Túlio escreveu:
Pois é. Acontece que PARECE que os verdadeiros donos deste País estão acordando para a Defesa, que ela é fundamental para seus planos e, principalmente, que custa caro pra burro. Não por causa de mais uma dúzia ou mesmo duas de Rafales, mas porque precisamos de TUDO, desde fuzis até caças, de comunicações criptografadas de longo alcance até bombas PEM, de lança-rojões até SSNs, absolutamente TUDO! ISSO é que realmente custa caro, atualizar a Defesa deste grande País como um todo, POWS!!!
E dinheiro aparece quando REALMENTE se quer, vide o caso do PROER: entre 1995 e 1997, em meio a uma crise na qual, diferente de agora, estávamos no epicentro e com uma economia muito menos ampla e estável, foi gasto cerca de 2,5% do PIB apenas para salvar bancos falidos porque mal-geridos. Não havia dinheiro mas dinheiro apareceu, bilhões e mais bilhões, o gozado é que ninguém pergunta COMO ou DE ONDE...
Bem, o Brasil não quebrou com isso (pelo contrário, se recuperou e cresceu como nunca dantes) nem vai quebrar com os OUTROS bilhões (dezenas e dezenas) que devem ser INVESTIDOS em Defesa pois, como já disse, falta TUDO!
Minha conclusão é a à que creio que quem realmente manda por estas bandas deve também ter chegado e antes de nós, o Alcântara: SE O BRASIL QUER SER, TEM QUE TER!!!
X2
Belíssimo post, Túlio, belíssimo!!!
Dias atrás o Marino postou um curto trecho (matéria, entrevista, não me lembro), lá se via algo semelhante ao dito por você, mas era específico sobre a MB. Seria algo mais ou menos assim: sim, é muito caro investir em equipamentos para a MB, mas é muito pouco diante das fortunas que esta Força tem pra defender.
Pra mim, falar em custos de equipamentos é super-trunfo, não é técnico, não é estratégico. Sempre defendi que as FFAA deveriam comprar seus equipamentos de acordo com as necessidades do País, levando em consideração, acima de tudo, sobre a potencial ameaça. Muitos ainda confundem "necessidades do País" com "necessidades de baixo custo", um grande erro. O Brasil não deve investir em defesa mais do que o necessário, não pensamos em ser um país conquistador, mas não devemos pensar pequeno (sem trocadilhos ou insinuações).
Este assunto me faz lembrar a fábula do sapo, aquele que pedia para não ser jogado nas pedras, mas sim na água (que ele temia. rsrsrs). A melhor maneira de saber o melhor equipamentos, mas impossível na prática, é perguntar para os potenciais inimigos, ou seja, perguntar pra eles o que deveríamos comprar (e não seguir seus conselhos, claro). Assim, ouviríamos que não precisamos de PA, não precisamos de escoltas de 6000 ton., não precisamos de Rafale, de mísseis produzidos localmente, etc. Diriam que não precisamos gastar mais, visto que, com o que temos já seria o suficiente diante das ameaças sul-americanas.
Então é isso, vamos seguir a orientação de nossos potenciais inimigos, à risca, mas seguindo em direção oposta. Por isso afirmo: ninguém pode dizer que um dado equipamento é o "melhor para o Brasil" só porque ele é mais barato (por exemplo), é o País que tem que dizer o que é melhor pra ele. O melhor não é necessariamente o mais caro, mas se o melhor para o País for caro, que meça o custo-benefício e se gaste, muito até, mas se for o caso.
Grande abraço,
Orestes