Qual a alternativa para a internet e para o GPS? glosnast? sistema de informática chinês? ou o cubano?Sterrius escreveu:Sobre a noticia acima.
So falta o satelite, pq comprar essas comunicações e aparelhos todos e não ter um satelite proprio é pedir pra colocar o botão de ON/OFF nas mãos do dono do satelite (ja basta o GPS e a Internet ...)
Estratégia Nacional de Defesa
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Glosnass e Galileo.BomRetiro escreveu:Qual a alternativa para a internet e para o GPS? glosnast? sistema de informática chinês? ou o cubano?Sterrius escreveu:Sobre a noticia acima.
So falta o satelite, pq comprar essas comunicações e aparelhos todos e não ter um satelite proprio é pedir pra colocar o botão de ON/OFF nas mãos do dono do satelite (ja basta o GPS e a Internet ...)
Quanto a Internet, ele não tem um centro, não existe "ON/OFF".
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
END na MB
'A força que o país quer'
Voz firme a favor do aparelhamento das Forças Armadas, comandante da Marinha revela entusiasmo com a nova Estratégia Nacional de Defesa e anuncia mais investimentos na ampliação do efetivo para gerar emprego e garantir a soberania do País
Marco Aurélio Reis
Rio - Mais militares, atuando em novas embarcações feitas no Brasil, gerando empregos nos estaleiros nacionais. Reforço de equipamentos e homens para patrulhar águas que vão do chamado Pré-sal (área rica em jazidas de petróleo, no litoral Sudeste) a rios navegáveis da Amazônia. Essa é a Marinha que sairá da nova Estratégia Nacional de Defesa, conforme antecipou a O DIA o comandante de Força, o almirante-de-esquadra Júlio Soares de Moura Neto, 65 anos, notório por ter defendido publicamente nos últimos três anos o aparelhamento das Forças Armadas.
O plano que trará a nova Estratégia Nacional de Defesa está previsto para ser anunciado oficialmente, após dois adiamentos, até o dia 15 do mês que vem. Antes disso, porém, os efeitos dos novos ares que sopram na Marinha poderão ser sentidos pelos brasileiros. Daqui a uma semana começa aperto inédito no rigor para comandantes de embarcações de lazer e esporte flagrados tendo consumido qualquer quantidade de álcool. Será durante a Operação Verão, que se estenderá até março. Na ação serão usados 200 bafômetros que a Marinha comprou para estender para o mar a Lei Seca que reduziu os acidentes na rodovias do País.
“Vamos abordar a embarcação e se sentirmos que há alguma necessidade, o condutor será multado ou detido, ou até mesmo entregue à polícia”, explicou o almirante Moura Neto, na entrevista cujos principais trechos podem ser lidos abaixo.
PLANO ESTRATÉGICO
Em 2005, a Marinha apresentou um programa de reaparelhamento e o governo reuniu grupo de trabalho com as três Forças, a Casa Civil e os ministérios do Planejamento e da Defesa para preparar um programa amplo. Ele ficou pronto em 2006 e, durante o ano seguinte, ficou em gestação no Ministério da Defesa. Em seguida, o presidente (Luiz Inácio) Lula (da Silva) incumbiu o ministro (Nelson) Jobim (da Defesa) de preparar uma Estratégia Nacional de Defesa. Ou seja, o que o País espera que suas Forças Armadas sejam capazes de executar. Então, de posse dessa missão se faz o programa de reaparelhamento das Forças Armadas.
SUBMARINOS
Os submarinos são a prioridade número um do programa de reaparelhamento da Marinha. Queremos construir submarinos convencionais e avançar no sentido de se construir o submarino com propulsão nuclear. O Programa Nuclear da Marinha começou em 1979 e tem dois grandes projetos: o enriquecimento de urânio (que já está perfeitamente dominado com centrífugas de tecnologia nacional) e o protótipo do reator nuclear, que vai equipar o submarino. É um reator de produção de energia, que fará o motor elétrico do submarino andar. Nosso reator terá 11 megawatts de produção de energia elétrica. Isso faz meu submarino andar, mas também acende a luz de uma cidade de até 20 mil habitantes.
MAIS TEMPO SUBMERSO
O submarino convencional funciona com baterias, que vão descarregando à medida que são aplicadas no motor. De tempos em tempos, esse submarino tem que vir à superfície, ser ligado a um gerador diesel-elétrico para recarregar essas baterias. Daí ele fica vulnerável: se expõe e passa a ser localizável. O submarino de propulsão nuclear funciona de outra maneira. Através da reação nuclear, esquenta a água, que se transforma em vapor. É esse vapor que atua numa turbina, fazendo girar um gerador, que produz energia elétrica. A mesma coisa que acontece nas usinas nucleares. Esse submarino pode permanecer, teoricamente, indefinidamente debaixo da água. Só não fica por causa da resistência psicológica e física das tripulações. É uma arma de dissuasão grande, porque não se expõe. É o que queremos. Ter capacidade de dissuasão, de mostrar ao mundo que somos perfeitamente capazes de garantir a soberania de nossa Amazônia Azul, que é o nome que damos às nossas águas jurisdicionais.
TRIPULAÇÃO ESPECIAL
A partir do ano que vem vamos começar a preparar as tripulações. O primeiro submarino nuclear vai demorar em torno de dez anos para ficar pronto. Já estamos com planejamento de cursos no exterior, intercâmbios entre outras Marinhas e preparo psicológico dessas tripulações. Normalmente as Marinhas que têm esses submarinos possuem duas tripulações: uma fica em terra e a outra vai para o mar. Quando o submarino ficar pronto vamos estar com os tripulantes preparados. Os submarinistas são voluntários, uma vez que envolve mais tempo de afastamento (do lar).
PRIORIDADE DOIS
A segunda maior prioridade do nosso Programa de Aparelhamento são os navios-patrulha. Queremos aumentar o número desses navios para podermos permanecer, permanentemente, junto aos campos petrolíferos, principalmente os mais ricos. É para, nos 365 dias do ano, termos um navio nas proximidades para tomar conta, para defender, se for o caso. O programa é construir 27 navios- patrulha. Teremos navios em terra, fazendo reparos, enquanto outros estarão no mar, próximos dos campos (de petróleo).
MAIS HOMENS
E logicamente claro está que se formos aumentar o número de navios e de bases (navais), com toda certeza teremos que aumentar uma parte do nosso efetivo. Teremos que aumentar para poder fazer frente a essa quantidade enorme de navios que vão chegar.
Esses 27 navios levarão de sete a oito anos para serem construidos. É o tempo que a Marinha vai se preparar, formar mais gente, se organizar para poder fazer frente às novas demandas. Já estamos estudando como vamos aumentar a captação de gente para as Escolas de Aprendizes e para a Escola Naval. Nosso setor de pessoal está estudando como vamos atender essas demandas, que irão ocorrendo no decorrer do tempo.
