EUA x Irã
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Re: EUA x Irã
A revolução Islâmica no Irã, a grosso modo, seria como se hoje a Arábia Saudita virasse uma República;
Aliás, a contrario do q a a mídia no ocidente prega, a Arábia Saudita tem uma das vertentes mais radicais do Islamismo (Sunismo muabita), q aliás, tem uma versão bem famosa nesse tempos: Talibãs - governo q era apoiado por somente dois países no mundo: Arábia Saudita e Paquistão (onde surgiu nas madrassas do serviço secreto paquistanês, na luta contra os soviéticos...).
Aliás, a contrario do q a a mídia no ocidente prega, a Arábia Saudita tem uma das vertentes mais radicais do Islamismo (Sunismo muabita), q aliás, tem uma versão bem famosa nesse tempos: Talibãs - governo q era apoiado por somente dois países no mundo: Arábia Saudita e Paquistão (onde surgiu nas madrassas do serviço secreto paquistanês, na luta contra os soviéticos...).
Re: EUA x Irã
Completamente errado. A revolução Islâmica no Irã seria como a Arábia Saudita ter sua monarquia derrubada pelos Sunitas Wahabistas que eles não se cansam de financiar.nukualofa77 escreveu:A revolução Islâmica no Irã, a grosso modo, seria como se hoje a Arábia Saudita virasse uma República;
O pior dos infernos é reservado àqueles que, em tempos de crise moral, escolheram por permanecerem neutros. Escolha o seu lado.
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Re: EUA x Irã
Não faço idéia do que você diz até porque não sei o que você disse. Manjo nada da Arabia Saudita. Quem são esses Wahabistas?Kratos escreveu:Completamente errado. A revolução Islâmica no Irã seria como a Arábia Saudita ter sua monarquia derrubada pelos Sunitas Wahabistas que eles não se cansam de financiar.nukualofa77 escreveu:A revolução Islâmica no Irã, a grosso modo, seria como se hoje a Arábia Saudita virasse uma República;
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: EUA x Irã
Kratos escreveu:Completamente errado. A revolução Islâmica no Irã seria como a Arábia Saudita ter sua monarquia derrubada pelos Sunitas Wahabistas que eles não se cansam de financiar.nukualofa77 escreveu:A revolução Islâmica no Irã, a grosso modo, seria como se hoje a Arábia Saudita virasse uma República;
???
Eu disse A GROSSO MODO.
São esses clérigos q sustentam "ideologicamente" o goverrno saudita, ou seja, são a situação.
Os sauditas temem uma revolução q apeie a família real e esses clérigos colaboracionistas do poder. Provavelmente fundariam uma república islâmica.
Os "pioneiros" da dinastia Sa'ud, pertencentes à seita islãmica Wahabi, conquistaram o interior da península Arábica no século XVIII e fundaram o emirado de Nedjed, recuperado pelos turco-otomanos no fim desse mesmo século. Em 1902, Abd al-Aziz (ou Bin Sa'ud) iniciou a retomada de Nedjed. Ele "liderou" (sob anuência britânica) o processo de "reunificação" árabe e conquista em 1924 a cidade de Meca. Em 1932 reune, sob o nome de Arábia Saudita, os reinos de Hejaz e Nedjed, governados separados desde 1927.
Aliás, diga-se de passagem, a Al Qaeda de Osama Bin Laden quer derrubar o governo saudita desde q os Sa'ud permitiram q os "infiés" se posicionassem em solo "sagrado" durante a Guerra do Golfo, 1991...
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Re: EUA x Irã
Wahabi (sei lá como se escreve) conquistaram parte da peninsula arábica na década de 30, são islãmicos radicais (Osama é um deles), muito radicais. O caso saudita é complexo, o país é dividido. Eles querem o oriente médio sem interferência do ocidente.Bolovo escreveu: Não faço idéia do que você diz até porque não sei o que você disse. Manjo nada da Arabia Saudita. Quem são esses Wahabistas?
http://en.wikipedia.org/wiki/Wahhabi
Assista o filme "O reino" nos primeiros 3 minutos falam sobre a história da Arábia Saudita. Um belo filme por sinal.
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Re: EUA x Irã
UMA ESCOLHA ENTRE PAZ E PERIGO.
Por Chris Hedges – 23 de fevereiro de 2009
A chegada de Bibi Netanyahu ao poder, em Israel, prepara o palco para uma enorme campanha pelo governo israelense, e seus bem-azeitados grupos de lobby em Washington, para nos empurrar rumo a uma guerra com o Irã.
