VENEZUELA

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ademir
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Re: CHAVEZ: de novo.

#2116 Mensagem por ademir » Seg Nov 24, 2008 8:59 pm

Eis que agora esta desenhado uma nova oposição ao Chavez, estes sim devem ser temidos. :|
Luz amarela para Chávez

Governo vence eleições regionais na Venezuela. Mas oposição conquista regiões importantes e busca se dissociar da imagem de golpista. Chávez segue com apoio da maioria da população, mas sociedade mais nuançada expressa avanço da democracia e apresenta um quadro diferente dos anos anteriores. A análise é de Gilberto Maringoni.

Gilberto Maringoni

As eleições regionais deste domingo (24) na Venezuela representaram uma expressiva vitória do governo, que ganhou a disputa em pelo menos 18 dos 23 Estados. Mais de 5,6 milhões de eleitores votaram a favor do PSUV, enquanto que em dezembro de 2007, no referendo para aprovar a reforma constitucional proposta pelo presidente Hugo Chávez, o governo recebeu 4,4 milhões de votos. Após dez anos e 14 eleições, o governo exibe uma surpreendente margem de aprovação. Estavam em disputa 23 governos, 328 prefeituras, além de 233 cadeiras em legislativos regionais.

No entanto, tais resultados numéricos não podem esconder debilidades sérias no processo político venezuelano. Elas ficaram caras desde pelo menos o referendo. Como se sabe, naquela ocasião, as alterações legais propostas pelo governo foram derrotada por pequena margem.

Plebiscito em questão
Chávez, mais uma vez, apostou na tática eleitoral que lhe garantiu doze vitórias entre 1998 e 2006: transformar as eleições em um plebiscito entre seu governo e a “oposição golpista”, segundo suas palavras. Assim, qualquer vitória reveste-se de características com repercussões nacionais e até mesmo internacionais. E qualquer derrota significa colocar em questão todo o processo que lidera.

Os candidatos governistas perderam em Estados muito importantes. Zulia, já governado por Manuel Rosales há dois mandatos, permanece com a oposição. É ali que se situa o estratégico lago Maracaibo, responsável por quase 80% da produção petroleira nacional. Rosales disputou as eleições presidenciais em 2006 e perdeu de Chávez por 62% a 36%. Seu tento foi lograr unificar uma oposição de direita fragmentada e dispersa, após sucessivas derrotas. Rosales deve ganhar a prefeitura da capital do Estado, Maracaibo, além de fazer o sucessor no Estado. Ou seja, a região mais rica do país está com a oposição e seu principal líder sai vitorioso das urnas.

Outra derrota aconteceu no Estado Miranda, região rica próxima a Caracas. Ali, várias denúncias de ineficiência administrativa e mesmo de corrupção no governo do ex-vice Presidente da República, Diosdado Cabello, levaram a chapa governista à lona.

Na Alcaydia Mayor, o mais populoso dos quatro municípios que compõem Caracas, a derrota oficial é duplamente simbólica. A primeira marca é o candidato chavista Aristóbulo Isturiz. Ele se notabilizou, em 1992, por defender solitariamente na então Câmara dos Deputados, os jovens oficiais das forças armadas, liderados por Chávez, que tentaram um golpe contra o governo de Carlos Andrés Perez. O segundo símbolo é a derrota em Petare, imensa favela da capital, um dos focos da resistência popular ao golpe de 2002. Assustadores índices de violência e desordem administrativa redundaram em desgaste das gestões municipais dos apoiadores de Chávez. A Alcaydia Mayor foi também crucial na articulação do golpe. Comandada na época por Alfredo Pena, dali partiram as forças repressoras que ajudaram a consolidar a breve interrupção do processo democrático.

Em Nova Esparta, a derrota era admitida de antemão pelo governo.

