Bolívia

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WalterGaudério
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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#466 Mensagem por WalterGaudério » Seg Dez 29, 2008 7:39 pm

rafafoz escreveu:
PF vai assumir combate ao tráfico na Bolívia

A Polícia Federal (PF) do Brasil vai assumir o controle do combate ao tráfico de armas e drogas na Bolívia, país apontado pela Organizações das Nações Unidas (ONU) como o terceiro maior produtor mundial de cocaína, atrás de Colômbia e Peru. A decisão, firmada em acordo entre os dois governos, foi tomada depois que o presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou, em outubro, a expulsão do departamento antidrogas dos Estados Unidos, o Drug Enforcement Administration (DEA), de seu território em novembro. De acordo com o Ministério da Justiça, a PF vai atuar desde a destruição de plantações até a abertura de inquéritos contra os grupos criminosos.

Pela nota conjunta, assinada pelos ministros da Justiça dos dois países, Tarso Genro e Celina Torrico, a participação do Brasil no combate ao tráfico na Bolívia não vai se restringir ao fornecimento de informações, prática habitual entre os países do continente. "Estamos buscando uma cooperação muito forte, reforçando nosso efetivo na fronteira, para que se possa combater o tráfico de drogas e armas", explicou Genro.

Este tipo de ação seria importante, por exemplo, para evitar que armas cheguem para traficantes do Rio. Segundo dados das forças de segurança do estado, em dois anos foram apreendidas 32 metralhadoras ponto 30 com brasão do exército boliviano desviadas de unidades militares daquele país.

A Bolívia também é origem de 50 t de cocaína que chegam anualmente ao Brasil, como mostrou O Dia na série de reportagens 'Da Folha ao Pó', com base em dados do Departamento de Narcóticos da Bolívia e do Relatório Anual da ONU sobre as drogas na América Latina.

O acordo firmado entre os dois governos prevê a atuação da PF em território boliviano também na repressão ao tráfico, já que o plano inclui a destruição de pistas de pouso, plantações de coca e laboratórios de refino. "O Brasil pretende produzir levantamentos das plantações ilegais. Vamos fazer desde o monitoramento por satélite até o reforço de nossas fronteiras", afirmou o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto Teles.

Uma das medidas possíveis é o uso de satélites para identificar os alvos, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Outra ação prevista é a vigilância aérea com aeronaves não-tripuladas.

O interesse do Brasil é conter o avanço do tráfico e dificultar o uso de estradas brasileiras para transporte de drogas. Depois da Lei do Abate, que possibilita à Força Aérea Brasileira atacar aviões suspeitos, o transporte de drogas cresceu por via terrestre, tornando o Brasil uma rota preferencial. Para que as medidas sejam implementadas, ainda é necessária a oficialização do acordo, com as assinaturas dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Evo Morales, o que está previsto para acontecer em 2009.

Presidente boliviano quer conter expansão de lavouras
Há dois meses, o presidente Evo Morales anunciou que o departamento antidrogas dos Estados Unidos, o Drug Enforcement Administration (DEA), não mais atuaria em ações contra o plantio e o tráfico de drogas no território boliviano. Ele acusou seus agentes de espionagem e de financiarem "grupos criminosos" que tentaram acabar com seu governo, conspirando contra ele junto com seus opositores. Sem dar detalhes, Morales também acusou o departamento americano de tentar grampear seu telefone e o de seu vice, Álvaro García Linera.

Ao convidar o Brasil, através da PF, para combater o tráfico na fronteira, o presidente boliviano, ex-cocalero - plantador de arbustos de coca com fins legais, usada em rituais indígenas e na produção de medicamentos -, afirmou que é contra o tráfico de cocaína. Morales se posicionou afirmando que é a favor da política da cocaína zero, mas contra a da "coca zero". Em vez da erradicação total das plantações, como queriam os americanos, a ordem na parceria com o Brasil será controlar a expansão das lavouras de coca.

Para o governo brasileiro, o acordo com a Bolívia faz parte de uma estratégia regional para se tornar uma liderança de sucesso dentro do setor de Segurança Pública e se projetar politicamente na América do Sul.

O Dia

http://noticias.terra.com.br/brasil/int ... livia.html
Eu estou tendo muita dificuldade para formar opnião a respeito disso. A o DPF atuar em solo boliviano...? tem que custurar uma blindagem jurídica muito frte para não dar M&¨% para algum agente brasileiro.