O Irã não tem um programa de bombas atômicas, de acordo com as agências de inteligência americanas e européias. Mas a realidade, raramente, impera na política. A secretária de estado Hillary Clinton e o presidente Barack Obama, juntamente com Netanyahu, todos falam como se o Irã estivesse à beira de lançar uma bem grande no estado judeu.
Netanyahu, na sexta-feira, denominou o Irã como a principal ameaça depois de ter sido chamado para formar um novo governo, após as eleições 20 de fevereiro.
“O Irã está buscando obter uma arma nuclear e constitui a mais grave ameaça a nossa existência, desde a guerra de independência,” disse Netanyahu numa cerimônia na residência oficial do presidente Shimon Peres. “As forças terroristas do Irã ameaçam-nos do norte,” o provável primeiro-ministro disse em referência ao Líbano e a Síria, onde, segundo Israel, Teerã fornece armas ao Hezbollah e ao Hamas. “Por décadas, Israel não enfrentava tão formidáveis desafios.”
Netanyahu, cuja arrogância só é ultrapassada por sua belicosidade, sabe que, apesar de todas suas ameaças e pose de valentão, Israel é incapaz de atacar, sozinho, alvos iranianos. Israel não pode levar seus aviões de ataque por sobre o espaço aéreo iraquiano, para dentro do Irã, sem permissão dos Estados Unidos, algo que George W. Bush recusou a conceder, temendo maciços ataques retaliatórios iranianos contra bases americanas no Iraque. A força aérea de Israel não é grande o suficiente para neutralizar alvos múltiplos, estações de radar, baterias de mísseis, unidades da Guarda Revolucionária, bunkers abrigando caças e bombardeiros de fabricação soviética – e chinesa -, e, também, atingir alvos nucleares suspeitos. A única rota para uma guerra com Teerã, para as forças armadas israelenses, é através de Washington.
A vontade de Netanyahu de atacar o Irã significa que, em breve, vamos ouvir falar um bocado sobre o perigo representado pelos iranianos – páginas inteiras de anúncios nos jornais americanos, dos grupos lobistas israelenses já tem aparecido nos últimos poucos dias. Permitir que tal retórica escureça a realidade, como já fizemos durante a preparação para a guerra com o Iraque, destruirá a melhor chance para estabilidade no Oriente Médio – um acordo negociado com o Irã. Isto poderá não colocar um ponto final no desenvolvimento de uma arma nuclear pelo Irã, mas um relacionamento estável com os iranianos faria muito mais para proteger Israel e nossos interesses no Oriente Médio do que maciços ataques aéreos e uma guerra que irá transbordar para o Iraque e o Líbano, e presenciar mísseis iranianos sendo lançados contra cidades israelenses.
“Se você entra num problema com a premissa errada, pode sair com uma política ruim,” disse Sam Gardner, um coronel reformado da Força Aérea dos Estados Unidos, que ensinou estratégia e operações militares na Escola de Guerra Nacional, Escola de Guerra do Ar e Escola de Guerra Naval, e que se opõe a campanha israelense por um ataque ao Irã.
O programa nuclear do Irã, atualmente, é monitorado por inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica. O Irã já concentrou 2.227 libras de combustível nuclear de baixo-enriquecimento, ou de grau-reator, pelos finais de janeiro, de acordo com as mais recentes avaliações dos vigias de controle de armas das Nações Unidas. Para produzir 55 libras, de urânio de alto-enriquecimento, ou de grau-de-armas, necessário para uma ogiva atômica, o Irã precisaria de 2.205 a 3.748 libras de urânio de baixo-enriquecimento. Aparentemente, ele já tem esta quantidade – que é o por quê de Netanyahu se referir ao Irã como “uma ameaça existencial” ao estado israelense. Mas o Irã não tomou nenhuma ação para enriquecer urânio e, até que o faça, não pode ser acusado de ter um programa de armas nucleares. O Irã, também, não possui bastantes centrífugas de alta-velocidade em sua instalação de Natanz, para refinar, posteriormente, o urânio, de acordo com as Nações Unidas.