DOMÍNIO TECNOLÓGICO
A independência tecnológica é que dá independência para o país. Se queremos ter uma força de dissuasão, temos que ter não só Forças Armadas com credibilidade, bem preparadas e bem treinadas, mas temos que ter também uma indústria de defesa que possa apoiar. Se o país compra equipamentos em um outro, o que faz se um dia esse outro país não puder fornecer o sobressalente? É de fundamental importância que, se queremos que o Brasil cresça, que as Forças Armadas assumam posição equiparada ao prestígio político-estratégico do País no cenário internacional, temos que ter auto-suficiência, temos que ser capazes de produzir nossos próprios equipamentos e construir nossos próprios navios.
Não quero dizer com isso que não se vá importar. Alguma coisa terá que ser importada, mas a base será a indústria nacional.
EMPREGO E RENDA
Quando pensamos em reforçar nossa indústria de defesa, estamos pensando também na quantidade de empregos que serão criados. Para se construir navios, os estaleiros vão ter mais trabalho, vão ter mais encomendas. Isso é a máquina produtiva do País avançando, como é o desejo de todos. Hoje estamos construindo dois navios-patrulha. Abrimos processo licitatório para construir mais quatro. Agora, em dezembro, abriremos as cartas com as propostas. Um estaleiro vai vencer. Tudo isso feito com o próprio orçamento da Marinha. O ministro da Defesa, sabedor que o Plano Estratégico de Defesa seria discutido por um ano, liberou a construção de alguns meios de clara necessidade, como é o caso dos navios-patrulha, tendo em vista a proteção das plataformas de petróleo. Mas é claro que é uma pequena parcela de um plano muito ambiciosos de reconstrução, que vai durar 20 anos, gerando empregos e renda.
ROYALTIES
Não há menor dúvida de que quando houver mais produção de petróleo (graças as descobertas das jazidas na área do Pré-sal), o valor dos royalties do petróleo (importância cobrada pelo governo no processo de produção) que será alocado para a Marinha vai aumentar. A Marinha sabe que não tem recebido toda parcela dos royalties a que faz jus.
Uma parte é colocada no orçamento e a outra vai para reserva de contingência da Força e o Governo vai liberando à medida que as receitas permitam. É o problema da administração econômica do País. Com as novas descobertas, claro que está, que uma maior quantidade de royalties entrará. O que será até muito bom para o Governo, porque teremos meios para poder fazer andar esse programa de reaparelhamento, pelo menos o da Marinha. Uma boa parte desse programa com toda certeza, se o Governo assim decidir, poderá sair dos royalties.
GASTOS COM FORÇA
Acho que a sociedade está amadurecida o suficiente para entender os gastos expressivos da Marinha. E se a população parar para pensar, esse gasto é ínfimo perto da quantidade de riquezas que estão em jogo: esses campos do Pré-sal tem um potencial de recursos financeiros para o País tão grande, tão grande, que o que a Marinha vai gastar tem percentual ínfimo perto da riqueza que estamos ali para proteger. A população entende perfeitamente que, se temos grandes riquezas no mar, temos que ter capacidade para protegê-las.
MARINHA FORTE
(Com a nova Estratégia de Defesa) há o crescimento da Marinha em todos os seus cenários. Desde o tomar conta das embarcações de turismo até o tomar conta das nossas plataformas. Essa é uma missão muito grande, uma tarefa muito grande para a qual a Marinha tem se preparado no decorrer desses anos todos.
LEI SECA
O mesmo rigor da Lei Seca no trânsito será aplicado nas águas. Todos os anos, quando chega perto do verão, instauramos a Operação Verão. Aumentamos a nossa presença, aumentamos o policiamento nas águas, nos fazemos mais presentes. Agora vamos comprar os chamados bafômetros, que têm o nome técnico de etilômetro. Eles serão distribuídos e vamos fazer cumprir o que já está nas leis, ou seja, que ninguém possa dirigir uma embarcação no mar alcoolizado, porque isso pode causar um acidente grave, ferindo ou até matando outras pessoas. Vamos abordar a embarcação e se sentir que há alguma necessidade, o condutor será multado ou detido, ou até mesmo entregue à polícia. (O Dia.)
'A força que o país quer'
Voz firme a favor do aparelhamento das Forças Armadas, comandante da Marinha revela entusiasmo com a nova Estratégia Nacional de Defesa e anuncia mais investimentos na ampliação do efetivo para gerar emprego e garantir a soberania do País
Marco Aurélio Reis
Rio - Mais militares, atuando em novas embarcações feitas no Brasil, gerando empregos nos estaleiros nacionais. Reforço de equipamentos e homens para patrulhar águas que vão do chamado Pré-sal (área rica em jazidas de petróleo, no litoral Sudeste) a rios navegáveis da Amazônia. Essa é a Marinha que sairá da nova Estratégia Nacional de Defesa, conforme antecipou a O DIA o comandante de Força, o almirante-de-esquadra Júlio Soares de Moura Neto, 65 anos, notório por ter defendido publicamente nos últimos três anos o aparelhamento das Forças Armadas.
O plano que trará a nova Estratégia Nacional de Defesa está previsto para ser anunciado oficialmente, após dois adiamentos, até o dia 15 do mês que vem. Antes disso, porém, os efeitos dos novos ares que sopram na Marinha poderão ser sentidos pelos brasileiros. Daqui a uma semana começa aperto inédito no rigor para comandantes de embarcações de lazer e esporte flagrados tendo consumido qualquer quantidade de álcool. Será durante a Operação Verão, que se estenderá até março. Na ação serão usados 200 bafômetros que a Marinha comprou para estender para o mar a Lei Seca que reduziu os acidentes na rodovias do País.
“Vamos abordar a embarcação e se sentirmos que há alguma necessidade, o condutor será multado ou detido, ou até mesmo entregue à polícia”, explicou o almirante Moura Neto, na entrevista cujos principais trechos podem ser lidos abaixo.
PLANO ESTRATÉGICO
Em 2005, a Marinha apresentou um programa de reaparelhamento e o governo reuniu grupo de trabalho com as três Forças, a Casa Civil e os ministérios do Planejamento e da Defesa para preparar um programa amplo. Ele ficou pronto em 2006 e, durante o ano seguinte, ficou em gestação no Ministério da Defesa. Em seguida, o presidente (Luiz Inácio) Lula (da Silva) incumbiu o ministro (Nelson) Jobim (da Defesa) de preparar uma Estratégia Nacional de Defesa. Ou seja, o que o País espera que suas Forças Armadas sejam capazes de executar. Então, de posse dessa missão se faz o programa de reaparelhamento das Forças Armadas.
SUBMARINOS
Os submarinos são a prioridade número um do programa de reaparelhamento da Marinha. Queremos construir submarinos convencionais e avançar no sentido de se construir o submarino com propulsão nuclear. O Programa Nuclear da Marinha começou em 1979 e tem dois grandes projetos: o enriquecimento de urânio (que já está perfeitamente dominado com centrífugas de tecnologia nacional) e o protótipo do reator nuclear, que vai equipar o submarino. É um reator de produção de energia, que fará o motor elétrico do submarino andar. Nosso reator terá 11 megawatts de produção de energia elétrica. Isso faz meu submarino andar, mas também acende a luz de uma cidade de até 20 mil habitantes.
