Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Mapinguari
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Re: Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

#271 Mensagem por Mapinguari » Seg Dez 29, 2008 12:34 am

Jin Jones escreveu:Amigo Marino
Que nós compramos os 4 Scorpene, é fato consumado ( creio eu ), mas q. Scorpene é esse ?
Não deve ser o mesmo q. o Chile tem, até porque deve ser uma versão mais atualizada, fora isso tem o problema com os espanhois, que não permitiriam q. seja vendido para o BR um proj. q. eles participaram sem a inclusão deles no contrato.

Está incluso na venda os sub-exocet ?
O submarino é o Marlin ?
Se for, q. submarino é esse ?

Essa questão me lembra o Gripem NG, é um ótimo caça "no papel", porque ele na pratica não existe.

Afinal q. submarino nós compramos :?: :?: :?:

Abraços
Jin
Na verdade, nós compramos o SBR, que será um submarino convencional de ataque baseado no Scorpène/Marlin.
E, se os franceses brigaram e romperam a sociedade entre a DCNS e o Navantia no programa Scorpéne porque os espanhóis resolveram construir um submarino (o S80) baseado no Scorpène, mas usando sistema de combate americano (Lockheed Martin), em vez do SUBTICS francês, espero que eles saibam que os subs brasileiros também poderão vir a usar o sistema americano, além de outros equipamentos que podem vir a serem especificados pela MB, incluindo sonares, ESM, ECM, torpedos, etc. Ou seja, de "recheio" francês, pode ser que venha bem pouco. Em resumo, os nossos 4 SBR, não serão como os Scorpène do Chile. Mas pode ser que o recheio do navio seja francês e isso não representará maiores problemas para a MB, tenho certeza.
Mas tem uma outra coisa mais interessante: será que o SBR usará AIP MESMA? Embora não seja similar ao sistema de células de combustível alemão usados nos U214, mais eficientes mas de implementação complicada no Brasil e, por isso, recusado pela MB quando da seleção do U214, nada foi dito ainda pela MB com relação a uma revisão de sua posição em relação à adoção de AIP.
O sistema MESMA, francês, é menos eficiente do que o sistema de células de combustível alemão, mas é mais fácil de ser implementado, por não depender de grandes estruturas de transporte/armazenamento como o sistema alemão. No MESMA, a combustão de uma mistura de etanol e oxigênio gera pressão e calor, e com esse último se transforma a água em vapor, acionando uma turbina que ativa um gerador de energia elétrica. A terceira alternativa em termos de AIP é o sistema Stirling, usado pela Suécia nos seus submarinos e pelo Japão.
Agora, façam suas apostas: a MB poderá adotar AIP em seus SBR?




Mapinguari

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Re: Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

#272 Mensagem por Penguin » Seg Dez 29, 2008 12:52 am

Mapinguari escreveu:
Jin Jones escreveu:Amigo Marino
Que nós compramos os 4 Scorpene, é fato consumado ( creio eu ), mas q. Scorpene é esse ?
Não deve ser o mesmo q. o Chile tem, até porque deve ser uma versão mais atualizada, fora isso tem o problema com os espanhois, que não permitiriam q. seja vendido para o BR um proj. q. eles participaram sem a inclusão deles no contrato.

Está incluso na venda os sub-exocet ?
O submarino é o Marlin ?
Se for, q. submarino é esse ?

Essa questão me lembra o Gripem NG, é um ótimo caça "no papel", porque ele na pratica não existe.

