Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Edu Lopes
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Re: Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

#241 Mensagem por Edu Lopes » Sáb Dez 27, 2008 8:05 pm

Quando aparecer um usuário assim, mais esquentado, manda dar uma voltinha lá no Gerais pra conhecer minhas primas. É tiro e queda. Se o vivente não se acalmar com isso ai é caso perdido mesmo.

[]s.




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alcmartin
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Re: Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

#242 Mensagem por alcmartin » Sáb Dez 27, 2008 8:52 pm

Marino escreveu:Por qual motivo sempre nas navais? :shock: :lol: :lol: :lol:
Segura eles aqui, por favor... :mrgreen: :mrgreen:

abs e feliz 2009!!




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Re: Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

#243 Mensagem por Marino » Sáb Dez 27, 2008 9:08 pm

:lol: :lol: :lol:
Feliz 2009




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Re: Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

#244 Mensagem por Vinicius Pimenta » Sáb Dez 27, 2008 11:54 pm

Falando desse boato de problema com a Odebrecht, não faz o menor sentido. Me parece jogada (suja) alemã. Tem muita coisa envolvida, gente, não pensem que será fácil. Isso porque mal ou bem somos um país maiorzinho, um pouquinho menos dependente em muita coisa. Agora imagina o quão cruel é essa lógica em países africanos?




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Re: Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

#245 Mensagem por henriquecouceiro » Dom Dez 28, 2008 1:55 am

Não é atoa que a Africa não consegue se desenvolver e muitos países vivem em verdadeiro caos.

A exceção ao sul é a Africa do Sul, que ainda assim sofre, e muito, com a AIDS, e os países ao norte banhados pelo mediterrâneo que possuem maiores capacidades de negociar com a Europa.

A Africa é o continente esquecido! Se bem que os chineses e Indianos têm buscado este continente como fonte de matéria prima para seu crescimento, porém acredito que isso não trará um desenvolvimento positivo para a região.

Sds,
Henrique.




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Re: Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

#246 Mensagem por Penguin » Dom Dez 28, 2008 11:20 am

OESP, 28-12-2008
EDITORIAL - Uma aventura cara

Uma coisa são as manifestações de entusiasmo do ministro da Defesa, Nelson Jobim, pela assinatura do acordo entre o Brasil e a França para a construção de submarinos, um dos resultados da visita do presidente Nicolas Sarkozy. Outra é o frio texto do documento - que é o que vale. Pelos cálculos do ministro, “no vigésimo ano (de vigência do acordo), vamos terminar recebendo o submarino nuclear. Tudo isso com transferência total de tecnologia, inclusive treinamento de engenheiros brasileiros junto a fábricas francesas”. Essa previsão, contudo, é um mero exercício de wishful thinking.

É política do governo brasileiro, nos últimos anos, só comprar equipamento militar acompanhado de transferência de tecnologia. Essa exigência cria graves limitações para o reequipamento das Forças Armadas de um país que não tem contenciosos internacionais que exijam meios militares abundantes e de última geração. Nenhum fornecedor se dispõe a transferir tecnologia em troca de uma venda relativamente pequena. É esse o caso dos 16 aviões de caça que a Força Aérea tenta comprar há mais de uma década.

No máximo, dependendo do tamanho e valor da encomenda, o fornecedor aceita produzir o armamento no país comprador, sob licença. Nesses casos, a transferência de tecnologia é limitada e o vendedor se beneficia com o prolongamento da vida útil de um produto que já entrou em fase de obsolescência ou enfrenta no mercado a concorrência de equipamentos mais modernos. É o caso dos 50 helicópteros franceses que serão montados pela Helibrás, ao custo de 1,899 bilhão.

O acordo para a construção de quatro submarinos convencionais Scorpéne e do casco de um outro, que poderá receber propulsão nuclear, num estaleiro a ser erguido no litoral do Rio de Janeiro, prevê, de fato, a transferência de tecnologia. Mas limita essa transferência à tecnologia de construção do estaleiro, de uma base de submarinos e do casco do submersível. Ou seja, refere-se a produtos e serviços que poderiam ser feitos pela engenharia nacional.

