NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Moderador: Conselho de Moderação
- mauri
- Sênior
- Mensagens: 1132
- Registrado em: Dom Jul 17, 2005 7:35 pm
- Localização: Fortaleza
- Agradeceu: 2 vezes
- Agradeceram: 105 vezes
Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Olha, sinceramente eu não acredito, os dois estão escondendo algo que não podem falar, mesmo por que se a MB ja definiu que o MAN-1 vai equipar os AF-1M, o A-12 e o SNA.
Para que isso seja possivel e logicamente esta dentro da verba reservada(+_ 107 milhoes para o MAN-1) está o desenvolvimento de uma cápsula da mesma dimensão de um torpedo que será disparada de dentro do SUB como se fosse um torpedo e irá até à superficie, quando abre-se e libera o MAN-1.
Um passo para um torpedo, quem faz 350mm pode fazer 533mm!!!
mauri
Para que isso seja possivel e logicamente esta dentro da verba reservada(+_ 107 milhoes para o MAN-1) está o desenvolvimento de uma cápsula da mesma dimensão de um torpedo que será disparada de dentro do SUB como se fosse um torpedo e irá até à superficie, quando abre-se e libera o MAN-1.
Um passo para um torpedo, quem faz 350mm pode fazer 533mm!!!
mauri
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Andando, andando... :
O Globo
NEGÓCIOS & CIA
Definida área de estaleiro militar
Aguinaldo Novo (Interino)
O estaleiro e a base da Marinha onde serão construídos quatro submarinos convencionais e um de propulsão nuclear, em parceria entre Brasil e França, vão ficar em uma área entre o Porto de Itaguaí e a fábrica da Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep), no Rio de Janeiro.
O terreno, de 70 mil metros quadrados, pertence hoje à Companhia Docas do Rio de Janeiro. Ele será transferido à Marinha pela Secretaria do Patrimônio da União, conforme acertado há cerca de dez dias.
Orçado em 1,5 bilhão, o projeto - que prevê o uso de financiamento internacional - está dentro do pacote de defesa que será assinado na próxima terça-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente francês, Nicolas Sarkozy.
A previsão é que o complexo comece a ser construído no 2º semestre de 2009 e fique pronto em até cinco anos. "A área escolhida é estratégica, pois a Nuclep deve fabricar muitas das peças do submarino", diz o diretor-geral de material da Marinha, almirante Marcus Vinícius dos Santos. O estaleiro vai gerar 500 empregos diretos (90% para civis). Na base de apoio, trabalharão 250 oficiais.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
-
- Sênior
- Mensagens: 2235
- Registrado em: Sex Mai 05, 2006 9:15 pm
- Localização: são luis - ma
- Agradeceram: 3 vezes
Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Marino escreveu:Andando, andando... :
O Globo
NEGÓCIOS & CIA
Definida área de estaleiro militar
Aguinaldo Novo (Interino)
O estaleiro e a base da Marinha onde serão construídos quatro submarinos convencionais e um de propulsão nuclear, em parceria entre Brasil e França, vão ficar em uma área entre o Porto de Itaguaí e a fábrica da Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep), no Rio de Janeiro.
O terreno, de 70 mil metros quadrados, pertence hoje à Companhia Docas do Rio de Janeiro. Ele será transferido à Marinha pela Secretaria do Patrimônio da União, conforme acertado há cerca de dez dias.
Orçado em 1,5 bilhão, o projeto - que prevê o uso de financiamento internacional - está dentro do pacote de defesa que será assinado na próxima terça-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente francês, Nicolas Sarkozy.
A previsão é que o complexo comece a ser construído no 2º semestre de 2009 e fique pronto em até cinco anos. "A área escolhida é estratégica, pois a Nuclep deve fabricar muitas das peças do submarino", diz o diretor-geral de material da Marinha, almirante Marcus Vinícius dos Santos. O estaleiro vai gerar 500 empregos diretos (90% para civis). Na base de apoio, trabalharão 250 oficiais.
....e continuamos andando.....
"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"
- Penguin
- Sênior
- Mensagens: 18983
- Registrado em: Seg Mai 19, 2003 10:07 pm
- Agradeceu: 5 vezes
- Agradeceram: 374 vezes
Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
https://www.mar.mil.br/menu_v/ccsm/impr ... orpene.htm
SUBMARINO SCORPÈNE: A POSIÇÃO DA MARINHA
Submarinos na estratégia naval brasileira
Desde a década de 1970, levando em conta a vastidão do Atlântico Sul, natural teatro de nossas operações navais, e a magnitude de nossos interesses no mar, a Marinha do Brasil (MB) constatou, desde logo, que, no que tangia a submarinos, a posse de convencionais não era bastante. Para o cumprimento de sua missão constitucional de defender a soberania, integridade territorial e interesses marítimos do País, tornava-se mister dispor, também, de submarinos nucleares em seu inventário de meios. Aqueles, em face de suas peculiaridades, para emprego preponderante em áreas litorâneas, em zonas de patrulha limitadas. Estes, graças à excepcional mobilidade, para a garantia da defesa avançada da fronteira marítima mais distante.
No presente momento, encontram-se em fase de negociações, a fabricação no Brasil de submarinos convencionais, e a do primeiro com propulsão nuclear, o que se constitui na maior prioridade do Programa de Reaparelhamento da Marinha.
Sobre esse assunto foi criada, no dia 26 de setembro, último passado, a Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN), dentro da estrutura organizacional da Diretoria Geral do Material da Marinha. Essa Coordenadoria tem as atribuições de gerenciar o projeto e a construção do estaleiro dedicado aos submarinos e de sua base; de gerenciar o projeto de construção do submarino com propulsão nuclear; e de gerenciar o projeto de detalhamento do submarino convencional a ser adquirido pela MB.
A COGESN foi criada pelo Comando da Marinha como forma de proporcionar uma melhor integração e sinergia entre todas as Organizações da Marinha, com foco no desenvolvimento de um submarino com propulsão nuclear. Essa criação tornou-se necessária, na medida em que, com a nova visão governamental no que tange à área nuclear e, em particular, à Defesa e à Segurança Nacionais, foram criadas condições para que a Marinha pudesse, mediante nova abordagem, levar adiante um empreendimento até aqui mantido no limiar da sobrevivência, à custa de sacrifícios orçamentários da própria Força Naval.
Desde o final da década de 1970, a MB desenvolve, nas dependências de seu Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, um programa de desenvolvimento de tecnologia nuclear, visando, por um lado, o domínio do ciclo do combustível nuclear, que logrou êxito em 1982, com a divulgação do enriquecimento do urânio com tecnologia desenvolvida pela MB. Por outro, o desenvolvimento de um protótipo de reator nuclear capaz de gerar energia para fazer funcionar a planta de propulsão de um submarino nuclear. Este, ainda em desenvolvimento, com operação prevista para 2013.
Paralelamente, para capacitar-se a construir submarinos, a MB, na mesma época, cuidou de adquirir, da Alemanha, a transferência de tecnologia de construção de submarinos, empregando, para tanto, o projeto do submarino IKL-209, à época, o modelo mais vendido no mundo. Foram, assim, construídos quatro submarinos no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), colocando a MB no limitado rol dos países construtores desses engenhos.