Afinal q. submarino nós compramos :?: :?: :?:

Abraços
Jin
Na verdade, nós compramos o SBR, que será um submarino convencional de ataque baseado no Scorpène/Marlin.
E, se os franceses brigaram e romperam a sociedade entre a DCNS e o Navantia no programa Scorpéne porque os espanhóis resolveram construir um submarino (o S80) baseado no Scorpène, mas usando sistema de combate americano (Lockheed Martin), em vez do SUBTICS francês, espero que eles saibam que os subs brasileiros também poderão vir a usar o sistema americano, além de outros equipamentos que podem vir a serem especificados pela MB, incluindo sonares, ESM, ECM, torpedos, etc. Ou seja, de "recheio" francês, pode ser que venha bem pouco. Em resumo, os nossos 4 SBR, não serão como os Scorpène do Chile. Mas pode ser que o recheio do navio seja francês e isso não representará maiores problemas para a MB, tenho certeza.
Mas tem uma outra coisa mais interessante: será que o SBR usará AIP MESMA? Embora não seja similar ao sistema de células de combustível alemão usados nos U214, mais eficientes mas de implementação complicada no Brasil e, por isso, recusado pela MB quando da seleção do U214, nada foi dito ainda pela MB com relação a uma revisão de sua posição em relação à adoção de AIP.
O sistema MESMA, francês, é menos eficiente do que o sistema de células de combustível alemão, mas é mais fácil de ser implementado, por não depender de grandes estruturas de transporte/armazenamento como o sistema alemão. No MESMA, a combustão de uma mistura de etanol e oxigênio gera pressão e calor, e com esse último se transforma a água em vapor, acionando uma turbina que ativa um gerador de energia elétrica. A terceira alternativa em termos de AIP é o sistema Stirling, usado pela Suécia nos seus submarinos e pelo Japão.
Agora, façam suas apostas: a MB poderá adotar AIP em seus SBR?
Conforme o acordo, os sistemas e armas terao que ser franceses:

(...)
2.3 A Parte brasileira faz a escolha da tecnologia francesa para as plataformas, os sistemas de combate e as armas desses novos submarinos.
(...)

[]s




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Re: Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

#273 Mensagem por PRick » Seg Dez 29, 2008 12:54 am

Mapinguari escreveu:
Jin Jones escreveu:Amigo Marino
Que nós compramos os 4 Scorpene, é fato consumado ( creio eu ), mas q. Scorpene é esse ?
Não deve ser o mesmo q. o Chile tem, até porque deve ser uma versão mais atualizada, fora isso tem o problema com os espanhois, que não permitiriam q. seja vendido para o BR um proj. q. eles participaram sem a inclusão deles no contrato.

Está incluso na venda os sub-exocet ?
O submarino é o Marlin ?
Se for, q. submarino é esse ?

Essa questão me lembra o Gripem NG, é um ótimo caça "no papel", porque ele na pratica não existe.

Afinal q. submarino nós compramos :?: :?: :?:

Abraços
Jin
Na verdade, nós compramos o SBR, que será um submarino convencional de ataque baseado no Scorpène/Marlin.
E, se os franceses brigaram e romperam a sociedade entre a DCNS e o Navantia no programa Scorpéne porque os espanhóis resolveram construir um submarino (o S80) baseado no Scorpène, mas usando sistema de combate americano (Lockheed Martin), em vez do SUBTICS francês, espero que eles saibam que os subs brasileiros também poderão vir a usar o sistema americano, além de outros equipamentos que podem vir a serem especificados pela MB, incluindo sonares, ESM, ECM, torpedos, etc. Ou seja, de "recheio" francês, pode ser que venha bem pouco. Em resumo, os nossos 4 SBR, não serão como os Scorpène do Chile. Mas pode ser que o recheio do navio seja francês e isso não representará maiores problemas para a MB, tenho certeza.
Mas tem uma outra coisa mais interessante: será que o SBR usará AIP MESMA? Embora não seja similar ao sistema de células de combustível alemão usados nos U214, mais eficientes mas de implementação complicada no Brasil e, por isso, recusado pela MB quando da seleção do U214, nada foi dito ainda pela MB com relação a uma revisão de sua posição em relação à adoção de AIP.
O sistema MESMA, francês, é menos eficiente do que o sistema de células de combustível alemão, mas é mais fácil de ser implementado, por não depender de grandes estruturas de transporte/armazenamento como o sistema alemão. No MESMA, a combustão de uma mistura de etanol e oxigênio gera pressão e calor, e com esse último se transforma a água em vapor, acionando uma turbina que ativa um gerador de energia elétrica. A terceira alternativa em termos de AIP é o sistema Stirling, usado pela Suécia nos seus submarinos e pelo Japão.
Agora, façam suas apostas: a MB poderá adotar AIP em seus SBR?
Não, não podem o Acordo é bem claro, os sistemas podem ser Franceses ou Brasileiros, mas não de um terceiro país. A briga com os Espanhóis ocorreu por conta disso, se tivessem usado um sistema desenvolvido pelo Espanhóis, tudo bem, mas eram de um terceiro país, isso é claro o contrato deles também deveria ter restrições, ninguém é Madre de Calcutá.