O Min. da Justiçã brasileiro com o orçamento do DPF brasileiro e da SNAD vai tentar fazer o que a DEA não conseguiu. E aí qdo a ONU fizer aquele relatório anual dos entorpecentes, o Brasil vai ser responsabilizado pelo que deu errado na Bolívia?

Se for um jeito empurrar armas para a Bolívia até que não é má idéia. A HELIBRAS já deve etar comemorando a venda de alguns esquilos B3 para os Bolivianos..., aí talvez a coisa pode ficar mais palatável




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#467 Mensagem por rafafoz » Ter Dez 30, 2008 12:11 pm

Adriano Mt escreveu:
rafafoz escreveu:Bem por um lado é bom, que abre concurso para a PF :D.

E ter a polícia federal na Bolívia vai interferir no que para o Brasil? Tirando o lado do combate ao tráfico de drogas e armas.

Mais na questão de polícias, bem devo citar aqui em Foz do Iguaçu o excelente trabalho que a Receita Federal do Brasil faz superiores aos das polícias (incluindo Federal, Civil e Militar).

A Receita age praticamente como policia aqui no combate a produtos ilícitos e armas e suas respectivas munições. Apesar de que a Polícia Federal também faz um bom trabalho, mais eu destacaria aqui o trabalho da Receita.
Trabalho da receita ?
Cara falar a verdade , ai é um buraco sem fim , eu mesmo ja cansei de comprar aparelhos no paraguai e passar para o brasil sem problemas , muita gente passando nesta ponte , nem se a receita quiser não da conta .
A única restrição fica para embarca de ônibus , mas quem vai com seu carrinho e tem um pouco de raciocino passa sem problemas até o paraná ou SP.
Agora imagina , eu que vou uma ou duas vezes no ano para atualizar alguma coisa , acho fácil .
Os traficantes , muambeiros , laranjas e afins o que devem achar?
A PF deveria ter o dobro ou mais de efetivo e a receita ter mais 2 a 3 postos ao longo da rodovia e mesmo assim é difícil heim.
Inclusive o notebook que escrevo no momento é dai um sony VAIO sem nota adquirido na NAVE NET .... Conheces ?
Ai você zuo heim, cara como você quer que a receita fiscalize 30 mil pessoas por dia? (em dias bem movimentados).
A alguns anos antes de ser instalada a Super Receita, já teve casos de ultrapassar de 50 mil pessoas DIÁRIAS, passando pela fronteira, você acha que um número de 300 a 400 servidores públicos, a receita consegue fiscalizar todos? se você falar que sim, eu recomendarei que quando vier de novo para cá, pule da ponte. :).
E os Servidores da busca (o que fiscalizam as estradas rurais, favelas, lago de itaipu, entre outros) que não passam de 30, tem uma área de atuação, onde vai de Foz do Iguaçu, Santa Terezinha, São Miguel, Medianeira e outras cidades que não me recordo.
É uma área muito grande, e você ainda desqualifica o serviço deles?, com um número tão reduzido?.
Acho que se tem alguém errado é você, por não declarar e pagar o Darf (imposto), e não os servidores. A fiscalização é falha, concordo passa muita coisa, mais a receita tenta sim fiscalizar tudo, pois saiba que existe dentro da receita metas para apreensões e doações, e essas metas mínimas são nas cifras dos milhões (no mês).
Eu sei pois moro aqui e acompanho o trabalho dela, aliás a Receita mantém um helicóptero, só para fazer a fiscalização noturna, além da diurna (daqueles últimos que foram comprados para a receita).
O problema é que ah muita coisa para fiscalizar, sendo que muitos tentam burlar essa fiscalização, receita tem como prioridade o combate a produtos ilícitos e a grande quantidade de mercadorias e não 1 mercadoria, ou contribuintes que passam para comprar para si próprios as mercadorias.

Só que vi que você não tem noção do quanto a Receita apreende aqui, você sabe quantos milhões de dolares a receita apreende por mês?
Somente a Receita Federal de Foz do Iguaçu, ja ultrapassou as cifras de bilhões de dolares em mercadorias e veículos apreendidos, isso da pra ver o que a Receita faz e seu serviço aqui, o que me revolta é pessoas que não tem noção, denigram sua imagem.