O Irã tem se voltado para sua velha nêmesis, Rússia, em busca de assistência, enquanto Israel se torna mais estridente. O trabalho no reator nuclear de Bushehr, logo, será apoiado por 3 mil técnicos russos. E a Rússia já prometeu vender mísseis S-300 para o Irã reforçar os sistemas de defesa aérea da nação. O Conselho de Segurança da Federação Russa e a nova declaração de estratégia de segurança do Conselho de Estado, dizem que o foco primordial das disputas, na próxima década, estará nos hidrocarbonetos. O Oriente Médio e a Ásia Central são mencionadas, especificamente. Nestas áreas, de acordo com o documento, a disputa poderá evoluir para o confronto militar. E, embora o documento não mencione os Estados Unidos, não há nenhuma outra força militar rival na região que possa desafiar a máquina russa. Quanto mais pressionamos o Irã, mais ele corre para os braços dos russos, e mais perto ficamos de uma nova Guerra Fria pelo controle de recursos naturais em diminuição. Autoridades iranianas tem barrado inspeções de instalações produzindo peças para centrífugas, uma atitude que preocupa especialistas de controle de armas. O Irã pode estar planejando construir uma instalação centrífuga não-declarada, independente de Natanz. O Irã tem barrado, também, os inspetores de seu reator de água pesada, próxima a Arak, uma ação que tem preocupado os inspetores que esperam examinar o sítio atrás de possíveis características indicadoras de que o Irã pode dar início a um programa de armas nucleares. Mas, exatamente, agora, não há um tal programa. Nós deveríamos parar de falar como se existisse algum.
A destruição do Iraque como estado unificado deixou o Irã como potência garantidora no Oriente Médio. Este foi um resultado de nossa lavra e do militarismo desequilibrado de políticos israelenses como Netanyahu. O Irã, goste-se ou não, mantém o poder para decidir o resultado de vários conflitos que são vitais para a segurança americana. Ele tem enorme influência com o Hamas e o Hezbollah e pode acelerar ou diminuir o conflito entre Israel e estes grujpos. Ele e os Estados Unidos são, agora, as maiores forças externas no Iraque. O governo de liderança xiita de Bagdá consulta cerradamente o Irã e, por esta razão, disse ao grupo de resistência iraniana, o MEK que ele tem 60 dias para deixar o território iraquiano e pode ter seus líderes detidos e julgados por crimes de guerra. Uma vez que as forças americanas deixem o Iraque, será o Irã, mais do que qualquer outra nação, que determinará o futuro de qualquer governo iraquiano. E, finalmente, o Irã tem, durante séculos, estado envolvido nos assuntos do Afeganistão. Ele, sozinho, tem a influência para estabilizar o conflito, um que, cada vez mais, ameaça se derramar sobre o Paquistão. Os políticos afegãos tem, agudamente, criticado o governo iraniano por deportar mais de 30 mil afegãos que fugiram para o Irã, desde outubro. Muitos, incapazes de encontrar trabalho ou voltar para suas aldeias, se inscreveram para lutar pelo Taliban, de acordo com relatórios da inteligência americana.
O Irã tem sofrido com nosso apoio clandestino para grupos militantes armados, desde a organização Mujahedin-e-Khalq (MEK ou MKO) passando pelo Partido de Libertação Perpétua do Curdistão, e indo até o repugnante Jundullah, também conhecido como Exército de Deus, um grupo fundamentalista sunita que opera com apoio americano, a partir do Paquistão. O grupo militante tem o hábito de decapitar iranianos que captura incluindo, recentemente, um grupo de 16 oficiais de polícia iranianos, filmando e distribuindo as execuções. O Irã tem suportado quase três décadas de sanções impostas por Washington. O apoio americano aos grupos militantes e as sanções, tudo com a intenção de mudar o regime em Teerã, fracassaram.
Há muita discussão sobre quem o presidente Obama irá nomear como seu enviado especial para o Irã. Se, como é esperado, seja Dennis Ross, um antigo funcionário do AIPAC, Comitê de Relações Públicas Americano-Israelenses, estaremos com um grande problema. Ross, que se espera assumir os assuntos iranianos, nesta semana, é um barulhento apoiador dos apelos de Israel por maior pressão contra o Irã. Ele é visto com desconfiança, mesmo com desprezo, no mundo muçulmano e, em especial, no Irã. Com boa razão, ele não é considerado como um negociador imparcial.