Já no caso dos IKL-209, o contrato já acabou, assim a MB pode modernizar como quiser, como será o nosso caso depois do término do acordo.

O projeto Scorpene, ao contrário dos Tipo 214 e 212, prevê o uso do AIP de modo separado, numa seção extra do casco, assim, o sistema pode ser adotado depois da construção no submarino, eu diria, o projeto é mais flexível que os IKL-214. Por sinal, acabei uma arte agora, e me parece que o SBR será é um casco de forma hidrodinâmica bem melhor que os IKL-209/214.

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Re: Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

#274 Mensagem por Mapinguari » Seg Dez 29, 2008 1:26 am

PRick escreveu:
Mapinguari escreveu: Na verdade, nós compramos o SBR, que será um submarino convencional de ataque baseado no Scorpène/Marlin.
E, se os franceses brigaram e romperam a sociedade entre a DCNS e o Navantia no programa Scorpéne porque os espanhóis resolveram construir um submarino (o S80) baseado no Scorpène, mas usando sistema de combate americano (Lockheed Martin), em vez do SUBTICS francês, espero que eles saibam que os subs brasileiros também poderão vir a usar o sistema americano, além de outros equipamentos que podem vir a serem especificados pela MB, incluindo sonares, ESM, ECM, torpedos, etc. Ou seja, de "recheio" francês, pode ser que venha bem pouco. Em resumo, os nossos 4 SBR, não serão como os Scorpène do Chile. Mas pode ser que o recheio do navio seja francês e isso não representará maiores problemas para a MB, tenho certeza.
Mas tem uma outra coisa mais interessante: será que o SBR usará AIP MESMA? Embora não seja similar ao sistema de células de combustível alemão usados nos U214, mais eficientes mas de implementação complicada no Brasil e, por isso, recusado pela MB quando da seleção do U214, nada foi dito ainda pela MB com relação a uma revisão de sua posição em relação à adoção de AIP.
O sistema MESMA, francês, é menos eficiente do que o sistema de células de combustível alemão, mas é mais fácil de ser implementado, por não depender de grandes estruturas de transporte/armazenamento como o sistema alemão. No MESMA, a combustão de uma mistura de etanol e oxigênio gera pressão e calor, e com esse último se transforma a água em vapor, acionando uma turbina que ativa um gerador de energia elétrica. A terceira alternativa em termos de AIP é o sistema Stirling, usado pela Suécia nos seus submarinos e pelo Japão.
Agora, façam suas apostas: a MB poderá adotar AIP em seus SBR?
Não, não podem o Acordo é bem claro, os sistemas podem ser Franceses ou Brasileiros, mas não de um terceiro país. A briga com os Espanhóis ocorreu por conta disso, se tivessem usado um sistema desenvolvido pelo Espanhóis, tudo bem, mas eram de um terceiro país, isso é claro o contrato deles também deveria ter restrições, ninguém é Madre de Calcutá.

Já no caso dos IKL-209, o contrato já acabou, assim a MB pode modernizar como quiser, como será o nosso caso depois do término do acordo.

O projeto Scorpene, ao contrário dos Tipo 214 e 212, prevê o uso do AIP de modo separado, numa seção extra do casco, assim, o sistema pode ser adotado depois da construção no submarino, eu diria, o projeto é mais flexível que os IKL-214. Por sinal, acabei uma arte agora, e me parece que o SBR será é um casco de forma hidrodinâmica bem melhor que os IKL-209/214.