E como o quinto casco poderá acomodar um reator nuclear, o acordo está repleto de salvaguardas. A principal delas é que a França não repassará para o Brasil qualquer tipo de conhecimento que envolva a produção ou o uso de equipamentos nucleares. Isso começa com o estaleiro e a base. “A concepção, a construção e a manutenção das infra-estruturas e dos equipamentos necessários às operações de construção e manutenção da parte nuclear do submarino nuclear estão excluídas do âmbito do presente acordo” - esclarece o documento.

Além disso, “a parte brasileira não receberá assistência da parte francesa para a concepção, a construção e a colocação em operação do reator nuclear embarcado, das instalações do compartimento do reator nuclear e dos equipamentos e instalações cuja função seja destinada principalmente ao funcionamento do reator ou à segurança nuclear”.

Da mesma forma, a França não fornecerá “equipamentos e instalações que contribuam de forma acessória ao funcionamento do reator ou à segurança nuclear” - e com isso a construção do estaleiro e da base de submarinos fica praticamente reduzida a uma questão de engenharia civil.

O Brasil, ao assinar o acordo, ainda aceitou condicionantes políticas. A tecnologia e os equipamentos fornecidos pela França não poderão ser repassados a terceiros e só poderão ser usados para os fins definidos no acordo. Além dessa cláusula de usuário final, a França - que se eximiu explicitamente de colaboração na parte nuclear - exigiu que o Brasil assumisse a responsabilidade exclusiva, em relação a terceiros, por danos nucleares causados pelo submarino ou instalações nucleares associadas ao apoio terrestre.

O acordo estabelece as bases da cooperação. A partir de agora, o governo brasileiro terá de negociar com empresas francesas os custos de construção do estaleiro, da base e dos submarinos - afinal, o acordo prevê que equipamentos, serviços e tecnologia serão vendidos. E, como o ministro Jobim pretende que em 20 anos o submarino nuclear esteja navegando, o Tesouro terá de providenciar recursos para o desenvolvimento da tecnologia de propulsão nuclear, ainda não dominada pela Marinha. Haja dinheiro!




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

#247 Mensagem por LEO » Dom Dez 28, 2008 11:37 am

Sinceramente? Parei de ler aqui:

"... Essa exigência cria graves limitações para o reequipamento das Forças Armadas de um país que não tem contenciosos internacionais que exijam meios militares abundantes e de última geração. ..."


Abraços,




"Veni, vidi, vinci" - Júlio Cesar

http://www.jornalopcao.com.br/index.asp ... djornal=43

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Re: Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

#248 Mensagem por PRick » Dom Dez 28, 2008 1:05 pm

LEO escreveu:Sinceramente? Parei de ler aqui:

"... Essa exigência cria graves limitações para o reequipamento das Forças Armadas de um país que não tem contenciosos internacionais que exijam meios militares abundantes e de última geração. ..."


Abraços,
O pior é que repentem esse texto mentiroso e entreguista em tópicos diferentes, como já respondi no outro, vai só o link. Contudo, já estou acostumado com o Panfletão, por isso mesmo a destinação dele é sempre a mesma, lixo!

viewtopic.php?f=2&t=13779&start=570




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Re: Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

#249 Mensagem por Immortal Horgh » Dom Dez 28, 2008 1:32 pm

Mais uma brilhante cabeça pensante que acredita na solução diplomática pra tudo.