Ross tem pedido por mais sanções draconianas contra o Irã, algo que a Rússia ou as cinco companhias que fornecem os produtos de petróleo refinado do Irã, provavelmente, não irão apoiar. (As companhias incluem a firma suíça Vitol, a gigante francesa Total e a firma indiana Reliance.) Ross apoia o apoio a grupos clandestinos e, presumo, a alegada campanha clandestina da agência de inteligência de Israel, Mossad, para assassinar cientistas nucleares iranianos. Existem rumores de que o Mossad está por trás da morte de Ardeshire Hassanpour, um cientista nuclear de ponta, na instalação de urânio iraniana de Isfahan, que morreu, em circunstâncias misteriosas, de um relatado “envenenamento por gás”, em 2007. de acordo com o jornal britânico The Daily Telegraph. “Outras mortes recentes de figuras importantes no processo de aquisição e enriquecimento no Irã e na Europa, tem sido resultado de ‘acertos’ israelenses, visando privar Teerã de habilidades técnicas chave na chefia do programa, de acordo com analistas,” relatou o jornal.
Permanece sem ser mencionado que Israel, que se recusa a assinar o Tratado de Não-Proliferação Nuclear – assinado pelo Irã – está de posse de 200 a 300 ogivas nucleares, talvez o mais importante fator singular na corrida nuclear no Oriente Médio.
“Para os Estados Unidos, moldar um relacionamento pacífico com o Irã será difícil, sob qualquer circunstâncias,” escreveu, recentemente, Stephen Kinzer, autor de “All the Shah’s Men”. Se a equipe de negociação americana for liderada por Ross ou outro pensador convencional, preso a dogmas do passado, será impossível.”
Obama tem uma oportunidade para alterar, radicalmente, o curso que nós temos marcado no Oriente Médio. A chave será o relacionamento de sua administração com o Irã. Se ele ceder ao lobby de Israel, se ele der poderes a Ross, se ele definir o Irã como inimigo, antes mesmo de tentar uma paz negociada, ele acenderá um rastilho que resultará em nossas guerras no Iraque e Afeganistão evoluírem para uma conflagração regional. Esta pode ser a decisão mais importante de sua presidência. Vamos rezar que ele não arrebente com tudo.
Por Chris Hedges – 23 de fevereiro de 2009
A chegada de Bibi Netanyahu ao poder, em Israel, prepara o palco para uma enorme campanha pelo governo israelense, e seus bem-azeitados grupos de lobby em Washington, para nos empurrar rumo a uma guerra com o Irã.
O Irã não tem um programa de bombas atômicas, de acordo com as agências de inteligência americanas e européias. Mas a realidade, raramente, impera na política. A secretária de estado Hillary Clinton e o presidente Barack Obama, juntamente com Netanyahu, todos falam como se o Irã estivesse à beira de lançar uma bem grande no estado judeu.
Netanyahu, na sexta-feira, denominou o Irã como a principal ameaça depois de ter sido chamado para formar um novo governo, após as eleições 20 de fevereiro.
“O Irã está buscando obter uma arma nuclear e constitui a mais grave ameaça a nossa existência, desde a guerra de independência,” disse Netanyahu numa cerimônia na residência oficial do presidente Shimon Peres. “As forças terroristas do Irã ameaçam-nos do norte,” o provável primeiro-ministro disse em referência ao Líbano e a Síria, onde, segundo Israel, Teerã fornece armas ao Hezbollah e ao Hamas. “Por décadas, Israel não enfrentava tão formidáveis desafios.”
Netanyahu, cuja arrogância só é ultrapassada por sua belicosidade, sabe que, apesar de todas suas ameaças e pose de valentão, Israel é incapaz de atacar, sozinho, alvos iranianos. Israel não pode levar seus aviões de ataque por sobre o espaço aéreo iraquiano, para dentro do Irã, sem permissão dos Estados Unidos, algo que George W. Bush recusou a conceder, temendo maciços ataques retaliatórios iranianos contra bases americanas no Iraque. A força aérea de Israel não é grande o suficiente para neutralizar alvos múltiplos, estações de radar, baterias de mísseis, unidades da Guarda Revolucionária, bunkers abrigando caças e bombardeiros de fabricação soviética – e chinesa -, e, também, atingir alvos nucleares suspeitos. A única rota para uma guerra com Teerã, para as forças armadas israelenses, é através de Washington.
A vontade de Netanyahu de atacar o Irã significa que, em breve, vamos ouvir falar um bocado sobre o perigo representado pelos iranianos – páginas inteiras de anúncios nos jornais americanos, dos grupos lobistas israelenses já tem aparecido nos últimos poucos dias. Permitir que tal retórica escureça a realidade, como já fizemos durante a preparação para a guerra com o Iraque, destruirá a melhor chance para estabilidade no Oriente Médio – um acordo negociado com o Irã. Isto poderá não colocar um ponto final no desenvolvimento de uma arma nuclear pelo Irã, mas um relacionamento estável com os iranianos faria muito mais para proteger Israel e nossos interesses no Oriente Médio do que maciços ataques aéreos e uma guerra que irá transbordar para o Iraque e o Líbano, e presenciar mísseis iranianos sendo lançados contra cidades israelenses.
