Bolívia

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Junker
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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#511 Mensagem por Junker » Qui Jan 15, 2009 11:32 pm

Bolívia quer pedir aos EUA apoio logístico para erradicar coca

La Paz, 14 jan (EFE).- O Governo da Bolívia pretende pedir à divisão antinarcóticos da Embaixada dos Estados Unidos (NAS) apoio logístico para os trabalhos de erradicação de cultivos ilegais de coca na região de Yungas, no trópico de La Paz, confirmaram hoje à Agência Efe fontes do Ministério da Defesa.

O ministro da Defesa, Wálker San Miguel, disse que as brigadas de erradicação de coca "necessitam de mais equipes, veículos e helicópteros", e para isso seu Governo espera contar com a cooperação americana.

O Executivo boliviano pretende "negociar a cooperação com o Governo dos EUA através da agência NAS", que, segundo o ministro, "continuará apoiando a Bolívia, embora aparentemente com algumas reduções".

As relações entre os dois países se encontram em um de seus momentos mais frios, desde que em setembro do ano passado, Morales expulsou o embaixador americano, Philip Goldberg, depois de acusá-lo de conspiração.

Washington respondeu com a mesma medida contra o embaixador Gustavo Guzmán, e posteriormente cancelou à Bolívia os benefícios tarifários que concede aos países da região andina como compensação em seus esforços contra o narcotráfico.

EFE




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Edu Lopes
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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#512 Mensagem por Edu Lopes » Sex Jan 16, 2009 10:16 am

Brasil vai ceder helicópteros militares à Bolívia

RODRIGO VARGAS
da Agência Folha, em Arroyo Concepción (Bolívia)
FABIANO MAISONNAVE
enviado especial da Folha de S.Paulo a Maracaibo (Venezuela)


O governo brasileiro vai ceder quatro helicópteros militares à Bolívia para reforçar as ações de fiscalização e combate ao narcotráfico na fronteira. Segundo o Ministério da Defesa, as aeronaves, usadas, serão submetidas à revisão e entregues sem custo ao governo boliviano, que se encarregará da manutenção dos aparelhos.

Em discurso ontem na localidade de Arroyo Concepción, na Bolívia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que os dois países estão "aprofundando a cooperação nas áreas policial e de defesa".

"Em atenção ao pedido do presidente Evo Morales, o Brasil se dispõe a ceder helicópteros para reforçar o controle e proteção de nossas fronteiras."

O presidente Evo Morales agradeceu a ajuda brasileira e disse que não aceitará nenhuma base militar estrangeira na Bolívia. "O nosso objetivo é regionalizar a luta contra o narcotráfico", disse Morales.

Os helicópteros brasileiros foram cedidos inicialmente até dezembro deste ano, com possibilidade de renovação.

Apesar de os dois presidentes terem falado apenas em combate ao narcotráfico, os helicópteros brasileiros também devem ser usados para transporte de autoridades, segundo a Folha apurou. Eles substituirão aeronaves venezuelanas também emprestadas a La Paz, mas tidas como pouco confiáveis. Em julho, um Super Puma cedido pelo governo Hugo Chávez caiu horas depois de ter transportado Morales. Todos os cinco tripulantes morreram.

O acordo faz parte do recente pedido de ajuda da Bolívia ao Brasil na área do narcotráfico depois que Morales expulsou a DEA, a agência norte-americana de combate ao narcotráfico.

Com a saída da DEA, a Bolívia deve perder toda a ajuda norte-americana, o que representa US$ 28 milhões anuais para financiar ações policiais (90% do orçamento total) e dez helicópteros cedidos, entre outras formas de ajuda.

O Brasil é o principal consumidor da cocaína da Bolívia. Segundo dados oficiais, ao menos 65% da droga produzida lá tem como destino as ruas brasileiras, principalmente São Paulo. Por outro lado, menos de 1% chega ao território norte-americano, abastecido principalmente pela Colômbia.


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/bras ... 0644.shtml




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Sterrius
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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#513 Mensagem por Sterrius » Sex Jan 16, 2009 6:14 pm

Infelizmente se o Brasil não ocupar o espaço que a saida americana vai causar o consumo de drogas aqui vai aumentar bastante :/ .

Mas bem que podia cobrar uns alugueis pelos helicopteros.. mesmo que fosse apenas pra dizer que ta cobrando. :?