[ ]s




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Re: Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

#250 Mensagem por Marino » Dom Dez 28, 2008 2:09 pm

Revista Época
A sedução atômica de Sarkozy
50 helicópteros, cinco submarinos e – é claro – Carla Bruni são o saldo positivo da visita do presidente francês ao Brasil
NELITO FERNANDES E MURILO RAMOS

Numa declaração famosa, Carla Bruni disse que se casou com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, porque se sentiu atraída por um homem com “poderes atômicos”. A frase se prestava a interpretações múltiplas, mas era uma alusão aos códigos secretos de acesso ao arsenal nuclear da França, um dos maiores do mundo, guardados por Sarkozy. Na semana passada, o alvo da sedução atômica de Sarkozy foi o Brasil. Tendo ao lado sua maior arma, a beleza explosiva de Carla Bruni, Sarkozy passou dois dias em visita oficial ao Rio de Janeiro. Os olhos azuis cintilantes de Carla Bruni magnetizaram as atenções por onde passaram, mas o foco principal da visita foi militar e relacionado ao arsenal nuclear comandado pelo marido, Sarkozy. Na bagagem, Sarkozy trouxe um acordo, assinado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo qual a França vai desenvolver com o Brasil 50 helicópteros para uso das Forças Armadas brasileiras, que serão fabricados pela Helibrás, em Itajubá, no interior de Minas Gerais, e cinco submarinos, quatro convencionais e um de propulsão nuclear.
Só o projeto dos helicópteros prevê recursos de mais de R$ 6 bilhões e deverá gerar mais de 5 mil empregos diretos e indiretos, mas o ponto mais sensível e importante do acordo entre Brasil e França se refere ao desenvolvimento do submarino nuclear – um objetivo perseguido pelo país desde 1979, quando a Marinha iniciou um programa atômico paralelo. Nesses 30 anos, o Brasil conseguiu dominar a tecnologia nuclear, mas não em escala industrial, e o projeto do submarino nuclear foi colocado várias vezes em estado de hibernação por falta de dinheiro. Na nova Estratégia Nacional de Defesa, lançada há uma semana no Palácio do Planalto pelo presidente Lula, a posse de uma frota de submarinos nucleares, para proteger as águas territoriais e as plataformas de exploração de petróleo em alto-mar, voltou a ser considerada uma questão estratégica. O objetivo da Marinha é concluir o primeiro submarino nuclear até 2020.
O acordo assinado no Rio só foi possível porque os franceses concordaram em ceder às exigências do Brasil de transferência de tecnologia. Um dos objetivos traçados na Estratégia Nacional de Defesa é tornar o Brasil menos dependente da compra de equipamentos militares de outros países, tentar desenvolver tecnologia própria e reorganizar a indústria bélica nacional. Pelo acordo, a França fornecerá a parte de estrutura e de informática de um submarino Scorpène, fabricado pela empresa francesa DNCS-Thales. A partir dele, a Marinha brasileira construirá o submarino nuclear.
“Até existem equipamentos melhores no mercado internacional, mas eles não vêm com tecnologia. É muito mais vantajoso comprar da forma como o Brasil está comprando agora, porque é conhecimento que fica no país e pode ser base para desenvolver produtos nacionais de qualidade para o futuro”, afirma Geraldo Cavagnari, professor do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Universidade de Campinas (Unicamp). A mesma exigência de transferência de tecnologia deverá guiar a escolha do país que vai fornecer 36 novos aviões de combate da Força Aérea Brasileira (FAB) – um contrato estimado em US$ 2,5 bilhões, no qual os franceses estão altamente interessados. Com o Rafale, um avião de combate da Dassault, a França concorre contra a Suécia, sede da Saab, fabricante do Grippen, e os Estados Unidos, fornecedores do F-18, fabricado pela Boeing. É possível que o vencedor do contrato seja anunciado em 2009.