“Se você entra num problema com a premissa errada, pode sair com uma política ruim,” disse Sam Gardner, um coronel reformado da Força Aérea dos Estados Unidos, que ensinou estratégia e operações militares na Escola de Guerra Nacional, Escola de Guerra do Ar e Escola de Guerra Naval, e que se opõe a campanha israelense por um ataque ao Irã.
O programa nuclear do Irã, atualmente, é monitorado por inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica. O Irã já concentrou 2.227 libras de combustível nuclear de baixo-enriquecimento, ou de grau-reator, pelos finais de janeiro, de acordo com as mais recentes avaliações dos vigias de controle de armas das Nações Unidas. Para produzir 55 libras, de urânio de alto-enriquecimento, ou de grau-de-armas, necessário para uma ogiva atômica, o Irã precisaria de 2.205 a 3.748 libras de urânio de baixo-enriquecimento. Aparentemente, ele já tem esta quantidade – que é o por quê de Netanyahu se referir ao Irã como “uma ameaça existencial” ao estado israelense. Mas o Irã não tomou nenhuma ação para enriquecer urânio e, até que o faça, não pode ser acusado de ter um programa de armas nucleares. O Irã, também, não possui bastantes centrífugas de alta-velocidade em sua instalação de Natanz, para refinar, posteriormente, o urânio, de acordo com as Nações Unidas.
O Irã tem se voltado para sua velha nêmesis, Rússia, em busca de assistência, enquanto Israel se torna mais estridente. O trabalho no reator nuclear de Bushehr, logo, será apoiado por 3 mil técnicos russos. E a Rússia já prometeu vender mísseis S-300 para o Irã reforçar os sistemas de defesa aérea da nação. O Conselho de Segurança da Federação Russa e a nova declaração de estratégia de segurança do Conselho de Estado, dizem que o foco primordial das disputas, na próxima década, estará nos hidrocarbonetos. O Oriente Médio e a Ásia Central são mencionadas, especificamente. Nestas áreas, de acordo com o documento, a disputa poderá evoluir para o confronto militar. E, embora o documento não mencione os Estados Unidos, não há nenhuma outra força militar rival na região que possa desafiar a máquina russa. Quanto mais pressionamos o Irã, mais ele corre para os braços dos russos, e mais perto ficamos de uma nova Guerra Fria pelo controle de recursos naturais em diminuição. Autoridades iranianas tem barrado inspeções de instalações produzindo peças para centrífugas, uma atitude que preocupa especialistas de controle de armas. O Irã pode estar planejando construir uma instalação centrífuga não-declarada, independente de Natanz. O Irã tem barrado, também, os inspetores de seu reator de água pesada, próxima a Arak, uma ação que tem preocupado os inspetores que esperam examinar o sítio atrás de possíveis características indicadoras de que o Irã pode dar início a um programa de armas nucleares. Mas, exatamente, agora, não há um tal programa. Nós deveríamos parar de falar como se existisse algum.
A destruição do Iraque como estado unificado deixou o Irã como potência garantidora no Oriente Médio. Este foi um resultado de nossa lavra e do militarismo desequilibrado de políticos israelenses como Netanyahu. O Irã, goste-se ou não, mantém o poder para decidir o resultado de vários conflitos que são vitais para a segurança americana. Ele tem enorme influência com o Hamas e o Hezbollah e pode acelerar ou diminuir o conflito entre Israel e estes grujpos. Ele e os Estados Unidos são, agora, as maiores forças externas no Iraque. O governo de liderança xiita de Bagdá consulta cerradamente o Irã e, por esta razão, disse ao grupo de resistência iraniana, o MEK que ele tem 60 dias para deixar o território iraquiano e pode ter seus líderes detidos e julgados por crimes de guerra. Uma vez que as forças americanas deixem o Iraque, será o Irã, mais do que qualquer outra nação, que determinará o futuro de qualquer governo iraquiano. E, finalmente, o Irã tem, durante séculos, estado envolvido nos assuntos do Afeganistão. Ele, sozinho, tem a influência para estabilizar o conflito, um que, cada vez mais, ameaça se derramar sobre o Paquistão. Os políticos afegãos tem, agudamente, criticado o governo iraniano por deportar mais de 30 mil afegãos que fugiram para o Irã, desde outubro. Muitos, incapazes de encontrar trabalho ou voltar para suas aldeias, se inscreveram para lutar pelo Taliban, de acordo com relatórios da inteligência americana.