MAIS TEMPO SUBMERSO
O submarino convencional funciona com baterias, que vão descarregando à medida que são aplicadas no motor. De tempos em tempos, esse submarino tem que vir à superfície, ser ligado a um gerador diesel-elétrico para recarregar essas baterias. Daí ele fica vulnerável: se expõe e passa a ser localizável. O submarino de propulsão nuclear funciona de outra maneira. Através da reação nuclear, esquenta a água, que se transforma em vapor. É esse vapor que atua numa turbina, fazendo girar um gerador, que produz energia elétrica. A mesma coisa que acontece nas usinas nucleares. Esse submarino pode permanecer, teoricamente, indefinidamente debaixo da água. Só não fica por causa da resistência psicológica e física das tripulações. É uma arma de dissuasão grande, porque não se expõe. É o que queremos. Ter capacidade de dissuasão, de mostrar ao mundo que somos perfeitamente capazes de garantir a soberania de nossa Amazônia Azul, que é o nome que damos às nossas águas jurisdicionais.
TRIPULAÇÃO ESPECIAL
A partir do ano que vem vamos começar a preparar as tripulações. O primeiro submarino nuclear vai demorar em torno de dez anos para ficar pronto. Já estamos com planejamento de cursos no exterior, intercâmbios entre outras Marinhas e preparo psicológico dessas tripulações. Normalmente as Marinhas que têm esses submarinos possuem duas tripulações: uma fica em terra e a outra vai para o mar. Quando o submarino ficar pronto vamos estar com os tripulantes preparados. Os submarinistas são voluntários, uma vez que envolve mais tempo de afastamento (do lar).
PRIORIDADE DOIS
A segunda maior prioridade do nosso Programa de Aparelhamento são os navios-patrulha. Queremos aumentar o número desses navios para podermos permanecer, permanentemente, junto aos campos petrolíferos, principalmente os mais ricos. É para, nos 365 dias do ano, termos um navio nas proximidades para tomar conta, para defender, se for o caso. O programa é construir 27 navios- patrulha. Teremos navios em terra, fazendo reparos, enquanto outros estarão no mar, próximos dos campos (de petróleo).
MAIS HOMENS
E logicamente claro está que se formos aumentar o número de navios e de bases (navais), com toda certeza teremos que aumentar uma parte do nosso efetivo. Teremos que aumentar para poder fazer frente a essa quantidade enorme de navios que vão chegar.
Esses 27 navios levarão de sete a oito anos para serem construidos. É o tempo que a Marinha vai se preparar, formar mais gente, se organizar para poder fazer frente às novas demandas. Já estamos estudando como vamos aumentar a captação de gente para as Escolas de Aprendizes e para a Escola Naval. Nosso setor de pessoal está estudando como vamos atender essas demandas, que irão ocorrendo no decorrer do tempo.
DOMÍNIO TECNOLÓGICO
A independência tecnológica é que dá independência para o país. Se queremos ter uma força de dissuasão, temos que ter não só Forças Armadas com credibilidade, bem preparadas e bem treinadas, mas temos que ter também uma indústria de defesa que possa apoiar. Se o país compra equipamentos em um outro, o que faz se um dia esse outro país não puder fornecer o sobressalente? É de fundamental importância que, se queremos que o Brasil cresça, que as Forças Armadas assumam posição equiparada ao prestígio político-estratégico do País no cenário internacional, temos que ter auto-suficiência, temos que ser capazes de produzir nossos próprios equipamentos e construir nossos próprios navios.
Não quero dizer com isso que não se vá importar. Alguma coisa terá que ser importada, mas a base será a indústria nacional.
EMPREGO E RENDA
Quando pensamos em reforçar nossa indústria de defesa, estamos pensando também na quantidade de empregos que serão criados. Para se construir navios, os estaleiros vão ter mais trabalho, vão ter mais encomendas. Isso é a máquina produtiva do País avançando, como é o desejo de todos. Hoje estamos construindo dois navios-patrulha. Abrimos processo licitatório para construir mais quatro. Agora, em dezembro, abriremos as cartas com as propostas. Um estaleiro vai vencer. Tudo isso feito com o próprio orçamento da Marinha. O ministro da Defesa, sabedor que o Plano Estratégico de Defesa seria discutido por um ano, liberou a construção de alguns meios de clara necessidade, como é o caso dos navios-patrulha, tendo em vista a proteção das plataformas de petróleo. Mas é claro que é uma pequena parcela de um plano muito ambiciosos de reconstrução, que vai durar 20 anos, gerando empregos e renda.
ROYALTIES
Não há menor dúvida de que quando houver mais produção de petróleo (graças as descobertas das jazidas na área do Pré-sal), o valor dos royalties do petróleo (importância cobrada pelo governo no processo de produção) que será alocado para a Marinha vai aumentar. A Marinha sabe que não tem recebido toda parcela dos royalties a que faz jus.
Uma parte é colocada no orçamento e a outra vai para reserva de contingência da Força e o Governo vai liberando à medida que as receitas permitam. É o problema da administração econômica do País. Com as novas descobertas, claro que está, que uma maior quantidade de royalties entrará. O que será até muito bom para o Governo, porque teremos meios para poder fazer andar esse programa de reaparelhamento, pelo menos o da Marinha. Uma boa parte desse programa com toda certeza, se o Governo assim decidir, poderá sair dos royalties.
GASTOS COM FORÇA
Acho que a sociedade está amadurecida o suficiente para entender os gastos expressivos da Marinha. E se a população parar para pensar, esse gasto é ínfimo perto da quantidade de riquezas que estão em jogo: esses campos do Pré-sal tem um potencial de recursos financeiros para o País tão grande, tão grande, que o que a Marinha vai gastar tem percentual ínfimo perto da riqueza que estamos ali para proteger. A população entende perfeitamente que, se temos grandes riquezas no mar, temos que ter capacidade para protegê-las.
MARINHA FORTE
(Com a nova Estratégia de Defesa) há o crescimento da Marinha em todos os seus cenários. Desde o tomar conta das embarcações de turismo até o tomar conta das nossas plataformas. Essa é uma missão muito grande, uma tarefa muito grande para a qual a Marinha tem se preparado no decorrer desses anos todos.
LEI SECA
O mesmo rigor da Lei Seca no trânsito será aplicado nas águas. Todos os anos, quando chega perto do verão, instauramos a Operação Verão. Aumentamos a nossa presença, aumentamos o policiamento nas águas, nos fazemos mais presentes. Agora vamos comprar os chamados bafômetros, que têm o nome técnico de etilômetro. Eles serão distribuídos e vamos fazer cumprir o que já está nas leis, ou seja, que ninguém possa dirigir uma embarcação no mar alcoolizado, porque isso pode causar um acidente grave, ferindo ou até matando outras pessoas. Vamos abordar a embarcação e se sentir que há alguma necessidade, o condutor será multado ou detido, ou até mesmo entregue à polícia. (O Dia.)