O que falta para alcançar as metas
As principais pendências, no que tange à capacitação do País para construir um submarino nuclear, considerando já alcançada a meta do combustível nuclear, incluem:
a) - o término da construção e a operação experimental do reator nuclear e da respectiva planta de propulsão. Com o compromisso do presente governo de aportar recursos, sua operação está prevista para 2013; e
b) - não obstante ter logrado êxito na construção de submarinos no AMRJ, falta à Marinha a capacidade de desenvolver projetos de submarinos. O caminho seguido pelas potências que produzem submarinos nucleares foi o de, a partir do pleno domínio do projeto de convencionais, evoluir, por etapas, para um submarino nuclear, cujos requisitos, em termos de tecnologia e controle de qualidade, superam em muito aqueles de um convencional. Assim, o caminho natural para o Brasil seria, da mesma forma, o de desenvolver sucessivos protótipos, até que se chegasse a um projeto razoável, para abrigar uma planta nuclear. Como não se dispõe do tempo nem dos recursos necessários para tanto, a solução delineada pela MB, no intuito de – com segurança – saltar etapas, foi a de buscar parcerias estratégicas com países detentores de tais tecnologias e que estivessem dispostos a transferi-la.
Tendo em vista, por um lado, a total exclusão tecnológica imposta pelas principais potências aos países que buscam o domínio das tecnologias nucleares, barrando-lhes o caminho, e, por outro a indispensável transição a ser feita entre os projetos de submarinos convencionais e nucleares, demandando que a associação fosse buscada com quem produz a ambos, restaram poucas opções.
No momento, apenas dois países no mundo desenvolvem e produzem, simultaneamente, ambos os tipos de submarinos, o que limitou o campo de abordagem, respectivamente, à Rússia e à França. (Só foram considerados os fabricantes tradicionais. Pouco se sabe sobre o projeto chinês e os resultados obtidos. Na verdade, também eles vivem uma fase de aprendizado).
A Rússia desenvolveu sua tecnologia nuclear e possui um projeto de submarino convencional, o Amur 1650 (imagem à esquerda), mas apresenta alguns óbices: não possui qualquer cliente no mundo ocidental, nessa área; seu projeto de submarino convencional ainda não encontrou, pelo que se conhece, algum comprador; o apoio logístico enfrenta dificuldades; e, o que a desqualifica definitivamente, não está disposta a transferir tecnologia. Só se interessa por vender submarinos, o que está muito longe das pretensões brasileiras.
A França, por outro lado, também desenvolveu sua própria tecnologia, emprega métodos e processos típicos do Ocidente e de mais fácil absorção por nossos engenheiros e técnicos, além de ser um fornecedor tradicional de material de defesa para o mundo ocidental. No momento, exporta submarinos convencionais Scorpène (ver foto ao lado) para países como o Chile, a Índia e a Malásia. Acima de tudo, está disposta a – contratualmente – transferir tecnologia de projeto de submarinos, inclusive cooperando no projeto do submarino de propulsão nuclear brasileiro, excluídos o projeto e a construção do próprio reator e seus controles, que caberiam exclusivamente à MB. É exatamente o que interessa ao Brasil.
A opção pelo Submarino Classe Scorpène
O processo de escolha do Submarino Classe Scorpène foi longo, exaustivo e criterioso, e envolveu reuniões, visitas a países possuidores de submarinos nucleares e de submarinos dessa Classe, além de análises de diversos relatórios e intensas negociações.
Assim, para se chegar à conclusão sobre o melhor projeto de um submarino convencional que atendesse a Marinha, executou-se uma extensiva pesquisa nos diversos modelos de submarinos disponíveis, junto aos países que os detém, para se conhecer as qualidades e limitações de cada um deles.
Como qualquer projeto dessa complexidade, é natural que existam vantagens e desvantagens em cada uma das opções examinadas, avaliações que foram consideradas nos citados relatórios e que serviram de base para a escolha.
Algumas características do projeto do Submarino Scorpène merecem especial destaque. Diferentemente do usual, apesar de tratar-se de um submarino convencional, seu projeto não constitui evolução de uma classe convencional anterior; pelo contrário, seu casco hidrodinâmico é derivado do submarino nuclear “Rubis/Amethyste”, mas mais compacto. Essa classe de submarinos, denominada classe Rubis (foto à direita), tem seis unidades em operação na Marinha Francesa. Além disso, emprega tecnologias usadas nos submarinos nucleares franceses, como o sistema de combate SUBTICS.
Em decorrência, dentre as vantagens que apresenta, seu projeto destaca-se por facilitar uma rápida transição para o nuclear, haja vista sua forma de casco clássica daquele tipo de submarinos, com hidrodinâmica apropriada para elevados desempenhos em velocidade e manobra
À esquerda, pode-se observar a diferença entre um casco tipicamente de nuclear - como o do Scorpène (figura ao lado, acima) – comparado com o de um convencional clássico, um IKL-209 (figura ao lado, abaixo).
Além das peculiaridades de projeto, o Scorpène tem a vantagem de empregar os mesmos sistemas (sensores, sistema de combate, armamento, sistema de controle da plataforma etc) existentes nos submarinos nucleares franceses. Ajustes de software compatibilizam as diferentes necessidades de desempenho. Do ponto de vista logístico e de atualização tecnológica constitui diferencial respeitável.
Assim, considerando a necessidade brasileira de abreviar processos, - na verdade, queimar etapas, sem jamais comprometer a segurança –, a escolha do projeto do Scorpène, para servir de base ao desenvolvimento do projeto do nosso submarino de propulsão nuclear, resulta de aprofundados estudos e amadurecido processo de tomada de decisão. No entender da Marinha, essa escolha constitui a opção de menor risco para o êxito da empreitada, de resto, um acalentado sonho da Força Naval há, já, trinta anos.
Os submarinos serão construídos no Brasil. Nesse caso, o modelo do submarino Classe Scorpène será adaptado por nossos Engenheiros Navais. O índice de nacionalização será bastante elevado, havendo em cada um mais de 36.000 itens, produzidos por mais de 30 empresas brasileiras.
O acordo com a França, país que possui grande experiência no assunto e tecnologia bastante moderna, visa abreviar as etapas da parte não nuclear do submarino de propulsão nuclear, com a transferência de tecnologias de projeto e construção. Existe também um grande interesse da Marinha em conseguir que empresas francesas transfiram a indústrias nacionais a capacidade de fabricação de importantes equipamentos, que possuem requisitos de desempenho bastante rigorosos, exigidos para a operação em condições extremamente severas, como é o caso de submarinos.
Esse convênio está em fase final de discussão, mas, ressalta-se que, nos moldes pretendidos pela Marinha, ele prevê a transferência de tecnologia para a construção de submarinos convencionais e para a parte não nuclear do submarino com propulsão nuclear. Como exemplos, podemos mencionar a estrutura do casco resistente, as condições de desempenho hidrodinâmico, os periscópios, sistemas de combate e de comunicações, o teste dos hélices em laboratórios especializados, entre outras áreas.
Considerando a garantia dada pelo Governo Francês da transferência da tecnologia e as experiências positivas observadas sobre o Submarino da Classe Scorpène, a Marinha não teve dúvida em optar por essa obtenção.