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Marino
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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#468 Mensagem por Marino » Dom Jan 04, 2009 1:24 pm

É, tá chegando a hora...
Só falta a Casa das Calcinhas Cor de Rosa agir em nome do interesse nacional.
Jornal do Brasil
Preço do gás vai cair 50%
Queda na cotação do petróleo reduzirá gasto brasileiro com importação do produto boliviano, que supre quase metade da demanda nacional
Ricardo Rego Monteiro Natália Pacheco

A queda dos preços do barril de petróleo no mercado internacional pode ter dificultado a vida das petroleiras e das economias dependentes da extração do insumo, mas deverá facilitar a vida dos consumidores industriais brasileiros, tão prejudicada nos últimos meses pelo agravamento da crise financeira internacional. Devido à baixa de mais de 70% da cotação nos últimos seis meses, o preço do gás da Bolívia deverá cair pela metade em abril, quando está previsto o reajuste trimestral pela fórmula de cálculo negociada pelos governos boliviano e do Brasil. Especialistas do setor prevêem que o valor do insumo importado do vizinho andino deverá cair dos atuais US$ 9 por milhão de BTU para US$ 4,5/MMBTU, se a cotação do barril permanecer no atual patamar de US$ 40 nos próximos três meses.

Responsável pelo cálculo, o consultor Marco Tavares, da Gas Energy, avalia, no entanto, que os preços do petróleo deverão se recuperar no mercado internacional, a partir de abril de 2009. Passado o período de maior impacto da crise nos próximos três meses, a tendência é que o valor do insumo comece a se recuperar para um patamar médio entre US$ 60 e US$ 70. Ao ressaltar que tais projeções levam em consideração o melhor cenário, Tavares pondera, no entanto, que um eventual agravamento da crise financeira internacional poderá levar as cotações do insumo a um movimento contrário, de queda para US$ 30.

Tendência favorece o Brasil
Os preços do gás boliviano, que motivaram a pior polêmica dos últimos anos entre os dois países – em 2005 –, são revisados, a cada três meses, a partir de uma fórmula de cálculo que leva em consideração as cotações de uma cesta de óleos, além da taxa de câmbio. A fórmula tem se revelado favorável ao governo boliviano, que tem se beneficiado da alta das cotações do barril no mercado internacional. Nos últimos meses, porém, a reversão da tendência, como conseqüência da crise financeira internacional, reverteu a equação em favor do Brasil. Importador do equivalente a 30 milhões de metros cúbicos/dia do insumo, o país tem no gás boliviano praticamente a metade da oferta do insumo consumido no mercado interno.

Secretário estadual de Energia do governo do Rio Grande do Norte, Jean Paul Prates também acredita na tendência de queda dos preços do insumo importado da Bolívia, em 2009. Pondera, no entanto, que as limitações de suprimento da Petrobras podem contribuir para a manutenção dos preços do gás praticados no Brasil. Quanto menor o preço do insumo, justifica, maior a tendência de aumento da demanda. Em tempos de pujança econômica, a petroleira brasileira teria dificuldades de fazer frente ao incremento do consumo. Por isso mesmo, resta saber se no atual cenário de desaquecimento as dificuldades permanecem para a estatal.

Até novembro de 2008, segundo dados da ANP, o Brasil produziu 19,7 bilhões de metros cúbicos, volume 19,3% maior do que o registrado em igual período do ano passado. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), a demanda em 2008 correspondeu a uma média de 51,2 milhões/dia ante aos 45,1 milhões de metros cúbicos de 2007. A previsão da associação é que a demanda cresça 8% em 2009, para 55,3 milhões de metros cúbicos por dia.

