Projetos Recentes Marinha do Brasil

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

Moderador: Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
brisa

Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil

#1006 Mensagem por brisa » Sáb Fev 07, 2009 11:11 am

E o que que a marinha tem com a ver com o VLS???....Isto não vai causar um certo constragimento com a FAB?




Avatar do usuário
Italo Lobo
Intermediário
Intermediário
Mensagens: 321
Registrado em: Sex Mai 02, 2003 7:17 pm
Agradeceram: 28 vezes

Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil

#1007 Mensagem por Italo Lobo » Sáb Fev 07, 2009 11:12 am

Isso tá cheirando a torpedo!!! Lembram do SAAB TORPEDO 2000?




brisa

Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil

#1008 Mensagem por brisa » Sáb Fev 07, 2009 11:20 am

Sera que eles estao bolando algo como o sistema MILAS???




Avatar do usuário
Brasileiro
Sênior
Sênior
Mensagens: 9429
Registrado em: Sáb Mai 03, 2003 8:19 pm
Agradeceu: 239 vezes
Agradeceram: 548 vezes

Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil

#1009 Mensagem por Brasileiro » Sáb Fev 07, 2009 11:59 am

Gente.. não tem nada a ver com torpedos. O extrato é bem claro quando diz "motores foguetes a propelente líquido". Não deixa nenhuma dúvida.

E também não causa nenhum constrangimento, já que é o próprio IAE que estaria contratando este serviço. Quem será que melhor entende de hidrodinâmica, a Marinha ou o IAE?



abraços]




----------------
amor fati
Avatar do usuário
LeandroGCard
Sênior
Sênior
Mensagens: 8754
Registrado em: Qui Ago 03, 2006 9:50 am
Localização: S.B. do Campo
Agradeceu: 69 vezes
Agradeceram: 812 vezes

Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil

#1010 Mensagem por LeandroGCard » Sáb Fev 07, 2009 12:01 pm

Brasileiro escreveu:Caixeiro,

Não. São o início dos testes do componentes do novo motor, que será o terceiro estágio do VLS-1B.



abraços]
A MB pagando o desenvolvimento do VLS-1B ??!!??!!!

Ou o processo orçamentário do governo está uma zona total ou a MB concluiu que realmente precisa de satélites para comunicações e talvez observação naval (ou então os sub's vão ficar perdidinhos no meio do atlântico já que os P-3 são da FAB), e decidiu não esperar pela aeronáutica e dar ela mesma apoio para que tenhamos um lançador disponível para colocar estes satélites em órbita.

Não há muitos foguetes estrangeiros pequenos da classe do VLS, e de qualquer forma lançar um satélite estritamente militar de um foguete estrangeiro seria diplomaticamente complicado.

Você tem mais informações sobre isso brasileiro? Alguém???


Leandro G. Card




Avatar do usuário
LeandroGCard
Sênior
Sênior
Mensagens: 8754
Registrado em: Qui Ago 03, 2006 9:50 am
Localização: S.B. do Campo
Agradeceu: 69 vezes
Agradeceram: 812 vezes

Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil

#1011 Mensagem por LeandroGCard » Sáb Fev 07, 2009 12:03 pm

Brasileiro escreveu:Gente.. não tem nada a ver com torpedos. O extrato é bem claro quando diz "motores foguetes a propelente líquido". Não deixa nenhuma dúvida.

E também não causa nenhum constrangimento, já que é o próprio IAE que estaria contratando este serviço. Quem será que melhor entende de hidrodinâmica, a Marinha ou o IAE?



abraços]
Ah, agora antendi,

É o IAE que está contratando a MB, e não o contrário. Então tudo bem.

Leandro G. Card




Avatar do usuário
Marino
Sênior
Sênior
Mensagens: 15667
Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
Agradeceu: 134 vezes
Agradeceram: 630 vezes

Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil

#1012 Mensagem por Marino » Sáb Fev 07, 2009 12:50 pm

Não estão contratando a MB, e sim a EMGEPRON, uma empresa VINCULADA à MB.
Esta empresa foi criada pelas inúmeras dificuldades que a MB tinha em vender seus produtos, em contratar pessoal, etc. Então esta empresa é vinculada à MB, que possui certos direitos, como indicar o presidente, mas é ela que vai gerir a parte comerciável dos produtos.
A FAB já andou pensando em criar algo parecido.
Mas está usando as facilidades de poder fazer licitação, contratar gente, demitir, etc, da Emgepron.




