Tradução da palestra do Coronel Terrence Fornof da USAF
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Tradução da palestra do Coronel Terrence Fornof da USAF
Tradução da palestra do Coronel Terrence Fornof da USAF - 1a. parte
http://www.aereo.jor.br/
Os vídeos do YouTube “IAF SU-30 MKI Red Flag Lecture Part 1 & Part 2” do coronel Terrence Fornof, um piloto de F-15 e diretor do Requirements and Testing office do USAF Warfare Center, na Base Aérea de Nellis, mostram o oficial dando um briefing privado de improviso, em agosto de 2008, a um grupo de pilotos aposentados conhecidos como “Daedalians”.
Segundo um comunicado oficial da Base Aérea de Nellis, o coronel Fornof não quis ofender qualquer aliado dos EUA, pois ele sabe em primeira mão a importância do treinamento com as forças aliadas e o fabuloso poder de fogo que trazem para a luta. Seus comentários durante este briefing são opiniões pessoais e não são os mesmos do Warfare Center ou da USAF.
A transcrição/tradução é do nosso amigo e colaborador Marine, que se prontificou a nos ajudar a colocar essas informações ao alcance de mais leitores.
“Eu tive a oportunidade…já houve uma discussão na nossa mesa sobre o SU-30 MKI, MKI significa I para Índia, MK na Rússia quer dizer que o M é o mais novo SU-30 e o K é a versao de exportação. Esses são aviões com “vector thrust”, “canards” e todas as armas avançadas que os russos construíram, incluindo o seu missil “active-radar” e o missil IR com alcance de 30 milhas que está na revista Jane’s…Vocês podem ler a Jane’s sobre esses avioes…(Risos).
Nós os recebemos aqui em Mountain Home(??) por 2 semanas aonde treinamos com eles e lhes ensinamos como voar para a Red Flag…E algumas coisas aonteceram: 1- Percebemos que os motores que estão nesses aviões são muito sensíveis a danos de objetos estranhos (Foreign Object Damage).
E a razão que isso é importante é que eles têm que levar 1 minuto antes de decolar e em um exercicio como o Red Flag em que lançamos de 60 a 80 avioes, se voce tem alguem que vai levar 1 minuto entre decolagens para lancar 6 avioes…”Falou! Vai encontrar outro lugar para você voar!” Então treinamos com eles e trabalhamos com eles para que encurtassem esse tempo para 45 segundos; ainda assim não aceitável; mas o que fizemos foi…Vocês vão decolar primeiro e chegando no espaço aéreo vão esperar pelos outros, porque eles carregam muita gasolina e podem fazer isso.
Eles estavam muito preocupados com F.O.D. é o fato que os motores russos não são tão confiáveis quanto os americanos. Uma das coisas que os indianos estavam muito desapontados é que quando danificavam os motores com F.O.D., os russos faziam com que mandassem esses motores de volta à Rússia e os russos os mandavam motores novos e os próprios russos fariam todo o trabalho lá na Rússia. O que não era uma situação perfeita para eles estando aqui nos EUA sem motores sobressalentes.
Como voaram? Bem, acho que a melhor maneira de descrever…Acho que tinha algo no jornal ontem mas eu não vi, tinha muita coisa nos jornais de aviação e vai haver muito mais sobre esse avião. Se você gosta de ir no computador e olhar no youtube, existe um ótimo vídeo de demonstração em que alguém colocou junto o F-22 voando sua demonstração e tem o piloto de demonstração do SU-30 voando também, fazendo sua demonstração exatamente igual ao F-22.
Em um show aéreo eles podem fazer a mesma demonstração, mas na realidade isso é o mais próximo que os aviões chegam um do outro. Quando comparado com aviões do EUA, aonde estão com relação ao F-16 e F-15? Ele é um pouquinho melhor do que nós. E isso é muito impressionante, tem um radar melhor, mais empuxo, tem “vector thrust”, armas com mais alcance…muito impressionante! Agora o que você tem que adicionar é o treinamento! Bem me deixa falar do F-22, está aqui em cima…ok…próximo!