Desordem administrativa
A desordem administrativa contou muitos pontos contra o governo. Lixo nas ruas, iluminação pública deficiente e problemas na gestão das missões sociais acumularam desgaste para um governo que buscou reverter um quadro de declínio dos serviços públicos na última década. Como exemplo, vale citar o relatório da ONG Provea, de defesa de direitos humanos, assim avalia este aspecto:

A situação do direito à saúde continua caracterizando-se pela coexistência de dois sistemas, o tradicional, formado entre outros, por ambulatórios e hospitais e o da Missão Bairro Adentro (BA). (...) O sistema de saúde segue fragmentado e desarticulado, com falhas estruturais. (...) Para o ano de 2007, o orçamento destinado (...) à saúde foi de 4,42 bilhões de bolívares, o que revela uma queda em relação ao ano anterior, quando o orçamento alcanço 5,01 bilhões de bolívares.

(http://www.derechos.org.ve/publicacione ... 7salud.pdf pág. 156).

O governo segue com o apoio da maioria da população, mas a situação do país apresenta várias nuances. Insistir na linha plebiscitária é algo que não leva em conta o surgimento, em 2007, de uma direita não golpista (porque a tática mostrou-se ineficiente). Se até ali, Chávez obtivera sucesso em chamar seus detratores de “lacaios do Império”, o aprofundamento da democracia no país gerou uma sociedade cada vez mais complexa e nuançada.

Esta nova oposição, assentada nas mesmas bases sociais da anterior – meios de comunicação, poder econômico e governo dos EUA –, ao que tudo indica, muda qualitativamente o panorama político. Possivelmente, o discurso chavista terá de se reciclar. Até ali, valeu mais acentuar uma polarização, na qual estariam de um lado o povo e do outro o imperialismo norte-americano. A situação mostrou-se verdadeira por várias vezes.

Imperialismo cordial
A interferência estadunidense na política interna da Venezuela aconteceu durante todo o século XX e no início deste. Mas ela nem sempre se valeu das mesmas formas de intervenção. A partir de 2009, os Estados Unidos não terão, pelo menos na aparência, um falcão da direita, como George W. Bush na Casa Branca. Barack Obama encarna uma espécie de “imperialismo cordial”, diante do qual a luta política deverá ser mais sofisticada.

Perderam força os setores golpistas, remanescentes da trapalhada palaciana de 2002. Tais grupos vinham conseguindo manter sua hegemonia entre os antichavistas desde aquela época. Por extrema inabilidade, fizeram o que Chávez queria e apresentaram-se como opositores de conquistas reais por parte da população. Perderam espaço para novos atores, organizados em torno de um movimento estudantil que tenta romper pelo menos aparentemente os laços com a oposição tradicional.

Há um outro setor, composto por dissidentes do Chavismo, como o ex-general Raul Isaías Baduel, aliado histórico de Chávez, com quem rompeu há pouco mais de um ano. O comportamento dessas facções, no médio prazo, definirá muito do futuro da oposição, a quem ainda faltam líderes populares de peso.

Em outras palavras, Chávez tem diante de si um quadro diferente dos anos anteriores. É algo novo em um cenário anteriormente polarizado, no qual o Presidentte soube se movimentar com desenvoltura. A situação exige maior tolerância e habilidade política.

Economia
Boa parte da imprensa internacional começa a dizer que Chávez vive seu ocaso. Um exagero. Mas o quadro tendencial, de queda de sua popularidade, se reafirma. Possivelmente se as eleições fossem realizadas no primeiro trimestre de 2009, quando os efeitos da crise internacional se mostrarem mais evidentes, o resultado poderia ser pior. O PIB do terceiro trimestre de 2008 apresentou uma variação positiva de 4,6%, quase dois pontos menor que a de igual período do ano passado. O ano deve fechar com crescimento de 5,4%, bem abaixo dos quase 7% de 2007 (http://www.bcv.gov.ve). A revista inglesa Economist ) prevê crescimento de apenas 2,4% em 2009, um desastre anunciado para os programas sociais e para a ação do Estado. O petróleo está em U$ 40, diante de uma previsão orçamentária para o ano que vem de U$ 80. Ou seja, haverá menos dinheiro no orçamento e a diplomacia petroleira de Chávez, que lhe valeu amplo respaldo internacional nos últimos três anos, terá seu raio de ação limitado.