SUBMARINO SCORPÈNE: A POSIÇÃO DA MARINHA
Submarinos na estratégia naval brasileira
Desde a década de 1970, levando em conta a vastidão do Atlântico Sul, natural teatro de nossas operações navais, e a magnitude de nossos interesses no mar, a Marinha do Brasil (MB) constatou, desde logo, que, no que tangia a submarinos, a posse de convencionais não era bastante. Para o cumprimento de sua missão constitucional de defender a soberania, integridade territorial e interesses marítimos do País, tornava-se mister dispor, também, de submarinos nucleares em seu inventário de meios. Aqueles, em face de suas peculiaridades, para emprego preponderante em áreas litorâneas, em zonas de patrulha limitadas. Estes, graças à excepcional mobilidade, para a garantia da defesa avançada da fronteira marítima mais distante.
No presente momento, encontram-se em fase de negociações, a fabricação no Brasil de submarinos convencionais, e a do primeiro com propulsão nuclear, o que se constitui na maior prioridade do Programa de Reaparelhamento da Marinha.
Sobre esse assunto foi criada, no dia 26 de setembro, último passado, a Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN), dentro da estrutura organizacional da Diretoria Geral do Material da Marinha. Essa Coordenadoria tem as atribuições de gerenciar o projeto e a construção do estaleiro dedicado aos submarinos e de sua base; de gerenciar o projeto de construção do submarino com propulsão nuclear; e de gerenciar o projeto de detalhamento do submarino convencional a ser adquirido pela MB.
A COGESN foi criada pelo Comando da Marinha como forma de proporcionar uma melhor integração e sinergia entre todas as Organizações da Marinha, com foco no desenvolvimento de um submarino com propulsão nuclear. Essa criação tornou-se necessária, na medida em que, com a nova visão governamental no que tange à área nuclear e, em particular, à Defesa e à Segurança Nacionais, foram criadas condições para que a Marinha pudesse, mediante nova abordagem, levar adiante um empreendimento até aqui mantido no limiar da sobrevivência, à custa de sacrifícios orçamentários da própria Força Naval.
Desde o final da década de 1970, a MB desenvolve, nas dependências de seu Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, um programa de desenvolvimento de tecnologia nuclear, visando, por um lado, o domínio do ciclo do combustível nuclear, que logrou êxito em 1982, com a divulgação do enriquecimento do urânio com tecnologia desenvolvida pela MB. Por outro, o desenvolvimento de um protótipo de reator nuclear capaz de gerar energia para fazer funcionar a planta de propulsão de um submarino nuclear. Este, ainda em desenvolvimento, com operação prevista para 2013.
Paralelamente, para capacitar-se a construir submarinos, a MB, na mesma época, cuidou de adquirir, da Alemanha, a transferência de tecnologia de construção de submarinos, empregando, para tanto, o projeto do submarino IKL-209, à época, o modelo mais vendido no mundo. Foram, assim, construídos quatro submarinos no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), colocando a MB no limitado rol dos países construtores desses engenhos.
O que falta para alcançar as metas
As principais pendências, no que tange à capacitação do País para construir um submarino nuclear, considerando já alcançada a meta do combustível nuclear, incluem:
a) - o término da construção e a operação experimental do reator nuclear e da respectiva planta de propulsão. Com o compromisso do presente governo de aportar recursos, sua operação está prevista para 2013; e
b) - não obstante ter logrado êxito na construção de submarinos no AMRJ, falta à Marinha a capacidade de desenvolver projetos de submarinos. O caminho seguido pelas potências que produzem submarinos nucleares foi o de, a partir do pleno domínio do projeto de convencionais, evoluir, por etapas, para um submarino nuclear, cujos requisitos, em termos de tecnologia e controle de qualidade, superam em muito aqueles de um convencional. Assim, o caminho natural para o Brasil seria, da mesma forma, o de desenvolver sucessivos protótipos, até que se chegasse a um projeto razoável, para abrigar uma planta nuclear. Como não se dispõe do tempo nem dos recursos necessários para tanto, a solução delineada pela MB, no intuito de – com segurança – saltar etapas, foi a de buscar parcerias estratégicas com países detentores de tais tecnologias e que estivessem dispostos a transferi-la.
Tendo em vista, por um lado, a total exclusão tecnológica imposta pelas principais potências aos países que buscam o domínio das tecnologias nucleares, barrando-lhes o caminho, e, por outro a indispensável transição a ser feita entre os projetos de submarinos convencionais e nucleares, demandando que a associação fosse buscada com quem produz a ambos, restaram poucas opções.
No momento, apenas dois países no mundo desenvolvem e produzem, simultaneamente, ambos os tipos de submarinos, o que limitou o campo de abordagem, respectivamente, à Rússia e à França. (Só foram considerados os fabricantes tradicionais. Pouco se sabe sobre o projeto chinês e os resultados obtidos. Na verdade, também eles vivem uma fase de aprendizado).
A Rússia desenvolveu sua tecnologia nuclear e possui um projeto de submarino convencional, o Amur 1650 (imagem à esquerda), mas apresenta alguns óbices: não possui qualquer cliente no mundo ocidental, nessa área; seu projeto de submarino convencional ainda não encontrou, pelo que se conhece, algum comprador; o apoio logístico enfrenta dificuldades; e, o que a desqualifica definitivamente, não está disposta a transferir tecnologia. Só se interessa por vender submarinos, o que está muito longe das pretensões brasileiras.
A França, por outro lado, também desenvolveu sua própria tecnologia, emprega métodos e processos típicos do Ocidente e de mais fácil absorção por nossos engenheiros e técnicos, além de ser um fornecedor tradicional de material de defesa para o mundo ocidental. No momento, exporta submarinos convencionais Scorpène (ver foto ao lado) para países como o Chile, a Índia e a Malásia. Acima de tudo, está disposta a – contratualmente – transferir tecnologia de projeto de submarinos, inclusive cooperando no projeto do submarino de propulsão nuclear brasileiro, excluídos o projeto e a construção do próprio reator e seus controles, que caberiam exclusivamente à MB. É exatamente o que interessa ao Brasil.
A opção pelo Submarino Classe Scorpène
O processo de escolha do Submarino Classe Scorpène foi longo, exaustivo e criterioso, e envolveu reuniões, visitas a países possuidores de submarinos nucleares e de submarinos dessa Classe, além de análises de diversos relatórios e intensas negociações.
Assim, para se chegar à conclusão sobre o melhor projeto de um submarino convencional que atendesse a Marinha, executou-se uma extensiva pesquisa nos diversos modelos de submarinos disponíveis, junto aos países que os detém, para se conhecer as qualidades e limitações de cada um deles.
Como qualquer projeto dessa complexidade, é natural que existam vantagens e desvantagens em cada uma das opções examinadas, avaliações que foram consideradas nos citados relatórios e que serviram de base para a escolha.
Algumas características do projeto do Submarino Scorpène merecem especial destaque. Diferentemente do usual, apesar de tratar-se de um submarino convencional, seu projeto não constitui evolução de uma classe convencional anterior; pelo contrário, seu casco hidrodinâmico é derivado do submarino nuclear “Rubis/Amethyste”, mas mais compacto. Essa classe de submarinos, denominada classe Rubis (foto à direita), tem seis unidades em operação na Marinha Francesa. Além disso, emprega tecnologias usadas nos submarinos nucleares franceses, como o sistema de combate SUBTICS.