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Tá bom, mas ninguém respondeu ainda ao que perguntei:
Será que o SBR usará AIP MESMA? Embora não seja similar ao sistema de células de combustível alemão usados nos U214, mais eficientes mas de implementação complicada no Brasil e, por isso, recusado pela MB quando da seleção do U214, nada foi dito ainda pela MB com relação a uma revisão de sua posição em relação à adoção de AIP.
O sistema MESMA, francês, é menos eficiente do que o sistema de células de combustível alemão, mas é mais fácil de ser implementado, por não depender de grandes estruturas de transporte/armazenamento como o sistema alemão. No MESMA, a combustão de uma mistura de etanol e oxigênio gera pressão e calor, e com esse último se transforma a água em vapor, acionando uma turbina que ativa um gerador de energia elétrica. A terceira alternativa em termos de AIP é o sistema Stirling, usado pela Suécia nos seus submarinos e pelo Japão.
Agora, façam suas apostas: a MB poderá adotar AIP em seus SBR?




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Re: Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

#275 Mensagem por PRick » Seg Dez 29, 2008 1:38 am

Mapinguari escreveu: Tá bom, mas ninguém respondeu ainda ao que perguntei:
Será que o SBR usará AIP MESMA? Embora não seja similar ao sistema de células de combustível alemão usados nos U214, mais eficientes mas de implementação complicada no Brasil e, por isso, recusado pela MB quando da seleção do U214, nada foi dito ainda pela MB com relação a uma revisão de sua posição em relação à adoção de AIP.
O sistema MESMA, francês, é menos eficiente do que o sistema de células de combustível alemão, mas é mais fácil de ser implementado, por não depender de grandes estruturas de transporte/armazenamento como o sistema alemão. No MESMA, a combustão de uma mistura de etanol e oxigênio gera pressão e calor, e com esse último se transforma a água em vapor, acionando uma turbina que ativa um gerador de energia elétrica. A terceira alternativa em termos de AIP é o sistema Stirling, usado pela Suécia nos seus submarinos e pelo Japão.
Agora, façam suas apostas: a MB poderá adotar AIP em seus SBR?
Ora, pelo que sei a MB não quer nenhum sistema AIP em SSK´s, porque está adotando SNA´s. Portanto, para mim a resposta está clara, não haverá AIP nos nossos SBR.

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Re: Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

#276 Mensagem por pafuncio » Seg Dez 29, 2008 1:41 am

Já que temos fortes vínculos com os Pakies (cortesia do MAR 1), seria interessante prospectar acerca dos MESMAS 1 inclusos nos Agostas.

Aliás, o que dizer da segunda geração do MESMA ???? (Mesma 2)

salu2.




"Em geral, as instituições políticas nascem empiricamente na Inglaterra, são sistematizadas na França, aplicadas pragmaticamente nos Estados Unidos e esculhambadas no Brasil"
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Re: Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

#277 Mensagem por Marino » Seg Dez 29, 2008 9:25 am

Immortal Horgh escreveu:Não importa qual seja o míssil, mas então o que podemos ter como certeza é que os subs terão mísseis de cruzeiro?



[ ]s
Com o SM-39 podemos contar.
Um míssil de CRUZRIRO, realmente, como o SCALP, vamos ter que esperar notícias.
Isto será a surpresa.




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Re: Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

#278 Mensagem por Red_Star » Seg Dez 29, 2008 12:54 pm

Jin Jones escreveu:Não deve ser o mesmo q. o Chile tem, até porque deve ser uma versão mais atualizada, fora isso tem o problema com os espanhois, que não permitiriam q. seja vendido para o BR um proj. q. eles participaram sem a inclusão deles no contrato.
Es completamente lógico suponer que los Scorpene Br tendrán cambios respecto a los Scorpene chilenos, ya que por lo menos habrán cerca de 10 años de diferencia entre la entrada en servicio de unos y otros. Mejoras tecnológicas seguro se habrán producido en esos años, y de seguro habrán requerimientos operacionales diferentes entre las armadas de Chile y Brasil que generarán más cambios en los submarinos.