A Estratégia Nacional de Defesa tem a pretensão de alçar o Brasil à condição de potência militar regional, mas traçar esse objetivo ambicioso só se tornou possível também porque o país virou um ator importante no cenário internacional graças a avanços institucionais, políticos e econômicos nos últimos anos – reconhecidos por Sarkozy durante sua visita. “Precisamos do Brasil para a governança mundial. Precisamos do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU”, disse Sarkozy. “Quem pode imaginar, hoje, resolver os problemas do mundo sem o Brasil?” Elogios para agradar aos anfitriões são mais do que comuns nos encontros diplomáticos, mas a afirmação de Sarkozy soou sincera. Como atual presidente do G-20, o grupo que reúne os 20 países com as economias mais ricas ou emergentes do mundo, o Brasil virou um país importante no enfrentamento da crise econômica global. Durante a visita de Sarkozy, Brasil e União Européia firmaram uma parceria estratégica e decidiram defender uma posição conjunta a favor da reforma do sistema financeiro mundial na próxima reunião do G-20, em abril.
Enquanto Sarkozy fechava acordos militares com um Brasil emergente no cenário geopolítico, a bela Carla Bruni cumpriu, no Rio, uma agenda que parecia ter sido concebida segundo o velho chavão do Brasil como terra de contrastes. Carla Bruni fez programas tão díspares como participar de um almoço para 30 seletos convidados numa cobertura de frente para o mar na Avenida Vieira Souto, em Ipanema, e visitar um banco de leite e uma favela da zona sul carioca. Entre os pobres, teve de dividir as atenções com a atriz Camila Pitanga e a modelo Luiza Brunet. Madrinha do projeto do banco de leite do Instituto Fernandes Figueira, Camila atraiu os flashes das máquinas digitais dos funcionários, durante a passagem de Carla Bruni pelo lugar. Luiza Brunet apareceu durante a visita da primeira-dama da França à favela do Morro Pavão-Pavãozinho, onde Carla conheceu o projeto Criança Esperança e assistiu a um desfile da Moda Fusion, uma ONG franco-brasileira que desenvolve talentos em ateliês nas favelas. Uma bateria mirim tocou parabéns pelo aniversário de 41 anos de Carla Bruni, que pegou crianças no colo e plantou uma muda de pau-brasil.
Entre os ricos, Carla reinou. Ela foi a estrela de um almoço organizado pela socialite Betty Lagardère, brasileira que vive em Paris, mas mantém um apartamento de cobertura no Rio. Carla ganhou um violão, CDs e DVDs de bossa nova de Betty, que fez uma maquiagem no apartamento em obras para receber a convidada. Betty diz que disfarçou os buracos na parede com flores e plantas. Entre os convidados estavam a atriz Marília Pêra e os cantores Francis Hime, Carlos Lyra e Toni Garrido. Durante o almoço, a cantora Carla arriscou entrar no corinho que seguia Carlos Lyra enquanto ele cantava “Primavera”. Tanto ela quanto Sarkozy podem dizer que voltam à França com bons negócios e boas lembranças do Brasil.




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Re: Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

#251 Mensagem por Booz » Dom Dez 28, 2008 2:46 pm

É grande Marino, eis que os franceses aprenderam muito do marketing americano. Muita simpatia e a esposa bonita ao lado.
Agora é só "vosso" líder fechar um pouco a boca, parar de dizer asneiras (como as que ele vê o Brasil potência militar e coisa e tal - vai ser sim mas a gente não fala, rss)) para não fomentar a inveja dos nossos vizinho e a desconfiança e despeito do big brother.

E aproveitando me dá uma aula.
Existe outras desvantagens do leme em "x", além da complexidade do seu manejo e manutenção?
Um abraço




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Re: Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

#252 Mensagem por Marino » Dom Dez 28, 2008 2:59 pm

Caro amigo, como não sou submarinista, deixo a aula para o Walter.
Mas se houvesse realmente desvantagem no uso deste tipo de leme, ele não seria utilizado por tantas marinhas.
Abração




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Re: Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

#253 Mensagem por PRick » Dom Dez 28, 2008 3:02 pm

jp escreveu:É grande Marino, eis que os franceses aprenderam muito do marketing americano. Muita simpatia e a esposa bonita ao lado.
Agora é só "vosso" líder fechar um pouco a boca, parar de dizer asneiras (como as que ele vê o Brasil potência militar e coisa e tal - vai ser sim mas a gente não fala, rss)) para não fomentar a inveja dos nossos vizinho e a desconfiança e despeito do big brother.