"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Não sei se já esta no fórum, mas este assunto cai bem aqui no tópico:
Valor on line
SÃO PAULO - SP
Brasil faz acordo de defesa com a Rússia
Sergio Leo
Sem alarde, o Brasil fechou o contrato de compra de 12 helicópteros de ataque MI-35 fabricados pela Rússia, a um custo estimado em cerca de US$ 300 milhões. A compra põe fim a uma negociação de quase dois anos, equipará as Forças Armadas com verdadeiros tanques blindados aéreos que se destinarão à vigilância da Amazônia e é um exemplo do que não prevê o acordo de cooperação em matéria de defesa que os dois governos também assinarão durante a visita do presidente russo ao Brasil, Dmitri Medvedev, nesta semana. O governo quer mais, quer fabricar armamentos com a Rússia.
E não só com a Rússia. Em dezembro, chega ao país o presidente da França, Nicolas Sarkozy, com quem também será assinado acordo de cooperação em matéria de defesa. Como informou ao Valor o ministro de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, as negociações com os franceses estão até mais avançadas do que as com os russos.
Sarkozy entendeu que o Brasil não quer acordos de compra e venda de mercadorias, mas de aliança para fabricação de armamentos e pesquisas tecnológicas. A Marinha brasileira discute com os franceses planos conjuntos na construção de submarinos, e o Exército negocia projetos de cooperação para tecnologias do chamado "combatente do futuro" das tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), com uso de sofisticados sistemas de informática e posicionamento por satélite para auxiliar o deslocamento, identificação e mobilização de soldados em campo de batalha.
A compra dos helicópteros russos é considerada, no governo, um negócio "atípico" e excepcional em relação ao que se pretende com a nova estratégia de alianças no setor de defesa. Os brasileiros negociaram a instalação de centros completos de manutenção para os novos helicópteros, para evitar os problemas já identificados na vizinha Venezuela, onde o abastecimento de peças depende de estoques limitados e encomendas a Moscou. Mas a compra é uma operação estritamente comercial, sem o chamado offset, compensações comerciais concedidas pelo fornecedor de equipamentos.
O objetivo declarado das conversas com Paris e Moscou - explicitado por Mangabeira Unger em recente ronda pela Europa - é evitar a excessiva dependência de fornecedores de alguma parte do globo e buscar aproveitar a reestruturação das Forças Armadas para incentivar o desenvolvimento tecnológico do setor de armamentos no país. Essa foi a razão, segundo explicou o governo brasileiro ao russo, pela qual os jatos Sukhoi foram excluídos da licitação para o projeto FX de compra de novos jatos para a Força Aérea Brasileira. Os russos foram os únicos a não oferecer transferência de tecnologia no pacote de venda.
Além do anúncio da compra dos helicópteros, está prevista para a visita de Medvedev a assinatura de um dos três acordos que pautarão a cooperação dos dois países em matéria de defesa. Em agosto já havia sido assinado outro, pelo gabinete de Segurança Institucional da Presidência, do ministro general Jorge Félix, com a ex-KGB russa, de proteção de informações confidenciais. O acordo desta semana é de cooperação técnico-militar e prevê troca e intercâmbio de pessoal, aquisição de equipamentos, transferência de tecnologia e até co-produção.
Há um terceiro acordo em fase de finalização, sobre propriedade intelectual. As autoridades brasileiras esperam que o acordo permita às indústrias dos dois países conhecer melhor o que é produzido e comercializado nos dois mercados, abrindo caminho para que as empresas brasileiras façam contatos e encontrem oportunidades de negócios com os russos. Não é fácil, a Rússia, especialmente na esfera militar, ainda tem a arrogância de grande potência, mas há forte interesse da indústria bélica brasileira, em campos como a fabricação de blindados, por exemplo.
Toda essa movimentação é vista com mau humor por tradicionais exportadores brasileiros, como os de carne, que lamentam a falta de resultados do governo brasileiro nos esforços para abrir ao Brasil maior espaço nas cotas de importação russas, grande parte delas reservadas a exportadores europeus e americanos. Na semana passada reuniu-se em Brasília a comissão intergovernamental Brasil-Rússia de cooperação econômica, comercial, científica e tecnológica, em preparação à visita de Medvedev. E a discussão sobre agricultura levou apenas a queixas da parte brasileira pela falta de empenho dos russos em avançar no tema de cooperação agrícola.
A visita de Medvedev será acompanhada dos anúncios pomposos dessas ocasiões, como a meta de elevar o comércio bilateral dos US$ 5 bilhões de 2007 para US$ 10 bilhões em 2010. Mas a crise financeira mundial, que chegou pesadamente à Rússia, obscurece as perspectivas comerciais com o país - a queda nos preços do petróleo já fez Medvedev adiar anúncios de investimentos que faria nesta semana, na Venezuela, e praticamente concentrou as expectativas nos negócios do campo militar.
As reservas internacionais da Rússia, de quase US$ 600 bilhões em agosto, caíram para pouco mais de US$ 450 bilhões e continuam caindo no ritmo de mais de US$ 20 bilhões por semana, o crédito secou, começaram as demissões nos setor automotivo e o governo já anunciou pacotes bilionários de salvamento, como no Ocidente. Tudo isso reduz a atratividade da cooperação econômica com o país, mas não afetou, até agora, os planos em matéria de defesa.
As autoridades brasileiras dizem considerar normal a aproximação entre Rússia e Venezuela, que farão exercícios militares juntos, no Caribe, nesta semana. Enquanto Chávez apresenta a aliança como uma resposta ao "Império" americano, os próprios russos minimizam essa volta às Américas, que insistem em classificar como um ressurgimento do interesse puramente econômico na região. Combinado com a decisão dos países sul-americanos de, pela primeira vez, estabelecerem um Conselho de Defesa que exclui a grande potência ao Norte, esse movimento tem, porém, forte implicações geopolíticas. Mesmo que os presidentes Lula e Medvedev, amanhã, digam o contrário.
Valor on line
SÃO PAULO - SP
Brasil faz acordo de defesa com a Rússia
Sergio Leo
Sem alarde, o Brasil fechou o contrato de compra de 12 helicópteros de ataque MI-35 fabricados pela Rússia, a um custo estimado em cerca de US$ 300 milhões. A compra põe fim a uma negociação de quase dois anos, equipará as Forças Armadas com verdadeiros tanques blindados aéreos que se destinarão à vigilância da Amazônia e é um exemplo do que não prevê o acordo de cooperação em matéria de defesa que os dois governos também assinarão durante a visita do presidente russo ao Brasil, Dmitri Medvedev, nesta semana. O governo quer mais, quer fabricar armamentos com a Rússia.
E não só com a Rússia. Em dezembro, chega ao país o presidente da França, Nicolas Sarkozy, com quem também será assinado acordo de cooperação em matéria de defesa. Como informou ao Valor o ministro de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, as negociações com os franceses estão até mais avançadas do que as com os russos.
Sarkozy entendeu que o Brasil não quer acordos de compra e venda de mercadorias, mas de aliança para fabricação de armamentos e pesquisas tecnológicas. A Marinha brasileira discute com os franceses planos conjuntos na construção de submarinos, e o Exército negocia projetos de cooperação para tecnologias do chamado "combatente do futuro" das tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), com uso de sofisticados sistemas de informática e posicionamento por satélite para auxiliar o deslocamento, identificação e mobilização de soldados em campo de batalha.