O embate segue. Cada um dos lados buscará exaltar seus êxitos nas urnas. Tudo indica que o quadro mudará bastante nos próximos meses.
Fonte: Agencia carta maior




Carlos Mathias

Re: CHAVEZ: de novo.

#2117 Mensagem por Carlos Mathias » Seg Nov 24, 2008 10:13 pm

Ué? Mas a Venezuela não é uma ditadura comunista sanguinária?




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Re: CHAVEZ: de novo.

#2118 Mensagem por P44 » Ter Nov 25, 2008 6:25 am

SGT GUERRA escreveu:
P44 escreveu:malandro de ditador esse, que até reconhece a vitória dos adversários :evil:

já não se fazem ditadores como antigamente :shock:

que saudades de um pinochet ou de um stroessner, democratas da velha cepa :roll: :roll:

perde-se tudo, não haja dúvidas que o apocalipse está próximo :!: [002]
Mas que derrota essa que estão reconhecendo? De ganhar 17 estado em 22?

Essa eleição não deixou duvidas. A democracia venezuelana é igual a Cubana. Só funciona sem oposição.

affff...deixa cá pôr em letras BEM GRANDES....
Oposição conquista os dois estados mais populosos
Eleições Venezuela: Chávez vence na maioria dos estados

24.11.2008 - 08h35 Lusa / http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?

Os aliados do Presidente venezuelano Hugo Chávez conquistaram 17 dos 22 estados nas eleições regionais da Venezuela, enquanto a oposição venceu em Caracas, segundo resultados parciais divulgados hoje pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
é uma ditadura sanguinária bremeilha "sui generis" esta... :shock: :shock:

Nos bons tempos do perrochet no Chile a oposição também ganhava eleições estaduais/municipais? :mrgreen:




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Re: CHAVEZ: de novo.

#2119 Mensagem por Guerra » Ter Nov 25, 2008 10:24 am

P44 escreveu: Nos bons tempos do perrochet no Chile a oposição também ganhava eleições estaduais/municipais? :mrgreen:
No Chile eu não sei, aqui no Brasil, a resposta é sim. Nem por isso podemos dizer que o Brasil não era uma ditadura.
O fato é que a Venezuela esta passando por uma triste transição. E ninguém aqui é criança. Todos nós já assistimos a esse filme. A história nos ensinou que formulas milagrosas, apresentadas como revoluções, seja de esquerda ou de direita, não combina com democracia.

O Chile teve sua revolução. O Brasil passou por isso. E Cuba ainda bate nessa tecla. Pegando apenas esses três casos, a conclusão é só uma: Democracia não é revolução. Democracia é evolução. E a Venezuela e cia ltda vai pagar caro por regredir.
No inicio é sempre assim. Muita euforia. Muita festa. Queima de fogos. Mas o final vai ser só um. Blindados massacrando o povo.




Editado pela última vez por Guerra em Ter Nov 25, 2008 10:28 am, em um total de 1 vez.
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Re: CHAVEZ: de novo.

#2120 Mensagem por P44 » Ter Nov 25, 2008 10:26 am

bom, a inversa também será verdadeira :wink: por exemplo nós cá em Portugal só conseguimos "democracia" após uma "revolução"




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Re: CHAVEZ: de novo.

#2121 Mensagem por Guerra » Ter Nov 25, 2008 10:29 am

Carlos Mathias escreveu:Ué? Mas a Venezuela não é uma ditadura comunista sanguinária?
E você tem duvida que os grupos de autodefesa de Chavez estão em alerta?




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Re: CHAVEZ: de novo.