De hecho, los Scorpene chilenos, malayos e indios no son completamente iguales. Por decir algo, nuestros Scorpene tienen 4 generadores diesel MTU, mientras los malayos tienen 2 MAN - Pielstick que entregan una potencia similar. Otras diferencias pueden encontrarse acá
Jin Jones escreveu:O submarino é o Marlin ?
Hasta donde se sabe, Marlín era el submarino que DCNS ofrecía para el consurso paquistaní. Lo que se alcanzó a conocer de él, unas cuantas gráficas computacionales, lo mostraban como muy similar a un Scorpene pero con timones en X en vez de +. Si hoy revisamos la página de DCNS, no hay referencias sobre el Marlín, pero en el brochure del Scorpene, aparece la opción de un Scorpene con timones en X, bajo la denominación Scorpene. :mrgreen:

Al final del día, conservar tal o cual denominación puede ser un tema más de marketing que de otra cosa. Ejemplos históricos hay muchos, como el de la saga U209.

Saludos




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Re: Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

#279 Mensagem por Bolovo » Seg Dez 29, 2008 5:21 pm

E quando o primeiro SBR fica pronto?




"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

#280 Mensagem por Penguin » Seg Dez 29, 2008 5:33 pm

Bolovo escreveu:E quando o primeiro SBR fica pronto?
http://www.dcnsgroup.com/press/page.php ... 1c6590a05c

- DCNS will act as prime contractor for four conventional-propulsion submarines to be built by the Joint Venture that will be set up by DCNS and Brazilian partner Odebrecht. The submarines will be designed in cooperation with Brazilian teams under - DCNS design authority to meet the Brazilian Navy’s specific needs: They will be ideally suited to the protection and defence of the country’s 8,500-kilometre coast. The first submarine is scheduled to enter active service in 2015.
- DCNS will produce key advanced-technology equipment in its own plants.
- DCNS will provide design assistance – under the Brazilian Navy’s design authority - for the non-nuclear part of the Navy’s first nuclear submarine, which will be built by the Joint Venture to be set up by DCNS and Odebrecht.
- DCNS will provide prime contractor assistance to Odebrecht for the construction of the naval shipyard that will build the five submarines covered by today’s contract, as well as a naval base for the Brazilian Navy.




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Re: Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

#281 Mensagem por Carlos Mathias » Seg Dez 29, 2008 7:12 pm

Lembro da Marino (ou Lord Nauta) dizer que o sistema de combate americano seria tampão, que o sistema dos novos subs será brasileiro mesmo, um SICONTA SUB da vida. Ah, o mesmo para os torpedos prateleirex.

A resposta veio a uma indagação minha sobre essas compras prateleirísticas e as diretivas da END na época.




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Re: Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

#282 Mensagem por WalterGaudério » Sex Jan 02, 2009 11:36 am

Marino escreveu:
Immortal Horgh escreveu:Não importa qual seja o míssil, mas então o que podemos ter como certeza é que os subs terão mísseis de cruzeiro?



[ ]s
Com o SM-39 podemos contar.
Um míssil de CRUZRIRO, realmente, como o SCALP, vamos ter que esperar notícias.
Isto será a surpresa.
Acho que vai ter sim. Capacidade lá na AVIBRAS não falta. Mas acho que isso só deve ficar claro depois que o projeto MAN-1 der as caras. fatalmente será usado como base do "MC-1" MCde "Míssil de Cruzeiro"




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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Re: Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

#283 Mensagem por Penguin » Qui Fev 26, 2009 8:30 am

Muito esclarecedor...

FSP, 26-02
Marinha precisa de R$ 8,5 bi para fazer os 5 submarinos

Militares recorrem a bancos estrangeiros para bancar programa negociado com a França
Negócio, ameaçado por crise econômica, ainda é insuficiente para compensar o atraso
tecnológico da indústria bélica nacional



CLAUDIO DANTAS SEQUEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Para tirar do papel o programa de desenvolvimento de submarinos (PDS) negociado com a
França em dezembro, a Marinha brasileira tenta alavancar cerca de R$ 8,5 bilhões, valor para os quatro
convencionais e um de propulsão nuclear. Mas a operação no mercado financeiro internacional, que
compreende uma linha de financiamento a juros baixos e prazo de até 25 anos, corre risco por causa da
elevação do custo do crédito e da cautela dos bancos.