Manobrando, uma coisa que fizemos muito foi lutar mano-a-mano e estávamos preocupados porque quando havíamos ido à Índia antes e lutamos com eles, sempre tiveram seus melhores pilotos, sempre lutamos com eles no “Nellis” deles e nós sempre tínhamos uma unidade operacional de Kadena, entre outros, aonde a “ratio” de experiência era de 80% de caras inexperientes com menos de 500 horas de vôo e 20% de caras que, na maioria das vezes, eram experientes, mas passaram os últimos tempos em posições de Estado-Maior e depois voltaram a voar, mas já tinha muito tempo que não voavam. Então eles foram lá e meio que agüentaram o tranco, mas os indianos bateram nos peitos e disseram…”Olha fomos capazes de bater neles mais do que eles foram capazes de nos bater”. E isso foi verdade lá.
Bem, eles vêm à nossa base e trouxeram uma unidade operacional normal de SU-30 com uma “ratio” de experiência de 50/50 e seus caras experientes todos tinham vindo do MiG-21 Bison e o Bison é um aviao porreta! É um MiG-21 que muitos de vocês se lembram da era do Vietnã, exceto que colocaram radares de F-16 no nariz feitos pelos israelenses, carregavam misseis “active-radar” e um “jammer” israelense que os faziam praticamente invisiveis aos nossos radares originais do F-16 e F-15. E se vocês se lembram dos dias dos 44/77, o MiG-21 tinha a capacidade de entrar em uma “scissors” com você a 110 nós e 60 graus de mergulho de nariz e ir de 10.000 a 20.000 pés. Um avião muito manobrável, mas não tinha muitas armas boas; Agora tem um capacete com abertura “off bore sight” IR, missil “active-radar” e um “jammer” que lhes deixa se aproximar.
E daí que os pilotos experientes deles vieram para entrar no SU-30 e eles achavam que eram muito bons em lutas próximas. Então eles chegaram à nossa base e nós não nos preocupamos muito e deixamos o pessoal dos esquadrões operacionais brigarem com eles, mas depois eu e outros que usamos a mesma “bolacha” fomos lá brincar com eles um pouco também. Incrivelmente nós os dominamos! Os dominamos não com um F-15 limpo, quer dizer, sem tanques externos e esse tipo de coisa. Nós os dominamos com F-15s em configuração de guerra, quer dizer, com 4 mísseis, tanques externos com gasolina neles e tudo e eles estão lá com seus SU-30 limpos, com excecao de um “pylon” para carregar um “pod” que não tinha nada nele.
Eles ficaram impressionados, tão frustrados ao ponto que depois dos primeiros 3 dias eles disseram: “Quer saber de uma coisa? A gente não precisa fazer mais esse negócio de mano-a-mano, vamos partir pra outra coisa…” E nós ficamos desapontados porque na Índia só queriam fazer mano-a-mano porque estavam ganhando. (Risos).
Vector Thrust, o Raptor tem vector thrust, e de duas dimensoes mas funciona no modo “pitch”, quando o avião puxa e passa de um certo peso-ar; não é velocidade aérea; é um limite de peso-ar; em uma manobra “post stall” então o “vector thrust” entra em ação e voa o avião. No SU-30 ao invés de tê-lo em duas dimensões, no “pitch” ele tem em um “V”, se voce olha para a traseira do aviao o “thrust” move como em um “V” e o que isso faz é…ele não necessariamente tem que estar em uma manobra “post stall”, eles apertam um botão no manche e ligam o vector thrust, então se o avião estiver em uma manobra “scissors” e ele quer ir p/ direita ao invés de usar os “rudders” ele liga o vector thrust e põe o manche p/ direita e isso faz com que o “nozzle” puxe o avião para a direita.
Agora enquanto isso é bom e ótimo para muito empuxo o que isso faz e criar “drag” maciço, ele é um aviao grande, um aviao enorme e agora está sendo chutado e movido pelos céus, então o que acontece é que enquanto ele pode mover seu nariz, ele começa a cair…Bem…O que nós fazemos?