#2122 Mensagem por Guerra » Ter Nov 25, 2008 10:46 am

P44 escreveu:bom, a inversa também será verdadeira :wink: por exemplo nós cá em Portugal só conseguimos "democracia" após uma "revolução"
Vocês portugueses tem sorte. Espero que essa sorte não acabe e vocês não voltem no ponto de onde sairam.
Mas infelizmente nem todos os paises tem a sorte de estar na europa para poder brincar com a democracia atráves de revoluções.
Veja a Bolivia (o reino da revolução). A Bolivia é o melhor exemplo de "democracia revolucionária". Roda, roda e sempre para no mesmo lugar.




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Re: CHAVEZ: de novo.

#2123 Mensagem por P44 » Ter Nov 25, 2008 12:12 pm

tu vê lá, o nosso primeiro e o Chavez são unha-com-carne :twisted: :twisted:

o sonho do sócrates era ser o Chavez lusitano :mrgreen:




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Re: CHAVEZ: de novo.

#2124 Mensagem por Edu Lopes » Ter Nov 25, 2008 6:15 pm

Chávez volta a falar em reeleição ilimitada

Chávez deixa aberta porta para reforma da Constituição

CARACAS - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse na segunda-feira que o partido do governo, do qual é líder, poderia promover uma nova reforma da Constituição para permitir a reeleição ilimitada. Chávez não conseguiu no ano passado que os venezuelanos aprovassem a medida em um referendo sobre uma ampla modificação da Carta Magna que lhe daria maiores poderes. Nas eleições de domingo, os aliados do presidente conseguiram ganhar a maior parte dos governos dos estados e prefeituras do país, mas seus adversários conseguiram conquistar a vitória em distritos-chave. A oposição ficou com 45% dos votos e deve pressionar o governo.

- Se o Partido Socialista Unido (PSUV) considerar conveniente a uma parte importante dos venezuelanos que me seguem poderia propor a reforma - disse o presidente na noite de segunda-feira em entrevista coletiva.

O militar da reserva já disse em várias ocasiões em seus dez anos de gestão que governará o país até 2021 ou mais. Minutos antes de voltar a falar na reforma, Chávez havia dito que ele não faria a proposta - que deve ser submetida a uma consulta popular -, mas afirmou que não pode "evitar que alguém o faça".

- É um direito do povo, que verá se usa esse direito, mas é apenas uma possibilidade e não é uma prioridade para mim - afirmou. - Restam a mim, a partir do próximo 2 de fevereiro, quatro anos de governo. Se Deus quiser e eu estiver em boa saúde e todas as outras condições e considerações, vou a acelerar a marcha nestes quatro anos para cumprir o projeto socialista.

Reeleito em 2006 para mais seis anos de governo, o presidente sofreu sua primeira derrota nas urnas em dezembro de 2007, quando sua polêmica reforma constitucional foi rejeitada, segundo ele, por entre 10 mil e 15 mil votos. Além de dar a possibilidade a Chávez de ser candidato nas eleições de 2012, a reforma barrada estenderia seu mandato de seis para sete anos e ampliaria seus poderes em diversos assuntos, como nomear as autoridades regionais e manejar as reservas internacionais.
Chávez faz as primeiras críticas a Obama e cobra respeito da CNN

Durante a longa entrevista coletiva para correspondentes estrangeiros, Chávez também fez suas primeiras críticas ao presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama. Ele comparou Obama ao atual inquilino da Casa Branca, George W. Bush, e disse que sua resposta a uma carta do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, foi desrespeitosa.

O presidente venezuelano disse ainda que há nos EUA uma "maquinaria assassina" que é "capaz de qualquer coisa", incluindo "matar" o presidente eleito.

- Tomara que não matem Obama - disse o presidente venezuelano.

Chávez se dirigiu também a uma das apresentadoras da rede americana CNN que estava na entrevista e pediu que a emissora mude de opinião sobre seu país e respeite mais seu governo socialista .