O Irã tem sofrido com nosso apoio clandestino para grupos militantes armados, desde a organização Mujahedin-e-Khalq (MEK ou MKO) passando pelo Partido de Libertação Perpétua do Curdistão, e indo até o repugnante Jundullah, também conhecido como Exército de Deus, um grupo fundamentalista sunita que opera com apoio americano, a partir do Paquistão. O grupo militante tem o hábito de decapitar iranianos que captura incluindo, recentemente, um grupo de 16 oficiais de polícia iranianos, filmando e distribuindo as execuções. O Irã tem suportado quase três décadas de sanções impostas por Washington. O apoio americano aos grupos militantes e as sanções, tudo com a intenção de mudar o regime em Teerã, fracassaram.
Há muita discussão sobre quem o presidente Obama irá nomear como seu enviado especial para o Irã. Se, como é esperado, seja Dennis Ross, um antigo funcionário do AIPAC, Comitê de Relações Públicas Americano-Israelenses, estaremos com um grande problema. Ross, que se espera assumir os assuntos iranianos, nesta semana, é um barulhento apoiador dos apelos de Israel por maior pressão contra o Irã. Ele é visto com desconfiança, mesmo com desprezo, no mundo muçulmano e, em especial, no Irã. Com boa razão, ele não é considerado como um negociador imparcial.
Ross tem pedido por mais sanções draconianas contra o Irã, algo que a Rússia ou as cinco companhias que fornecem os produtos de petróleo refinado do Irã, provavelmente, não irão apoiar. (As companhias incluem a firma suíça Vitol, a gigante francesa Total e a firma indiana Reliance.) Ross apoia o apoio a grupos clandestinos e, presumo, a alegada campanha clandestina da agência de inteligência de Israel, Mossad, para assassinar cientistas nucleares iranianos. Existem rumores de que o Mossad está por trás da morte de Ardeshire Hassanpour, um cientista nuclear de ponta, na instalação de urânio iraniana de Isfahan, que morreu, em circunstâncias misteriosas, de um relatado “envenenamento por gás”, em 2007. de acordo com o jornal britânico The Daily Telegraph. “Outras mortes recentes de figuras importantes no processo de aquisição e enriquecimento no Irã e na Europa, tem sido resultado de ‘acertos’ israelenses, visando privar Teerã de habilidades técnicas chave na chefia do programa, de acordo com analistas,” relatou o jornal.
Permanece sem ser mencionado que Israel, que se recusa a assinar o Tratado de Não-Proliferação Nuclear – assinado pelo Irã – está de posse de 200 a 300 ogivas nucleares, talvez o mais importante fator singular na corrida nuclear no Oriente Médio.
“Para os Estados Unidos, moldar um relacionamento pacífico com o Irã será difícil, sob qualquer circunstâncias,” escreveu, recentemente, Stephen Kinzer, autor de “All the Shah’s Men”. Se a equipe de negociação americana for liderada por Ross ou outro pensador convencional, preso a dogmas do passado, será impossível.”
Obama tem uma oportunidade para alterar, radicalmente, o curso que nós temos marcado no Oriente Médio. A chave será o relacionamento de sua administração com o Irã. Se ele ceder ao lobby de Israel, se ele der poderes a Ross, se ele definir o Irã como inimigo, antes mesmo de tentar uma paz negociada, ele acenderá um rastilho que resultará em nossas guerras no Iraque e Afeganistão evoluírem para uma conflagração regional. Esta pode ser a decisão mais importante de sua presidência. Vamos rezar que ele não arrebente com tudo.
Re: EUA x Irã
Clermont vc acredita mesmo que o Irã não esta em busca de meios de acertar um pedra dessas em Israel? acha mesmo que o Irã não tem um programa para construir uma bomba nuclear e assim que puder jogar em Israel?
Ou apenas colocaste o texto sem concordar com parte dele?
Abraçso.
Ou apenas colocaste o texto sem concordar com parte dele?
Abraçso.
Vamo la moderação, continuamos confiando na sua imparcialidade.
- Clermont
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Re: EUA x Irã
Sim e não.usskelvin escreveu:Clermont vc acredita mesmo que o Irã não esta em busca de meios de acertar um pedra dessas em Israel? acha mesmo que o Irã não tem um programa para construir uma bomba nuclear e assim que puder jogar em Israel?