Nós temos enfrentado os Raptors e tomado uma surra e dizemos: Bem a única chance que você tem contra o Raptor é quando ele está manobrando e vindo de seu canto e você tem um cara inexperiente, porque os experientes sabem não entrar nessa mas o inexperiente…Não estou brincando mas olha só…28 graus p/ segundo de “turn rate” a 20.000 pés (assobio, Jesus!), o F-15 tem uma instantânea de 21 graus e mantida de 15-16 graus, já o Raptor pode manter 28 graus, e alguns desses caras novos inexperientes acham que isso nao é suficiente p/ eles, querem mais do que isso, então vem vindo pelo canto com a esperança de que o piloto do Eagle fique com medo só de apontar o nariz pra ele ate que ele vá a uma manobra “post stall”, uma vez que ele vá post stall o aviao pára de mover ao redor do centro de “lift” na asa e vai p/ o centro de gravidade no nariz, porque agora está indo somente por empuxo e o aviao vai virar dessa maneira…
No Eagle ou no Viper quando você vê isso você imediatamente sobe na vertical, porque sabe que ele nâo vai conseguir subir com você e você tem essa ínfima oportunidade contra o Raptor e nada mais! Agora a chave disso tudo é que você nunca nem chega tão perto do Raptor porque nunca nem o vê e ele te abate antes que você chegue até esse ponto. O SU-30, sem problema, avião grande, grande assinatura no radar, ele está fazendo “ballet” só pra chegar perto no ponto em que os aviões se encontram, mas ele está fazendo “jamming” e seus mísseis nao estão funcionando, então você entra nessa briga visual e quando você se aproxima dele e ele tem cerca de 22-23 graus p/ segundo de “turn rate” mantido; Nem perto do Raptor; e nós temos lutado contra o Raptor, então esse vai ser fácil cara! Então começamos a chegar neles e de uma hora p/ outra você vê a traseira abaixar e comecar a usar o vector thrust e agora ele começa a cair dos céus tão rápido que você nem tem que subir como faria contra o F-22, você só tem que puxar o manche um pouco, puxar o “throttle”, mudar p/ canhão e perfurar o cérebro dele…
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Segundo um comunicado oficial da Base Aérea de Nellis, o coronel Fornof não quis ofender qualquer aliado dos EUA, pois ele sabe em primeira mão a importância do treinamento com as forças aliadas e o fabuloso poder de fogo que trazem para a luta. Seus comentários durante este briefing são opiniões pessoais e não são os mesmos do Warfare Center ou da USAF.
A transcrição/tradução é do nosso amigo e colaborador Marine, que se prontificou a nos ajudar a colocar essas informações ao alcance de mais leitores.
“Eu tive a oportunidade…já houve uma discussão na nossa mesa sobre o SU-30 MKI, MKI significa I para Índia, MK na Rússia quer dizer que o M é o mais novo SU-30 e o K é a versao de exportação. Esses são aviões com “vector thrust”, “canards” e todas as armas avançadas que os russos construíram, incluindo o seu missil “active-radar” e o missil IR com alcance de 30 milhas que está na revista Jane’s…Vocês podem ler a Jane’s sobre esses avioes…(Risos).
Nós os recebemos aqui em Mountain Home(??) por 2 semanas aonde treinamos com eles e lhes ensinamos como voar para a Red Flag…E algumas coisas aonteceram: 1- Percebemos que os motores que estão nesses aviões são muito sensíveis a danos de objetos estranhos (Foreign Object Damage).
E a razão que isso é importante é que eles têm que levar 1 minuto antes de decolar e em um exercicio como o Red Flag em que lançamos de 60 a 80 avioes, se voce tem alguem que vai levar 1 minuto entre decolagens para lancar 6 avioes…”Falou! Vai encontrar outro lugar para você voar!” Então treinamos com eles e trabalhamos com eles para que encurtassem esse tempo para 45 segundos; ainda assim não aceitável; mas o que fizemos foi…Vocês vão decolar primeiro e chegando no espaço aéreo vão esperar pelos outros, porque eles carregam muita gasolina e podem fazer isso.