Outro fator que, segundo Prates, vai contribuir para reduzir os preços do insumo importado da Bolívia será a tendência de queda dos valores de comercialização do Gás Natural Liquefeito (GNL), como conseqüência da expansão das reservas do insumo nos Estados Unidos. A tendência, projeta o secretário, será de queda dos atuais US$ 20 por milhão de BTU para US$ 5 por milhão de BTU. Recentemente, lembrou, foram anunciadas novas descobertas de reservas alternativas em terra naquele país, como gás de carvão e arenito.
Com isso, os Estados Unidos vão migrar da atual posição de cliente de GNL para produtor do combustível. Essa reversão já foi percebida pelos grandes produtores mundiais do insumo, que preocupados com a provável perda de um cliente estudam a criação de um cartel, semelhante à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
– O Brasil poderá negociar com a Bolívia a partir do próximo ano. O governo deverá usar o argumento da construção de duas plantas regaseificadoras, uma em Pecém e outra no Rio de Janeiro, para baixar o preço atual. Com isso, a Bolívia vai depender do mercado brasileiro e nós não seremos tão dependetes do gás vizinho – explicou Prates.
Jornal de Brasília
Petrobras garante 20 novas plataformas em cinco anos

Mesmo diante da crise financeira internacional, e apesar do adiamento da divulgação do seu plano de negócios para o período 2009/2013, a Petrobras manterá o ritmo de investimento em 2009, contratando, construindo e colocando em produção 20 plataformas nos próximos anos. Dessas, nove já deverão entrar em operação entre 2009 e 2013. Juntas, elas acrescentarão à produção nacional mais de 790 mil barris de petróleo por dia e mais de 35 milhões de metros cúbicos diários de gás natural.

A primeira plataforma semi-submersível inteiramente construída no país será a P-51 e deverá entrar em operação nos primeiros dias. Os módulos de compressão de gás e de geração de energia elétrica da plataforma foram construídos em Niterói, no Rio de Janeiro, e seu casco também foi fabricado e construído no Brasil – o que fez da P-51 a primeira plataforma 100% brasileira.

Quando estiver operando a plena carga, a P-51 produzirá até 180 mil barris de petróleo e seis milhões de metros cúbicos de gás por dia – pico de produção que deverá ser obtido em meados de 2010.

Prevista para entrar em funcionamento no final de 2010, a P-56 (outra das unidades que entrarão em operação até 2013) também será instalada no norte fluminense. Réplica da P-51, a plataforma será toda construída no Brasil e terá capacidade de processar por dia 100 mil barris de petróleo e produzir seis milhões de metros cúbicos de gás natural. A construção da plataforma, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, deverá gerar cerca de 4,8 mil empregos diretos e outros 20 mil indiretos.

Ainda em 2010, a Petrobras colocará em operação a plataforma PMXL-1, a mais alta plataforma fixa a ser construída no Brasil, com 227 metros de altura e com capacidade para produzir 15 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#469 Mensagem por Pedro Gilberto » Qua Jan 07, 2009 3:57 pm

Está chegando a hora - parte II

Petrobras reduzirá volume de gás comprado da Bolívia

Quarta, 7 de janeiro de 2009, 12h54
Fonte: Reuters News

A Petrobras vai reduzir temporariamente a compra de gás natural da Bolívia, já que o consumo no País deverá cair com o desligamento de usinas termelétricas. A informação foi confirmada pelo secretário adjunto de petróleo, gás natural e combustíveis renováveis do Ministério de Minas e Energia, João Souto, que avaliou ser positivo para o Brasil a redução de compra do gás boliviano neste momento.

» Confira mais notícias sobre empresas

"As térmicas a gás estavam sendo acionadas sem necessidade. Assim, você ajuda a mandar menos dólares para a Bolívia, ajuda na balança comercial", disse Souto.

O desligamento das usinas térmicas a gás correspondem a um volume de geração de energia de 3,5 mil megawatts e será comunicado oficialmente na sexta-feira, na reunião do Conselho de Monitoramento do Setor Elétrico.

O volume de gás boliviano que deixará de ser comprado corresponde a cerca de 30% do total de 30 milhões de m³ diários, mas, segundo Souto, isso dependerá do comportamento diário de mercado.

"A Petrobras tem que pagar por 70% do gás, o resto é flexível, o que importa é a média do mês. Pode ser que um dia compre 24 (milhões de m³) e outro dia 19 (milhões de m³), vai depender do mercado", informou.


http://br.invertia.com/noticias/noticia ... nN07469700

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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#470 Mensagem por cvn73 » Qua Jan 07, 2009 5:38 pm

Pedro Gilberto escreveu:Está chegando a hora - parte II

Petrobras reduzirá volume de gás comprado da Bolívia

Quarta, 7 de janeiro de 2009, 12h54
Fonte: Reuters News

A Petrobras vai reduzir temporariamente a compra de gás natural da Bolívia, já que o consumo no País deverá cair com o desligamento de usinas termelétricas. A informação foi confirmada pelo secretário adjunto de petróleo, gás natural e combustíveis renováveis do Ministério de Minas e Energia, João Souto, que avaliou ser positivo para o Brasil a redução de compra do gás boliviano neste momento.