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Marino
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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#514 Mensagem por Marino » Sáb Jan 17, 2009 10:41 am

FSP:

Editoriais
Lula na Bolívia

Apoio econômico e político ao governo de Evo Morales deveria ser mais cauteloso e exigir o fim de hostilidades

EM VISITA , à Bolívia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a manifestar apoio ao colega Evo Morales. Para o brasileiro, Morales representa a "refundação democrática" do país. A cortesia acontece em momento estratégico. Um referendo marcado para o dia 25 pode aprovar a nova Constituição boliviana, selando o projeto político de Morales.

O texto da Carta tem apoio parcial da oposição e foi elaborado após conflito que causou pelo menos 18 mortes. O acordo foi possível depois que Morales recuou de sua proposta continuísta e aceitou concorrer a apenas uma reeleição, em pleito previsto para dezembro.

Para Morales, o apoio do Brasil neste momento é essencial, pois assegura um mínimo de receitas com exportação do gás natural. Além dos reservatórios das hidrelétricas estarem em níveis favoráveis, a indústria brasileira, por conta da crise, reduziu o consumo diário desse combustível. A demanda das termelétricas que usam o gás boliviano também caiu. Diante disso, Brasília anunciou a redução da importação de 31 milhões de m3 para 19 milhões de m3 diários do combustível boliviano.

O anúncio assustou o governo Morales. Atendendo a um pedido das autoridades bolivianas, o governo brasileiro recuou e decidiu manter a importação diária de 24 milhões de m3. Trata-se de uma má notícia para os consumidores brasileiros, que vão financiar a ajuda. Segundo a Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia, serão gastos R$ 26 milhões por semana para manter ligadas três térmicas que utilizam o gás importado.

É razoável que os acordos comerciais tenham salvaguardas contra mudanças bruscas que poderiam prejudicar uma das partes, mas claramente a opção brasileira se deveu a motivações políticas. Os contratos entre os dois países já prevêem uma remuneração mínima à Bolívia, que poderia ser atendida mesmo com a redução temporária anunciada inicialmente.

Reforçar os laços comerciais e estimular a economia boliviana são interesses do Brasil. Mas não se deve desconsiderar a lógica econômica nessas relações. Além disso, as manifestações oficiais brasileiras precisariam assumir um tom mais cauteloso, já que o histórico do presidente boliviano combina tentação autoritária com hostilidade aos interesses brasileiros -como foi o caso da ocupação militar das instalações da Petrobras.

Até o momento, o Palácio do Planalto tem sido complacente com tais provocações, embora as cartadas ultranacionalistas de Morales já tenham mostrado seu custo ao país -sob a forma de investimentos que deixaram de ser realizados. Resta esperar que o presidente boliviano abandone o radicalismo e a inconstância nas suas relações com o Brasil.

Reveses recentes para a política externa brasileira na América do Sul desaconselham o excesso de confiança.




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#515 Mensagem por Marino » Dom Jan 18, 2009 11:12 am

A Petrobrás é a nossa esperança.
Do Globo:

'Importar gás da Bolívia, só se for preciso'

Petrobras busca alternativa para excedente e admite que pode comprar menos que o acertado com os bolivianos

Ao contrário da oferta apertada de gás natural enfrentada pelo país nos últimos dois anos, hoje o produto está sobrando. A Petrobras tem capacidade de oferecer ao mercado interno cerca de 61 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural, dos quais 30 milhões importados da Bolívia. Até abril a oferta aumentará, com a conclusão dos projetos do Plangás. Mas o consumo neste mês está em 40 milhões de metros cúbicos.

O que fazer com os excedentes é a luta diária da diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster. Com a demanda fraca, ela admite que a Petrobras pode ter que comprar da Bolívia menos que os 24 milhões de metros cúbicos por dia acertados entre os dois países.




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#516 Mensagem por Junker » Dom Jan 18, 2009 9:11 pm

Odebrecht planeja investir US$ 1,5 bi na Bolívia
18/1/2009

A Odebrecht voltará a discutir com o governo da Bolívia a instalação, no país, de um pólo gás-químico da Brasken, para industrializar o gás boliviano, segundo decidiram, em almoço, ontem, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Evo Morales, com o presidente da empresa, Marcelo Odebrecht.

Na próxima semana, a Braskem enviará à Bolívia uma missão técnica para discutir com o governo local as condições de instalação do pólo, que depende de garantias de fornecimento regular de gás pelos bolivianos, e representa um investimento de até US$ 1,5 bilhão.