Editado pela última vez por Marino em Sáb Fev 07, 2009 1:14 pm, em um total de 1 vez.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Avatar do usuário
Vinicius Pimenta
Site Admin
Site Admin
Mensagens: 12007
Registrado em: Seg Fev 17, 2003 12:10 am
Localização: Rio de Janeiro - RJ - Brasil
Agradeceu: 65 vezes
Agradeceram: 131 vezes
Contato:

Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil

#1013 Mensagem por Vinicius Pimenta » Sáb Fev 07, 2009 1:04 pm

Gente do céu, calma. O IAE contratou a Emgepron para gerenciar uma fase de um projeto (que no caso deve ser o estágio de combustível líquido do VLS-B, como o Brasileiro falou).

EMGEPRON: Empresa Gerencial de Projetos Navais.

O pessoal tem uma idéia errada da Emgepron. A Emgepron não projeta nem fabrica NADA. Ela GERENCIA os projetos e os COMERCIALIZA. Os projetos da MB são criados pelos Centros da MB, como o CASNAV, CTMSP, etc, tocados pelo AMRJ, etc, e são gerenciados pela Emgepron.

Em outras palavras, a Emgepron cuida da parte financeira, burocrática e legal dos projetos, ou seja gerenciando-os, enquanto libera outras unidades para a parte técnica/prática. O que, convenhamos, foi uma solução muito bem pensada.




Vinicius Pimenta

Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
Avatar do usuário
Marino
Sênior
Sênior
Mensagens: 15667
Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
Agradeceu: 134 vezes
Agradeceram: 630 vezes

Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil

#1014 Mensagem por Marino » Sáb Fev 07, 2009 1:15 pm

Vinicius Pimenta escreveu:Gente do céu, calma. O IAE contratou a Emgepron para gerenciar uma fase de um projeto (que no caso deve ser o estágio de combustível líquido do VLS-B, como o Brasileiro falou).

EMGEPRON: Empresa Gerencial de Projetos Navais.

O pessoal tem uma idéia errada da Emgepron. A Emgepron não projeta nem fabrica NADA. Ela GERENCIA os projetos e os COMERCIALIZA. Os projetos da MB são criados pelos Centros da MB, como o CASNAV, CTMSP, etc, tocados pelo AMRJ, etc, e são gerenciados pela Emgepron.

Em outras palavras, a Emgepron cuida da parte financeira, burocrática e legal dos projetos, ou seja gerenciando-os, enquanto libera outras unidades para a parte técnica/prática. O que, convenhamos, foi uma solução muito bem pensada.
[009]




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
brisa

Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil

#1015 Mensagem por brisa » Sáb Fev 07, 2009 1:20 pm

Vinicius, voce teria que negritar tambem o "projetos navais".... :roll:

Sei não....sei não....




Avatar do usuário
Marino
Sênior
Sênior
Mensagens: 15667
Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
Agradeceu: 134 vezes
Agradeceram: 630 vezes

Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil

#1016 Mensagem por Marino » Sáb Fev 07, 2009 1:21 pm

brisa escreveu:Vinicius, voce teria que negritar tambem o "projetos navais".... :roll:

Sei não....sei não....
É pq foi criada pela MB, para os produtos da MB.
Mas está se expandindo. Nada impede que preste serviço para outra FA.




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Avatar do usuário
Vinicius Pimenta
Site Admin
Site Admin
Mensagens: 12007
Registrado em: Seg Fev 17, 2003 12:10 am
Localização: Rio de Janeiro - RJ - Brasil
Agradeceu: 65 vezes
Agradeceram: 131 vezes
Contato:

Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil

#1017 Mensagem por Vinicius Pimenta » Sáb Fev 07, 2009 1:26 pm

brisa escreveu:Vinicius, voce teria que negritar tambem o "projetos navais".... :roll:

Sei não....sei não....
O fato da razão social da empresa ser um, não impede que ela desenvolva outras funções. A Emgepron foi criada com uma finalidade gerencial, esse é o importante, é a atividade-fim da empresa. "Projetos Navais" porque ela foi criada pela MB para a MB. Mas isso há muitos anos atrás. Qual seria o empecilho de um outro órgão contar com a expertise da empresa?

Se fosse assim, você não veria GE Money (conhece? é a financeira da GE, é isso mesmo, aquela que faz de turbinas a eletrodomésticos), Coca-Cola Clothing, fora os conglomerados Hyundai, Mitsubishi (que faz de canetas a caças), Grupo Votorantin que vai de cimento a Banco, e outros infinitos exemplos que todo mundo está cansado de ver mundo afora.