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"As térmicas a gás estavam sendo acionadas sem necessidade. Assim, você ajuda a mandar menos dólares para a Bolívia, ajuda na balança comercial", disse Souto.

O desligamento das usinas térmicas a gás correspondem a um volume de geração de energia de 3,5 mil megawatts e será comunicado oficialmente na sexta-feira, na reunião do Conselho de Monitoramento do Setor Elétrico.

O volume de gás boliviano que deixará de ser comprado corresponde a cerca de 30% do total de 30 milhões de m³ diários, mas, segundo Souto, isso dependerá do comportamento diário de mercado.

"A Petrobras tem que pagar por 70% do gás, o resto é flexível, o que importa é a média do mês. Pode ser que um dia compre 24 (milhões de m³) e outro dia 19 (milhões de m³), vai depender do mercado", informou.


http://br.invertia.com/noticias/noticia ... nN07469700

[]'s
Nada como um dia após o outro.

Uma pequeno trecho da notícia por parte do jornal boliviano La Razon.
Peligro • Carlos Miranda advierte que reducir la producción de gas, debido a la caída de la demanda, podría ser peligroso porque provocaría mayor escasez de líquidos y GLP en el mercado interno, ya que una parte es separada del gas.
Menos para o Brasil, menos condensado para a Bolívia.
http://www.la-razon.com/versiones/20090 ... 742070.htm




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#471 Mensagem por Túlio » Qui Jan 08, 2009 11:52 pm

Ó só, tem gente se borrando aí ou é só impressão minha?

Bolivianos viajam ao Brasil para tratar queda na demanda por gás


Uma missão do Governo boliviano liderada por três ministros viajou hoje ao Brasil para discutir a queda na demanda por gás no país, informou uma fonte oficial.

Uma fonte do Ministério de Hidrocarbonetos da Bolívia confirmou à Agência Efe que o ministro Saúl Ávalos partiu para Brasília junto a uma equipe.

O grupo, segundo a mesma fonte, é formado ainda pelos ministros de Planejamento, Carlos Villegas, e da Defesa Legal dos Interesses Estatais, Héctor Arce.

Os representantes do Executivo Boliviano esperam ser recebidos pelo ministro de Minas e Energia Edison Lobão, para discutir a queda da demanda brasileira por gás natural, que caiu dos 31 milhões de metros cúbicos diários do ano passado aos 19 ou 17 milhões atuais.

O Governo Evo Morales se mostrou preocupado com a situação, já que a exportação de hidrocarbonetos é uma das maiores fontes de renda da Bolívia.

No Rio de Janeiro, Lobão havia dito ontem que a baixa na demanda por gás boliviano é temporária, até abril próximo. Segundo ele, a queda se deveu à boa época de chuvas que permitirá um uso maior das centrais hidrelétricas.

"Os reservatórios de nossas hidroelétricas estão abastecidos e, por isso, estamos desligando as térmicas, o que é normal para um começo de ano com boas chuvas", explicou o ministro.

EFE

Agência EFE




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#472 Mensagem por Tupi » Qui Jan 08, 2009 11:59 pm

E agora José. Digo Morales :?:
Eu acho que o Lobão não tinha que dizer nada que a queda da demanda é temporária.
Deveria deixar os caras "cortando um arame". E lembrar pra eles que estamos seguindo as reinvidicações deles. Pois o gás é Boliviano e não queremos dilapidar o patrimônio alheio. :twisted:





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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#473 Mensagem por Carlos Mathias » Sex Jan 09, 2009 1:26 am

Sem querer ser chato e já sendo chato prá cacete, eu disse que ia acontecer isso e quem ia se lascar no final seriam eles, que aquela babaquice toda lá atrás não nos atrasaria um segundo sequer.
Mas tinha gente falando que tinha é que bombardear La Paz, exterminar isso, queimar aquilo.

Começaram a jogar terra em cima deles mesmos.