Sim, não acredito que nenhuma liderança do Irã (seja o atual, e passageiro, presidente laico, ou a alta direção religiosa) tenha a intenção de lançar uma bomba atômica contra Israel.
Isto pelo simples, banal e corriqueiro fato, de que eles, provavelmente, não querem se encontrar com Deus e o Profeta Muhammad e prestar contas por terem sido responsáveis pelo extermínio de seu próprio povo. Afinal, o que aconteceria com o Irã, se fizesse tal coisa? Ou alguém terá esquecido as centenas de ogivas nucleares israelenses, e as milhares de ogivas americanas?
Aliás, os antigos russos soviéticos (e os atuais russos nacionalistas), os antigos chineses comunistas (e os atuais chineses capitalistas) tinham e tem, carradas de bombas atômicas, e nunca pensaram, seriamente, em jogar uma em Washington. Afinal de contas, por quê será que os iranianos teriam de ser mais burros do que os soviéticos ou chineses? Só porque usam turbante e rezam, voltados para Meca? Seria razoável tratá-los como gente, que nem a gente...
E, não: eu não descartaria a idéia de que, algum dia, com uma indústria nuclear, plenamente desenvolvida, algum governo iraniano não caísse em tentação de construir armas nucleares.
De qualquer modo, de acordo com o texto - e, aliás, de acordo com informações da própria comunidade de informações americana - não há um tal programa. Pode haver, no futuro, é claro. Afinal, o Paquistão, que faz fronteira com o Irã, não tem? A Índia não tem? (nem vou mencionar Israel...) Com que moral alguém pode justificar bombardear e matar milhares e milhares de iranianos, somente por quê, talvez, acreditem que seu país não é inferior aos países vizinhos com armas nucleares e também tem direito a elas?
Aliás, quanto a isto, existe uma porção de brasileiros que gostariam, imensamente, de que o Brasil rompesse com o Tratado de Não-Proliferação - aliás, assinado pelo Irã, mas não por Israel - e construísse uma bomba verde-amarela.
Ah! Mas o Brasil é bonzinho e o Irã é malvadinho. Depende dos olhos de quem vê. Não existia um slogan que dizia, "salve uma árvore, queime um brasileiro por dia"?
De qualquer modo, eu não vejo alternativa: pra mim, a idéia de diálogo e entendimento com o Irã é a melhor solução para evitar, talvez, uma futura corrida nuclear. A idéia de uma guerra preventiva vai ser uma catástrofe não só para a região, mas para o planeta inteiro. Eu não acredito que uma tal conflagração, por exemplo, possa não ter conseqüencias no Brasil, só porque apareceram essas tais de reservas de petróleo no pré-sal...
Será que o mundo já não em suportado guerras insensatas demais, nestes últimos oito anos?
- soultrain
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Re: EUA x Irã
Aplaudo de pé.
"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
NJ
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Re: EUA x Irã
X 2.soultrain escreveu:Aplaudo de pé.
O radicalismo não está restrito ao Irã, um estado (Persa) que a história determina há séculos ter importancia capital naquela região.
Essa consciencia historica persa, aliada a uma forma não ocidental de controle estatal, é que me faz crer que o Irã não irá pulverizar os israelenses.
E isso, em que pese muitas vezes o Irã ter sido vítima de achaques e violações do Ocidente. A propósito, estou lendo um livro potente, do Robert Fisk, a grande guerra pela civilização, a questionar muitos dos dogmas questionados na excelente matéria postada pelo clermont.
----------------------------------------------
A eleição do Bibi, agora, é um acontecimento funesto, um azar histórico como o fora a eleição de Menahem Begin, justamente quando Carter chegara ao poder nos EUA.
Maldito pêndulo, esse sincronismo que faz de tudo para que o caos seja mantido, ainda que algumas variáveis (falo do obama) tenham sido aparentemente melhoradas.
Logo,temo que a cagada inicial não vá ser adimplida pelo irã. mas é provável que ocorra. infelizmente ...
saludos, alexandre.
"Em geral, as instituições políticas nascem empiricamente na Inglaterra, são sistematizadas na França, aplicadas pragmaticamente nos Estados Unidos e esculhambadas no Brasil"
- Bolovo
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Re: EUA x Irã
Uma duvida que sempre tive, coisa de leigo. Como era a relação da civilização persa com a islamismo antes da revolução de 78?
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Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: EUA x Irã
alexandre lemos escreveu:X 2.soultrain escreveu:Aplaudo de pé.