Em decorrência, dentre as vantagens que apresenta, seu projeto destaca-se por facilitar uma rápida transição para o nuclear, haja vista sua forma de casco clássica daquele tipo de submarinos, com hidrodinâmica apropriada para elevados desempenhos em velocidade e manobra
À esquerda, pode-se observar a diferença entre um casco tipicamente de nuclear - como o do Scorpène (figura ao lado, acima) – comparado com o de um convencional clássico, um IKL-209 (figura ao lado, abaixo).
Além das peculiaridades de projeto, o Scorpène tem a vantagem de empregar os mesmos sistemas (sensores, sistema de combate, armamento, sistema de controle da plataforma etc) existentes nos submarinos nucleares franceses. Ajustes de software compatibilizam as diferentes necessidades de desempenho. Do ponto de vista logístico e de atualização tecnológica constitui diferencial respeitável.
Assim, considerando a necessidade brasileira de abreviar processos, - na verdade, queimar etapas, sem jamais comprometer a segurança –, a escolha do projeto do Scorpène, para servir de base ao desenvolvimento do projeto do nosso submarino de propulsão nuclear, resulta de aprofundados estudos e amadurecido processo de tomada de decisão. No entender da Marinha, essa escolha constitui a opção de menor risco para o êxito da empreitada, de resto, um acalentado sonho da Força Naval há, já, trinta anos.
Os submarinos serão construídos no Brasil. Nesse caso, o modelo do submarino Classe Scorpène será adaptado por nossos Engenheiros Navais. O índice de nacionalização será bastante elevado, havendo em cada um mais de 36.000 itens, produzidos por mais de 30 empresas brasileiras.
O acordo com a França, país que possui grande experiência no assunto e tecnologia bastante moderna, visa abreviar as etapas da parte não nuclear do submarino de propulsão nuclear, com a transferência de tecnologias de projeto e construção. Existe também um grande interesse da Marinha em conseguir que empresas francesas transfiram a indústrias nacionais a capacidade de fabricação de importantes equipamentos, que possuem requisitos de desempenho bastante rigorosos, exigidos para a operação em condições extremamente severas, como é o caso de submarinos.
Esse convênio está em fase final de discussão, mas, ressalta-se que, nos moldes pretendidos pela Marinha, ele prevê a transferência de tecnologia para a construção de submarinos convencionais e para a parte não nuclear do submarino com propulsão nuclear. Como exemplos, podemos mencionar a estrutura do casco resistente, as condições de desempenho hidrodinâmico, os periscópios, sistemas de combate e de comunicações, o teste dos hélices em laboratórios especializados, entre outras áreas.
Considerando a garantia dada pelo Governo Francês da transferência da tecnologia e as experiências positivas observadas sobre o Submarino da Classe Scorpène, a Marinha não teve dúvida em optar por essa obtenção.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
Carlo M. Cipolla
-
- Sênior
- Mensagens: 2235
- Registrado em: Sex Mai 05, 2006 9:15 pm
- Localização: são luis - ma
- Agradeceram: 3 vezes
Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
AVANTE, MB!!!!!!!
"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"
-
- Sênior
- Mensagens: 2235
- Registrado em: Sex Mai 05, 2006 9:15 pm
- Localização: são luis - ma
- Agradeceram: 3 vezes
Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
ELIANE CANTANHÊDE
Longo alcance
BRASÍLIA - Com o presidente dos EUA levando sapatadas e o de Cuba virando o centro das atenções num encontro da América Latina e do Caribe, na Bahia, o mundo está de pernas para o ar. É nesse clima que o casal Nicolas Sarkozy-Carla Bruni está chegando para selar uma "aliança estratégica" Brasil-França.
A estrela mais esfuziante do pacote, com perdão de dona Bruni, será o anúncio da produção de quatro submarinos convencionais nacionais e um de propulsão nuclear -que não é uma brincadeirinha de almirantes, mas um avanço importante para a tecnologia, a indústria e o desenvolvimento do país.
Desde os anos 1970, o Brasil já investiu cerca de US$ 1,5 bi (ou US$ 5,6 bi, atualizados) no programa nuclear da Marinha. O protocolo com a França, que fecha um ciclo e abre outro, prevê a compra de equipamentos e tecnologia para a construção e montagem de um estaleiro especializado e uma base especial para fabricar os submarinos. O Brasil já detém a tecnologia do reator nuclear. Mas falta muito dinheiro e tempo, no mínimo 12 anos, para entregar o projeto pronto e acabado.
Mas, assim como a sapatada entra para a história como o triste fim de Bush e o início de uma nova era num mundo em crise, o protocolo com a França e a "Estratégia Nacional de Defesa", lançada na última quinta-feira, marcam um novo patamar nas pretensões brasileiras.
Não se poderia esperar cronogramas e cifras do documento, porque não se trata de um plano a ser executado, mas de uma doutrina, um conjunto de diretrizes para tentar adequar a defesa brasileira ao projeto político e econômico de liderança regional e de emergente internacional. Também não se pode esperar que Sarkozy chegue na segunda e, na terça, o Brasil amanheça outro. Mas esses movimentos têm uma direção e fazem sentido para quem tenta olhar em volta e enxergar bem adiante. Aliás, é a isso se dá o nome de estratégia.
Longo alcance
BRASÍLIA - Com o presidente dos EUA levando sapatadas e o de Cuba virando o centro das atenções num encontro da América Latina e do Caribe, na Bahia, o mundo está de pernas para o ar. É nesse clima que o casal Nicolas Sarkozy-Carla Bruni está chegando para selar uma "aliança estratégica" Brasil-França.
A estrela mais esfuziante do pacote, com perdão de dona Bruni, será o anúncio da produção de quatro submarinos convencionais nacionais e um de propulsão nuclear -que não é uma brincadeirinha de almirantes, mas um avanço importante para a tecnologia, a indústria e o desenvolvimento do país.
Desde os anos 1970, o Brasil já investiu cerca de US$ 1,5 bi (ou US$ 5,6 bi, atualizados) no programa nuclear da Marinha. O protocolo com a França, que fecha um ciclo e abre outro, prevê a compra de equipamentos e tecnologia para a construção e montagem de um estaleiro especializado e uma base especial para fabricar os submarinos. O Brasil já detém a tecnologia do reator nuclear. Mas falta muito dinheiro e tempo, no mínimo 12 anos, para entregar o projeto pronto e acabado.
Mas, assim como a sapatada entra para a história como o triste fim de Bush e o início de uma nova era num mundo em crise, o protocolo com a França e a "Estratégia Nacional de Defesa", lançada na última quinta-feira, marcam um novo patamar nas pretensões brasileiras.
Não se poderia esperar cronogramas e cifras do documento, porque não se trata de um plano a ser executado, mas de uma doutrina, um conjunto de diretrizes para tentar adequar a defesa brasileira ao projeto político e econômico de liderança regional e de emergente internacional. Também não se pode esperar que Sarkozy chegue na segunda e, na terça, o Brasil amanheça outro. Mas esses movimentos têm uma direção e fazem sentido para quem tenta olhar em volta e enxergar bem adiante. Aliás, é a isso se dá o nome de estratégia.
"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Bom, muita coisa pode ser depreendida, e confirmada com a nota da MB.