E aproveitando me dá uma aula.
Existe outras desvantagens do leme em "x", além da complexidade do seu manejo e manutenção?
Um abraço
Pelo que andei lento o governo feito através do leme em X, corresponde a grosso modo a um FBW para submarinos, quer dizer, existe um computador que traduz os movimentos do manche de controle do leme para os leme em X.

Nele não existe a separação clara entre o governo horizontal e vertical, quer dizer as 04 aletas móveis atuam em conjunto para dar a direção ao submarino, em tese dá respostas mais eficientes e rápidas aos comandos. Uma vantagem adicional é que pode funcionar melhor quando avariado fisicamente.

Além disso, o leme me cruz tem limitações maiores de comprimento(o vertical), porque não pode ser mais comprido que o casco, porque tornaria inviável a acomodação do casco no leito do oceano.

Assim, a adoção do leme em X, permitiu um maior comprimento dos mesmos, sem que implique em limitação de acomodação, nem no governo na superfície, porque ele também fica menos fora d´agua. Lemes mais compridos e maiores dão melhor controle de governo contra a rolagem sobre o próprio casco e melhor manobrabilidade.

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Re: Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

#254 Mensagem por Mapinguari » Dom Dez 28, 2008 6:59 pm

Santiago escreveu:OESP, 28-12-2008
EDITORIAL - Uma aventura cara

Uma coisa são as manifestações de entusiasmo do ministro da Defesa, Nelson Jobim, pela assinatura do acordo entre o Brasil e a França para a construção de submarinos, um dos resultados da visita do presidente Nicolas Sarkozy. Outra é o frio texto do documento - que é o que vale. Pelos cálculos do ministro, “no vigésimo ano (de vigência do acordo), vamos terminar recebendo o submarino nuclear. Tudo isso com transferência total de tecnologia, inclusive treinamento de engenheiros brasileiros junto a fábricas francesas”. Essa previsão, contudo, é um mero exercício de wishful thinking.

É política do governo brasileiro, nos últimos anos, só comprar equipamento militar acompanhado de transferência de tecnologia. Essa exigência cria graves limitações para o reequipamento das Forças Armadas de um país que não tem contenciosos internacionais que exijam meios militares abundantes e de última geração. Nenhum fornecedor se dispõe a transferir tecnologia em troca de uma venda relativamente pequena. É esse o caso dos 16 aviões de caça que a Força Aérea tenta comprar há mais de uma década.

No máximo, dependendo do tamanho e valor da encomenda, o fornecedor aceita produzir o armamento no país comprador, sob licença. Nesses casos, a transferência de tecnologia é limitada e o vendedor se beneficia com o prolongamento da vida útil de um produto que já entrou em fase de obsolescência ou enfrenta no mercado a concorrência de equipamentos mais modernos. É o caso dos 50 helicópteros franceses que serão montados pela Helibrás, ao custo de 1,899 bilhão.

O acordo para a construção de quatro submarinos convencionais Scorpéne e do casco de um outro, que poderá receber propulsão nuclear, num estaleiro a ser erguido no litoral do Rio de Janeiro, prevê, de fato, a transferência de tecnologia. Mas limita essa transferência à tecnologia de construção do estaleiro, de uma base de submarinos e do casco do submersível. Ou seja, refere-se a produtos e serviços que poderiam ser feitos pela engenharia nacional.

E como o quinto casco poderá acomodar um reator nuclear, o acordo está repleto de salvaguardas. A principal delas é que a França não repassará para o Brasil qualquer tipo de conhecimento que envolva a produção ou o uso de equipamentos nucleares. Isso começa com o estaleiro e a base. “A concepção, a construção e a manutenção das infra-estruturas e dos equipamentos necessários às operações de construção e manutenção da parte nuclear do submarino nuclear estão excluídas do âmbito do presente acordo” - esclarece o documento.

Além disso, “a parte brasileira não receberá assistência da parte francesa para a concepção, a construção e a colocação em operação do reator nuclear embarcado, das instalações do compartimento do reator nuclear e dos equipamentos e instalações cuja função seja destinada principalmente ao funcionamento do reator ou à segurança nuclear”.