Eles estavam muito preocupados com F.O.D. é o fato que os motores russos não são tão confiáveis quanto os americanos. Uma das coisas que os indianos estavam muito desapontados é que quando danificavam os motores com F.O.D., os russos faziam com que mandassem esses motores de volta à Rússia e os russos os mandavam motores novos e os próprios russos fariam todo o trabalho lá na Rússia. O que não era uma situação perfeita para eles estando aqui nos EUA sem motores sobressalentes.
Como voaram? Bem, acho que a melhor maneira de descrever…Acho que tinha algo no jornal ontem mas eu não vi, tinha muita coisa nos jornais de aviação e vai haver muito mais sobre esse avião. Se você gosta de ir no computador e olhar no youtube, existe um ótimo vídeo de demonstração em que alguém colocou junto o F-22 voando sua demonstração e tem o piloto de demonstração do SU-30 voando também, fazendo sua demonstração exatamente igual ao F-22.
Em um show aéreo eles podem fazer a mesma demonstração, mas na realidade isso é o mais próximo que os aviões chegam um do outro. Quando comparado com aviões do EUA, aonde estão com relação ao F-16 e F-15? Ele é um pouquinho melhor do que nós. E isso é muito impressionante, tem um radar melhor, mais empuxo, tem “vector thrust”, armas com mais alcance…muito impressionante! Agora o que você tem que adicionar é o treinamento! Bem me deixa falar do F-22, está aqui em cima…ok…próximo!
Manobrando, uma coisa que fizemos muito foi lutar mano-a-mano e estávamos preocupados porque quando havíamos ido à Índia antes e lutamos com eles, sempre tiveram seus melhores pilotos, sempre lutamos com eles no “Nellis” deles e nós sempre tínhamos uma unidade operacional de Kadena, entre outros, aonde a “ratio” de experiência era de 80% de caras inexperientes com menos de 500 horas de vôo e 20% de caras que, na maioria das vezes, eram experientes, mas passaram os últimos tempos em posições de Estado-Maior e depois voltaram a voar, mas já tinha muito tempo que não voavam. Então eles foram lá e meio que agüentaram o tranco, mas os indianos bateram nos peitos e disseram…”Olha fomos capazes de bater neles mais do que eles foram capazes de nos bater”. E isso foi verdade lá.
Bem, eles vêm à nossa base e trouxeram uma unidade operacional normal de SU-30 com uma “ratio” de experiência de 50/50 e seus caras experientes todos tinham vindo do MiG-21 Bison e o Bison é um aviao porreta! É um MiG-21 que muitos de vocês se lembram da era do Vietnã, exceto que colocaram radares de F-16 no nariz feitos pelos israelenses, carregavam misseis “active-radar” e um “jammer” israelense que os faziam praticamente invisiveis aos nossos radares originais do F-16 e F-15. E se vocês se lembram dos dias dos 44/77, o MiG-21 tinha a capacidade de entrar em uma “scissors” com você a 110 nós e 60 graus de mergulho de nariz e ir de 10.000 a 20.000 pés. Um avião muito manobrável, mas não tinha muitas armas boas; Agora tem um capacete com abertura “off bore sight” IR, missil “active-radar” e um “jammer” que lhes deixa se aproximar.
E daí que os pilotos experientes deles vieram para entrar no SU-30 e eles achavam que eram muito bons em lutas próximas. Então eles chegaram à nossa base e nós não nos preocupamos muito e deixamos o pessoal dos esquadrões operacionais brigarem com eles, mas depois eu e outros que usamos a mesma “bolacha” fomos lá brincar com eles um pouco também. Incrivelmente nós os dominamos! Os dominamos não com um F-15 limpo, quer dizer, sem tanques externos e esse tipo de coisa. Nós os dominamos com F-15s em configuração de guerra, quer dizer, com 4 mísseis, tanques externos com gasolina neles e tudo e eles estão lá com seus SU-30 limpos, com excecao de um “pylon” para carregar um “pod” que não tinha nada nele.