O que podemos depreender, é que se trata de uma reação ao lobby alemão, que estava chegando ao limite do eticamente aceitável (sei do que falo). Na nota, a MB deixa claríssima sua posição. Muita coisa do que foi escrito aqui, anteriormente, no DB, está confirmado, como a exigência da MB de ter capacidade de PROJETAR SUBMARINOS, negada pelos alemães.
Vamos ver com calma alguns pontos da nota:
Todas as soluções pensadas para a MB tem que levar em consideração este fator. Qualquer solução que sirva para outro teatro, mas não para o Atlântico, não presta para nós.
Subs convencionais em águas rasas, operando em Zonas de Patrulha (ZP); e
Subs nucleares operando em águas azuis, exercendo com liberdade sua MOBILIDADE ESTRATÉGICA, perseguindo 24 hs por dia uma FT inimiga, onde quer que ela esteja.
Voltamos à época da Independência, onde se decidiu no "Parlamento" que nenhuma FT inimiga iria navegar 2000 léguas sem oposição para atacar o Brasil. Vejam a visão estratégica daqueles que nos precederam.
A MB é a segunda Força a escrever que os russos não querem passar tecnologia, só vender. Aqui nos remetemos ao FX.
Desta forma, acredito que estamos convencidos de que a MB agiu no interesse do Brasil, como sempre fez.
O que podemos depreender, é que se trata de uma reação ao lobby alemão, que estava chegando ao limite do eticamente aceitável (sei do que falo). Na nota, a MB deixa claríssima sua posição. Muita coisa do que foi escrito aqui, anteriormente, no DB, está confirmado, como a exigência da MB de ter capacidade de PROJETAR SUBMARINOS, negada pelos alemães.
Vamos ver com calma alguns pontos da nota:
Há pouco tempo eu escrevi que passava 24 hs por dia pensando no Atlântico, teatro de operações da MB, e não no Báltico.levando em conta a vastidão do Atlântico Sul, natural teatro de nossas operações navais, e a magnitude de nossos interesses no mar
Todas as soluções pensadas para a MB tem que levar em consideração este fator. Qualquer solução que sirva para outro teatro, mas não para o Atlântico, não presta para nós.
Estamos cansados aqui no DB de discutir sobre isto.no que tangia a submarinos, a posse de convencionais não era bastante. Para o cumprimento de sua missão constitucional de defender a soberania, integridade territorial e interesses marítimos do País, tornava-se mister dispor, também, de submarinos nucleares em seu inventário de meios. Aqueles, em face de suas peculiaridades, para emprego preponderante em áreas litorâneas, em zonas de patrulha limitadas. Estes, graças à excepcional mobilidade, para a garantia da defesa avançada da fronteira marítima mais distante.
Subs convencionais em águas rasas, operando em Zonas de Patrulha (ZP); e
Subs nucleares operando em águas azuis, exercendo com liberdade sua MOBILIDADE ESTRATÉGICA, perseguindo 24 hs por dia uma FT inimiga, onde quer que ela esteja.
Voltamos à época da Independência, onde se decidiu no "Parlamento" que nenhuma FT inimiga iria navegar 2000 léguas sem oposição para atacar o Brasil. Vejam a visão estratégica daqueles que nos precederam.
Reconhecimento mais que correto.com a nova visão governamental no que tange à área nuclear e, em particular, à Defesa e à Segurança Nacionais
Também mais que sabido, aqui no DB. Aqui o motivo da MB definir com o Governo se este seria um programa de Estado, ou não. Se não, seria fechado, com as consequências sabidas.foram criadas condições para que a Marinha pudesse, mediante nova abordagem, levar adiante um empreendimento até aqui mantido no limiar da sobrevivência, à custa de sacrifícios orçamentários da própria Força Naval.
Isto se o repasse de recursos for mantido no atual nível. Se aumentar, antecipamos.o desenvolvimento de um protótipo de reator nuclear capaz de gerar energia para fazer funcionar a planta de propulsão de um submarino nuclear. Este, ainda em desenvolvimento, com operação prevista para 2013.
Negado pelos alemães, com a explicação de que não iria formar futuros competidores. A MB não podia aceitar.falta à Marinha a capacidade de desenvolver projetos de submarinos
Aqui no DB já sabíamos disso. A opção era por quem construísse um nuclear e estivesse disposto a repassar tecnologia.Tendo em vista, por um lado, a total exclusão tecnológica imposta pelas principais potências aos países que buscam o domínio das tecnologias nucleares, barrando-lhes o caminho, e, por outro a indispensável transição a ser feita entre os projetos de submarinos convencionais e nucleares, demandando que a associação fosse buscada com quem produz a ambos, restaram poucas opções.
Mais que claro, pelo menos para mim.A Rússia desenvolveu sua tecnologia nuclear e possui um projeto de submarino convencional, o Amur 1650 (imagem à esquerda), mas apresenta alguns óbices: não possui qualquer cliente no mundo ocidental, nessa área; seu projeto de submarino convencional ainda não encontrou, pelo que se conhece, algum comprador; o apoio logístico enfrenta dificuldades; e, o que a desqualifica definitivamente, não está disposta a transferir tecnologia. Só se interessa por vender submarinos, o que está muito longe das pretensões brasileiras.
A MB é a segunda Força a escrever que os russos não querem passar tecnologia, só vender. Aqui nos remetemos ao FX.
Não precisa de comentários.A França está disposta a – contratualmente – transferir tecnologia de projeto de submarinos, inclusive cooperando no projeto do submarino de propulsão nuclear brasileiro, excluídos o projeto e a construção do próprio reator e seus controles, que caberiam exclusivamente à MB. É exatamente o que interessa ao Brasil.
Vale a pena ver no site da MB.À esquerda, pode-se observar a diferença entre um casco tipicamente de nuclear - como o do Scorpène (figura ao lado, acima) – comparado com o de um convencional clássico, um IKL-209 (figura ao lado, abaixo).
Além das peculiaridades de projeto, o Scorpène tem a vantagem de empregar os mesmos sistemas (sensores, sistema de combate, armamento, sistema de controle da plataforma etc) existentes nos submarinos nucleares franceses. Ajustes de software compatibilizam as diferentes necessidades de desempenho. Do ponto de vista logístico e de atualização tecnológica constitui diferencial respeitável.
Em tempos de END...o modelo do submarino Classe Scorpène será adaptado por nossos Engenheiros Navais. O índice de nacionalização será bastante elevado, havendo em cada um mais de 36.000 itens, produzidos por mais de 30 empresas brasileiras.
O que os alemães não poderiam fazer, por não possuirem nucs, além de não quererem fazer.Esse convênio está em fase final de discussão, mas, ressalta-se que, nos moldes pretendidos pela Marinha, ele prevê a transferência de tecnologia para a construção de submarinos convencionais e para a parte não nuclear do submarino com propulsão nuclear. Como exemplos, podemos mencionar a estrutura do casco resistente, as condições de desempenho hidrodinâmico, os periscópios, sistemas de combate e de comunicações, o teste dos hélices em laboratórios especializados, entre outras áreas.
Garantia Estado para Estado.Considerando a garantia dada pelo Governo Francês da transferência da tecnologia e as experiências positivas observadas sobre o Submarino da Classe Scorpène, a Marinha não teve dúvida em optar por essa obtenção.