A compra dos helicópteros russos é considerada, no governo, um negócio "atípico" e excepcional em relação ao que se pretende com a nova estratégia de alianças no setor de defesa. Os brasileiros negociaram a instalação de centros completos de manutenção para os novos helicópteros, para evitar os problemas já identificados na vizinha Venezuela, onde o abastecimento de peças depende de estoques limitados e encomendas a Moscou. Mas a compra é uma operação estritamente comercial, sem o chamado offset, compensações comerciais concedidas pelo fornecedor de equipamentos.
O objetivo declarado das conversas com Paris e Moscou - explicitado por Mangabeira Unger em recente ronda pela Europa - é evitar a excessiva dependência de fornecedores de alguma parte do globo e buscar aproveitar a reestruturação das Forças Armadas para incentivar o desenvolvimento tecnológico do setor de armamentos no país. Essa foi a razão, segundo explicou o governo brasileiro ao russo, pela qual os jatos Sukhoi foram excluídos da licitação para o projeto FX de compra de novos jatos para a Força Aérea Brasileira. Os russos foram os únicos a não oferecer transferência de tecnologia no pacote de venda.
Além do anúncio da compra dos helicópteros, está prevista para a visita de Medvedev a assinatura de um dos três acordos que pautarão a cooperação dos dois países em matéria de defesa. Em agosto já havia sido assinado outro, pelo gabinete de Segurança Institucional da Presidência, do ministro general Jorge Félix, com a ex-KGB russa, de proteção de informações confidenciais. O acordo desta semana é de cooperação técnico-militar e prevê troca e intercâmbio de pessoal, aquisição de equipamentos, transferência de tecnologia e até co-produção.
Há um terceiro acordo em fase de finalização, sobre propriedade intelectual. As autoridades brasileiras esperam que o acordo permita às indústrias dos dois países conhecer melhor o que é produzido e comercializado nos dois mercados, abrindo caminho para que as empresas brasileiras façam contatos e encontrem oportunidades de negócios com os russos. Não é fácil, a Rússia, especialmente na esfera militar, ainda tem a arrogância de grande potência, mas há forte interesse da indústria bélica brasileira, em campos como a fabricação de blindados, por exemplo.
Toda essa movimentação é vista com mau humor por tradicionais exportadores brasileiros, como os de carne, que lamentam a falta de resultados do governo brasileiro nos esforços para abrir ao Brasil maior espaço nas cotas de importação russas, grande parte delas reservadas a exportadores europeus e americanos. Na semana passada reuniu-se em Brasília a comissão intergovernamental Brasil-Rússia de cooperação econômica, comercial, científica e tecnológica, em preparação à visita de Medvedev. E a discussão sobre agricultura levou apenas a queixas da parte brasileira pela falta de empenho dos russos em avançar no tema de cooperação agrícola.
A visita de Medvedev será acompanhada dos anúncios pomposos dessas ocasiões, como a meta de elevar o comércio bilateral dos US$ 5 bilhões de 2007 para US$ 10 bilhões em 2010. Mas a crise financeira mundial, que chegou pesadamente à Rússia, obscurece as perspectivas comerciais com o país - a queda nos preços do petróleo já fez Medvedev adiar anúncios de investimentos que faria nesta semana, na Venezuela, e praticamente concentrou as expectativas nos negócios do campo militar.
As reservas internacionais da Rússia, de quase US$ 600 bilhões em agosto, caíram para pouco mais de US$ 450 bilhões e continuam caindo no ritmo de mais de US$ 20 bilhões por semana, o crédito secou, começaram as demissões nos setor automotivo e o governo já anunciou pacotes bilionários de salvamento, como no Ocidente. Tudo isso reduz a atratividade da cooperação econômica com o país, mas não afetou, até agora, os planos em matéria de defesa.
As autoridades brasileiras dizem considerar normal a aproximação entre Rússia e Venezuela, que farão exercícios militares juntos, no Caribe, nesta semana. Enquanto Chávez apresenta a aliança como uma resposta ao "Império" americano, os próprios russos minimizam essa volta às Américas, que insistem em classificar como um ressurgimento do interesse puramente econômico na região. Combinado com a decisão dos países sul-americanos de, pela primeira vez, estabelecerem um Conselho de Defesa que exclui a grande potência ao Norte, esse movimento tem, porém, forte implicações geopolíticas. Mesmo que os presidentes Lula e Medvedev, amanhã, digam o contrário.
"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Jobim apresenta plano estratégico
O ministro Nelson Jobim apresentou ontem a parlamentares pontos do Plano Estratégico de Defesa, a ser discutido com o presidente Lula. A proposta prevê expansão dos meios da Marinha - por conta das descobertas de petróleo nas áreas do pré-sal -, recomposição da frota da Força Aérea e ampliação da elasticidade e flexibilidade do Exército. A idéia de fixar o orçamento da Defesa em 2,5% do PIB foi abandonada.
O ministro Nelson Jobim apresentou ontem a parlamentares pontos do Plano Estratégico de Defesa, a ser discutido com o presidente Lula. A proposta prevê expansão dos meios da Marinha - por conta das descobertas de petróleo nas áreas do pré-sal -, recomposição da frota da Força Aérea e ampliação da elasticidade e flexibilidade do Exército. A idéia de fixar o orçamento da Defesa em 2,5% do PIB foi abandonada.
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Se isto for verdade, a idéia do plano vai ficar só no papel, se houver papel e tinta, porque sem dinheiro!!!!???????.................A idéia de fixar o orçamento da Defesa em 2,5% do PIB foi abandonada.
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Existem 12 centrais espalhadas pelo globo que dpois se ramificam em centenas de subestações e os EUA tem o comando de 8 delas. A europa apenas 2 e não sei a localização dos outros 2 sistemas (Acho que 1 fica na asia outro australia). Apesar de ser proibido 24 horas antes do ataque inicial ao Iraque a internet do país caiu misteriosamente.Quanto a Internet, ele não tem um centro, não existe "ON/OFF".
Inclusive existe forte pressão do Brasil e da UE para fazer os EUA abdiciarem de mais servidores. Pois enquanto tiverem o comando destes 8 eles tem sim o "On/off" da internet de certas regiões do globo.
O orgão que comanda a internet (Com sede nos EUA) deveria ser livre de influencias, mas a guerra do iraque provou que sob pressão eles acatam ordens que não deviam.
Editado pela última vez por Sterrius em Qua Nov 26, 2008 4:18 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Frente Parlamentar da Defesa discute Estratégia Nacional com Jobim
Brasília, 25/11/2008 - O Ministro da Defesa, Nelson Jobim, apresentou nesta terça-feira uma exposição sobre a Estratégia Nacional de Defesa a integrantes da Comissão da Frente Parlamentar da Defesa Nacional e ao presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. O ministro explicou que os debates continuam, e que a versão final deverá ser anunciada em dezembro.