"Tenho a esperança de que se Deus ajudar, ainda este ano, se a Braskem, a Petrobras e a YPFB se colocarem de acordo, nós poderemos estar aqui lançando o extraordinário projeto gás-químico entre Corumbá e Puerto Suárez, para dar à Bolívia um potencial industrial", comentou Lula, ao falar à imprensa sobre o encontro. "Em torno de uma indústria gás-química, dezenas de outras pequenas empresas se juntarão e possivelmente a gente possa viver algum tempo para ver tanto a região da Bolívia como essa região do Brasil se desenvolverem de forma extraordinária", disse.

Tomada discretamente durante o encontro dos dois presidentes, ontem, a decisão de retomada das negociações para o pólo gás-químico, com possível financiamento do BNDES, foi acompanhada de outros sinais de reatamento das relações entre os dois governos, que enfrentaram atritos em 2008 devido a ameaças a imigrantes brasileiros na fronteira e queixas contra a frustração de investimentos da Petrobras. Lula deu apoio explícito a Morales, em defesa da polêmica Constituição boliviana que será submetida a referendo no dia 25.

Ajudou a criar um bom clima no encontro a decisão do ministro da Energia, Edison Lobão, na semana passada, de manter a compra de 24 milhões de metros cúbicos de gás boliviano, mesmo após a recomendação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico para cortar a demanda, para 19 milhões. Durante reunião com três ministros enviados por Morales, na sexta-feira, Lobão recebeu um ofício do Operador Nacional de Sistema indicando a religação de três usinas termelétricas, o que, segundo o ministro, permitiu elevar as compras do gás para o patamar reivindicado pelos bolivianos.

Morales, segundo Lula, prometeu ao governo brasileiro que "não faltará gás" ao Brasil. Lula garantiu que a Petrobras manterá o programa de investimentos de US$ 1,1 bilhão. "Espero que daqui para a frente a gente não tenha mais tormentas nessa questão do gás", disse Lula. Nas conversas reservadas dos dois, Lula chegou a cobrar de Morales o fim de um imbroglio jurídico que dificulta a doação de tratores brasileiros ao país. A doação depende de que a Bolívia quite uma pequena dívida com o Brasil que, por um acordo já firmado, seria abatida com a doação de terrenos para a representação diplomática brasileira. O negócio está parado pela burocracia e Morales prometeu resolver.

No encontro, marcado para inaugurar o trecho de estrada binacional que servirá ao futuro corredor interoceânico, de São Paulo a Iquique, no Chile, Lula acertou ainda com Morales maior cooperação no combate ao narcotráfico e anunciou o empréstimo de helicópteros brasileiros para a tarefa.


Por Valor Econômico




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#517 Mensagem por rodrigo » Dom Jan 18, 2009 11:35 pm

Brasil vai ceder helicópteros militares à Bolívia
PQP, tá sobrando!? Não tomam conta das estradas aqui do nosso lado da fronteira e vamos CEDER helicópteros à Bolívia? Daqui a pouco vão ceder um R-99B. A Bolívia podia colaborar, proibindo o plantio de coca, ao invés de patrocinar.




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#518 Mensagem por cvn73 » Sáb Jan 24, 2009 6:40 pm

24/01/2009 - 16h11
Petrobras pode ser afetada com nova Constituição na Bolívia

MARCIA CARMO
da BBC Brasil, em La Paz
As petroleiras com investimentos na Bolívia --inclusive a Petrobras-- poderão ter que voltar a negociar com o governo do presidente, Evo Morales, caso o projeto da nova Constituição seja aprovado no referendo deste domingo, segundo analistas entrevistados pela BBC Brasil.

De acordo com o jurista Ramiro Moreno Baldivieso, professor de Direito da Universidade Mayor de San Andrés, em La Paz, o Brasil --o principal investidor do setor no país-- "terá que ter paciência" com a Bolívia caso a nova Constituição seja aprovada.

"O projeto da Constituição diz que as petroleiras serão prestadoras de serviço e também que não poderão recorrer, em nenhuma situação, aos tribunais internacionais e às reclamações diplomáticas", explicou Baldivieso.

"A lei de hidrocarbonetos em vigor, que é de 2005, e o decreto de nacionalização assinado pelo presidente Evo Morales, em 2006, não dizem isso", afirmou Baldivieso, em entrevista à BBC Brasil.