Segundo a Folha apurou, a Marinha decidiu recorrer a outras instituições financeiras, que não as
francesas, para melhorar as chances de financiamento. Candidatos naturais, os franceses BNP e Societè
Generale, concorrem agora com bancos como Santander (Espanha) e Citibank (EUA). Nenhum deles
escapou à crise atual. A incerteza sobre a capacidade de solvência de um empréstimo bilionário também
aflige o Planalto, que terá a palavra final no caso.

A Marinha está otimista e diz que, se for aprovado, o contrato de financiamento será assinado em
7 de setembro, na visita do presidente Nicolas Sarkozy.

Limites
Mesmo que consiga o financiamento, a empreitada militar terá efeito limitado na reestruturação
da indústria bélica nacional, como quer o governo.

Detalhes do projeto revelam que o planejamento para a troca de informações estratégicas
ajudará, mas não resolverá o atual gargalo tecnológico. Sistemas sensíveis e de altíssima sofisticação
como sonares, periscópios, tubos de torpedo e componentes de instalação da turbina a vapor,
continuarão sendo desenvolvidos em território francês por absoluta falta de viabilidade econômica no
Brasil. Até o aço do casco do submarino, uma liga especial de alta resistência, será fornecido pela
França.

"Seria necessária uma produção em escala capaz de compensar os elevados investimentos
requeridos para seu desenvolvimento e produção", afirma a Marinha, argumentando que o submarino
terá 17% de nacionalização -tomando linearmente os mais de 200 mil itens que o compõe.
Em linhas gerais, a parceria elevará a capacidade de defesa e dissuasão, mas o país seguirá
dependente por um bom tempo. Essa condição se estende ao pacote de armamentos. A Marinha acertou
a compra de torpedos multifunção "Black Shark", um dos mais avançados do mercado, além do míssil
antinavio SMM-39, espécie de versão submarina dos mísseis Exocet. O Brasil tem alguns projetos e
técnicos farão estágio com fabricantes franceses.

"São coisas que gostaríamos de fazer aqui, mas são caras e difíceis", diz o almirante reformado
Mario Cesar Flores. Ex-ministro da Marinha (1990-1992) e de Assuntos Estratégicos (1992-1994), Flores
acredita que "não há solução a médio prazo". Carlos Frederico de Aguiar, presidente da Abimde
(Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança), defende o negócio. "As
baterias do submarino e as válvulas de casco serão produzidas nacionalmente, pela Saturnia e a Cia
Dox", afirma.

Para Aguiar, o índice de nacionalização dos submarinos é coerente com a realidade. "Os aviões
militares da Embraer têm 15% de nacionalização e os comerciais, 20%", diz. De acordo com a Marinha,
30 empresas nacionais vão produzir componentes para o projeto.

Paralelamente, Odebrecht (50%), DCNS (49%) e Marinha (1%, com golden share) formarão uma
Sociedade com Propósito Específico para operação do estaleiro em que serão construídos os
submarinos. Pedro Paulo Rezende, analista da revista britânica "Janes Defence Weekly", avalia que a
questão de escala seria amenizada se a Marinha fabricasse o dobro de submarinos previstos.
"Ter o equipamento de última geração é importante, mas não resolve. De maneira geral, as
limitações que os franceses nos impuseram são as mesmas que alemães e americanos nos imporiam",
diz. Para Rezende, a questão mais sensível "é o não repasse da planta de vapor do submarino nuclear".
"Sem isso, é uma caixa preta", diz.

Colaborou SAMY ADGHIRNI , da Reportagem Local




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Re: Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

#284 Mensagem por Bourne » Qui Fev 26, 2009 10:36 am

Vou escrever o mesmo que ecrevi lá nas aéreas sobre isso...