Desta forma, acredito que estamos convencidos de que a MB agiu no interesse do Brasil, como sempre fez.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Da FSP:
Brasil fará quatro submarinos com apoio francês
RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO
A visita oficial ao Brasil do presidente da França, Nicolas Sarkozy, vai marcar a primeira grande cartada da Estratégia Nacional de Defesa, plano formulado pelo Ministério da Defesa e pelo Secretaria de Assuntos Estratégicos em documento lançado na semana passada.
Será firmado convênio para a construção de quatro submarinos convencionais e o apoio da França na construção de um submarino de propulsão nuclear (desenvolvimento do casco e sistemas eletrônicos) -a propulsão será brasileira. Também está prevista a construção de 50 helicópteros de transporte franceses no Brasil para as três Forças.
A visita inaugura a prática de centralização de compras militares no Ministério da Defesa. A tradição militar brasileira era a de cada uma das Forças adquirir separadamente seus materiais.
Além de fazer um pacote de acordos e compras, a negociação com a França se encaixa no modelo considerado ideal pela nova estratégia nacional para o setor. O plano defende a cooperação internacional com transferência de tecnologia com o objetivo de desenvolver a capacitação tecnológica e a fabricação de produtos de defesa para eliminar progressivamente a compra de serviços e produtos importados.
Apesar disso, os franceses ainda tentam convencer o Brasil a comprar o submarino de propulsão nuclear já pronto. Mas a área nuclear é um dos três "setores estratégicos essenciais", e o projeto do submarino, prioridade.
UE
Paralelamente à agenda bilateral, Sarkozy e Lula protagonizam a 2ª Cúpula Brasil-União Européia (UE). A pauta é a adoção do Plano de Ação da Parceria Estratégica -firmada na primeira cúpula em 2007-, que visa intensificar as trocas comerciais entre o país e o bloco econômico europeu. O presidente francês está deixando a presidência rotativa do Conselho Europeu, cujo mandato é semestral. Participará do evento o ex-premiê português José Manuel Durão Barroso, que é presidente da Comissão Européia -órgão executivo da UE. Sarkozy viaja acompanhado de sua mulher, a cantora Carla Bruni, e de três ministros.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Do ESP, meio desconexa, mas...
Agenda inclui compra de 50 helicópteros e 4 submarinos
Andrei Netto, PARIS
O governo vai firmar com a França, entre amanhã e terça-feira, no Rio, a compra de 50 helicópteros e de 4 submarinos clássicos, além de um acordo de consultoria para a construção de submarinos de propulsão nuclear até 2020. Os negócios serão os primeiros da parceria estratégica selada no início do ano.
Os 50 helicópteros EC-725 Cougar, fabricados pela Eurocopter-Helibras, serão produzidos no Brasil e entregues a partir de 2010. A subsidiária brasileira terá de investir até US$ 400 milhões na adequação de sua linha de montagem, em Minas.
A segunda compra confirmada será a dos quatro submarinos de classe Scorpène. Produzidas pela francesa DCNS, as embarcações serão montadas em um estaleiro no Rio e em uma segunda unidade a ser construída.
"No horizonte 2020, vamos oferecer consultoria para a construção do casco e de uma base de submarinos nucleares", informou o conselheiro diplomático do Palácio do Eliseu, Jean-David Lévite.
Ambos os contratos pressupõem a transferência de tecnologia. A comitiva pretende também adiantar negociações em torno do projeto FX2, para renovação da frota de caças do Brasil.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
- Alcantara
- Sênior
- Mensagens: 6586
- Registrado em: Qui Jan 20, 2005 4:06 pm
- Localização: Rio de Janeiro - RJ
- Agradeceu: 215 vezes
- Agradeceram: 248 vezes
- Contato:
Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
A opção pelo Submarino Classe Scorpène
O processo de escolha do Submarino Classe Scorpène foi longo, exaustivo e criterioso, e envolveu reuniões, visitas a países possuidores de submarinos nucleares e de submarinos dessa Classe, além de análises de diversos relatórios e intensas negociações.
Assim, para se chegar à conclusão sobre o melhor projeto de um submarino convencional que atendesse a Marinha, executou-se uma extensiva pesquisa nos diversos modelos de submarinos disponíveis, junto aos países que os detém, para se conhecer as qualidades e limitações de cada um deles.
Como qualquer projeto dessa complexidade, é natural que existam vantagens e desvantagens em cada uma das opções examinadas, avaliações que foram consideradas nos citados relatórios e que serviram de base para a escolha.
Algumas características do projeto do Submarino Scorpène merecem especial destaque. Diferentemente do usual, apesar de tratar-se de um submarino convencional, seu projeto não constitui evolução de uma classe convencional anterior; pelo contrário, seu casco hidrodinâmico é derivado do submarino nuclear “Rubis/Amethyste”, mas mais compacto. Essa classe de submarinos, denominada classe Rubis (foto à direita), tem seis unidades em operação na Marinha Francesa. Além disso, emprega tecnologias usadas nos submarinos nucleares franceses, como o sistema de combate SUBTICS.
Em decorrência, dentre as vantagens que apresenta, seu projeto destaca-se por facilitar uma rápida transição para o nuclear, haja vista sua forma de casco clássica daquele tipo de submarinos, com hidrodinâmica apropriada para elevados desempenhos em velocidade e manobra
À esquerda, pode-se observar a diferença entre um casco tipicamente de nuclear - como o do Scorpène (figura ao lado, acima) – comparado com o de um convencional clássico, um IKL-209 (figura ao lado, abaixo).
Além das peculiaridades de projeto, o Scorpène tem a vantagem de empregar os mesmos sistemas (sensores, sistema de combate, armamento, sistema de controle da plataforma etc) existentes nos submarinos nucleares franceses. Ajustes de software compatibilizam as diferentes necessidades de desempenho. Do ponto de vista logístico e de atualização tecnológica constitui diferencial respeitável.
Assim, considerando a necessidade brasileira de abreviar processos, - na verdade, queimar etapas, sem jamais comprometer a segurança –, a escolha do projeto do Scorpène, para servir de base ao desenvolvimento do projeto do nosso submarino de propulsão nuclear, resulta de aprofundados estudos e amadurecido processo de tomada de decisão. No entender da Marinha, essa escolha constitui a opção de menor risco para o êxito da empreitada, de resto, um acalentado sonho da Força Naval há, já, trinta anos.
Os submarinos serão construídos no Brasil. Nesse caso, o modelo do submarino Classe Scorpène será adaptado por nossos Engenheiros Navais. O índice de nacionalização será bastante elevado, havendo em cada um mais de 36.000 itens, produzidos por mais de 30 empresas brasileiras.
O acordo com a França, país que possui grande experiência no assunto e tecnologia bastante moderna, visa abreviar as etapas da parte não nuclear do submarino de propulsão nuclear, com a transferência de tecnologias de projeto e construção. Existe também um grande interesse da Marinha em conseguir que empresas francesas transfiram a indústrias nacionais a capacidade de fabricação de importantes equipamentos, que possuem requisitos de desempenho bastante rigorosos, exigidos para a operação em condições extremamente severas, como é o caso de submarinos.