Vazio legal

A lei atualmente em vigor estabelece três tipos de contratos com as petroleiras, segundo o jurista: de operação, de produção compartilhada e de associação. Já o decreto de nacionalização afirma que as petroleiras devem "entregar sua produção" à estatal YPFB, que é responsável por sua comercialização.

Em nenhum dos documentos, no entanto, surge a expressão "prestadoras de serviço" e o "não reconhecimento" das apelações aos tribunais internacionais ou de queixas diplomáticas, como acontece no projeto Constitucional que será votado no domingo.

Para Baldivieso, esta contradição entre a legislação em vigor e a do projeto constitucional é um dos exemplos das "complicações jurídicas" ou do "vazio legal" que pode ocorrer caso o "sim" vença no referendo.

Segundo ele, as contradições do novo texto constitucional precisarão ser solucionadas no Congresso Nacional boliviano.

Estima-se que pelo menos cem leis estão na mesma situação, e precisarão ser adaptadas pelo Congresso.

Retrocesso

Para o economista especializado em assuntos energéticos Carlos Alberto López, a nova Constituição, se for aprovada, pode desrespeitar acordos internacionais assinados pela Bolívia.

"Ao não permitir a arbitragem internacional, para casos de expropriação, por exemplo, serão desrespeitados mais de trinta acordos bilaterais de investimentos", disse López.

Já Ramiro Moreno Baldivieso afirma que, ao rejeitar a arbitragem internacional, a Bolívia está "retrocedendo um século", quando os acordos na região não previam esta intervenção legal.

Ao mesmo tempo, assessores da Câmara de Hidrocarbonetos, que reúne as petroleiras com investimentos no país, afirmam que existem "muitos itens" do projeto de Constituição que "preocupam" as empresas do setor.

"O projeto coloca mais travas, mais obstáculos para os investidores. Além de falar em prestação de serviços, afirma-se, no artigo 362, que, em nenhum caso, a associação das petroleiras privadas com o Estado poderá significar perdas para a estatal YPFB ou para próprio Estado. Ou seja, se perdas ocorrerem, deverão ser assumidas apenas pelo setor privado. Assim fica difícil", disse um assessor da Câmara de Hidrocarbonetos.

Outro artigo que gera preocupação, segundo Carlos Alberto López, é o que afirma que a exploração de recursos naturais "em determinado território" dependerá de um processo de consulta à "população afetada."

Segundo o especialista, mesmo que isto não esteja escrito de forma explícita na nova Carta, o artigo pode suscitar interpretações de que a palavra final sobre um contrato de exploração poderá estar nas mãos de comunidades indígenas.




unanimidade só existe no cemitério
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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#519 Mensagem por Sterrius » Sáb Jan 24, 2009 11:57 pm

Bolivia ta realmente querendo se matar né? Ao inves de tiro no pé resolveu agora atirar na garganta. :shock:




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#520 Mensagem por Quiron » Dom Jan 25, 2009 9:42 am

Não aceitar arbitragem internacional é aviso de que vão confiscar tudo quando bem entendam. Vão aprovar, vão nos atropelar e nós vamos aceitar tudo depois de alguns discursos de resistência iniciais e ainda os recompensaremos com linhas de crédito do BNDES e aumentos na compra de gás.




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irlan
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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#521 Mensagem por irlan » Dom Jan 25, 2009 12:31 pm

Corte Eleitoral da Bolívia abre referendo sobre nova Constituição
9 minutos atrás

La Paz, 25 jan (EFE).- A Corte Nacional Eleitoral (CNE) da Bolívia deu início hoje ao referendo sobre a nova Constituição do país, para o qual estão convocados mais de 3,8 milhões de bolivianos.

Na consulta, a população vai dizer se aceita ou não o texto constitucional defendido pelo presidente Evo Morales, que propõe uma Bolívia plurinacional, voltada para a integração indígena e social, com autonomias e com uma economia "estatizada".

Antes de votar em uma escola do Chapare, no centro do país, Morales disse que, pela primeira vez na história, um texto é levado a referendo na Bolívia.

Em declarações a uma emissora de rádio dos cocaleiros, Morales pediu ao povo que vote "conscientemente".

Na abertura da jornada de votação, o presidente da CNE, José Luis Exeni, disse em La Paz que hoje termina a fase iniciada em 1990, quando indígenas do leste do país organizaram uma manifestação para pedir uma nova Constituição.