Nesse caso não chega nem a esse ponto. É a Emgepron, GERENCIANDO um projeto, sua atividade-fim. Só mudou o cliente. Qual é a dificuldade? :roll:




Vinicius Pimenta

Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
brisa

Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil

#1018 Mensagem por brisa » Sáb Fev 07, 2009 1:27 pm

Valeu Almirante :wink:




Avatar do usuário
talharim
Sênior
Sênior
Mensagens: 9831
Registrado em: Sex Mai 07, 2004 11:40 pm
Localização: Santos-SP
Agradeceram: 212 vezes

Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil

#1019 Mensagem por talharim » Ter Fev 10, 2009 8:54 am

COMANDO DE OPERAÇÕES NAVAIS

DIRETORIA-GERAL DO MATERIAL

ARSENAL DE MARINHA DO RIO DE JANEIRO


EXTRATOS DE CONTRATOS

Contratante: Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. Contratado: Datapool
Tecnologia Ltda. Tomada de Preços n° 3-0199/08-5. Contrato
nº 41000/09-010/00. Valor R$ 189.731,00. Crédito Orçamentário:
Projeto Z-05.2203.01.00. Objeto: Retirada, Inspeção, Limpeza, set to
work e testes de cais - Submarino Tapajó
. Data de Assinatura:
09/02/09. Prazo de Execução: 120 dias.


Contratante: Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. Contratado: MTU
do Brasil Ltda. Inexigibilidade n° 7-0393/08-1. Contrato nº 41000/09-
011/00. Valor R$ 95.069,00. Crédito Orçamentário: Projeto Z-
05.2203.01.00. Objeto: Revisão geral nos acoplamentos fluidos de
boreste e bombordo do sistema de propulsão da Corveta Julio de
Noronha.
Data de Assinatura: 09/02/09. Prazo de Execução: 60 dias.


Contratante: Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. Contratado: Revil
Recuperação de Válvulas Industriais Ltda. Tomada de Preços n° 3-
0146/08-7. Contrato nº 41000/09-017/00. Valor R$ 468.875,00. Crédito
Orçamentário: Projeto Z-05.2203.01.00. Objeto: Montagem de
válvulas, equipamentos hidráulicos e mecânicos a bordo do Submarino
Tapajós.
Data de Assinatura: 30/01/09. Prazo de Execução:
240 dias.




"I would rather have a German division in front of me than a French

one behind me."

General George S. Patton.
Avatar do usuário
Alcantara
Sênior
Sênior
Mensagens: 6586
Registrado em: Qui Jan 20, 2005 4:06 pm
Localização: Rio de Janeiro - RJ
Agradeceu: 215 vezes
Agradeceram: 248 vezes
Contato:

Re: Projetos Recentes Marinha do Brasil

#1020 Mensagem por Alcantara » Ter Fev 10, 2009 4:05 pm

Brasileiro escreveu:
Vinicius Pimenta escreveu:Notaram que detalhe mais interessante? As licitações do IAE, da FAB, sendo feitas pela Emgepron.

Por qual razão um motor foguete precisa de uma análise hidrodinâmica?
Olá Vinicius,

Note que os motores de fogute citados são de propelente líquido. E para isso são necessários diversos estudos acerca da dinâmica dos líquidos dentro dos tanques, válvulas, turbo-bombas, etc, que pode se tornar algo muito mais complexo do que pode parecer. Pra vc ter uma idéia, os testes com estes motores serão feitos inicialmente (segundo o IAE) com água, e só depois com o par combustível/oxidante.



abraços]
Vinicius Pimenta escreveu:Ah, tah, vivendo e aprendendo. Valeu! Eu interpretei hidrodinâmica como se faz um teste aerodinâmico, só que na água, lógico. Pensei no corpo do artefato e sequer pensei no "detalhe" combustível líquido. :oops:

---

Aproveitando a mensagem e só pra não perder o costume:

Menos, talharim, menos... :roll:

E quando você pensou em "um teste aerodinâmico, só que na água", pensou certo, Vinicius. :wink:

Para objetos de alta velocidade, são feitos testes hidrodinâmicos e/ou em túnel de vento. Mas porquê hidrodinâmicos se o objeto vai voar e não nadar? Por que o ar, a grande velocidade, adquire... digamos... viscosidade. Em outras palavras, o ar se comporta como uma massa líquida. O mesmo raciocínio que funciona para uma fluxo de água, funciona para um fluxo de ar.

Se procurarmos livros sobre aerodinâmica veremos lá termos como fluxo laminar, escoamento laminar, etc.
O texto que vou postar abaixo é sobre líquido, mas vejam se não serve direitinho para fluxo de ar também.