Jobim explicou que uma preocupação central do governo é manter a associação da estratégia de defesa com a estratégia de desenvolvimento do país. "Não há nenhum movimento de defesa que não se vincule ao desenvolvimento", afirmou. Para isso, segundo Jobim, será essencial a aprovação de políticas de pesquisas, com forte participação do governo, e a exigência de capacitação nacional e de transferência de tecnologias nas compras de equipamentos militares no exterior.
Jobim explicou que a Estratégia contém diretrizes gerais que suscitarão o debate, e que a implementação das diretrizes dependerá de projetos de lei e outros atos que necessitarão de forte participação dos parlamentares.
Participaram do encontro o presidente da Frente Parlamentar, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), os diretores Aldo Rebelo (PC do B – SP), Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), Michel Temer (PMDB-SP) e José Genoíno (PT-SP), e o presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional – CREDN da Câmara, Marcondes Gadelha (PSB-PB). Também participaram do encontro o Comandante do Exército, General-de-Exército Enzo Martins Peri, e o chefe do Estado Maior da Marinha, Almirante-de-Esquadra Aurélio Ribeiro da Silva Filho.
Assessoria de Comunicação Social
Ministério da Defesa
Brasília, 25/11/2008 - O Ministro da Defesa, Nelson Jobim, apresentou nesta terça-feira uma exposição sobre a Estratégia Nacional de Defesa a integrantes da Comissão da Frente Parlamentar da Defesa Nacional e ao presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. O ministro explicou que os debates continuam, e que a versão final deverá ser anunciada em dezembro.
Jobim explicou que uma preocupação central do governo é manter a associação da estratégia de defesa com a estratégia de desenvolvimento do país. "Não há nenhum movimento de defesa que não se vincule ao desenvolvimento", afirmou. Para isso, segundo Jobim, será essencial a aprovação de políticas de pesquisas, com forte participação do governo, e a exigência de capacitação nacional e de transferência de tecnologias nas compras de equipamentos militares no exterior.
Jobim explicou que a Estratégia contém diretrizes gerais que suscitarão o debate, e que a implementação das diretrizes dependerá de projetos de lei e outros atos que necessitarão de forte participação dos parlamentares.
Participaram do encontro o presidente da Frente Parlamentar, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), os diretores Aldo Rebelo (PC do B – SP), Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), Michel Temer (PMDB-SP) e José Genoíno (PT-SP), e o presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional – CREDN da Câmara, Marcondes Gadelha (PSB-PB). Também participaram do encontro o Comandante do Exército, General-de-Exército Enzo Martins Peri, e o chefe do Estado Maior da Marinha, Almirante-de-Esquadra Aurélio Ribeiro da Silva Filho.
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
das duas uma: ou não terá mais aquele PND todo que era anunciado, ou eles tão fazendo isso para poder abaixar um pouco durante a crise.jauro escreveu:Se isto for verdade, a idéia do plano vai ficar só no papel, se houver papel e tinta, porque sem dinheiro!!!!???????.................A idéia de fixar o orçamento da Defesa em 2,5% do PIB foi abandonada.
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Lembrando que nao é pq deixou de ser fixo que o plano tenha abandonado de vez a ideia de chegar a 2,5% do PIB.
O problema esta na palavra. Ao se fixar o orçamento em 2,5% seriam 2,5% do PIB que o governo nao poderia +mecher, não importa a crise mundial.
Somente a Saude e Educação tem esse privilegio hoje em dia.
Mas nada disso impede que o governo coloque um plano de aumento do orçamento das FA onde o ideal é chegar a 2,5%. E tb nada impede a lei que impeça o contigenciamento do dinheiro das FA. O que faria o governo aumentar/diminuir o orçamento do exercito apenas no inicio de cada ano. (Quando faz o balanço);
O problema esta na palavra. Ao se fixar o orçamento em 2,5% seriam 2,5% do PIB que o governo nao poderia +mecher, não importa a crise mundial.
Somente a Saude e Educação tem esse privilegio hoje em dia.
Mas nada disso impede que o governo coloque um plano de aumento do orçamento das FA onde o ideal é chegar a 2,5%. E tb nada impede a lei que impeça o contigenciamento do dinheiro das FA. O que faria o governo aumentar/diminuir o orçamento do exercito apenas no inicio de cada ano. (Quando faz o balanço);
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Marino
Excelente esta matéria do Mario Cesar Flores. Trata-se de uma argumentação de grande fôlego e respeitável. Ainda estou lendo e refletindo. Aprendi muito. Serviu para qualificar melhor nosso forum.
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Sterrius
A internet tem sido um instrumento valioso dos órgãos de segurança no mundo inteiro, tu sabes, mas principalmente dos EUA e suas 12 agências de segurança. O melhor exemplo foi o bombardeio preciso na FAC no Equador matando guerrilheiros das FARCs. Por estas razões jamais a internet será democratizada.
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Plano Estratégico da Defesa em discussão no Congresso28/11/2008 - 15h49
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, reuniu-se na última terça-feira com integrantes da Frente Parlamentar da Defesa Nacional para discutir pontos do Plano Estratégico de Defesa, que deverá ser divulgado até o final do ano.
Ele informou que a proposta será submetida Conselho Nacional de Defesa que dará a última palavra em relação aos decretos, medidas provisórias e projetos que serão encaminhados ao Congresso Nacional em 2009.
O deputado Raul Jungmann (PPS-PE), coordenador da Frente destacou que a proposta vai provocar intensos debates no Legislativo e afirmou que o plano deverá levar em conta a necessidade de descentralizar a defesa no Brasil.
Ele entende que o Brasil precisa mudar a postura extremamente pacifista e se preparar para a defesa estratégica através da distribuição geográfica das Forças Armadas.
Desta forma, Exército, Marinha e Aeronáutica seriam deslocados dos estados do Sul e do Sudeste, para as regiões fronteiriças e para a Amazônia.
Para Raul Jungmann, um país que quer um assento no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que tem reservas de petróleo na camada pré-sal, e que tem a Amazônia no centro de discussão, tanto ecológica, como de território, tem que ter um projeto de desenvolvimento associado à defesa.
José Genoíno (PT-SP), explicou que a Frente vai manter reuniões periódicas com o ministro da Defesa para discutir a implementação do plano.
Na sua opinião, o Brasil deve abandonar a postura “ingênua”. "O Brasil tem uma política pacífica, mas não pode ser ingênuo. O Brasil tem que ter capacidade dissuasória, seja através de armas adequadas e modernas, seja através de uma organização flexível das Forças Armadas. Nós não vamos atacar ninguém, não temos conflito com ninguém. O plano busca realmente implantar o Ministério da Defesa."
Integrantes da Frente revelaram que o plano vai propor meios para que o Brasil desenvolva tecnologia bélica e reduza as compras de produtos estrangeiros.
Uma das propostas que serão discutidas no Congresso está a modificação da Lei de Licitações, para que as Forças Armadas tenham maior capacidade de aquisição e não sejam obrigadas a comprar armas de outros países.
Também haverá mudanças no serviço militar obrigatório. Quem não prestar o serviço militar pode realizar algum serviço social.
A Frente Parlamentar da Defesa Nacional é integrada por 227 parlamentares e nasceu com o objetivo de promover o debate acerca de um adequado sistema de defesa voltado à preservação da soberania nacional.
Além disso, possui como metas a cooperação entre o Congresso Nacional e o ministério da Defesa; a promoção das relações internacionais e do Conselho Sul-Americano de Defesa, Direitos Humanos e Política de Defesa Nacional; e a elaboração do Livro Branco da Defesa Nacional.
Análise da Notícia
Nesta semana, o ministro da Defesa foi ao Congresso Nacional para sentir o apoio que o futuro Plano Estratégico da Defesa pode receber dos congressistas, aqueles que por fim, decidem se a proposta evolui.
O anúncio da proposta está atrasado em dois meses e o seu coordenador, o ministro dos Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, já reconheceu que as dificuldades para a sua implementação serão muitas.
O Brasil não quer ser um mero comprador, tem dito o ministro Jobim. O país quer parceiros que transfiram tecnologia e deseja ter Forças Armadas à altura de suas pretensões como ator global.
Para tanto, é preciso que a consciência em torno da Defesa Nacional seja formada em todas as camadas da sociedade.
Ter Forças Armadas modernas e ágeis é tão importante quanto ter um pão à mesa ou um banco escolar.
Além disso, a indústria dual é absolutamente viável no Brasil dadas as suas dimensões, peculiaridades climáticas e geográficas e recursos naturais portentosos.
Investir em Defesa é pensar num Brasil grande, capaz de mitigar suas mazelas com a geração de empregos e o desenvolvimento de tecnologias.
Modernizar e reaparelhar as Forças Armadas não significa militarizar o país, mas dotá-lo de capacidades que nos permitam dialogar com todos os atores internacionais.
Mais até que isso, permitir que a população tenha um estamento em condições de atender o Brasil em situações como a que vivemos em Santa Catarina.
Marcelo Rech
"É permitida a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte"
Fonte: http://www.inforel.org
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, reuniu-se na última terça-feira com integrantes da Frente Parlamentar da Defesa Nacional para discutir pontos do Plano Estratégico de Defesa, que deverá ser divulgado até o final do ano.
Ele informou que a proposta será submetida Conselho Nacional de Defesa que dará a última palavra em relação aos decretos, medidas provisórias e projetos que serão encaminhados ao Congresso Nacional em 2009.
O deputado Raul Jungmann (PPS-PE), coordenador da Frente destacou que a proposta vai provocar intensos debates no Legislativo e afirmou que o plano deverá levar em conta a necessidade de descentralizar a defesa no Brasil.
Ele entende que o Brasil precisa mudar a postura extremamente pacifista e se preparar para a defesa estratégica através da distribuição geográfica das Forças Armadas.
Desta forma, Exército, Marinha e Aeronáutica seriam deslocados dos estados do Sul e do Sudeste, para as regiões fronteiriças e para a Amazônia.
Para Raul Jungmann, um país que quer um assento no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que tem reservas de petróleo na camada pré-sal, e que tem a Amazônia no centro de discussão, tanto ecológica, como de território, tem que ter um projeto de desenvolvimento associado à defesa.
José Genoíno (PT-SP), explicou que a Frente vai manter reuniões periódicas com o ministro da Defesa para discutir a implementação do plano.
Na sua opinião, o Brasil deve abandonar a postura “ingênua”. "O Brasil tem uma política pacífica, mas não pode ser ingênuo. O Brasil tem que ter capacidade dissuasória, seja através de armas adequadas e modernas, seja através de uma organização flexível das Forças Armadas. Nós não vamos atacar ninguém, não temos conflito com ninguém. O plano busca realmente implantar o Ministério da Defesa."
Integrantes da Frente revelaram que o plano vai propor meios para que o Brasil desenvolva tecnologia bélica e reduza as compras de produtos estrangeiros.
Uma das propostas que serão discutidas no Congresso está a modificação da Lei de Licitações, para que as Forças Armadas tenham maior capacidade de aquisição e não sejam obrigadas a comprar armas de outros países.
Também haverá mudanças no serviço militar obrigatório. Quem não prestar o serviço militar pode realizar algum serviço social.
A Frente Parlamentar da Defesa Nacional é integrada por 227 parlamentares e nasceu com o objetivo de promover o debate acerca de um adequado sistema de defesa voltado à preservação da soberania nacional.
Além disso, possui como metas a cooperação entre o Congresso Nacional e o ministério da Defesa; a promoção das relações internacionais e do Conselho Sul-Americano de Defesa, Direitos Humanos e Política de Defesa Nacional; e a elaboração do Livro Branco da Defesa Nacional.
Análise da Notícia
Nesta semana, o ministro da Defesa foi ao Congresso Nacional para sentir o apoio que o futuro Plano Estratégico da Defesa pode receber dos congressistas, aqueles que por fim, decidem se a proposta evolui.
O anúncio da proposta está atrasado em dois meses e o seu coordenador, o ministro dos Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, já reconheceu que as dificuldades para a sua implementação serão muitas.
O Brasil não quer ser um mero comprador, tem dito o ministro Jobim. O país quer parceiros que transfiram tecnologia e deseja ter Forças Armadas à altura de suas pretensões como ator global.
Para tanto, é preciso que a consciência em torno da Defesa Nacional seja formada em todas as camadas da sociedade.
Ter Forças Armadas modernas e ágeis é tão importante quanto ter um pão à mesa ou um banco escolar.
Além disso, a indústria dual é absolutamente viável no Brasil dadas as suas dimensões, peculiaridades climáticas e geográficas e recursos naturais portentosos.
Investir em Defesa é pensar num Brasil grande, capaz de mitigar suas mazelas com a geração de empregos e o desenvolvimento de tecnologias.
Modernizar e reaparelhar as Forças Armadas não significa militarizar o país, mas dotá-lo de capacidades que nos permitam dialogar com todos os atores internacionais.
Mais até que isso, permitir que a população tenha um estamento em condições de atender o Brasil em situações como a que vivemos em Santa Catarina.
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
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Nao é muita questão de escolha dos EUA. O orgão que controla a internet não responde aos EUA, ele é quase uma ONU por assim dizer. Logo se pressionado o suficiente os EUA serão obrigados a ceder. O fato do iraque so ocorreu realmente pq a sede é la, o que facilitou o "lobby" americano.
Caso diga não mesmo assim a Europa ja falou que tem plena capacidade de criar sua propria internet usando boa parte da infraestrutura atual, com os acordos certos isso poderia praticamente isolar os EUA e aliados "intimidados" mais proximos ja que obviamente ela dividiria esta internet de uma maneira melhor do que os EUA. (So o fato da europa ter varios paises ja dividiria os servidores em varias regioes... ae se bota 1 em cada continente fora da europa e vc mato o monopolio americano e ainda tornou a internet destas regiões +rapidas).
Essa discussão obviamente ja corre desde a guerra do Iraque. E a tendencia é que os EUA vão ceder um pouco pra aliviar a pressão no futuro. .
Eu to explicando meio porcamente pq essa noticia ja é bem velha. È de 2005-2006. Logo são apenas resquicios do que eu lembro.
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Plano de defesa do governo não inclui custos
Minuta da Estratégia Nacional de Defesa, que será apresentada em dezembro, não traz cifras sobre compras de equipamentos
Documento elaborado sob a supervisão de Mangabeira Unger propõe reorganizar Forças Armadas e reativar a indústria de defesa do país
CLAUDIO DANTAS SEQUEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A minuta da Estratégia Nacional de Defesa, que deverá ser apresentada oficialmente em dezembro, propõe uma ampla reorganização das Forças Armadas, a revalorização da carreira militar e a reativação da indústria de defesa, a partir de um regime tributário específico. O documento, obtido pela Folha, não traz cifras sobre compras de equipamentos nem detalhes orçamentários. Mas defende, em termos gerais, a necessidade de aquisição e desenvolvimento próprio de armamentos e meios que ampliem a capacidade de ação militar das Forças Armadas. Até março de 2009, as forças deverão apresentar planos específicos de equipamentos.
Por enquanto, foi feita uma lista genérica com itens, como aviões de ataque, submarinos de propulsão nuclear, mísseis, veículos aéreos não-tripulados, radares e equipamento individual interativo de última geração. Sonhos de consumo de qualquer militar, mas que custam caro. Os valores para se atingir os objetivos dessa estratégia são o item de maior divergência dentro do governo.
Em reunião com parlamentares na última terça-feira, o ministro Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos) fez uma exposição das diretrizes do documento, mas não entrou em detalhes. A idéia original de que o orçamento da Defesa seja um percentual fixo do PIB (cerca de 2,5%) tem resistência.
Segundo o deputado Marcondes Gadelha (PSB-PB), que participou do encontro, o ministro defendeu que o sistema de defesa nacional reflita a estatura econômica do país. Mangabeira defendeu a auto-suficiência tecnológica nas áreas espacial, cibernética e nuclear, além da integração da cadeia produtiva bélica, especialmente com Argentina e Chile.
Ações
Segundo a minuta da Estratégia Nacional, a capacitação tecnológica busca atender a um horizonte de ação difuso e que não se restringe às fronteiras do país. Os militares devem priorizar "em situações de normalidade" as estratégias de dissuasão, presença e projeção de poder. Significa não apenas ter capacidade militar para infligir temor a eventuais inimigos mas demonstrar esse poder na prática em ações "fora do território nacional e das águas jurisdicionais". "Podem incluir o bombardeio naval, operações anfíbias e os ataques com mísseis", no caso da Marinha, por exemplo. Em crises, seria adotada a estratégia "ofensiva".
Na lista de objetivos de defesa, estão a "salvaguarda das pessoas e do patrimônio brasileiro no exterior ou sob jurisdição brasileira fora do território nacional" e o "incremento de atividades destinadas à manutenção da estabilidade regional". Essa definição reproduz o esboçado na Política Nacional de Defesa e se alinha ao texto do decreto 6.592 -promulgado em outubro- que define como "agressão estrangeira", dentre outros, "os atos lesivos à soberania nacional" "ainda que isso não signifique invasão ao nosso território". A minuta sugere maior participação do Brasil em missões de paz, a prevenção de atos terroristas e a cobertura de infra-estruturas críticas como energia, água e transportes. A Amazônia segue como principal alvo de defesa, mas há atenção especial sobre gerenciamento de crises, como desastres naturais e pandemias. Uma proposta complementar deve alterar a atual legislação para resguardar juridicamente os militares em ações de polícia (Garantia da Lei e da Ordem). O serviço militar continuará obrigatório, e haverá um serviço civil voluntário.
Minuta da Estratégia Nacional de Defesa, que será apresentada em dezembro, não traz cifras sobre compras de equipamentos
Documento elaborado sob a supervisão de Mangabeira Unger propõe reorganizar Forças Armadas e reativar a indústria de defesa do país
CLAUDIO DANTAS SEQUEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A minuta da Estratégia Nacional de Defesa, que deverá ser apresentada oficialmente em dezembro, propõe uma ampla reorganização das Forças Armadas, a revalorização da carreira militar e a reativação da indústria de defesa, a partir de um regime tributário específico. O documento, obtido pela Folha, não traz cifras sobre compras de equipamentos nem detalhes orçamentários. Mas defende, em termos gerais, a necessidade de aquisição e desenvolvimento próprio de armamentos e meios que ampliem a capacidade de ação militar das Forças Armadas. Até março de 2009, as forças deverão apresentar planos específicos de equipamentos.
Por enquanto, foi feita uma lista genérica com itens, como aviões de ataque, submarinos de propulsão nuclear, mísseis, veículos aéreos não-tripulados, radares e equipamento individual interativo de última geração. Sonhos de consumo de qualquer militar, mas que custam caro. Os valores para se atingir os objetivos dessa estratégia são o item de maior divergência dentro do governo.
Em reunião com parlamentares na última terça-feira, o ministro Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos) fez uma exposição das diretrizes do documento, mas não entrou em detalhes. A idéia original de que o orçamento da Defesa seja um percentual fixo do PIB (cerca de 2,5%) tem resistência.
Segundo o deputado Marcondes Gadelha (PSB-PB), que participou do encontro, o ministro defendeu que o sistema de defesa nacional reflita a estatura econômica do país. Mangabeira defendeu a auto-suficiência tecnológica nas áreas espacial, cibernética e nuclear, além da integração da cadeia produtiva bélica, especialmente com Argentina e Chile.
Ações
Segundo a minuta da Estratégia Nacional, a capacitação tecnológica busca atender a um horizonte de ação difuso e que não se restringe às fronteiras do país. Os militares devem priorizar "em situações de normalidade" as estratégias de dissuasão, presença e projeção de poder. Significa não apenas ter capacidade militar para infligir temor a eventuais inimigos mas demonstrar esse poder na prática em ações "fora do território nacional e das águas jurisdicionais". "Podem incluir o bombardeio naval, operações anfíbias e os ataques com mísseis", no caso da Marinha, por exemplo. Em crises, seria adotada a estratégia "ofensiva".
Na lista de objetivos de defesa, estão a "salvaguarda das pessoas e do patrimônio brasileiro no exterior ou sob jurisdição brasileira fora do território nacional" e o "incremento de atividades destinadas à manutenção da estabilidade regional". Essa definição reproduz o esboçado na Política Nacional de Defesa e se alinha ao texto do decreto 6.592 -promulgado em outubro- que define como "agressão estrangeira", dentre outros, "os atos lesivos à soberania nacional" "ainda que isso não signifique invasão ao nosso território". A minuta sugere maior participação do Brasil em missões de paz, a prevenção de atos terroristas e a cobertura de infra-estruturas críticas como energia, água e transportes. A Amazônia segue como principal alvo de defesa, mas há atenção especial sobre gerenciamento de crises, como desastres naturais e pandemias. Uma proposta complementar deve alterar a atual legislação para resguardar juridicamente os militares em ações de polícia (Garantia da Lei e da Ordem). O serviço militar continuará obrigatório, e haverá um serviço civil voluntário.
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