O radicalismo não está restrito ao Irã, um estado (Persa) que a história determina há séculos ter importancia capital naquela região.
Essa consciencia historica persa, aliada a uma forma não ocidental de controle estatal, é que me faz crer que o Irã não irá pulverizar os israelenses.
E isso, em que pese muitas vezes o Irã ter sido vítima de achaques e violações do Ocidente. A propósito, estou lendo um livro potente, do Robert Fisk, a grande guerra pela civilização, a questionar muitos dos dogmas questionados na excelente matéria postada pelo clermont.
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A eleição do Bibi, agora, é um acontecimento funesto, um azar histórico como o fora a eleição de Menahem Begin, justamente quando Carter chegara ao poder nos EUA.
Maldito pêndulo, esse sincronismo que faz de tudo para que o caos seja mantido, ainda que algumas variáveis (falo do obama) tenham sido aparentemente melhoradas.
Logo,temo que a cagada inicial não vá ser adimplida pelo irã. mas é provável que ocorra. infelizmente ...
saludos, alexandre.
Alexandre, também tenho esse livro, destaque de minha biblioteca, leitura obrigatória e de extrema solidez para quem procura entender as lógicas dos conflitos no Oriente Médio a longo prazo. Como tu salientou, ele desmistifica a "ideologização" da mídia e da política ocidental sobre a região, muito reproduzida em alguns posts. Em alguns discussões enfatizei q alguns colegas estavam mal e parcialmente informados; isso foi encarado como soberba. No entanto, não posso negar minha formação. Ela não me dá a "propriedade da verdade", mas algum embasamento para discutir alguns pontos q possam não ter sido considerados. Algumas vezes fui mal interpretado, no entanto, minha intenção foi observar q havia muita "ideologia" e conceitos pré-formados em alguns posts.
Fico feliz de q tu, o Clermont e o Soultrain tiveram o bom senso de ponderar entre as visões antagônicas do conflito e também questionam o "dogmatismo midiático" inerente a visão de mundo ocidental quanto o assunto refere-se ao Oriente Médio.
Excelentes posts. Um abraço a todos
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Re: EUA x Irã
O que me vem à cabeça é o seguinte: o governo do xá era laico. Mais do que isto, ele era anti-religioso (não sei se o Reza Pahlevi era, até mesmo, ateu). De qualquer modo, ele tentou ocidentalizar o Irã, no peito e na raça, e isto significava bater de frente com a religiosidade do povo.Bolovo escreveu:Uma duvida que sempre tive, coisa de leigo. Como era a relação da civilização persa com a islamismo antes da revolução de 78?
Não saberia dizer como estava a situação econômica e social do Irã, na época, pois só com tal conhecimento se poderia avaliar, exatamente, qual o peso da questão religiosa na derrubada do xá. De qualquer modo, o peso desta última foi o elemento determinante, afinal, foi uma revolução cultural e religiosa, não econômica, e que deu origem a este experimento teocrático no país. Com o poder exercido, não mais por um rei ou um politico laico, mas pelos chefes religiosos.
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Re: EUA x Irã
Bolovo escreveu:Uma duvida que sempre tive, coisa de leigo. Como era a relação da civilização persa com a islamismo antes da revolução de 78?
O governo de Mohammad Reza Pahlavi era uma cleptocracia pró-ocidente, ou seja, ao tempo em q "laicizava a ocidental" o Irã, reprimia ditatorialmente com apoio político-militar dos EUA e da Grã-Bretanha a oposição (os defensores de uma abertura democrática e o clero xiita).
Em 1941, com a ocupação sovética e britânica do Irã, o então Xá, Reza Shah Pahlavi (simpático ao nazismo, tanto q mudou o nome do país de Pérsia para Irã) abdica em nome de seu filho Mohammad Reza Pahlavi.
Em 1951. o primeiro-ministro Mohammad Mussadeq nacionaliza companhias petrolíferas estrangeiras, quase todas britânicas, principalmente a Anglo-Iranian Oil Company e se confronta com o xá, que abandona o Irã. Os governos ocidentais boicotam o petróleo iraniano, mas a URSS apoia o país e começa a comprar seu petróleo. No auge da crise, em agosto de 1953, Mussadeq é deposto por um golpe militar com ajuda da Grã-Bretanha e dos EUA. Mussadeq é preso e Reza Pahlavi assume poderes ditatorias e um estilo extremamente nabesco de governar. Fora a corrupção subcutânea de seu governo...
Resumindo muito é isso. O resto, 79... é a parte mais conhecida da história do país...