Se um fluido estiver fluindo suavemente através de um tubo, ela está em um estado de escoamento laminar. A velocidade em um dado ponto não muda no valor absoluto e na direção e sentido. Dizemos que a água está em fluindo em um estado de fluxo contínuo. Um pequeno volume do fluido se movimenta ao longo de uma linha de fluxo, e diferentes linhas de fluxo não se cruzam. No escoamento laminar a equação de Bernoulli nos diz que nas regiões em que a velocidade é maior a pressão é menor. Se as linhas de fluxo são comprimidas em uma região, a pressão é menor naquela região.

(Em gases a equação de Bernoulli pode ser aplicada a um escoamento laminar se o fluxo de velocidade for muito menor do que a velocidade do som no gás. No ar podemos aplicá-la se a velocidade for menor do que 300 km/h.)

Se um fluido com escoamento laminar flui em torno de um obstáculo, ele exerce uma força de arraste sobre o obstáculo. As forças de fricção aceleram o fluido para trás (contra a direção do escoamento) e o obstáculo para frente (na direção do fluido).

Imagem

A figura acima porde ser vista como um fluido passando por uma esfera em um sistema de referência, ou uma esfera movendo-se através de um fluido em outro sistema de referência.

Tensão superficial
De acordo com o princípio de Arquimedes, uma agulha de aço afunda na água. Porém, se colocarmos uma agulha cuidadosamente sobre a superfície da água, ela pode flutuar devido à tensão superficial - o líquido reage como se fosse uma membrana.
Uma maneira de se pensar na tensão superficial é em termos de energia. Quanto maior for a superfície, maior será a energia que está acumulada nela. Para minimizar a energia, a maioria dos fluidos assumem formas com a menor área de superfície. Esta é a razão pela qual pequenas gotas de água são redondas. Uma esfera tem a superfície de menor área possível para um dado volume. Bolhas de sabão também tendem a se formar com áreas de menor superfície (esferas).

Precisa-se de trabalho para aumentar a área de um líquido. A tensão de superfície pode ser definida como sendo esse trabalho:

tensão de superfície = Y = W/A [3.3]
onde A é a área da superfície.

Se tivermos um filme fino, e tentarmos esticá-lo, o filme resiste. A tensão de superfície também pode ser definida como a força F por unidade de comprimento L que resiste ao esticamento:

tensão de superfície = Y = F/L [3.4]

A água é usualmente utilizada para limpeza, mas a tensão de superfície dificulta a penetração da água em pequenos orifícios, como os encontrados em roupas. Quando se adiciona sabão a água, a tensão superficial é diminuida, e as roupas (ou qualquer outra coisa) são muito mais facilmente limpas.
Turbulência

Nem todo o escoamento é laminar. Em um escoamento turbulento, a água gira erraticamente. A velocidade em um dado ponto pode mudar em valor e direção. O surgimento de um escoamento turbulento depende da velocidade do fluido, sua viscosidade, sua densidade, e o tamanho do obstáculo que ela encontra. Um único número, chamado de número de Reynolds, pode ser usado para prever o surgimento de turbulência. Para o escoamento em torno de um cilindro de diâmetro D, temos que

número de Reynolds = densidade . D . velocidade / viscosidade [3.5]

O número de Reynolds não possui unidades. As unidades no lado direito da equação se cancelam. Ele aumenta com a velocidade e decresce com a viscosidade. A turbulência surge quando o número de Reynolds é maior do que cerca de 2300.

Quando há turbulência a equação de Bernoulli não é válida. Ela foi deduzida igualando-se as forças de pressão necessárias para mudar a energia potencial e a energia cinética ordenada do fluido. Sob turbulência o fluido ganha energia cinética desordenada. Mais trabalho é necessário, e uma maior diferença de pressão também é necessária, para se mover um fluido a uma determinada velocidade.

Somente recentemente os cientistas puderam ganhar uma visão mais profunda dos padrões observados em escoamento turbulento sob diferentes circunstâncias. O estudo de caos etá nos ajudando a ganhar novos caminhos de pesquisa em muitos fenômenos de turbulência, tais como variações climáticas, a atmosfera de Júpiter, etc.

Imagem
Mancha vermelha de Júpiter. Explicada pela teoria de caos?