O referendo deste domingo na Bolívia acontece em 2.816 colégios eleitorais. As urnas ficarão abertas por oito horas, até as 16h (18h de Brasília).




Na União Soviética, o político é roubado por VOCÊ!!
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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#522 Mensagem por WalterGaudério » Dom Jan 25, 2009 1:35 pm

irlan escreveu:Corte Eleitoral da Bolívia abre referendo sobre nova Constituição
9 minutos atrás

La Paz, 25 jan (EFE).- A Corte Nacional Eleitoral (CNE) da Bolívia deu início hoje ao referendo sobre a nova Constituição do país, para o qual estão convocados mais de 3,8 milhões de bolivianos.

Na consulta, a população vai dizer se aceita ou não o texto constitucional defendido pelo presidente Evo Morales, que propõe uma Bolívia plurinacional, voltada para a integração indígena e social, com autonomias e com uma economia "estatizada".

Antes de votar em uma escola do Chapare, no centro do país, Morales disse que, pela primeira vez na história, um texto é levado a referendo na Bolívia.

Em declarações a uma emissora de rádio dos cocaleiros, Morales pediu ao povo que vote "conscientemente".

Na abertura da jornada de votação, o presidente da CNE, José Luis Exeni, disse em La Paz que hoje termina a fase iniciada em 1990, quando indígenas do leste do país organizaram uma manifestação para pedir uma nova Constituição.

O referendo deste domingo na Bolívia acontece em 2.816 colégios eleitorais. As urnas ficarão abertas por oito horas, até as 16h (18h de Brasília).
Muito bom exemplo o Brasil dá CS da ONU praticamente chancelando as 18 mortes nos conflitos do ano passado. E ainda vamos permitir que nossas empresas injetem dinheiro neste poço sem fundo de Bolívia Bolivarianista.




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#523 Mensagem por Alcantara » Ter Jan 27, 2009 10:39 am

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domingo, 25 de janeiro de 2009, 19:19 | Online
Encerrado referendo sobre nova constituição na Bolívia
Agencia Estado

LA PAZ - Foi encerrado há pouco o referendo sobre uma nova constituição na Bolívia, que pretende conceder ao Estado controle total da economia e aumentaria o poder do povo indígena - que é maioria.

O presidente Evo Morales deve vencer a disputa depois de um índice de 67% de aprovação em agosto de 2008 no plebiscito sobre seu governo, e graças ao apoio decisivo dos seis milhões de ameríndios que vivem no país.

O principal estímulo da revisão constitucional é dar um maior poder político, junto com a receita da indústria vital de gás natural, para a maioria indígena.

:idea: http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 2794,0.htm




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#524 Mensagem por Alcantara » Ter Jan 27, 2009 10:53 am

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27 de Janeiro de 2009 | Atualizado às 10:44h

terça-feira, 27 de janeiro de 2009, 09:19 | Online
Vitória apertada complica governabilidade de Evo Morales
Mesmo com 60% dos votos, aprovação da Constituição reforça divisão com vitória do 'não' em região opositora

Agências internacionais

LA PAZ - Apesar de ter conseguido respaldo para sua Constituição, uma vitória apertada do presidente boliviano, Evo Morales, pode prejudicar sua governabilidade. Pesquisas apontam que, ainda que consiga cerca de 60% dos votos a favor da nova Carta Magna, Evo foi derrotado na região opositora do país chamada de Meia Lua, acirrando a divisão no país. Evo Morales já rejeitou a proposta de "pacto político" apresentada pela oposição para "revisar o texto da Carta". Num discurso na cidade de Cochabamba, Evo disse que só está disposto a discutir a "aplicação da nova Carta", sem nenhuma modificação.

Veja também:
Entenda os pontos polêmicos da nova Constituição da Bolívia

Do ponto de vista de Evo, a vitória é suficiente, mas complicada, porque o governo perdeu vantagem sobretudo nas zonas urbanas. Segundo dados do jornal El País, a nova Constituição conseguiu aprovação massiva nas áreas rurais e campesinas (82% a favor), mas nas cidades o apoio foi muito menos (52%), porque o novo projeto despertou fortes receios na pequena classe média mestiça. A vitória do "não" nos departamentos de Pando, Beni, Santa Cruz e Tarija - Chiquisaca ainda está indefinido - dará forças para a oposição, abatida pelo péssimo resultado que obteve no referendo revogatório de mandatos. Este plebiscito mostrou que a região não está derrotada e que reforçou seu poder no Oriente, deixando claro que Evo pode ter maioria no país, mas não hegemonia territorial.