Da mesma forma, a França não fornecerá “equipamentos e instalações que contribuam de forma acessória ao funcionamento do reator ou à segurança nuclear” - e com isso a construção do estaleiro e da base de submarinos fica praticamente reduzida a uma questão de engenharia civil.

O Brasil, ao assinar o acordo, ainda aceitou condicionantes políticas. A tecnologia e os equipamentos fornecidos pela França não poderão ser repassados a terceiros e só poderão ser usados para os fins definidos no acordo. Além dessa cláusula de usuário final, a França - que se eximiu explicitamente de colaboração na parte nuclear - exigiu que o Brasil assumisse a responsabilidade exclusiva, em relação a terceiros, por danos nucleares causados pelo submarino ou instalações nucleares associadas ao apoio terrestre.

O acordo estabelece as bases da cooperação. A partir de agora, o governo brasileiro terá de negociar com empresas francesas os custos de construção do estaleiro, da base e dos submarinos - afinal, o acordo prevê que equipamentos, serviços e tecnologia serão vendidos. E, como o ministro Jobim pretende que em 20 anos o submarino nuclear esteja navegando, o Tesouro terá de providenciar recursos para o desenvolvimento da tecnologia de propulsão nuclear, ainda não dominada pela Marinha. Haja dinheiro!
Mesmo louvando a preocupação do jornal com a qualidade do reequipamento que as FAs brasileiras receberaão, o que não deixa de ser um aspecto positivo da enorme repercussão que o assunto do acordo com a França trouxe à mídia, o texto deste editorial baseia-se em premissas erradas - por exemplo, que a compra de caças pelo País resume-se a 16 unidade.
Então, não pude levar a sério o editorial.




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Re: Aliança Militar e Estratégica Brasil-França

#255 Mensagem por Booz » Dom Dez 28, 2008 8:36 pm

PRick escreveu:
jp escreveu:É grande Marino, eis que os franceses aprenderam muito do marketing americano. Muita simpatia e a esposa bonita ao lado.
Agora é só "vosso" líder fechar um pouco a boca, parar de dizer asneiras (como as que ele vê o Brasil potência militar e coisa e tal - vai ser sim mas a gente não fala, rss)) para não fomentar a inveja dos nossos vizinho e a desconfiança e despeito do big brother.

E aproveitando me dá uma aula.
Existe outras desvantagens do leme em "x", além da complexidade do seu manejo e manutenção?
Um abraço
Pelo que andei lento o governo feito através do leme em X, corresponde a grosso modo a um FBW para submarinos, quer dizer, existe um computador que traduz os movimentos do manche de controle do leme para os leme em X.

Nele não existe a separação clara entre o governo horizontal e vertical, quer dizer as 04 aletas móveis atuam em conjunto para dar a direção ao submarino, em tese dá respostas mais eficientes e rápidas aos comandos. Uma vantagem adicional é que pode funcionar melhor quando avariado fisicamente.

Além disso, o leme me cruz tem limitações maiores de comprimento(o vertical), porque não pode ser mais comprido que o casco, porque tornaria inviável a acomodação do casco no leito do oceano.

Assim, a adoção do leme em X, permitiu um maior comprimento dos mesmos, sem que implique em limitação de acomodação, nem no governo na superfície, porque ele também fica menos fora d´agua. Lemes mais compridos e maiores dão melhor controle de governo contra a rolagem sobre o próprio casco e melhor manobrabilidade.

[ ]´s

1) Obrigado Marino.

2) PRick
Não lembro agora se foi na matéria de "Defesa Net", comentando a nota da MB, referente a opção do sub francês, que foi adida houve alusão a uma suposta deficiência de manobra (lentidão) dos Scorpène.
No caso, nossos futuiros subs serão o equivalente aos chilenos, mesmo leme etc?

3) Apiedem-se das minhas falhas de falta de "s" em plurais, acentos e...
Teclar com uma mão boa e a outra parecendo aquela do dr. Fantástico não é fácil, rsss.




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