A figura abaixo mostra o fluxo de ar passando por um cilindro a medida que a velocidade do ar aumenta, e portanto o número de Reynolds aumenta. Nas figuras 1 - 3 o número de Reynolds é menor que 2000, na figura 4 é aproximadamente 10000, e na figura 5 é acima de 100000. As primeiras duas figuras mostram o escoamento laminar em pequenas velocidades. O ar diretamente antes e atrás do cilindro param. A pressão é maior nesse ponto. Mas, a força resultante sobre o cilindro devido a diferença de pressão no cilindro é aproximadamente zero. Não existe pressão de arraste.

Imagem

Na figura 4 vórtices de turbulência se formaram. O ar atrás do cilindro não diminui de velocidade e a pressão decresce atrás do cilindro. Devido à alta pressão na frente do cilindro, ele sofre uma pressão de arraste. Isto acontece para um número de Reynolds de aproximadamente 2000 a 100000.
A pressão de arraste é muito maior do que a resitência devido a viscosidade. Ela pode decrescer rapidamente a velocidade com que um objeto se move através do fluido. Um objeto lançado, às vezes parece parar no meio do ar e cair verticalmente para o solo. Se pode observar isso claramente lançando-se com força um balão cheio de ar.

À medida com que a velocidade do ar aumenta e o número de Reynolds se torna maior do que 100000, uma região turbulenta se forma. As linhas de força se separam do cilindro e envolvem a camada de turbulência, como mostra a figura 5. Temos algo similar a um escoamenteo laminar em torno do objeto de uma forma diferente. A pressão atrás do objeto aumenta novamente e a pressão de arraste é drasticamente reduzida. Por isso, a melhor maneira de diminuir a resistência devido à turbulência pode ser aumentar a velocidade do objeto no fluido, por exemplo um avião.

O número de Reynolds de um objeto movendo-se a uma dada velocidade depende da condição de sua superfície. Quanto mais rugosa for sua superfície, maior será o número de Reynolds. A superfície de bolas usadas em alguns esportes são intencionalmente rugosas. Bolas de golfe possuem relevos, bolas de tenis possuem ar, etc. Isto aumenta o número de Reynolds, de modo que se ele pode ser maior do que 100000, mesmo a pequenas velocidades. Deste modo, a pressão de arraste pode ser grandemente eliminada, e somente o arraste de viscosidade age sobre a bola.

Imagem

A forma de um objeto pode redirecionar o fluxo de ar, produzindo empuxo. Objetos simétricos que giram também podem produzir empuxo. Mesmo para um escoamento laminar, uma fina camada de ar existe perto do objeto que não se move em relação ao objeto. Uma camada fina de ar próxima a uma bola que gira, gira junto com a bola. À medida que a distância da bola aumenta, a velocidade do ar muda, de modo que o fluxo de ar em torno de uma bola exibe padrões na forma que mostra a figura abaixo.

Imagem

Se a bola gira no sentido dos ponteiros do relógio, como mostra a figura, o ar se move mais rápido no topo da bola. A pressão no topo é menor do que a pressão na parte de baixo da bola, e existe uma força resultante para cima sobre a bola. Essa é a chamada força de Magnus. Note que a maneira de analisar a situação aqui é: (1) a bola arrasta uma porção de ar próximo à sua superfície; (2) a bola da figura acima está se deslocando para a esquerda. Logo, a velocidade do ar proxima à bola é a velocidade do fluido somado à velocidade do fluido que gira em torno da bola. Ela é portanto maior no topo do fluido; (3) usando a equação de Bernoulli, a pressão é menor no topo do que em baixo. Logo, existe uma força de empuxo, ou força de sustentação, puxando a bola para cima.
Nota: A direção da força de empuxo depende da direção em que a bola gira. A força de empuxo não tem que ser sempre para cima.

Regiões turbulentas também podem ser formar. Os vórtices atrás da bola podem ser defletidos já que a bola puxa o ar consigo. Isto novamente pode causar numa força para cima.

Imagem

Para a asa de um avião, a força de empuxo depende da forma da asa e no ângulo de ataque (ângulo que a asa fica inclinada). Formas que produzem mais empuxo também produzem mais arraste e isto é importante no projeto de um avião.

Imagem

Quando a velocidade do ar cai a uma velocidade crítica, (isto é, o número de Reynolds cai abaixo de aproximadamente 100000), uma forte turbulência se desenvolve. A asa perde todo o empuxo, e a pressão cai dramaticamente. O avião despenca, e sem a intervenção do piloto, ele cai direto ao solo.

Imagem



As instalações são semelhantes ao de um túnel de vento.


Imagem Imagem




Editado pela última vez por Alcantara em Ter Fev 10, 2009 5:06 pm, em um total de 1 vez.
"Se o Brasil quer ser, então tem que ter!"
Responder