como, também, aos de ontem. Não existem dois Exércitos. Há apenas um: o de Caxias, que congrega, irmanados, os militares da ativa e da reserva.
A certeza de que o espírito militar, que sempre me acompanhou nos meus 47 anos de vida dedicados totalmente ao Exército, o qual, oxigenado pela camaradagem, é formado por coragem, lealdade, ética, dignidade, espírito público e amor incondicional ao Brasil, é o que me faz voltar, permanentemente, contra a concepção contida na sua END.
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Toma Jobim.
“melhor seria viver sozinho, mas isso não é possível: precisamos do poder de todos para proteger o de cada um e dos outros” (Francis Wolff)