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#474 Mensagem por Marino » Sex Jan 09, 2009 10:29 am

Post do Caixeiro nas aéreas:

Bolívia quer reverter corte de gás

Ministro vem ao ao Brasil para negociar redução do volume importado pela Petrobras

Natalia Pacheco

O ministro do Planejamento e Desenvolvimento da Bolívia, Carlos Villegas, vai discutir a redução do volume do gás natural importado pela Petrobras com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. A reunião está marcada para as 16h, após o encontro do Conselho de Monitoramento do Sistema Elétrico (CMSE), que vai definir o volume do corte.

O contrato firmado entre o governo boliviano e a estatal brasileira em 1999 prevê o pagamento de 80% do volume do combustível, mesmo se a empresa não consumir o total contratado. De acordo com esse cálculo, a Petrobras pode reduzir a importação do insumo de 30 milhões de m3/dia para 24 milhões de m³/dia na média anual, mas na média mensal, a petroleira pode reduzir o volume para até 19 milhões de m³/dia sem pagar um centavo a mais. Se o corte ultrapassar esse limite, a empresa paga um preço diferente pelo combustível, em torno de US$ 9/milhão de BTU.

Seja qual for o volume do corte definido, de 6 milhões de m³/dia ou de 11 milhões de m³/dia, isso impactará a produção de gás da Bolívia, que tem o combustível como a maior fonte de renda do país. A Argentina também recebe o gás boliviano (7 milhões de m³/dia), mas não deverá incorporar essa sobra da Petrobras por causa da redução do consumo de energia no país em função da crise financeira internacional.

Briga antiga

Outra reivindicação da Bolívia é o preço do gás pago pela Petrobras. Representantes do governo do país vizinho alegam que o valor está muito abaixo do mercado. Mas essa discussão é antiga e a fórmula usada para o cálculo está definida no contrato, que tem duração de 30 anos, e por isso não deve ser mudada. Além disso, a tendência é de queda nos preços do combustível em todo o mundo por causa da redução de mais de 70% do barril de petróleo nos últimos meses.

Representantes do setor já acreditam que o preço caiu cerca de 20%, para US$ 7,50/milhão de BTU. O consultor da Gas Energy, Marcos Tavares, prevê que a queda será ainda maior no próximo reajuste trimestral, que acontece no dia 1º de abril. Acredita que o gás boliviano chegará a US$ 5/milhão de BTU se o barril continuar no patamar dos US$ 40.

– Na verdade, esse preço pode cair ainda mais. Se o petróleo passar para US$ 30, a Petrobras poderá comprar esse gás por US$ 4/milhão de BTU – explicou Tavares.

O Brasil é o principal cliente do gás da Bolívia, que produz cerca de 40 milhões de m³/dia. Desse volume, 30 milhões estão contratados pela Petrobras e o restante é negociado com a Argentina e usado no consumo próprio dos bolivianos.

– A Bolívia está tentando evitar uma queda brusca da receita do país, porque além do corte da Petrobras, o preço do combustível vai cair ainda mais – destacou o consultor da Gas Energy.

O CMSE decidiu desligar as termelétricas movidas a gás natural do país por causa do elevado nível dos reservatórios das hidrelétricas. A previsão do setor é que as usinas sejam religadas em abril, após o período chuvoso. Quando as termelétricas voltarem a operar, a Petrobras deverá retomar a importação de 30 milhões de m³/dia de gás natural do vizinho andino.

A Petrobras retomou ontem a produção da plataforma P-34, que estava parada desde domingo, após acidente que causou a morte de um funcionário e deixou dois feridos. A unidade é a primeira do pré-sal.




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#475 Mensagem por Tupi » Sex Jan 09, 2009 12:57 pm

Pelo que eu havia entendido.
O preço havia sido alterado após a crise que surgiu com a desapropriação das refinarias de gás em Santa Cruz.
Não faz sentido agora, o mesmo governo Boliviano solicitar novo reajuste de preço :?:
Se alguem consegue simplificar esta equação e me esclarecer eu agradeço antecipadamente. :roll:





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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#476 Mensagem por WalterGaudério » Sex Jan 09, 2009 3:09 pm

Pois é. Eu quis e ainda quero ver um pau na Bolívia principalmente se tropas Venezuelanas entrarem lá e ficarem perto da fronteira Brasileira. Por enquanto vou me contentado com as dificuldades que esta louca vida vai oferecendo para este nojento do Morales.