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A nova Constituição amplia o controle do Estado sobre a economia, proíbe os latifúndios e permite uma reeleição para presidente - o que abrirá a possibilidade de que Evo se apresente como candidato nas próximas eleições gerais, que devem ser convocadas para dezembro. Ela amplia os direitos (para alguns, privilégios) dos indígenas bolivianos, o que, segundo a oposição, lhe dá um caráter segregacionista. Seu texto também prevê a concessão de mais autonomia para os Departamentos, com a eleição de legislativos locais, mas não chega perto de atender todas as demandas das regiões opositoras - que queriam cobrar impostos e definir políticas nas áreas de saúde, educação e segurança.

Evo pretende reunir-se nesta terça com seus ministros e vice-ministros para elaborar um plano para a aplicação da nova Carta. Segundo o ministro de Defesa, Hector Arce, o governo quer acelerar a entrada em vigor das autonomias previstas pela nova Constituição - além da departamental há também a municipal e a indígena. Ele diz que o primeiro passo nesse processo deve ser a criação do Conselho Nacional Autonômico, com representação nacional e regional. No ano passado, os quatro departamentos opositores aprovaram estatutos autonômicos em consultas populares não reconhecidas por La Paz.

Logo após divulgados os resultados das pesquisas, Evo fez um discurso relativamente conciliador. Os governadores opositores Rubén Costas, de Santa Cruz, e Mario Cossío, de Tarija, reconheceram a vitória do "sim", mas pediram um novo "pacto social" para revisar o texto da Carta. Seu argumento é de que as populações de Santa Cruz, Beni, Pando e Tarija não aceitarão as mudanças. "O governo não tem condições de impor como bem entender o texto constitucional. Está obrigado a construir pactos", disse Cossío. Evo descartou a possibilidade, afirmando que só está disposto a discutir a "aplicação da nova Carta", sem nenhuma modificação.


Mensagem de Obama
Evo Morales qualificou de "encorajadora" a mensagem de felicitação que recebeu do governo Barack Obama após o referendo realizado no domingo sobre a nova Constituição. "Esperamos que essa mensagem permita que se respeite a vontade soberana do povo e também aprofunde a democracia como estamos fazendo na Bolívia", destacou. O chefe de Estado boliviano lembrou que com o governo George W. Bush existiram "muitos problemas" e que o novo Executivo americano deve respeitar essa decisão democrática. "Sinto que é uma mensagem que vai respeitar as decisões tomadas pelo governo boliviano", assinalou.




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rodrigo
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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#525 Mensagem por rodrigo » Ter Abr 07, 2009 7:41 pm

Preço do gás boliviano cai mais de 40%

Enquanto no Brasil o gás natural boliviano é considerado caro pelos empresários, no país vizinho a queda brusca do preço de seu principal produto de exportação está levando o governo Evo Morales a rever o Orçamento deste ano e a recorrer às reservas internacionais para compensar a queda de arrecadação. O valor baixo deve aumentar a pressão de La Paz sobre a Petrobras para que aumente suas compras de gás, bastante reduzidas ao longo dos últimos meses.

Segundo o Ministério de Hidrocarbonetos, a partir de abril a arrecadação com a venda de gás ao Brasil e à Argentina -os dois únicos compradores da Bolívia- caiu mais de 40% com a entrada em vigor do novo preço, calculado trimestralmente com base em cesta de óleos combustíveis composta por um óleo pesado e dois óleos leves.

A partir de agora, a Petrobras passa a pagar US$ 4,34 por milhão de BTU (unidade térmica britânica que mede o poder calorífico do combustível), segundo cálculo do analista de energia boliviano Carlos Miranda. O valor representa uma queda de 44% em relação ao último trimestre do ano passado, quando estava em US$ 7,85.

O valor pago à Bolívia é bem menor do que o comercializado atualmente para a indústria em São Paulo -US$ 12,36 por milhão de BTU, segundo levantamento da empresa de embalagens de vidro Owens-Illinois. O preço, mais do que o dobro do praticado em países como EUA e México, é considerado alto pelo setor industrial, que reclama da falta de transparência da Petrobras para justificar o valor. Assinante do jornal leia mais em: Preço do gás boliviano cai mais de 40%

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/




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