O presidente venezuelano anunciou ainda a chegada nesta terça-feira de navios russos à Venezuela, onde vão realizar exercícios militares conjuntos com a marinha venezuelana. Será a primeira vez, desde o final da Guerra Fria, que a Rússia realiza operações deste tipo na região, considerada uma a área de influência dos Estados Unidos.


Fonte: http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/ ... 542194.asp




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Re: CHAVEZ: de novo.

#2125 Mensagem por Crotalus » Qua Nov 26, 2008 10:34 am

Temos que analisar o chavito no atacado, não no varejo. Picuinhas? Ora, no frigir dos ovos o que vai acontecer? Aproximação com Rússia e Irã, fortalecimento de FFAAs, indicam que seus propósitos são claramente belicistas. Uma neo-guerra-fria está se instalando. Os EEUU e seus cupinchas X Rússia e Venezuela (o irã receberá cartão vermelho!) constituirão o quadro futuro na região. Para que mais tarde a riquíssima e ainda inexplorada Amazônia possa ser ocupada por certas pessoas... não sou nostradamus, mas...será em 2012? 2020?




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Re: CHAVEZ: de novo.

#2126 Mensagem por P44 » Qui Nov 27, 2008 12:11 pm


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Rússia e Venezuela firmam acordo nuclear
Há 2 horas

CARACAS (AFP) — Moscou e Caracas firmaram nesta quarta-feira um acordo para promover o desenvolvimento de energia nuclear para fins pacíficos, concretamente para satisfazer as necessidades energéticas da Venezuela e contribuir para a diversificação de suas fontes energéticas.

O acordo faz parte de uma série de convênios firmados hoje entre os presidentes russo, Dimitri Medvedev, e venezuelano, Hugo Chávez.

Medvedev, que chegou hoje à Venezuela, também assinou acordos nas áreas de petróleo, militar, industrial e financeira.

A Venezuela foi, precisamente, o primeiro país a instalar e ativar um reator atômico na América Latina, em 1957, construído para pesquisas científicas e atualmente fora de serviço.

No momento, apenas Brasil e Argentina têm reatores nucleares em atividade na América do Sul, e mantêm convênios de pesquisa e cooperação bilateral desde novembro de 2005.

Durante a assinatura dos acordos, Medvedev destacou o avanço da cooperação entre Rússia e Venezuela: "Nossa colaboração nos últimos anos tem se fortalecido seriamente e se desenvolve de forma florescente. Considero que tem grandes perspectivas de futuro e vamos nos dedicar ativamente a isto".

O presidente russo considerou que "os dois países compartilham o desejo de fomentar um 'mundo multipolar' e destacou (...) o grande potencial" de Rússia e Venezuela para buscar juntos os caminhos para superar este difícil momento econômico mundial.

O líder russo acrescentou que os acordos na área militar "têm em conta, estritamente, o direito internacional", garantindo que "esta cooperação vai prosseguir".

Entre 2005 e 2007, Moscou e Caracas firmaram contratos para a venda de armas totalizando 4,4 bilhões de dólares, que incluíram radares, 24 aviões Sukhoi-30, 50 helicópteros e 100 mil fuzis Kalashnikov, entre outros equipamentos.

Na quinta-feira, Chávez e Medvedev visitarão os navios da frota russa que chegaram na terça à Venezuela para realizar manobras conjuntas no mar do Caribe.
http://www.google.com/hostednews/afp/ar ... cki6sQkf3w




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Re: CHAVEZ: de novo.

#2127 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Nov 27, 2008 2:24 pm

SGT GUERRA escreveu:
P44 escreveu: Nos bons tempos do perrochet no Chile a oposição também ganhava eleições estaduais/municipais? :mrgreen:
No Chile eu não sei, aqui no Brasil, a resposta é sim. Nem por isso podemos dizer que o Brasil não era uma ditadura.
O fato é que a Venezuela esta passando por uma triste transição. E ninguém aqui é criança. Todos nós já assistimos a esse filme. A história nos ensinou que formulas milagrosas, apresentadas como revoluções, seja de esquerda ou de direita, não combina com democracia.