Eles ficaram impressionados, tão frustrados ao ponto que depois dos primeiros 3 dias eles disseram: “Quer saber de uma coisa? A gente não precisa fazer mais esse negócio de mano-a-mano, vamos partir pra outra coisa…” E nós ficamos desapontados porque na Índia só queriam fazer mano-a-mano porque estavam ganhando. (Risos).
Vector Thrust, o Raptor tem vector thrust, e de duas dimensoes mas funciona no modo “pitch”, quando o avião puxa e passa de um certo peso-ar; não é velocidade aérea; é um limite de peso-ar; em uma manobra “post stall” então o “vector thrust” entra em ação e voa o avião. No SU-30 ao invés de tê-lo em duas dimensões, no “pitch” ele tem em um “V”, se voce olha para a traseira do aviao o “thrust” move como em um “V” e o que isso faz é…ele não necessariamente tem que estar em uma manobra “post stall”, eles apertam um botão no manche e ligam o vector thrust, então se o avião estiver em uma manobra “scissors” e ele quer ir p/ direita ao invés de usar os “rudders” ele liga o vector thrust e põe o manche p/ direita e isso faz com que o “nozzle” puxe o avião para a direita.
Agora enquanto isso é bom e ótimo para muito empuxo o que isso faz e criar “drag” maciço, ele é um aviao grande, um aviao enorme e agora está sendo chutado e movido pelos céus, então o que acontece é que enquanto ele pode mover seu nariz, ele começa a cair…Bem…O que nós fazemos?
Nós temos enfrentado os Raptors e tomado uma surra e dizemos: Bem a única chance que você tem contra o Raptor é quando ele está manobrando e vindo de seu canto e você tem um cara inexperiente, porque os experientes sabem não entrar nessa mas o inexperiente…Não estou brincando mas olha só…28 graus p/ segundo de “turn rate” a 20.000 pés (assobio, Jesus!), o F-15 tem uma instantânea de 21 graus e mantida de 15-16 graus, já o Raptor pode manter 28 graus, e alguns desses caras novos inexperientes acham que isso nao é suficiente p/ eles, querem mais do que isso, então vem vindo pelo canto com a esperança de que o piloto do Eagle fique com medo só de apontar o nariz pra ele ate que ele vá a uma manobra “post stall”, uma vez que ele vá post stall o aviao pára de mover ao redor do centro de “lift” na asa e vai p/ o centro de gravidade no nariz, porque agora está indo somente por empuxo e o aviao vai virar dessa maneira…
No Eagle ou no Viper quando você vê isso você imediatamente sobe na vertical, porque sabe que ele nâo vai conseguir subir com você e você tem essa ínfima oportunidade contra o Raptor e nada mais! Agora a chave disso tudo é que você nunca nem chega tão perto do Raptor porque nunca nem o vê e ele te abate antes que você chegue até esse ponto. O SU-30, sem problema, avião grande, grande assinatura no radar, ele está fazendo “ballet” só pra chegar perto no ponto em que os aviões se encontram, mas ele está fazendo “jamming” e seus mísseis nao estão funcionando, então você entra nessa briga visual e quando você se aproxima dele e ele tem cerca de 22-23 graus p/ segundo de “turn rate” mantido; Nem perto do Raptor; e nós temos lutado contra o Raptor, então esse vai ser fácil cara! Então começamos a chegar neles e de uma hora p/ outra você vê a traseira abaixar e comecar a usar o vector thrust e agora ele começa a cair dos céus tão rápido que você nem tem que subir como faria contra o F-22, você só tem que puxar o manche um pouco, puxar o “throttle”, mudar p/ canhão e perfurar o cérebro dele…
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Tradução da palestra do Coronel Terrence Fornof da USAF
Esse episodio deixa claro a importancia do fator humano, do treinamento e das taticas.
[]s
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Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Tradução da palestra do Coronel Terrence Fornof da USAF
E a importância relativa dos misseis...
[[]]'s
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"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
NJ
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Re: Tradução da palestra do Coronel Terrence Fornof da USAF
Su-30 & F-22 airshow maneuvers Sync
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Tradução da palestra do Coronel Terrence Fornof da USAF
Putz ,,, demais santiago/marine
Muito bom mesmo.