Esse convênio está em fase final de discussão, mas, ressalta-se que, nos moldes pretendidos pela Marinha, ele prevê a transferência de tecnologia para a construção de submarinos convencionais e para a parte não nuclear do submarino com propulsão nuclear. Como exemplos, podemos mencionar a estrutura do casco resistente, as condições de desempenho hidrodinâmico, os periscópios, sistemas de combate e de comunicações, o teste dos hélices em laboratórios especializados, entre outras áreas.
Considerando a garantia dada pelo Governo Francês da transferência da tecnologia e as experiências positivas observadas sobre o Submarino da Classe Scorpène, a Marinha não teve dúvida em optar por essa obtenção.
https://www.mar.mil.br/menu_v/ccsm/impr ... orpene.htm
O processo de escolha do Submarino Classe Scorpène foi longo, exaustivo e criterioso, e envolveu reuniões, visitas a países possuidores de submarinos nucleares e de submarinos dessa Classe, além de análises de diversos relatórios e intensas negociações.
Assim, para se chegar à conclusão sobre o melhor projeto de um submarino convencional que atendesse a Marinha, executou-se uma extensiva pesquisa nos diversos modelos de submarinos disponíveis, junto aos países que os detém, para se conhecer as qualidades e limitações de cada um deles.
Como qualquer projeto dessa complexidade, é natural que existam vantagens e desvantagens em cada uma das opções examinadas, avaliações que foram consideradas nos citados relatórios e que serviram de base para a escolha.
Algumas características do projeto do Submarino Scorpène merecem especial destaque. Diferentemente do usual, apesar de tratar-se de um submarino convencional, seu projeto não constitui evolução de uma classe convencional anterior; pelo contrário, seu casco hidrodinâmico é derivado do submarino nuclear “Rubis/Amethyste”, mas mais compacto. Essa classe de submarinos, denominada classe Rubis (foto à direita), tem seis unidades em operação na Marinha Francesa. Além disso, emprega tecnologias usadas nos submarinos nucleares franceses, como o sistema de combate SUBTICS.
Em decorrência, dentre as vantagens que apresenta, seu projeto destaca-se por facilitar uma rápida transição para o nuclear, haja vista sua forma de casco clássica daquele tipo de submarinos, com hidrodinâmica apropriada para elevados desempenhos em velocidade e manobra
À esquerda, pode-se observar a diferença entre um casco tipicamente de nuclear - como o do Scorpène (figura ao lado, acima) – comparado com o de um convencional clássico, um IKL-209 (figura ao lado, abaixo).
Além das peculiaridades de projeto, o Scorpène tem a vantagem de empregar os mesmos sistemas (sensores, sistema de combate, armamento, sistema de controle da plataforma etc) existentes nos submarinos nucleares franceses. Ajustes de software compatibilizam as diferentes necessidades de desempenho. Do ponto de vista logístico e de atualização tecnológica constitui diferencial respeitável.
Assim, considerando a necessidade brasileira de abreviar processos, - na verdade, queimar etapas, sem jamais comprometer a segurança –, a escolha do projeto do Scorpène, para servir de base ao desenvolvimento do projeto do nosso submarino de propulsão nuclear, resulta de aprofundados estudos e amadurecido processo de tomada de decisão. No entender da Marinha, essa escolha constitui a opção de menor risco para o êxito da empreitada, de resto, um acalentado sonho da Força Naval há, já, trinta anos.
Os submarinos serão construídos no Brasil. Nesse caso, o modelo do submarino Classe Scorpène será adaptado por nossos Engenheiros Navais. O índice de nacionalização será bastante elevado, havendo em cada um mais de 36.000 itens, produzidos por mais de 30 empresas brasileiras.
O acordo com a França, país que possui grande experiência no assunto e tecnologia bastante moderna, visa abreviar as etapas da parte não nuclear do submarino de propulsão nuclear, com a transferência de tecnologias de projeto e construção. Existe também um grande interesse da Marinha em conseguir que empresas francesas transfiram a indústrias nacionais a capacidade de fabricação de importantes equipamentos, que possuem requisitos de desempenho bastante rigorosos, exigidos para a operação em condições extremamente severas, como é o caso de submarinos.
Esse convênio está em fase final de discussão, mas, ressalta-se que, nos moldes pretendidos pela Marinha, ele prevê a transferência de tecnologia para a construção de submarinos convencionais e para a parte não nuclear do submarino com propulsão nuclear. Como exemplos, podemos mencionar a estrutura do casco resistente, as condições de desempenho hidrodinâmico, os periscópios, sistemas de combate e de comunicações, o teste dos hélices em laboratórios especializados, entre outras áreas.
Considerando a garantia dada pelo Governo Francês da transferência da tecnologia e as experiências positivas observadas sobre o Submarino da Classe Scorpène, a Marinha não teve dúvida em optar por essa obtenção.
https://www.mar.mil.br/menu_v/ccsm/impr ... orpene.htm
"Se o Brasil quer ser, então tem que ter!"
- Centurião
- Sênior
- Mensagens: 1153
- Registrado em: Qui Set 29, 2005 1:14 pm
- Agradeceu: 5 vezes
- Agradeceram: 21 vezes
Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Muito boas as notícias, mas alguém sabe qual é a desse diplomata francês chamado Jean-David Lévite? Primeiro eu vejo declarações ofensivas dele de que a Amazônia é de todos e não somente do Brasil. Só isso é suficiente para causar um incidente diplomático. Agora ele diz que a França vai nos dar o que precisarmos para desenvolver o subnuc. Será que ele entende que o apoio francês na área de tecnologia militar irá tornar esse tipo de declaração inócua no médio prazo?
Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
El cutaway del Scorpene que postea Alcantara a alguno puede parecerle muy caricaturesco. Acá les dejo el link de uno más "técnico".
http://www.armada.cl/p4_ingles/site/art ... 112321.pdf
Saludos
http://www.armada.cl/p4_ingles/site/art ... 112321.pdf
Saludos
- Immortal Horgh
- Sênior
- Mensagens: 7038
- Registrado em: Qui Nov 22, 2007 1:59 am
Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Uma dúvida: se o estaleiro deve demorar 5 anos para ficar pronto, isso significa que os subs convencionais serão construídos no AMRJ e os nucleares nessas novas instalações?Marino escreveu:Andando, andando... :
O Globo
NEGÓCIOS & CIA
Definida área de estaleiro militar
Aguinaldo Novo (Interino)
O estaleiro e a base da Marinha onde serão construídos quatro submarinos convencionais e um de propulsão nuclear, em parceria entre Brasil e França, vão ficar em uma área entre o Porto de Itaguaí e a fábrica da Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep), no Rio de Janeiro.
O terreno, de 70 mil metros quadrados, pertence hoje à Companhia Docas do Rio de Janeiro. Ele será transferido à Marinha pela Secretaria do Patrimônio da União, conforme acertado há cerca de dez dias.
Orçado em 1,5 bilhão, o projeto - que prevê o uso de financiamento internacional - está dentro do pacote de defesa que será assinado na próxima terça-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente francês, Nicolas Sarkozy.
A previsão é que o complexo comece a ser construído no 2º semestre de 2009 e fique pronto em até cinco anos. "A área escolhida é estratégica, pois a Nuclep deve fabricar muitas das peças do submarino", diz o diretor-geral de material da Marinha, almirante Marcus Vinícius dos Santos. O estaleiro vai gerar 500 empregos diretos (90% para civis). Na base de apoio, trabalharão 250 oficiais.