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#477 Mensagem por Pedro Gilberto » Sex Jan 09, 2009 3:33 pm

Brasil deixa de pagar US$ 600 milhões por gás boliviano

LORENNA RODRIGUES
da Folha Online, em Brasília
09/01/2009 - 12h41

A redução na quantidade de gás natural importado da Bolívia representará uma economia de US$ 600 milhões ao Brasil, afirmou nesta sexta-feira o ministro Edison Lobão (Minas e Energia).

Segundo o ministro, o corte no volume de gás de 30 milhões de m3/dia para cerca de 19 milhões de m3/dia será mantido até abril. Nesse período, há muitas chuvas e as hidrelétricas são acionadas, desligando, assim, as termelétricas movidas a gás.

O CMSE (Conselho de Monitoramento do Setor Elétrico) se reuniu hoje e decidiu desligar praticamente todas as termelétricas. Apenas as usinas nucleares de Angra 1 e 2 (que geram 1.200 MW) e as termelétricas Norte Fluminense 1 e 2 (400 MW) permaneceram ligadas, por produzirem energia barata. Ao todo, as usinas que serão desligadas geram 8 mil MW.

"Temos a segurança do fornecimento de energia hidrelétrica. Estamos dando uma boa notícia, já que isso nos encaminha para um custo cada vez mais baixo", disse Lobão.

Lobão disse que ainda no primeiro o preço pago pela Petrobras pelo gás da Bolívia sofrerá reajuste, de acordo com o contrato. O valor acompanha o preço do petróleo, que está em queda. "Não creio que suba [o preço do gás]", disse.

Reunião

Lobão se reunirá às 16h com uma comitiva de ministros bolivianos para discutir o corte na demanda por gás. O ministro disse que ouvirá as propostas, mas disse que a decisão já está tomada.

"Não faremos nada que prejudique diretamente a Bolívia intencionalmente. Agora, se não precisamos do gás, também não podemos prejudicar o Brasil pagando pelo que não usamos", afirmou.

A Petrobras tem com a Bolívia contrato que prevê que, mesmo que não consuma, a estatal tem que pagar por pelo menos 19 milhões de m3/dia.


http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinh ... 8194.shtml

[]'s




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DELTA22
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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#478 Mensagem por DELTA22 » Sex Jan 09, 2009 3:41 pm

AAAhhhh... como é bom ler isso... :wink:

Por isso é que a lei da gravidade é justa! Quem gospe para cima pode acertar sua propria testa!!!
Viu Evito, como são as coisas... E 2010 está chegando e ai sim o negócio vai ficar ainda melhor pra nós. Vamos estar produzindo se tudo der certo 27 milhões de m3 de gás, ai adeus Bolivia!! 8-]

[]'s energéticos a todos!




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Marino
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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#479 Mensagem por Marino » Sex Jan 09, 2009 4:21 pm

Redução da importação do gás boliviano deve vigorar até abril, diz Lobão
Plantão | Publicada em 09/01/2009 às 12h57m
Mônica Tavares
BRASÍLIA - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que se reúne nesta sexta-feira com o ministro do Planejamento da Bolívia, disse que o Brasil não fará nada para prejudicar o país vizinho, mas deixou claro que "não podemos prejudicar o Brasil pagando pelo que não usamos". A Petrobras reduziu a importação de gás natural para 19 milhões. Segundo Lobão a medida deverá durar até abril.

- Falei com o ministro Villegas ao telefone, ele não me adiantou nada - disse Lobão ao ser perguntado sobre a reunião desta tarde com os bolivianos.

O preço do gás é estabelecido segundo o preço do petróleo no mercado internacional. Atualmente, o valor do gás comprado pelo Brasil está custando US$ 8 por milhão de BTU. Mas Edson Lobão acredita que ele deverá cair um pouco no primeiro trimestre deste ano.




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Carlos Mathias

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#480 Mensagem por Carlos Mathias » Sex Jan 09, 2009 4:50 pm

8-] 8-] 8-] 8-]

Diplomacia, sempre conseguimos tudo com diplomacia. E muito KY, que o Evito vai precisar agora.




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