O Chile teve sua revolução. O Brasil passou por isso. E Cuba ainda bate nessa tecla. Pegando apenas esses três casos, a conclusão é só uma: Democracia não é revolução. Democracia é evolução. E a Venezuela e cia ltda vai pagar caro por regredir.
No inicio é sempre assim. Muita euforia. Muita festa. Queima de fogos. Mas o final vai ser só um. Blindados massacrando o povo.
X2




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

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Re: CHAVEZ: de novo.

#2128 Mensagem por Edu Lopes » Qui Nov 27, 2008 3:45 pm

Brasil irá conter ambição armamentista russa na AL, diz analista

Bruno Garcez
Da BBC Brasil em Washington


As ambições russas de negociar armamentos com países latino-americanos poderão ser limitadas pelo Brasil, graças ao papel de liderança exercido pelo país junto às nações da região.

É essa a opinião de Mauricio Cárdenas, diretor da Iniciativa para a América Latina do Instituto Brookings de Washington, que falou à BBC Brasil sobre os efeitos da visita do presidente russo, Dmitri Medvedev, à América Latina.

Medvedev começou o seu giro pela região no Peru, está atualmente no Brasil, onde irá se encontrar nesta quarta-feira com o presidente Lula e de onde seguirá no final do dia para a Venezuela e, de lá, para Cuba.

Na agenda dos encontros do presidente russo com os diferentes líderes da região, está a ampliação da venda de equipamentos militares.

Enquanto Medvedev passava pelo Brasil, uma frota de navios russos chegou à Venezuela para realizar exercícios militares conjuntos com a marinha venezuelana – a primeira vez que a Rússia promove tais operações na região desde a Guerra Fria.

Sem temores

Mas, apesar da carga simbólica da agenda do líder russo e dos exercícios militares conjuntos com as forças venezuelanas, Cárdenas acredita que os russos não conseguirão ir muito longe e que o governo americano não precisa temer a investida de Medvedev.

''Washington tem dado apoio à Unasul (a União das Nações Sul-americanas, que reúne os 12 países da América do Sul e visa aprofundar a integração entre os países-membros), um grupo que é liderado até certo ponto pelo Brasil. E o Brasil tem reivindicado um papel mais ativo de coordenação das políticas de defesa na região'', afirma Cárdenas.

O analista acrescenta que a postura de Washington é a de que ''se o Brasil vai exercer esse papel, por que se preocupar com os russos? Não há tanto espaço assim para eles na região. Eles (o governo americano) confiam demais no Brasil. No final das contas, será o Brasil que vai tornar inócuo esse esforço por parte dos russos''.

''A força capaz de contrapor as intenções dos russos de se envolverem mais na região e de ter algum envolvimento em questões de defesa não virá de Washington, mas sim de Brasília. O governo brasileiro avalia: 'nós somos capazes de garantir a nossa própria segurança militar e o nosso futuro econômico'.''

Menos força

Cárdenas lembra que a Rússia de Medvedev chega à América Latina enfraquecida, pois foi um dos países mais afetados pelos efeitos da turbulência financeira, e ainda sofreu com o declínio dos preços de gás e petróleo, dois de seus principais artigos de exportação.

Além disso, argumenta o analista, as relações entre latino-americanos e russos vão demorar anos para serem aprofundadas, uma vez que ''a Rússia não conta com os recursos financeiros nem com um histórico de fortes relações políticas ou diplomáticas com a América Latina, e essas coisas não se conquistam da noite para o dia''.

De acordo com Charles King, professor de relações internacionais da Universidade de Georgetown, a visita de Medvedev marca uma ''virada'' nas relações russas com a região, por ser uma tentativa da Rússia de voltar a se firmar no cenário global, ''tanto diplomaticamente, quanto como um negociador de armas''.

