Paraguai
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Ditad... ops, desculpem... "líderes" Bolivarianos mudam as regras ao seu bel prazer... é bom mesmo o Brasil ficar experto.
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Ta mais eles podem querer fazer assim mesmo alguma coisa, até pode não dar em nada, nunca se sabe. E esses 2 países não me dão medo, pois são muito dependentes do Brasil, mais isso poderá a vir ocorrer alguma desestabilidade política entre essas nações (como se isso fosse grande coisa ). Sei lá pode ser paranóia minha, mais ter um conflito onde nós somos dependentes do gás Boliviano e da energia de Itaipu, é complicado.PRick escreveu:Gente,
Não existe essa de calote de Paraguai e Bolívia, temos meios diretos de rembolso de qualquer dívida não paga em ambos os casos.
[ ]´s
Também fica ruim para o lado Brasileiro, só que no caso do Equador e da Venezuela, também existe esse reembolso?, E quais seriam tais reembolsos?
“melhor seria viver sozinho, mas isso não é possível: precisamos do poder de todos para proteger o de cada um e dos outros” (Francis Wolff)
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
é só cortar as relaçoes que em 24h eles vem com rabinho entre as pernas a a barriga vazia.
é aqula estória:Saco vazio não para em pé.
é aqula estória:Saco vazio não para em pé.
Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Srs,
alguem sabe que medidas legais o Brasil pode tomar caso, por exemplo, o Paraguai resolva "achar" que já pagou divida de itaipu?
quem conhece as intalaçoes da usina, sabe que tudo que temos do nosso lado, tem do lado deles(pelo menos na Parte Operacional...), ou seja, seria impossível "ocupar" a usina sem uma crise diplomatica daquelas..., existe algum organismo internacional isento que faça este tipo de auditoria? Seja do banco mundial, fmi e etc?
abraços
ALB
alguem sabe que medidas legais o Brasil pode tomar caso, por exemplo, o Paraguai resolva "achar" que já pagou divida de itaipu?
quem conhece as intalaçoes da usina, sabe que tudo que temos do nosso lado, tem do lado deles(pelo menos na Parte Operacional...), ou seja, seria impossível "ocupar" a usina sem uma crise diplomatica daquelas..., existe algum organismo internacional isento que faça este tipo de auditoria? Seja do banco mundial, fmi e etc?
abraços
ALB
- Marcelo Reis Batista
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Se o Paraguay tentar algo mais, é so o exercito avançar um pouco mais, com a desculpa de não comprometer a segurança da usina BI-nacional,. em vista o que o exercito paraguayo não tem condições de manter a segurança do seu lado rsrsrs.
Nunca jamais iriamos invadir territorio paraguayo ja que a usina em um todo pode ser considerado um espaço "supranacional" hahahahahahaha
Nunca jamais iriamos invadir territorio paraguayo ja que a usina em um todo pode ser considerado um espaço "supranacional" hahahahahahaha
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Isso eu duvido se não eles nem estariam fazendo o que estão fazendo com o Brasil, a verdade é que perderão o medo de confrontar-se com o Brasil, isso é fato.bruno mt escreveu:é só cortar as relaçoes que em 24h eles vem com rabinho entre as pernas a a barriga vazia.
é aqula estória:Saco vazio não para em pé.
O Brasil terá que utilizar diversas artimanhas para reverter essa situação, como lobs contra produtos desses países, cortes em investimento, cortar relações (pode até ajudar ou prejudicar totalmente). Sei lá, quem deve saber melhor o que fazer é o Itamaraty, que fiquem a cargo deles de reverter essa situação, foram eles que a criaram.
O problema de cortar relações é que são 4 países e o Brasil não faria isso, iria desestabilizar a AL, praticamente criando 2 blocos nela, os que estão do lado do Brasil e os que estão do lado da Venezuela.
E não creio que o Brasil faça isso.
Bem na visão de um leigo, olhando bem a usina em si, as turbinas estão praticamente do lado Brasileiro e o vertedouro está do lado paraguaio, pois na sua construção tiveram que fazer tais procedimentos e blá blá blá...alb escreveu:Srs,
alguem sabe que medidas legais o Brasil pode tomar caso, por exemplo, o Paraguai resolva "achar" que já pagou divida de itaipu?
quem conhece as intalaçoes da usina, sabe que tudo que temos do nosso lado, tem do lado deles(pelo menos na Parte Operacional...), ou seja, seria impossível "ocupar" a usina sem uma crise diplomatica daquelas..., existe algum organismo internacional isento que faça este tipo de auditoria? Seja do banco mundial, fmi e etc?
abraços
ALB
Não sei e outra a segurança da usina é horrível, qualquer um entra praticamente lá e sai sem ser fiscalizado além de ter uma área gigante não fiscalizada, uma coisa que o Brasil precisa se preocupar é a segurança que é muito falha.
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Não sei e outra a segurança da usina é horrível, qualquer um entra praticamente lá e sai sem ser fiscalizado além de ter uma área gigante não fiscalizada, uma coisa que o Brasil precisa se preocupar é a segurança que é muito falha.
Entrar na usina eu nao duvidaria. Entrar nas areas SENSIVEIS da usina ae eu ja duvido. Usinas hidreletricas não são usinas nucleares. Vc nao vai ver a represa hoover cheia de segurança tb, por sinal ela serve de ponte o que facilita a mesma como ponto turistico.
Vc pode alegar que é uma usina de fronteira. COncordo, mas ambos os paises oficialmente e não oficialmente não querem nem arranhar itaipu. È essencial d+ para ambos.
- bruno mt
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
"Isso eu duvido se não eles nem estariam fazendo o que estão fazendo com o Brasil, a verdade é que perderão o medo de confrontar-se com o Brasil, isso é fato. "rafafoz escreveu:Isso eu duvido se não eles nem estariam fazendo o que estão fazendo com o Brasil, a verdade é que perderão o medo de confrontar-se com o Brasil, isso é fato.bruno mt escreveu:é só cortar as relaçoes que em 24h eles vem com rabinho entre as pernas a a barriga vazia.
é aqula estória:Saco vazio não para em pé.
O Brasil terá que utilizar diversas artimanhas para reverter essa situação, como lobs contra produtos desses países, cortes em investimento, cortar relações (pode até ajudar ou prejudicar totalmente). Sei lá, quem deve saber melhor o que fazer é o Itamaraty, que fiquem a cargo deles de reverter essa situação, foram eles que a criaram.
O problema de cortar relações é que são 4 países e o Brasil não faria isso, iria desestabilizar a AL, praticamente criando 2 blocos nela, os que estão do lado do Brasil e os que estão do lado da Venezuela.
E não creio que o Brasil faça isso.
....
tudo não passa de retorica pois eles são dependentes de mais do Brasil para fazer algo.
Sim, o Brasil não faria isso com os 4, mas se eles declararem guerra veja o que o Brasil pode fazer.
Paraguai:romper relações diplomaticas,não permitir a exportação paraguaia por portos Brasileiro.isso anularia a economia Paraguaia(precisariamos enviar pequenos grupos de militares para cidades de divisa com paraguai)
Bolivia:põe a ABIN pra agitar os estados oposicionistas,o exercito reprenderá e começará a guerra civil
venezuela: cortar o fornecimento de alimento, a população tiraria o Chavez do poder pois boa parte do exercito não vai com a cara dele.
equador:sobre esse eu não sei nada, qualquer coisa manda o EB paciar um pouquinho
Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Paraguai quer empurrar para o Brasil US$ 19 bilhões da dívida de Itaipu
Publicada em 09/12/2008 às 00h39m
O Globo
SÃO PAULO e BRASÍLIA - Depois de o Equador questionar a dívida contraída com o BNDES, o governo do Paraguai apresentou oficialmente proposta para mudar os pagamentos pela energia de Itaipu. Batizada "Solución Todos Ganan" (Solução todos Ganham, em português), o texto prevê a transferência da dívida da usina hidrelétrica binacional, de US$ 19,6 bilhões, para o Tesouro dos dois países. Mas a divisão não seria igual: o Tesouro paraguaio assumiria US$ 600 milhões, enquanto o Brasil arcaria com US$ 19 bilhões, mostra reportagem publicada nesta terça-feira pelo jornal O Globo. O Brasil ainda não respondeu à proposta, apresentada no dia 27 de outubro. A próxima reunião entre os dois governos acontecerá quinta-feira, em Foz do Iguaçu (PR).
O Globo teve acesso a uma versão simplificada da proposta, resumida em sete páginas. Os dois governos assumiriam os US$ 19,6 bilhões de dívidas de Itaipu. Cada país arcaria com o valor correspondente à energia contratada entre 1985 e 2008. No período, o Brasil usou 97% da potência de Itaipu e o Paraguai, 3%. Atualmente, Brasil e Paraguai pagam, cada um, aproximadamente US$ 1 bilhão em encargos da dívida (juros e amortizações) por ano.
- A chance de a proposta prosperar é zero - disse uma fonte do governo brasileiro.
Fonte:http://oglobo.globo.com/economia/mat/20 ... 904460.asp
- rafafoz
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Hahahaha vou ter que rir dessa notícia, Medianera cada uma dessa ChiruzadaXBASIC escreveu:Paraguai quer empurrar para o Brasil US$ 19 bilhões da dívida de Itaipu
Publicada em 09/12/2008 às 00h39m
O Globo
SÃO PAULO e BRASÍLIA - Depois de o Equador questionar a dívida contraída com o BNDES, o governo do Paraguai apresentou oficialmente proposta para mudar os pagamentos pela energia de Itaipu. Batizada "Solución Todos Ganan" (Solução todos Ganham, em português), o texto prevê a transferência da dívida da usina hidrelétrica binacional, de US$ 19,6 bilhões, para o Tesouro dos dois países. Mas a divisão não seria igual: o Tesouro paraguaio assumiria US$ 600 milhões, enquanto o Brasil arcaria com US$ 19 bilhões, mostra reportagem publicada nesta terça-feira pelo jornal O Globo. O Brasil ainda não respondeu à proposta, apresentada no dia 27 de outubro. A próxima reunião entre os dois governos acontecerá quinta-feira, em Foz do Iguaçu (PR).
O Globo teve acesso a uma versão simplificada da proposta, resumida em sete páginas. Os dois governos assumiriam os US$ 19,6 bilhões de dívidas de Itaipu. Cada país arcaria com o valor correspondente à energia contratada entre 1985 e 2008. No período, o Brasil usou 97% da potência de Itaipu e o Paraguai, 3%. Atualmente, Brasil e Paraguai pagam, cada um, aproximadamente US$ 1 bilhão em encargos da dívida (juros e amortizações) por ano.
- A chance de a proposta prosperar é zero - disse uma fonte do governo brasileiro.
Fonte:http://oglobo.globo.com/economia/mat/20 ... 904460.asp
bruno mt escreveu:"Isso eu duvido se não eles nem estariam fazendo o que estão fazendo com o Brasil, a verdade é que perderão o medo de confrontar-se com o Brasil, isso é fato. "rafafoz escreveu: Isso eu duvido se não eles nem estariam fazendo o que estão fazendo com o Brasil, a verdade é que perderão o medo de confrontar-se com o Brasil, isso é fato.
O Brasil terá que utilizar diversas artimanhas para reverter essa situação, como lobs contra produtos desses países, cortes em investimento, cortar relações (pode até ajudar ou prejudicar totalmente). Sei lá, quem deve saber melhor o que fazer é o Itamaraty, que fiquem a cargo deles de reverter essa situação, foram eles que a criaram.
O problema de cortar relações é que são 4 países e o Brasil não faria isso, iria desestabilizar a AL, praticamente criando 2 blocos nela, os que estão do lado do Brasil e os que estão do lado da Venezuela.
E não creio que o Brasil faça isso.
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tudo não passa de retorica pois eles são dependentes de mais do Brasil para fazer algo.
Sim, o Brasil não faria isso com os 4, mas se eles declararem guerra veja o que o Brasil pode fazer.
Sabe o que é pior é que hoje não acredito que o Brasil tenha capacidade de declarar guerra contra esses 4 países, a área que o Brasil possui de fronteira é extensa d+, e muito mal fiscalizada o exercito não esta presente em todas essas áreas de fronteiras, o que seria muito fácil a entrada de militares desses países em solo Brasileiro, falta estrutura e planejamento, para poder suprir esses enormes buracos na segurança do país.
Paraguai:romper relações diplomaticas,não permitir a exportação paraguaia por portos Brasileiro.isso anularia a economia Paraguaia(precisariamos enviar pequenos grupos de militares para cidades de divisa com paraguai)
Sobre os portos é verdade, só que a maioria dos produtores que utilizam este serviço de escoamento de sua safra de grãos são Brasiguaios :/, ai como o governo reagiria ? isso que é foda, estaria prejudicando seu povo que preza tanto por sua integridade.
Bolivia:põe a ABIN pra agitar os estados oposicionistas,o exercito reprenderá e começará a guerra civil
Hmm, se o Brasil não dependesse do gás boliviano, parar de comprar esse gás seria uma boa, outro país também que não tenho muita noção de exportações e importações com o Brasil.
venezuela: cortar o fornecimento de alimento, a população tiraria o Chavez do poder pois boa parte do exercito não vai com a cara dele.
Sobre a Venezuela não sei nada a respeito sobre produtos de exportação e importação desse país com o Brasil, o que sei é muito pouco, mais o que não faltaria seria paises vendendo alimento para eles. E a questão de intervenção ou ajuda de outros países a Venezuela é uma coisa que não se pode descartar.
equador:sobre esse eu não sei nada, qualquer coisa manda o EB paciar um pouquinho
Só se for pelo Oceano, que duvido que algum país ceda espaço aéreo para isso, e pra chegar até lá via oceano com a Venezuela próximo é um risco muito grande de ser contra-atacado. E seria a MB a passear sobre suas águas territoriais.
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Isso só pode ser gozação.XBASIC escreveu:Paraguai quer empurrar para o Brasil US$ 19 bilhões da dívida de Itaipu
Publicada em 09/12/2008 às 00h39m
O Globo
SÃO PAULO e BRASÍLIA - Depois de o Equador questionar a dívida contraída com o BNDES, o governo do Paraguai apresentou oficialmente proposta para mudar os pagamentos pela energia de Itaipu. Batizada "Solución Todos Ganan" (Solução todos Ganham, em português), o texto prevê a transferência da dívida da usina hidrelétrica binacional, de US$ 19,6 bilhões, para o Tesouro dos dois países. Mas a divisão não seria igual: o Tesouro paraguaio assumiria US$ 600 milhões, enquanto o Brasil arcaria com US$ 19 bilhões, mostra reportagem publicada nesta terça-feira pelo jornal O Globo. O Brasil ainda não respondeu à proposta, apresentada no dia 27 de outubro. A próxima reunião entre os dois governos acontecerá quinta-feira, em Foz do Iguaçu (PR).
O Globo teve acesso a uma versão simplificada da proposta, resumida em sete páginas. Os dois governos assumiriam os US$ 19,6 bilhões de dívidas de Itaipu. Cada país arcaria com o valor correspondente à energia contratada entre 1985 e 2008. No período, o Brasil usou 97% da potência de Itaipu e o Paraguai, 3%. Atualmente, Brasil e Paraguai pagam, cada um, aproximadamente US$ 1 bilhão em encargos da dívida (juros e amortizações) por ano.
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Fonte:http://oglobo.globo.com/economia/mat/20 ... 904460.asp
- Marino
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Veja:
Onde é perigoso ser brasileiro
Duda Teixeira, de Lima, Paraguai
A faixa na qual se lê "Fuera brasilero" não é o tipo de mensagem que um brasileiro esperaria encontrar em país amigo. No Paraguai, infelizmente, essa chocante palavra de ordem pode ser vista nas estradas do interior, hasteada na entrada de acampamentos de sem-terra. Longe de ser apenas retórica, ela se traduz em violência física e ameaças contra o meio milhão de brasileiros e descendentes que vivem numa larga faixa de terras férteis próximas à fronteira com o Brasil. Em algumas partes – sobretudo no departamento de San Pedro, o mesmo onde o presidente Fernando Lugo fez sua carreira política como bispo católico –, quem trafega em veí-culos com placas brasileiras arrisca-se a ser atacado a pedradas ou tiros. Na semana passada, quase três dezenas de fazendas com proprietários brasileiros estavam cercadas ou já tinham sido invadidas. Atritos entre o Brasil e os governos populistas de países vizinhos agora são rotineiros – mas no Paraguai é diferente, pois as possibilidades de uma tragédia humana são reais e enormes.
O número de brasiguaios é quatro vezes o total de brasileiros em todos os outros países da América do Sul. No exterior, só a comunidade nos Estados Unidos é mais numerosa. A primeira conseqüência de um surto de violência xenófoba na área rural paraguaia, do qual já se vêem os primeiros sinais, seria um êxodo brasiguaio. O Brasil, em especial os estados de Mato Grosso do Sul e Paraná, se veria diante do desafio de receber os produtores que retornarão e da necessidade de tomar medidas para reintegrá-los na economia nacional. O êxodo será um pesadelo logístico e um desgaste sem precedentes para o governo do presidente Lula. "O Paraguai é a parte mais sensível e volátil no relacionamento com os países limítrofes", diz Rubens Barbosa, ex-embaixador nos Estados Unidos. "Caso um brasileiro venha a morrer, haverá certamente uma comoção nacional."
O marco da hostilidade contra os brasiguaios foi a eleição do presidente Lugo, em abril. Durante a campanha, ele prometeu promover uma reforma agrária integral, e, ainda que não tenha sido explícito, o Movimento Sem-Terra entendeu que as terras dos imigrantes seriam desapropriadas. Em maio, uma bandeira brasileira foi queimada em praça pública em Curupaiti, departamento de San Pedro, e a onda de violência prolongou-se por semanas. Fazendas foram invadidas. Silos e equipamentos agrícolas, queimados. Hoje, paraguaios armados impedem o plantio da nova safra em pelo menos 20% da área em mãos de produtores brasileiros. "Eles nos enxotam de nossas terras dizendo que isso não é lugar de brasileiro", diz Marcelo Kaefer, 23 anos, filho de um produtor rural brasileiro que há trinta anos trabalha no país. "São extremamente racistas." No início de outubro, quando ele trabalhava na lavoura, foi seqüestrado por quinze homens armados. Como nenhum deles sabia dirigir, Marcelo foi obrigado a conduzir o trator até um acampamento de sem-terra nas proximidades. Ele só foi libertado quando a polícia e seu pai chegaram. Marcelo nasceu no Paraguai, o que não melhora seu conceito junto aos sem-terra. "Para eles, não sou paraguaio de sangue."
Há dezenas de relatos similares. Não é sem motivo que muitos fazendeiros estão se armando ou contratando seguranças particulares para vigiar as lavouras e proteger suas famílias. "Nem mesmo temos cerca aqui, porque nunca tivemos problemas com os vizinhos paraguaios", diz o brasileiro Lirio Vettorello, de 57 anos, trinta deles no Paraguai. Desde a posse de Lugo, a Fazenda Recanto Tropical, de sua propriedade, foi invadida três vezes por um grupo de oitenta pessoas. Em todas elas, a polícia retirou à força os invasores. Mas os sem-terra permaneceram acampados em frente à porteira. De tempos em tempos, entram na propriedade e montam barracas. Há trocas de tiros e princípios de incêndio. Em setembro, um funcionário da Bunge, a multinacional de origem holandesa dos grãos, encarregado de verificar a altura do trigo plantado na propriedade, foi atacado a tiros. Contaram-se 32 furos de bala em sua picape. "Essa fazenda é tudo o que eu tenho. Não posso sair daqui", diz Vettorello, que dorme com uma escopeta calibre 12 ao lado da cama.
O ressentimento contra os imigrantes não é generalizado no país. A maioria dos paraguaios vê o Brasil com simpatia e torce pela seleção brasileira como se fosse a sua própria, com direito a festa nas ruas de Assunção. A xenofobia está concentrada entre os sem-terra e outros grupos ultranacionalistas. Contudo, o discurso exigindo mais dinheiro por Itaipu proferido por políticos tanto da situação quanto da oposição e as manchetes publicadas quase diariamente contra o Brasil nos jornais de maior circulação fizeram com que o antibrasileirismo se espalhasse. Em sua campanha, Fernando Lugo afirmou diversas vezes que o Paraguai deveria deixar de ser marionete do Brasil. Essa versão, repetida diversas vezes, fez com que pela primeira vez a simpatia dos paraguaios pelos argentinos, medida em pesquisas durante a campanha eleitoral, ultrapassasse o sentimento favorável aos brasileiros. "Se considerarmos que os paraguaios já foram comandados de Buenos Aires, trata-se de um dado surpreendente", disse a VEJA o paraguaio Francisco Capli, diretor do instituto First de pesquisas de opinião.
A região fronteiriça onde se concentram os brasileiros é um mosaico de culturas agrícolas como soja, girassol, milho e trigo, que representa um terço do PIB paraguaio. A pujança econômica faz com que a esquerda paraguaia tache os brasileiros de latifundiários, uma distorção da realidade. A maioria das propriedades tem em média 50 hectares e está organizada em cooperativas. Jorge Eichellberger, 27 anos, vive com a mãe e a esposa paraguaia em uma casa de madeira de um único cômodo no departamento de San Pedro. Paranaense, ele comprou 50 hectares de terra do Indert, o órgão que regula a terra no Paraguai. Em 2004, começou a plantar feijão-de-corda, milho e soja. Cinco meses após a eleição de Lugo, um grupo de sem-terra montou acampamento em seu terreno. Hoje, há 150 deles a 50 metros da casa de Eichellberger. A família é ostensivamente observada pelos invasores. No sábado, 29, Eichellberger e outros seis brasileiros formaram um comboio de tratores para preparar a terra para o plantio de soja. Na volta, foram atacados a tiros de revólver por seis paraguaios em motos. "Eles estavam a menos de 4 metros da gente. Foi sorte não terem nos acertado", diz ele.
Lugo coloca-se contra as invasões de terra e defende a propriedade privada. Em entrevistas à imprensa, diz ter um plano de reforma agrária que se estenderá até 2023. Nas reuniões com produtores brasileiros, o presidente promete enviar policiais para garantir as novas safras. Muitos de seus partidários estão frustrados com tanta moderação. "Lugo é um hipócrita miserável", disse a VEJA Tomás Zayas, dirigente da Associação de Agricultores do Alto Paraná (Asagrapa), que reúne sem-terra e acampados. "A reforma agrária é urgente. Se não for feita logo, o país explodirá", afirma. Lugo declarou que as terras a ser desapropriadas seriam aquelas que o ditador Alfredo Stroessner entregou a amigos de forma irregular. A quase totalidade delas, porém, já foi revendida pelo menos três vezes e seus donos detêm os títulos de posse. Um levantamento recente em San Pedro mostrou que 90% das terras em mãos de brasileiros são regulares.
O destino dos brasiguaios não é apenas uma crise prestes a explodir no colo do governo brasileiro. Também determinará o futuro do Paraguai. Aqueles que querem expulsar os produtores agrícolas e dar as costas ao Brasil sonham em isolar o país e viver dos recursos naturais (as águas do Rio Paraná, que movem as turbinas de Itaipu, são o principal disponível). Para consolidar essa opção, contam com a ajuda em dinheiro e petróleo prometida pelo venezuelano Hugo Chávez. O segundo caminho é aquele aberto com Itaipu e os colonos brasileiros. Com energia abundante e uma agricultura moderna, a população paraguaia triplicou e espalhou-se pelo território. A produção de grãos foi multiplicada por trinta e a pobreza rural caiu de 84% para 25% na década de 90. "Os brasileiros levaram consigo os valores dos seus pais e avôs, imigrantes italianos, alemães e japoneses. Com perseverança e conhecimento, transformaram o Paraguai em um país empreendedor", diz o economista Wagner Enis Weber, diretor do Instituto de Estudos Econômicos e Sociais do Paraná-Paraguai (Ineespar), em Curitiba. "A riqueza produzida nas últimas décadas é muito superior à que ocorreu em épocas anteriores, e se deu em um regime democrático, fato inusitado para o país." Graças à atuação dos brasileiros, existem hoje 20 000 produtores rurais paraguaios. Todos querem o máximo de distância possível dos sem-terra. Se quiser levar o país adiante, Lugo só terá uma opção: trabalhar com o Brasil e os brasiguaios.
Onde é perigoso ser brasileiro
Duda Teixeira, de Lima, Paraguai
A faixa na qual se lê "Fuera brasilero" não é o tipo de mensagem que um brasileiro esperaria encontrar em país amigo. No Paraguai, infelizmente, essa chocante palavra de ordem pode ser vista nas estradas do interior, hasteada na entrada de acampamentos de sem-terra. Longe de ser apenas retórica, ela se traduz em violência física e ameaças contra o meio milhão de brasileiros e descendentes que vivem numa larga faixa de terras férteis próximas à fronteira com o Brasil. Em algumas partes – sobretudo no departamento de San Pedro, o mesmo onde o presidente Fernando Lugo fez sua carreira política como bispo católico –, quem trafega em veí-culos com placas brasileiras arrisca-se a ser atacado a pedradas ou tiros. Na semana passada, quase três dezenas de fazendas com proprietários brasileiros estavam cercadas ou já tinham sido invadidas. Atritos entre o Brasil e os governos populistas de países vizinhos agora são rotineiros – mas no Paraguai é diferente, pois as possibilidades de uma tragédia humana são reais e enormes.
O número de brasiguaios é quatro vezes o total de brasileiros em todos os outros países da América do Sul. No exterior, só a comunidade nos Estados Unidos é mais numerosa. A primeira conseqüência de um surto de violência xenófoba na área rural paraguaia, do qual já se vêem os primeiros sinais, seria um êxodo brasiguaio. O Brasil, em especial os estados de Mato Grosso do Sul e Paraná, se veria diante do desafio de receber os produtores que retornarão e da necessidade de tomar medidas para reintegrá-los na economia nacional. O êxodo será um pesadelo logístico e um desgaste sem precedentes para o governo do presidente Lula. "O Paraguai é a parte mais sensível e volátil no relacionamento com os países limítrofes", diz Rubens Barbosa, ex-embaixador nos Estados Unidos. "Caso um brasileiro venha a morrer, haverá certamente uma comoção nacional."
O marco da hostilidade contra os brasiguaios foi a eleição do presidente Lugo, em abril. Durante a campanha, ele prometeu promover uma reforma agrária integral, e, ainda que não tenha sido explícito, o Movimento Sem-Terra entendeu que as terras dos imigrantes seriam desapropriadas. Em maio, uma bandeira brasileira foi queimada em praça pública em Curupaiti, departamento de San Pedro, e a onda de violência prolongou-se por semanas. Fazendas foram invadidas. Silos e equipamentos agrícolas, queimados. Hoje, paraguaios armados impedem o plantio da nova safra em pelo menos 20% da área em mãos de produtores brasileiros. "Eles nos enxotam de nossas terras dizendo que isso não é lugar de brasileiro", diz Marcelo Kaefer, 23 anos, filho de um produtor rural brasileiro que há trinta anos trabalha no país. "São extremamente racistas." No início de outubro, quando ele trabalhava na lavoura, foi seqüestrado por quinze homens armados. Como nenhum deles sabia dirigir, Marcelo foi obrigado a conduzir o trator até um acampamento de sem-terra nas proximidades. Ele só foi libertado quando a polícia e seu pai chegaram. Marcelo nasceu no Paraguai, o que não melhora seu conceito junto aos sem-terra. "Para eles, não sou paraguaio de sangue."
Há dezenas de relatos similares. Não é sem motivo que muitos fazendeiros estão se armando ou contratando seguranças particulares para vigiar as lavouras e proteger suas famílias. "Nem mesmo temos cerca aqui, porque nunca tivemos problemas com os vizinhos paraguaios", diz o brasileiro Lirio Vettorello, de 57 anos, trinta deles no Paraguai. Desde a posse de Lugo, a Fazenda Recanto Tropical, de sua propriedade, foi invadida três vezes por um grupo de oitenta pessoas. Em todas elas, a polícia retirou à força os invasores. Mas os sem-terra permaneceram acampados em frente à porteira. De tempos em tempos, entram na propriedade e montam barracas. Há trocas de tiros e princípios de incêndio. Em setembro, um funcionário da Bunge, a multinacional de origem holandesa dos grãos, encarregado de verificar a altura do trigo plantado na propriedade, foi atacado a tiros. Contaram-se 32 furos de bala em sua picape. "Essa fazenda é tudo o que eu tenho. Não posso sair daqui", diz Vettorello, que dorme com uma escopeta calibre 12 ao lado da cama.
O ressentimento contra os imigrantes não é generalizado no país. A maioria dos paraguaios vê o Brasil com simpatia e torce pela seleção brasileira como se fosse a sua própria, com direito a festa nas ruas de Assunção. A xenofobia está concentrada entre os sem-terra e outros grupos ultranacionalistas. Contudo, o discurso exigindo mais dinheiro por Itaipu proferido por políticos tanto da situação quanto da oposição e as manchetes publicadas quase diariamente contra o Brasil nos jornais de maior circulação fizeram com que o antibrasileirismo se espalhasse. Em sua campanha, Fernando Lugo afirmou diversas vezes que o Paraguai deveria deixar de ser marionete do Brasil. Essa versão, repetida diversas vezes, fez com que pela primeira vez a simpatia dos paraguaios pelos argentinos, medida em pesquisas durante a campanha eleitoral, ultrapassasse o sentimento favorável aos brasileiros. "Se considerarmos que os paraguaios já foram comandados de Buenos Aires, trata-se de um dado surpreendente", disse a VEJA o paraguaio Francisco Capli, diretor do instituto First de pesquisas de opinião.
A região fronteiriça onde se concentram os brasileiros é um mosaico de culturas agrícolas como soja, girassol, milho e trigo, que representa um terço do PIB paraguaio. A pujança econômica faz com que a esquerda paraguaia tache os brasileiros de latifundiários, uma distorção da realidade. A maioria das propriedades tem em média 50 hectares e está organizada em cooperativas. Jorge Eichellberger, 27 anos, vive com a mãe e a esposa paraguaia em uma casa de madeira de um único cômodo no departamento de San Pedro. Paranaense, ele comprou 50 hectares de terra do Indert, o órgão que regula a terra no Paraguai. Em 2004, começou a plantar feijão-de-corda, milho e soja. Cinco meses após a eleição de Lugo, um grupo de sem-terra montou acampamento em seu terreno. Hoje, há 150 deles a 50 metros da casa de Eichellberger. A família é ostensivamente observada pelos invasores. No sábado, 29, Eichellberger e outros seis brasileiros formaram um comboio de tratores para preparar a terra para o plantio de soja. Na volta, foram atacados a tiros de revólver por seis paraguaios em motos. "Eles estavam a menos de 4 metros da gente. Foi sorte não terem nos acertado", diz ele.
Lugo coloca-se contra as invasões de terra e defende a propriedade privada. Em entrevistas à imprensa, diz ter um plano de reforma agrária que se estenderá até 2023. Nas reuniões com produtores brasileiros, o presidente promete enviar policiais para garantir as novas safras. Muitos de seus partidários estão frustrados com tanta moderação. "Lugo é um hipócrita miserável", disse a VEJA Tomás Zayas, dirigente da Associação de Agricultores do Alto Paraná (Asagrapa), que reúne sem-terra e acampados. "A reforma agrária é urgente. Se não for feita logo, o país explodirá", afirma. Lugo declarou que as terras a ser desapropriadas seriam aquelas que o ditador Alfredo Stroessner entregou a amigos de forma irregular. A quase totalidade delas, porém, já foi revendida pelo menos três vezes e seus donos detêm os títulos de posse. Um levantamento recente em San Pedro mostrou que 90% das terras em mãos de brasileiros são regulares.
O destino dos brasiguaios não é apenas uma crise prestes a explodir no colo do governo brasileiro. Também determinará o futuro do Paraguai. Aqueles que querem expulsar os produtores agrícolas e dar as costas ao Brasil sonham em isolar o país e viver dos recursos naturais (as águas do Rio Paraná, que movem as turbinas de Itaipu, são o principal disponível). Para consolidar essa opção, contam com a ajuda em dinheiro e petróleo prometida pelo venezuelano Hugo Chávez. O segundo caminho é aquele aberto com Itaipu e os colonos brasileiros. Com energia abundante e uma agricultura moderna, a população paraguaia triplicou e espalhou-se pelo território. A produção de grãos foi multiplicada por trinta e a pobreza rural caiu de 84% para 25% na década de 90. "Os brasileiros levaram consigo os valores dos seus pais e avôs, imigrantes italianos, alemães e japoneses. Com perseverança e conhecimento, transformaram o Paraguai em um país empreendedor", diz o economista Wagner Enis Weber, diretor do Instituto de Estudos Econômicos e Sociais do Paraná-Paraguai (Ineespar), em Curitiba. "A riqueza produzida nas últimas décadas é muito superior à que ocorreu em épocas anteriores, e se deu em um regime democrático, fato inusitado para o país." Graças à atuação dos brasileiros, existem hoje 20 000 produtores rurais paraguaios. Todos querem o máximo de distância possível dos sem-terra. Se quiser levar o país adiante, Lugo só terá uma opção: trabalhar com o Brasil e os brasiguaios.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Amorim: Brasil rejeita perdoar dívida do Paraguai
1 hora, 11 minutos atrás
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, declarou hoje que o governo brasileiro não aceita a proposta do Paraguai de "perdão" da dívida de US$ 19,6 bilhões relacionada à obra de construção da usina hidrelétrica de Itaipu. Aos senadores da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, Amorim disse que o Brasil não concorda com o argumento paraguaio de que essa dívida é "espúria" nem com o conceito de que o Paraguai será soberano apenas na medida em que puder exportar a terceiros países sua cota de energia elétrica de Itaipu.
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Segundo Amorim, os termos da proposta paraguaia são "pretensões irrealistas". O chanceler disse, entretanto, que o governo brasileiro está disposto a contribuir para o desenvolvimento econômico do Paraguai e para tornar "mais saudável" seu setor produtivo. De forma categórica, Amorim deixou claro que o Tratado de Itaipu não será reformado.
O chanceler está na Comissão de Relações Exteriores participando de audiência pública sobre a polêmica em torno de empréstimos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a países da América do Sul, como o Equador, e as providências adotadas pelo governo brasileiro para garantir o pagamento das dívidas.
1 hora, 11 minutos atrás
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, declarou hoje que o governo brasileiro não aceita a proposta do Paraguai de "perdão" da dívida de US$ 19,6 bilhões relacionada à obra de construção da usina hidrelétrica de Itaipu. Aos senadores da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, Amorim disse que o Brasil não concorda com o argumento paraguaio de que essa dívida é "espúria" nem com o conceito de que o Paraguai será soberano apenas na medida em que puder exportar a terceiros países sua cota de energia elétrica de Itaipu.
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Segundo Amorim, os termos da proposta paraguaia são "pretensões irrealistas". O chanceler disse, entretanto, que o governo brasileiro está disposto a contribuir para o desenvolvimento econômico do Paraguai e para tornar "mais saudável" seu setor produtivo. De forma categórica, Amorim deixou claro que o Tratado de Itaipu não será reformado.
O chanceler está na Comissão de Relações Exteriores participando de audiência pública sobre a polêmica em torno de empréstimos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a países da América do Sul, como o Equador, e as providências adotadas pelo governo brasileiro para garantir o pagamento das dívidas.
Na União Soviética, o político é roubado por VOCÊ!!
Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
09/12/2008 - 13h55
Amorim rechaça proposta "irrealista" do Paraguai para dívidas de Itaipu
Piero Locatelli
Do UOL Notícias
Em Brasília*
Em audiência pública realizada nesta terça-feira no Senado, o ministro das Relações Exteriores Celso Amorim rechaçou a possibilidade de o Brasil aceitar a proposta feita pelo Paraguai sobre a dívida da usina hidrelétrica de Itaipu.
Pela proposta, a dívida da usina que pertence aos dois países (Brasil e Paraguai) de U$ 19,6 bilhões seria dividida entre os Tesouros dos dois países, mas o Brasil teria que arcar com a maior parcela - os R$ 19 bilhões - enquanto o Paraguai pagaria U$ 600 milhões.
Amorim disse hoje que a proposta é "irrealista" e que o Brasil não está disposto a aceitá-la. "Não aceitamos o argumento de que a dívida é espúria. O Brasil quer contribuir com o desenvolvimento do Paraguai, mas em outras condições. Essas proteções não são cabíveis, devem-se seguir os parâmetros de Itaipu", disse o ministro.
Ao ser questionado por senadores se a postura do Paraguai e de países como o Equador - que contestou empréstimo junto ao BNDES - não são formas retaliar o Brasil, Amorim disse que não, mas ressaltou que é impossível ignorar a soberania brasileira entre os países vizinhos e admitiu que isso as vezes incomoda.
"Não creio que há objetivo de contestar a liderança do Brasil, até porque acho que o Brasil não busca uma liderança. (...) O Brasil é a maior potência da região, isso é fato, não tem como contestar. É o País que tem maior relevância internacional, agora se isso gera ressentimentos ou um misto de admiração, a nossa postura é procurar administrar com sabedoria esses sentimentos em beneficio do Brasil", avaliou.
Brasil e Paraguai avançaram em três pontos em outubro
Na segunda reunião que os dois países realizaram desde a eleição do presidente Fernando Lugo para rediscutirem o Tratado de Itaipu, realizada no dia 26 de outubro, os dois lados avançaram em três pontos principais. Segundo a assessoria de imprensa da empresa, ficou acertado o término das obras na subestação da margem direita da usina hidrelétrica, a gestão plena binacional e a fiscalização conjunta das contas pelos órgãos auditores de ambos os países.
As exigências mais polêmicas do Paraguai, no entanto, ficaram sem definição. O Brasil não aceitou a reivindicação da delegação do país vizinho de poder vender para outros países metade de sua energia excedente nem a revisão do preço qu eo Brasil paga pela energia do Paraguai. Esta foi uma das principais bandeiras de campanha de Fernando Lugo, que alega que nenhum país deve ceder um bem natural a preço de custo.
O tratado assinado pelos dois países na década de 70 determina que se um país não utilizar toda a sua parte da energia produzida por Itaipu deve vender o excedente preferencialmente ao país parceiro. Cada paíse tem direito a 50% da energia e o Brasil utiliza toda a sua parte (a energia de Itaipu corresponde a 20% do consumo brasileiro). Já o Paraguai utiliza apenas 5% da parte que lhe cabe. Todo o resto é vendido obrigatoriamente ao Brasil.
A Comissão Oficial de Negociação Brasil-Paraguai deve se reunir novamente na próxima quinta-feira (11) para seguir com as negociações e chegar a alguma conclusão antes do encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Lugo se encontrem na próxima semana, na Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração e Desenvolvimento, que será realizada na Bahia.
Com Carolina Juliano, do UOL Notícias, em São Paulo
Amorim rechaça proposta "irrealista" do Paraguai para dívidas de Itaipu
Piero Locatelli
Do UOL Notícias
Em Brasília*
Em audiência pública realizada nesta terça-feira no Senado, o ministro das Relações Exteriores Celso Amorim rechaçou a possibilidade de o Brasil aceitar a proposta feita pelo Paraguai sobre a dívida da usina hidrelétrica de Itaipu.
Pela proposta, a dívida da usina que pertence aos dois países (Brasil e Paraguai) de U$ 19,6 bilhões seria dividida entre os Tesouros dos dois países, mas o Brasil teria que arcar com a maior parcela - os R$ 19 bilhões - enquanto o Paraguai pagaria U$ 600 milhões.
Amorim disse hoje que a proposta é "irrealista" e que o Brasil não está disposto a aceitá-la. "Não aceitamos o argumento de que a dívida é espúria. O Brasil quer contribuir com o desenvolvimento do Paraguai, mas em outras condições. Essas proteções não são cabíveis, devem-se seguir os parâmetros de Itaipu", disse o ministro.
Ao ser questionado por senadores se a postura do Paraguai e de países como o Equador - que contestou empréstimo junto ao BNDES - não são formas retaliar o Brasil, Amorim disse que não, mas ressaltou que é impossível ignorar a soberania brasileira entre os países vizinhos e admitiu que isso as vezes incomoda.
"Não creio que há objetivo de contestar a liderança do Brasil, até porque acho que o Brasil não busca uma liderança. (...) O Brasil é a maior potência da região, isso é fato, não tem como contestar. É o País que tem maior relevância internacional, agora se isso gera ressentimentos ou um misto de admiração, a nossa postura é procurar administrar com sabedoria esses sentimentos em beneficio do Brasil", avaliou.
Brasil e Paraguai avançaram em três pontos em outubro
Na segunda reunião que os dois países realizaram desde a eleição do presidente Fernando Lugo para rediscutirem o Tratado de Itaipu, realizada no dia 26 de outubro, os dois lados avançaram em três pontos principais. Segundo a assessoria de imprensa da empresa, ficou acertado o término das obras na subestação da margem direita da usina hidrelétrica, a gestão plena binacional e a fiscalização conjunta das contas pelos órgãos auditores de ambos os países.
As exigências mais polêmicas do Paraguai, no entanto, ficaram sem definição. O Brasil não aceitou a reivindicação da delegação do país vizinho de poder vender para outros países metade de sua energia excedente nem a revisão do preço qu eo Brasil paga pela energia do Paraguai. Esta foi uma das principais bandeiras de campanha de Fernando Lugo, que alega que nenhum país deve ceder um bem natural a preço de custo.
O tratado assinado pelos dois países na década de 70 determina que se um país não utilizar toda a sua parte da energia produzida por Itaipu deve vender o excedente preferencialmente ao país parceiro. Cada paíse tem direito a 50% da energia e o Brasil utiliza toda a sua parte (a energia de Itaipu corresponde a 20% do consumo brasileiro). Já o Paraguai utiliza apenas 5% da parte que lhe cabe. Todo o resto é vendido obrigatoriamente ao Brasil.
A Comissão Oficial de Negociação Brasil-Paraguai deve se reunir novamente na próxima quinta-feira (11) para seguir com as negociações e chegar a alguma conclusão antes do encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Lugo se encontrem na próxima semana, na Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração e Desenvolvimento, que será realizada na Bahia.
Com Carolina Juliano, do UOL Notícias, em São Paulo
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
600 milhões, pows e na "bunada não vai dinha" ?
unanimidade só existe no cemitério