Pelo menos, dada essa notícia, parece que o Rafale está sepultado e enterrado para o F-X e nunca voará nas cores da FAB. Isso pode explicar o silêncio sepucral da Dassault em contraste com a Boeing e Saab. Como também, a justificativa do Rafale não emplacar em lugar nenhum.

Aliás, se a MB adquirir as FREMM, vão ter esse tratamento dos franceses, também. Ou seja, ter que correr atrás de financiamento por que o oferecido pelos franceses não é dos melhores? Nesse caso, é melhor estudar outras opções, especialmente devido a sua existência.
Bourne escreveu:Não dá para entender. :?

Além de fechar um contrato bilionário com certo país para adquirir equipamentos militares de alta tecnologia, ainda tem que correr atrás do financiamento para viabilizar o negócio. Por que o Estado garantidor do negócio não consegue garantir um financiamento camarada para viabilizar a compra. Isso é brincadeira. Por que quem tem que viabilizar o financiamento é o vendedor, e no mercado de armas, também com a chancela do estado.

Portanto, essa compra da MB só tem uma explicação. Não existiam opções de mercado melhores e, assim, a MB perferiu ser extorquida pelos franceses em busca de alguma coisa que outros não ofereciam. Se bem que o ToT não é lá essas coisas.

Agora, se esse tipo de comportamento francês se repetir no financiamento do F-X. Podem ter certeza que não levam. Por que o financiamento e off-sets norte-americano e sueco devem ser arrassadores, especialmente o norte-americano. Aí está a explicação para o Rafale não emplacar já que não entrega nada a mais que compense esse esforço hérculo dos compradores. Não só por que as FAB e outras forças tem melhores opções de caças, como também, condições mais agradáveis de financiamento.

Agora, também lebrei da reportagem que citava o alto custo do Rafale e dificuldades de financiamento. E que isso seria uma dos pontos que pesavam muito contra a opção francesa. Na hora desconfiei da explicação, mas, agora, faz mais sentido.

Resumindo, os franceses são malvados e ruins de negócio :(
Minha resposta ao post do Alex
Bourne escreveu:
alex escreveu:Não dá para entender.
Para que obter dinheiro lá fora , a um custo maior, em vez de fazer a transferencia direta dos royalties para este projeto? Sempre a mesma coisa, se endivida o país , o governo do banco estrangeiro sempre tenta vender algum equipamento que não foi solicitado, etc.

Quanto a parte técnica.Se o Brasil que tecnologia que gaste em pesquisa e desenvolvimento, acabou, ponto .
Sempre que houver transferencia de tecnologia será limitada ou de uma geração anterior. Vejam o caso dos patrulheiros na reportagem do Alide.

Qualquer outra coisa é desejo ou sonho.

Por isso que acho que os projetos dde misseis e turbinas do CTA são a jóia de nossa coroa.
O que não dá para entender é a falta de um financiamento camarada por parte dos vendedores, ou seja, dos franceses. Por que isso faz parte do negócio e deve ser considerado na hora da avaliação da proposta. Agora, querer que ao comprado, nesse caso a MB, vá atrás do financiamento é sacanagem. Se fosse para financiar projetos próprios, beleza, mas para comprar equipamentos de terceiros é soda. :x

Na verdade, o financiamento é basico para compras de grande porte. Por que é mais interessante financiar do que pagar a vista. Isso serve para empresas e governos que investem, o que é bem diferente da perspectiva de uma pessoa física.

O endividamento externo não é um problema em si. Aliás, o Brasil é credor internacional e contrair empréstimos no exterior, desde que mantenha certo equilíbrio, so ajuda o país a se fortalecer no sistema financiero internacional.




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Re: Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

#285 Mensagem por Paisano » Qui Fev 26, 2009 10:48 am

Eu vejo com muita desconfiança o conteúdo dessas "reportagens", pois levo sempre em conta o "histórico" de interesses dos jornalhões e das revistas brasileiras.




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