Mas o analista acrescenta que não vê a visita como uma ''tentativa russa de mostrar força em uma tradicional esfera de influência americana''.

Mesmo o comércio de material militar com países latino-americanos não é visto como uma ameaça por parte do governo americano, no entender do analista.

Mau negócio

''Em Washington, existe a percepção de que países que estão fazendo compras de armas russas em larga escala não estão fazendo um bom negócio. Eles (os países latino-americanos) precisam se perguntar se contarão com manutenção, treinamento e se os equipamentos serão operacionais'', afirma.

Na opinão do analista, a investida não representa os primeiros sinais de uma mudança no eixo de poder mundial, já que o poderio americano segue forte.

''O poder americano em temas econômicos, globais, sua força militar e até mesmo o seu poder 'soft', como o da cultura, permanecem soberanos e ofuscam em muito a Rússia ou mesmo a China.''

Fim da unipolaridade

Mas, ainda assim, King acredita que as visitas de líderes como Hu Jintao, da China, e Medvedev à América Latina são sinais de que ''estamos testemunhando o começo do fim da era da unipolaridade e de que a tentativa desses dois líderes de alcançarem o resto do mundo agora está sendo sentida na América Latina''.

King lembra que tais esforços podem estar surtindo algum efeito também em ações políticas na região.

''Apenas dois países reconheceram a independência de países como a Ossétia do Sul e a Abecásia (as regiões separatistas da Geórgia). Um deles foi a Rússia e o outro, a Nicarágua.''

O analista acredita que ''certamente, Washington está prestando atenção'' aos exercícios militares conjuntos entre russos e venezuelanos, mas acrescenta que o pior que o governo americano poderia fazer era ter uma ''reação desproporcional''.

''O clima das relações (russo-americanas) já está abalado, após a Guerra da Geórgia e há um clima de transição, com uma nova administração que pretende firmar uma nova relação com Moscou. A melhor reação é a que foi tomada, a de permanecer mudo. Não está sendo tomada uma ação ambiciosa. Ninguém está simulando uma invasão da Flórida com helicópteros e anfíbios.''


Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporte ... ilbg.shtml




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Re: CHAVEZ: de novo.

#2129 Mensagem por irlan » Sex Nov 28, 2008 10:05 am





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Re: CHAVEZ: de novo.

#2130 Mensagem por cvn73 » Dom Nov 30, 2008 7:37 pm

Chávez autoriza referendo e se diz pronto para governar até 2021



da France Press
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, autorizou neste domingo o PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) a impulsionar uma emenda constitucional relativa à reeleição e disse estar pronto para governar até 2021.



"Autorizo o PSUV e o povo venezuelano para que iniciem o debate e as ações relacionadas à emenda constitucional e à reeleição presidencial, estando certo de que agora sim, vamos conseguir", disse Chávez durante a cerimônia de juramento do prefeito eleito do município Libertador de Caracas, o governista Jorge Rodríguez.

"Estou pronto, se Deus quiser me dar saúde, a estar com vocês até 2019, ou até 2021", afirmou o presidente que hoje ameaçou expulsar o cônsul da Colômbia em Maracaibo (oeste de Caracas), Carlos Galvis, que teria feito comentários sobre os recentes resultados eleitorais venezuelanos em um telefonema gravado.

Nas eleições regionais, o partido liderado por Chávez conseguiu a maioria dos Estados, apesar de perder em regiões consideradas importantes economicamente. Depois dos resultados, Chávez retomou o discurso sobre a realização de um novo referendo que modifique a Constituição e permita a reeleição ilimitada.

No referendo do ano passado, Chávez não conseguiu obter aprovação da população para a permanência no poder. Segundo analistas ouvidos pela Folha Online, ainda é cedo para determinar o futuro do presidente venezuelano, porém, a oposição já demonstra sinais de crescimento, tendo conseguido nas últimas eleições seis Estados, o triplo em relação às eleições anteriores.




unanimidade só existe no cemitério
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