zarata escreveu:From: Carlos Emilio <silversantis@ gmail.com>
Subject: Re: [SistemasdeArmas] A-4
To: sistemasarmas@ yahoogrupos. com.br
Date: Sunday, 23 November, 2008, 1:21 AM
O A-4, poderia ser armado com misseis de curto alcance de 4º ou 5º geração. Não creio que um missil BVR tivesse utilidade, visto que qualquer radar montado naquele "nariz" seria pequeno e de baixo desempenho. Como sempre tenho dito, o pequeno A-4 não é valido como um sistema de armas no cenário atual. Vejam que mesmo dentro da América do Sul, os aviões em uso são muito mais capazes e letais que um A-4, mesmo que modernizado. O kacir moderniozado do Equador, por exemplo´venceria facil um A-4, pelo menos em termos de desempenho, embora acredite que os pilotos da marinha não tenham treinamento suficiente para que possam combater eficientemente contra qualquer oponente nesse continente. Sou pratico sobre esse assunto. Se a MB quer um PA, então que o opere de forma correta e não do jeito ridiculo que vem fazendo. nem armas anti-aérea aquele navio tem!!!! É inacreditavel! !! O A-4, ou AF-1 como a MB o chama, é um avião de ataque, apenas! Do meu ponto de vista ele não é capaz de fazer nada além de soltar foguetes e bombas burras, pois nem avionica para operar armamento inteligente aquele treco tem!
GOSTARIA DE SABER SE MEU COLEGA ESTA CERTO SOBRE O ASSUNTO SE ALGUEM PODERIA ME EXPLICAR ESSA COMPARAÇÃO.
Olá Zarata,
conheço o Carlos Emílio, um grande estudioso de assuntos militares, tem grandes conhecimentos, mas neste assunto, em particular, divirjo da opinião dele, que é semelhante a opinião do Fábio Castro (G-LOC). Respeito a opinião dele, mas vejo as coisas por outra ótica. Explico, pelo texto acima percebe-se que ele imagina um cenário de combates aéreos entre caças. Tudo bem, o A-4 mesmo modernizado teria alguns problemas neste tipo de missão.
Por outro lado, deve-se levar em consideração o cenário "mais adequado" para se utilizar o SP e seus A-4 (mesmo o M). A MB não seria tola de expôr estes equipamentos gratuitamente, teria que usá-lo de forma específica. Por exemplo, a marinha argentina não tem mais PA, logo a mesma teria sérios problemas para enfrentar a nossa marinha com os A-4. Claro, a MB não colocaria o SP numa posição que pudesse ser alcançado pelos caças argentinos operando a partir do continente. O mesmo se aplicaria à Venezuela, mesmo tendo os SU-30 com grande alcance, o SP estaria em uma posição "mais confortável".
O maior problema que vejo é cair na tentação de se analisar Forças individualmente, um erro crasso, deve-se analisar o todo, ou seja, as três Forças agindo em conjunto. Neste caso não é possível esquecer o papel da FAB neste jogo, sendo ela encarregada de negar o espaço aéreo ao inimigo, bem como de criar condições efetivas para que os A-4 se aproximem e cumpram seu papel, mesmo em ataques sobre o continente.
Não imagino o Brasil levando o SP para missões em outros países que não sejam vizinhos, mas mesmo assim é possível. Basta lembrar que o irmão do SP foi usado pelos franceses em vários conflitos, incluindo no Iraque, e eles usavam os SUE (SEM) que podem ser considerados da mesma classe dos A-4 (não falo sobre a eletrônica de cada um). Portanto vejo o SP como um NAe muito efetivo sim, mesmo com os A-4 que serão modernizados.
É natural que nós sejamos críticos de nós mesmos, por isso tanta insatisfação em relação ao SP, muitos queriam mais, mas a própria MB quer mais, porém isso depende de grana constante e não "pingando". O importante é saber a opinião de nossos potenciais inimigos em relação ao SP, se eles não se intimidarem com este navio, tudo bem, o SP não tem valor algum, porém não é o que acontece na prática, sabe-se o quanto as marinhas sul-americanas dão grande valor ao SP, o respeitam muito, então...
Muitos caem em tentação de comparar o SP com os NAe´s americanos, aí não tem jeito mesmo, impossível. Mas deixo um exercício de abstração: suponha que o Brasil tivesse condições de ter um PA idêntico ao melhor PA americano existente atualmente, mas apenas um. O que aconteceria se hipoteticamente os americanos resolvessem invadir o País? O resultado seria o mesmo, pois eles possuem vários PA´s.
Devemos nos centrar nas questões e realidades do cenário sul-americano, mais do que isso é chover no molhado. A pergunta é: o SP impõe respeito neste cenário? Se não, então a MB está jogando dinheiro pelo ralo. Se sim, a MB está no caminho certo e deve continuar. Estou convencido que o SP faz uma grande diferença no ambiente sul-americano, outros pensam diferente, logo não existe uma resposta certa para sua pergunta, existem argumentos, cada um que se agarre ao que achar mais plausível.
Abração,
Orestes