[ ]s
Slavsya, Otechestvo nashe svobodnoye,
Druzhby narodov nadyozhny oplot,
Znamya sovetskoye, znamya narodnoye
Pust' ot pobedy k pobede vedyot!
Druzhby narodov nadyozhny oplot,
Znamya sovetskoye, znamya narodnoye
Pust' ot pobedy k pobede vedyot!
- Vinicius Pimenta
- Site Admin
- Mensagens: 12007
- Registrado em: Seg Fev 17, 2003 12:10 am
- Localização: Rio de Janeiro - RJ - Brasil
- Agradeceu: 65 vezes
- Agradeceram: 131 vezes
- Contato:
Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Pelo visto sim. Mas o Scorpène cabe sem maiores dificuldades no AMRJ (precisa de algumas adaptações). O nuclear que não dá, sem contar a gritaria que seria a construção de um submarino nuclear no Centro do Rio de Janeiro. Pra quem não sabe, gente, aquele complexo naval que compreende o 1° DN, o CGCFN, AMRJ, etc fica bem no Centro da cidade, pertinho do aeroporto Santos Dumont, da Praça XV e Avenidas Presidente Vargas e Rio Branco. Então, sem condições, convenhamos.
Vinicius Pimenta
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Brasil vai comprar submarino da França
País também terá novos helicópteros
Roberto Godoy
O presidente Lula e o presidente da França, Nicolas Sarkozy, assinam amanhã às 10 horas, no Rio, um compromisso de cooperação militar entre os dois países que, na prática, resultará em grandes negócios.
O mais avançado é a compra, com fabricação na Helibrás, de Itajubá, de 51 helicópteros pesados Cougar. O contrato é avaliado em cerca de US$ 1,1 bilhão. A empresa, que emprega 250 técnicos, vai abrir 750 novas vagas até 2013 para atender o pedido. Segundo o diretor-geral da EADS - grupo europeu aeroespacial e de defesa que controla Helibrás - Eduardo Marson, "os empregos indiretos, na rede de fornecedores, podem chegar a 4 mil". O processo implica transferência de tecnologia e compensações comerciais. Todos os helicópteros serão fornecidos para as Forças Armadas. As primeiras unidades serão entregues no início de 2012.
Na área do Comando da Marinha, está o programa mais ambicioso. De acordo com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, serão comprados quatro submarinos convencionais, diesel-elétricos, da classe Scorpène, do estaleiro DCNS, de Cherbourg. O valor é de cerca de US$ 1,6 bilhão, envolvendo apenas os navios.
O lote terá de ser todo produzido no País, com entrega da tecnologia, no novo centro industrial construído por meio de conhecimento francês específico. "O processo de escolha do Scorpène foi longo, criterioso e exaustivo", afirma o almirante Júlio Moura Neto, comandante da Marinha. "Só dois países mantêm simultaneamente o desenvolvimento de submarinos, nucleares e convencionais: a França e a Rússia - os russos não estão dispostos a transferir tecnologia; já os franceses estão, sim, dispostos, e de forma contratual", explica.
Mais que isso, Sarkozy assumiu participação direta no programa do submersível nuclear brasileiro. A escolha do Scorpène está vinculada a essa meta. O navio adota conceitos da classe Rubis, nuclear, de 2.400 toneladas. O desenho do casco incorpora peculiaridades hidrodinâmicas adequadas às exigências em regime de alta velocidade (20 nós, 37 km/hora) e manobras críticas. "Essa seleção (do Scorpène) constitui a opção de menor risco para o êxito da empreitada nuclear; um sonho da Força há, já, 30 anos", sustenta o almirante Júlio Moura.
NOVA BASE
A cooperação com a França vai resultar na construção da nova base da frota - a pretensão é de que seja composta por três unidades até 2035 - de submarinos nucleares. O centro naval tem grande chance de ser instalado no litoral de São Paulo, ao norte de São Sebastião. Ali, no bolsão de águas calmas e profundas, onde a topografia é favorável, os navios de 6.700 toneladas, seriam preparados para cumprir missões permanentes de patrulha em alto mar. Também estariam do estaleiro que deve surgir em Sepetiba, no litoral sul do Rio, para construir os submarinos. As áreas envolvidas pertencem à União.
País também terá novos helicópteros
Roberto Godoy
O presidente Lula e o presidente da França, Nicolas Sarkozy, assinam amanhã às 10 horas, no Rio, um compromisso de cooperação militar entre os dois países que, na prática, resultará em grandes negócios.
O mais avançado é a compra, com fabricação na Helibrás, de Itajubá, de 51 helicópteros pesados Cougar. O contrato é avaliado em cerca de US$ 1,1 bilhão. A empresa, que emprega 250 técnicos, vai abrir 750 novas vagas até 2013 para atender o pedido. Segundo o diretor-geral da EADS - grupo europeu aeroespacial e de defesa que controla Helibrás - Eduardo Marson, "os empregos indiretos, na rede de fornecedores, podem chegar a 4 mil". O processo implica transferência de tecnologia e compensações comerciais. Todos os helicópteros serão fornecidos para as Forças Armadas. As primeiras unidades serão entregues no início de 2012.
Na área do Comando da Marinha, está o programa mais ambicioso. De acordo com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, serão comprados quatro submarinos convencionais, diesel-elétricos, da classe Scorpène, do estaleiro DCNS, de Cherbourg. O valor é de cerca de US$ 1,6 bilhão, envolvendo apenas os navios.
O lote terá de ser todo produzido no País, com entrega da tecnologia, no novo centro industrial construído por meio de conhecimento francês específico. "O processo de escolha do Scorpène foi longo, criterioso e exaustivo", afirma o almirante Júlio Moura Neto, comandante da Marinha. "Só dois países mantêm simultaneamente o desenvolvimento de submarinos, nucleares e convencionais: a França e a Rússia - os russos não estão dispostos a transferir tecnologia; já os franceses estão, sim, dispostos, e de forma contratual", explica.
Mais que isso, Sarkozy assumiu participação direta no programa do submersível nuclear brasileiro. A escolha do Scorpène está vinculada a essa meta. O navio adota conceitos da classe Rubis, nuclear, de 2.400 toneladas. O desenho do casco incorpora peculiaridades hidrodinâmicas adequadas às exigências em regime de alta velocidade (20 nós, 37 km/hora) e manobras críticas. "Essa seleção (do Scorpène) constitui a opção de menor risco para o êxito da empreitada nuclear; um sonho da Força há, já, 30 anos", sustenta o almirante Júlio Moura.
NOVA BASE
A cooperação com a França vai resultar na construção da nova base da frota - a pretensão é de que seja composta por três unidades até 2035 - de submarinos nucleares. O centro naval tem grande chance de ser instalado no litoral de São Paulo, ao norte de São Sebastião. Ali, no bolsão de águas calmas e profundas, onde a topografia é favorável, os navios de 6.700 toneladas, seriam preparados para cumprir missões permanentes de patrulha em alto mar. Também estariam do estaleiro que deve surgir em Sepetiba, no litoral sul do Rio, para construir os submarinos. As áreas envolvidas pertencem à União.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco