Estratégia Nacional de Defesa

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#196 Mensagem por Oziris » Sex Dez 05, 2008 4:35 pm

Brasil
Defesa@Net 05 Dezembro 2008
FSP 04 Dezembro 2008
Folha de São Paulo
Mectron Mísseis MAR-1
Às armas

Lula e o governo entregam-se a uma mentalidade belicista,
de concepções apanhadas na matriz norte-americana

Janio de Freitas


O BRASIL do século 21 afasta-se do "Brasil pacífico e amante da paz" e adere ao mundo das guerras. Lula e seu governo entregam-se a uma mentalidade belicista, de concepções apanhadas na matriz norte-americana. O propósito de liberar a transformação em pequenas pílulas, para o conhecimento lento e sem reações da opinião pública, é feito por algumas notícias, mais à maneira de relações públicas que de jornalismo. São notícias pinçadas entre os muitos negócios em curso para compra de material bélico; referências à fronteira da Amazônia e à insuficiência de recursos para manutenção do equipamento militar atual. E há ainda um Plano Nacional de Defesa, de apresentação prometida desde o ano passado. E cuja exposição na Presidência suscitou tamanho susto, que retornou ao chamado "gabinete filosófico", ou "pentagoninho" , para modificar certos tons e calibres.

A primeira intromissão direta no mundo das guerras deu-se agora. O ato terrorista em Mumbai pôs em suspenso a trégua afinal promissora entre Índia e Paquistão, que se confrontam por todos os meios há 60 anos, e os repôs em tensão mutuamente aguda. Este é, no entanto, o momento em que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, estabelece
a venda de foguetes especiais brasileiros, que nem os Estados Unidos querem vender, para equipar aviões do Paquistão (Folha de ontem).

Ainda que os foguetes não possam estar disponíveis para os paquistaneses em futuro imediato ou próximo, não há caracterização possível para a atitude do Brasil senão como ingerência favorável a um dos dois países em estado de risco de beligerância.

Posto diante desse sentido da transação por integrantes do governo, Nelson Jobim, como publicado na Folha, deu esta resposta: "O negócio é com o governo paquistanês, e não com terroristas do Paquistão". Mesmo para Nelson Jobim, que não é dado a impressionar pelo brilho, a resposta é menos do que infantil e mais do que grotesca. Pois é, o negócio é com um dos governos, e são governos, e não terroristas, que se ameaçam de voltar à
hostilidade armada. O que torna a venda de armamento a um deles, não importa qual, um ato de ingerência na situação e de parcialidade.

Não foi por outro motivo que a representação diplomática da Índia no Brasil movimentou-se em imediatos contatos com o governo brasileiro. Como adendo, vale lembrar que Brasil e Índia estão desenvolvendo vários projetos conjuntos, um deles, médico-farmacoló gico, com a perspectiva de grandes benefícios para vasta maioria da população brasileira.

A resposta de Jobim arriscou-se ainda na temeridade de um complemento: "Se cancelássemos o negócio, estaríamos atribuindo ao governo paquistanês atividades terroristas" . Nesse caso, tudo o que o Paquistão quisesse, fosse de quem fosse, deveria ser-lhe concedido, para não haver atribuição insultuosa. Todo o necessário, porém, era
só a mínima inteligência do negociador brasileiro para explicar que o Brasil, tendo boas relações com os dois países, devia adiar o negócio para não as macular, com a aparência de posição e contribuição no quadro conflituoso.

A mudança por que passa o Brasil, na concepção de sua geopolítica e do futuro sul-americano, hoje nem chama a atenção. Se vingar, nossos filhos, netos e vizinhos de continente não poderão viver o mesmo desaviso.


É brincadeira, eu acho que esse animal não conhece ha Venezuela de Chaves. :evil:


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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#197 Mensagem por Sterrius » Sex Dez 05, 2008 4:59 pm

Detalhe que na ultima pagina ele elogia o fato do povo brasileiro ser cego sobre o que acontece com a geopolitca do país. :roll:




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#198 Mensagem por jauro » Sex Dez 05, 2008 5:26 pm

Posto diante desse sentido da transação por integrantes do governo, Nelson Jobim, como publicado na Folha, deu esta resposta: "O negócio é com o governo paquistanês, e não com terroristas do Paquistão". Mesmo para Nelson Jobim, que não é dado a impressionar pelo brilho, a resposta é menos do que infantil e mais do que grotesca. Pois é, o negócio é com um dos governos, e são governos, e não terroristas, que se ameaçam de voltar à
hostilidade armada. O que torna a venda de armamento a um deles, não importa qual, um ato de ingerência na situação e de parcialidade.
Se a recíproca for verdadeira, seu Jânio quer dizer que se alguém negociar conosco poderia pensar que está negociando com o MST ou o PCC1




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#199 Mensagem por irlan » Sex Dez 05, 2008 7:57 pm

Nos EUA, Jobim reitera desejo de desenvolver indústria militar nacional
Sex, 05 Dez, 04h38



Washington, 5 dez (EFE).- O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou hoje que o Brasil só comprará caças que permitam o desenvolvimento da indústria militar nacional e criticou os Estados Unidos por colocarem obstáculos à transferência de tecnologia.

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"Nós não nos apresentamos no mundo como compradores de equipamentos de defesa. O que nós queremos é que essa indústria se desenvolva no Brasil", afirmou Jobim em discurso no Woodrow Wilson Center, um instituto de estudos independente.


O Brasil pretende renovar sua Força Aérea com a aquisição dos F-18 Super Hornet, fabricados pela empresa americana Boeing, os Rafale da francesa Dassault e os Gripen da sueca Saab.


Na conferência, o embaixador dos EUA no Brasil, Clifford Sobel, disse ter esperança de que o caça americano seja o escolhido, o que, segundo ele, daria continuidade "à vinculação das duas nações em matéria econômica e militar".


O ministro, que se reunirá hoje com o futuro Conselheiro de Segurança Nacional, o ex-general James Jones, lembrou que o Brasil recebeu um GPS (sistema de posicionamento global) "degradado" dos EUA para o modelo Supertucano da Embraer.


O GPS é peça fundamental do sistema de guia e de tiro da aeronave.


No final, o problema foi "solucionado", graças à intervenção de Sobel, explicou Jobim, que disse que esse caso demonstra o perigo da "dependência" de outros países para a manutenção dos acessórios militares adquiridos.


O Brasil quer adquirir um pequeno lote inicial do avião escolhido para depois produzir as unidades seguintes no país.


Para desenvolver a própria indústria, o setor militar precisará de "um regime jurídico, regulador e tributário especial", sustentou Jobim, que enfatizou que as compras públicas deverão continuar para que a capacidade de produção do país seja mantida.


O Brasil também está imerso em um projeto para modernizar a força naval e proteger assim os recursos de hidrocarbonetos em águas profundas.


Graças a um convênio assinado com a França, o país receberá tecnologia para a construção dos sistemas não atômicos de um submarino de propulsão nuclear, disse Jobim.


O ministro assegurou que a renovação das forças armadas tem um objetivo dissuasório frente a possíveis agressores e destacou que o Brasil não mantém disputas fronteiriças com nenhum dos países vizinhos.


No entanto, ele reconheceu que há tensões com o Equador, depois que o Governo de Quito apresentou um requerimento perante a Corte Internacional de Arbitragem para frear o pagamento de um crédito concedido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).


O Governo respondeu chamando a consultas seu embaixador em Quito e Jobim descartou que a controvérsia diplomática leve a um conflito militar.


"Não há nenhuma possibilidade de que este momento de desavenças com o Equador" tenha conseqüências maiores. "Isso se resolve na mesa" de negociações, assegurou Jobim.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#200 Mensagem por Marino » Sex Dez 05, 2008 9:49 pm

O Globo
Panorama Político
Verba carimbada

O Ministério da Defesa levou a melhor sobre a área econômica. O governo Lula vai criar uma verba vinculada para gasto e investimento em defesa nacional. O ministro Nelson Jobim informou aos líderes partidários que, em março, o governo enviará à Câmara "proposta de ato legal que garanta a alocação, de forma continuada, de recursos financeiros específicos". Só não revelou o percentual.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#201 Mensagem por irlan » Sex Dez 05, 2008 10:52 pm

tomara que esta proposta seja aprovada assim que chegar lá.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#202 Mensagem por Sterrius » Sáb Dez 06, 2008 12:52 am

Espero que consigam resolver pelo menos metade desses problemas todos até o final do mandato dele de forma que o sucessor nao possa mecher nisso de maneira alguma. (Sabe como é.... nao temos ainda historico bom de politicos mantendo o que presta do sucessor.... e trabalhar em cima disso)




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#203 Mensagem por Oziris » Sáb Dez 06, 2008 8:32 am

Marino escreveu:O Globo
Panorama Político
Verba carimbada

O Ministério da Defesa levou a melhor sobre a área econômica. O governo Lula vai criar uma verba vinculada para gasto e investimento em defesa nacional. O ministro Nelson Jobim informou aos líderes partidários que, em março, o governo enviará à Câmara "proposta de ato legal que garanta a alocação, de forma continuada, de recursos financeiros específicos". Só não revelou o percentual.

Bela noticia :lol:

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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#204 Mensagem por Marino » Sáb Dez 06, 2008 10:35 am

Globo:

Jobim: proteger Amazônia é tarefa do Brasil

Ministro diz a platéia de americanos que país pode até usar a força para defender região e a área do pré-sal

José Meirelles Passos



WASHINGTON. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, deixou claro ontem - falando a acadêmicos americanos, funcionários do governo dos Estados Unidos e investidores internacionais - que o Plano Estratégico Nacional de Defesa, a ser aprovado nos próximos dias, terá como um de seus objetivos essenciais a proteção da Amazônia e também da área marítima onde o Brasil vai explorar petróleo em águas profundas (a zona do pré-sal).

- O submarino de propulsão nuclear que vamos construir, em colaboração com a França, será destinado a defender a área que vai de Vitória a Santos - disse ele, acrescentando que o Brasil também produzirá três submarinos convencionais, movidos a diesel.

Jobim teve participação intensa, interrompida duas vezes por aplausos, no seminário "Perspectivas para as relações Brasil-EUA no novo governo americano", promovido pelo Woodrow Wilson Center, na capital americana. Ele reafirmou que o Brasil é um país pacífico, mas sugeriu que não titubearia em utilizar a força caso isso seja necessário. A nova política de defesa, disse, visa a deixar o país preparado para qualquer emergência:

- A tradição do Brasil é a de não recorrer ao conflito nunca. Mas, se tiver necessidade disso, é preciso ter condições para encarar a situação. Precisamos ter capacidade de dizer não. É o que chamamos de capacidade dissuasória de defesa.

O ministro foi incisivo ao falar sobre a Amazônia, região que provoca freqüentes discussões entre os americanos. Eles gostariam de vê-la intocada. Jobim disse que esse tipo de pressão, feita por políticos e organizações ambientalistas estrangeiras, não será mais aceita pelo Brasil:

- A Amazônia tem uma agenda ecológica que é produzida fora do país e que acaba empurrando a sua população de 20 milhões de pessoas para a marginalidade, pois acham que a região não pode se desenvolver. O Brasil sabe que compete a ele preservar esse espaço, para o bem do país e do mundo. Mas isso cabe apenas ao Brasil fazer, e do jeito que acharmos melhor. Não vamos fazer isso para o deleite de europeus que desejam um parque cheio de árvores para visitas de fins de semana - afirmou, sob aplausos.



Povo da Amazônia precisa de "trabalho e renda"

Ele disse ainda que a população da Amazônia "não precisa de esmola mas sim de trabalho e renda". E concluiu:

- Se não houver isso, ela vai para a economia informal e a ilegalidade, para sobreviver.

O ex-subsecretário de Estado para Assuntos Políticos, Thomas Pickering, foi taxativo:

- Devemos respeitar o que Jobim disse sobre a questão ecológica. O Brasil é agora um poder emergente.

John Danilovich, ex-embaixador dos EUA em Brasília, disse que o novo governo precisa se engajar com o Brasil em assuntos internacionais deixando de ver o país apenas como grande vizinho:

- O Brasil já chegou à maturidade. Deixou de ser o país do futuro: o Brasil já chegou lá.

O governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, que participava do evento, reforçou o argumento de Jobim sugerindo que os estrangeiros deveriam pagar pela preservação da Amazônia:

- Queremos uma política própria para a Amazônia. Mas vamos precisar da ajuda do resto do mundo.

Jobim participou de um painel em que se discutiu se há espaço para o relacionamento estratégico entre os dois países. Vários participantes trataram de definir, segundo seus cálculos, o atual grau de relacionamento. O ministro brasileiro demonstrou estar cansado desse tipo de discussão:

- Não temos mais tempo para pensar em aprofundamento de diálogo. Devemos é pensar no que se pode fazer imediatamente.

Demonstrando impaciência com discussões apenas retóricas, ele arrematou, provocando risos na platéia:

- Não importa se a parceria é estratégica, meio estratégica ou relativamente estratégica. Essas questões semânticas deixamos para os companheiros do Itamaraty, que são bons em lidar com advérbios e com adjetivos.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#205 Mensagem por Marino » Sáb Dez 06, 2008 10:48 am

FSP:
Amazônia não é parque da Europa, diz Jobim

Para ministro da Defesa, não se pode pensar em preservar floresta apenas para o "deleite de europeus"

SÉRGIO DÁVILA

DE WASHINGTON



A Amazônia não é parque de europeus, e colocá-la sob a agenda estrangeira pode empurrar para a ilegalidade 20 milhões de brasileiros que vivem ali. A afirmação é do ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim, e foi feita ontem, durante evento em Washington sobre o futuro das relações Brasil-EUA sob Barack Obama.

"Não há que se pensar que nós podemos preservar a Amazônia para o deleite de europeus que desejam ver e fazer uma espécie de parque de árvores para as sua visitas de fim-de-semana ou para passeio deliciado com seus netos", afirmou o brasileiro, depois de dizer que tinha jogado fora o discurso preparado por sua assessoria e falaria de improviso.

Para Jobim, a região tem uma agenda ecológica produzida fora do país. "Isso nos coloca naquele conflito radicalizado", em que "os preservacionistas absolutos acabam empurrando uma população de mais de 20 milhões de pessoas para a ilegalidade". Jobim participava de mesa com Thomas Pickering, ex-vice-secretário de Estado.

Ele passou os dois últimos dias em encontros com o secretário da Defesa norte-americano, Robert Gates, e o futuro conselheiro de Segurança Nacional de Barack Obama, o general reformado James Jones. Os EUA estão interessados na compra que o Brasil fará de caças para a Força Aérea Brasileira, em que a Boeing norte-americana é uma das finalistas.

"O Brasil sabe claramente que a floresta amazônica é uma necessidade e um benefício do mundo, e o Brasil sabe que compete a ele preservar esse espaço a bem do mundo e próprio, mas é ele que vai preservar, numa política definida por ele", disse.

Para conseguir isso, disse o ministro, "temos de ter a capacidade de dizer não. E para fazer isso precisamos ter a capacidade dissuasória de Defesa". Esse era, afirmou, um dos motivos de sua viagem. "Essa é a razão que dissemos com clareza ao Robert Gates".

Segundo o ministro, os EUA têm interesse em participar da renovação da FAB, mas é reticente em transferir tecnologia de seus armamentos. "Se essa resposta não for dada, a conversa não continua", disse Jobim.

No fim, sobrou ataque para o Itamaraty. Aos diplomatas Jobim disse que deixaria a definição da parceria com os EUA, "seja o nome que quiserem dar". "Isso os nossos companheiros do Itamaraty saberão tratar, porque em advérbio de modo e adjetivo eles são de uma competência absoluta".




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#206 Mensagem por Marino » Sáb Dez 06, 2008 10:56 am

Marino escreveu:O Globo
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O Ministério da Defesa levou a melhor sobre a área econômica. O governo Lula vai criar uma verba vinculada para gasto e investimento em defesa nacional. O ministro Nelson Jobim informou aos líderes partidários que, em março, o governo enviará à Câmara "proposta de ato legal que garanta a alocação, de forma continuada, de recursos financeiros específicos". Só não revelou o percentual.
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Mais recursos para a modernização

Além da vinculação orçamentária, a exemplo do que ocorre com a Educação e a Saúde, o Ministério da Defesa está articulando benefícios pelos quais as Forças Armadas poderão fazer uso, para investimentos, das receitas geradas por bens imóveis administrados pelos militares e dos recursos obtidos com a arrecadação de taxas e serviços. O ministro Nelson Jobim informou ainda aos líderes que, neste momento, debatem uma reforma tributária, que em março será enviada uma proposta criando um regime jurídico especial, com incentivos e desoneração tributária para a fabricação de produtos para as Forças Armadas.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#207 Mensagem por Marino » Sáb Dez 06, 2008 11:32 am

Isto É:

Tem urânio em pauta
Quem acompanha as relações Brasil/França garante que o presidente Nicolas Sarkozy, na visita deste mês ao País, não vai tratar só de submarinos, caças e helicópteros. A França quer retomar as conversas sobre um tema mais explosivo: a venda de urânio brasileiro em troca da transferência de know-how nuclear.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#208 Mensagem por jauro » Sáb Dez 06, 2008 12:16 pm

WASHINGTON. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, deixou claro ontem - falando a acadêmicos americanos, funcionários do governo dos Estados Unidos e investidores internacionais - que o Plano Estratégico Nacional de Defesa, a ser aprovado nos próximos dias, terá como um de seus objetivos essenciais a proteção da Amazônia e também da área marítima onde o Brasil vai explorar petróleo em águas profundas (a zona do pré-sal).

- O submarino de propulsão nuclear que vamos construir, em colaboração com a França, será destinado a defender a área que vai de Vitória a Santos - disse ele, acrescentando que o Brasil também produzirá três submarinos convencionais, movidos a diesel.

Jobim teve participação intensa, interrompida duas vezes por aplausos, no seminário "Perspectivas para as relações Brasil-EUA no novo governo americano", promovido pelo Woodrow Wilson Center, na capital americana. Ele reafirmou que o Brasil é um país pacífico, mas sugeriu que não titubearia em utilizar a força caso isso seja necessário. A nova política de defesa, disse, visa a deixar o país preparado para qualquer emergência:

- A tradição do Brasil é a de não recorrer ao conflito nunca. Mas, se tiver necessidade disso, é preciso ter condições para encarar a situação. Precisamos ter capacidade de dizer não. É o que chamamos de capacidade dissuasória de defesa.

O ministro foi incisivo ao falar sobre a Amazônia, região que provoca freqüentes discussões entre os americanos. Eles gostariam de vê-la intocada. Jobim disse que esse tipo de pressão, feita por políticos e organizações ambientalistas estrangeiras, não será mais aceita pelo Brasil:

- A Amazônia tem uma agenda ecológica que é produzida fora do país e que acaba empurrando a sua população de 20 milhões de pessoas para a marginalidade, pois acham que a região não pode se desenvolver. O Brasil sabe que compete a ele preservar esse espaço, para o bem do país e do mundo. Mas isso cabe apenas ao Brasil fazer, e do jeito que acharmos melhor. Não vamos fazer isso para o deleite de europeus que desejam um parque cheio de árvores para visitas de fins de semana - afirmou, sob aplausos.
Mostrou a COBRA, agora mostra logo esse PAU (do Brasil) Jobim; porque a Bun..... a A Latina quase toda já conhece!
Graças aBundância de benesses do molusco e outros assessores.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#209 Mensagem por jauro » Sáb Dez 06, 2008 12:33 pm

Segundo o ministro, os EUA têm interesse em participar da renovação da FAB, mas é reticente em transferir tecnologia de seus armamentos. "Se essa resposta não for dada, a conversa não continua", disse Jobim.

No fim, sobrou ataque para o Itamaraty. Aos diplomatas Jobim disse que deixaria a definição da parceria com os EUA, "seja o nome que quiserem dar". "Isso os nossos companheiros do Itamaraty saberão tratar, porque em advérbio de modo e adjetivo eles são de uma competência absoluta".
[004] Cacetadia!




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#210 Mensagem por Fred » Sáb Dez 06, 2008 12:38 pm

Pois é jauro, mas com as ultimas noticias vinculadas a respeito da defesa, acredito sim que o Brasil esta entrando em uma era armamentista, não porque quer, mas esta sendo obrigado a isso, pois nossos vizinhos hoje são as grandes ameaças, independente do governo que estiver à frente a defesa terá que ter um espaço especial. Não ha com voltar mais atrás.




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