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Há três métodos para ganhar sabedoria: primeiro, por reflexão, que é o mais nobre; segundo, por imitação, que é o mais fácil; e terceiro, por experiência, que é o mais amargo.
Confúcio
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Re: Tradução da palestra do Coronel Terrence Fornof da USAF
Gozado, dá a impressão de que o Flanker vira mais apertado que o Raptor...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Tradução da palestra do Coronel Terrence Fornof da USAF
Qual a validade dessas manobras num combate aéreo ?Túlio escreveu:Gozado, dá a impressão de que o Flanker vira mais apertado que o Raptor...
Um PythonV, R-73E ou AIM-9X, esses ângulos de manobra, sobrepõem qualquer um deles. Um exemplo claro é o fato de um Phanton da Luftwaffe conceguiu abater um Rafale em ambiente BVR.
Para decolar de pistas danificadas ou de um Porta-Aviões, ai sim isso é realmente um ganho, caso contrário, para mim é pura firula.
Jin
Re: Tradução da palestra do Coronel Terrence Fornof da USAF
Bender, apesar da capacidade over-the-shoulder ser hoje uma característica que DIMINUI a vantagem de caças mais manobráveis, ela também não é a solução de todos os males, assim como mísseis BVR. O texto acima é exemplar em dizer que um MIG-21 Bison, modernizado na Rússia, consegue chegar na distância de combate WVR, mesmo com toda a crença de que hoje tudo se resolve em BVR.
A capacidade de apontar o nariz do avião para o alvo semlimite de AoA permite, por exemplo, que mísseis travem no alvo antes do lançamento (LOBL), aumentando muito as chances de acerto. Num lançamento LOAL, a posição do alvo no momento do disparo é fornecida ao míssil e esse vai procurar o alvo ali, mas se o alvo manobrou, acelerou ou saiu da caixa marcada no céu , o míssil vai se perder.
Por outro lado, quando lançado em LOBL, o alvo pode manobrar, mas é mais difícil escapar, pois o sensor do míssil já estará com ele na "vista", travado. Mas mesmo assim, se o alvo estiver numa situação de tiro cruzado por exemplo, ele pode sair do ângulo de visão do sensor rapidamente, antes da autorização de disparo, e aí, se o piloto estiver com uma aeronave sem limite de AoA, ele apontará o nariz ( e os mísseis) para o alvo, mantendo o travamento e aumentando as chances de acerto.
Os vídeos dos mísseis de 4 ou 5ºG acertando drones são muito ilustrativos das capacidades destes fantásticos sistemas, mas drone não atira de volta e não tem um cara raciocinando na cabine.
A capacidade de apontar o nariz do avião para o alvo semlimite de AoA permite, por exemplo, que mísseis travem no alvo antes do lançamento (LOBL), aumentando muito as chances de acerto. Num lançamento LOAL, a posição do alvo no momento do disparo é fornecida ao míssil e esse vai procurar o alvo ali, mas se o alvo manobrou, acelerou ou saiu da caixa marcada no céu , o míssil vai se perder.
Por outro lado, quando lançado em LOBL, o alvo pode manobrar, mas é mais difícil escapar, pois o sensor do míssil já estará com ele na "vista", travado. Mas mesmo assim, se o alvo estiver numa situação de tiro cruzado por exemplo, ele pode sair do ângulo de visão do sensor rapidamente, antes da autorização de disparo, e aí, se o piloto estiver com uma aeronave sem limite de AoA, ele apontará o nariz ( e os mísseis) para o alvo, mantendo o travamento e aumentando as chances de acerto.
Os vídeos dos mísseis de 4 ou 5ºG acertando drones são muito ilustrativos das capacidades destes fantásticos sistemas, mas drone não atira de volta e não tem um cara raciocinando na cabine.
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Re: Tradução da palestra do Coronel Terrence Fornof da USAF
Jin Jones escreveu:Qual a validade dessas manobras num combate aéreo ?Túlio escreveu:Gozado, dá a impressão de que o Flanker vira mais apertado que o Raptor...
Um PythonV, R-73E ou AIM-9X, esses ângulos de manobra, sobrepõem qualquer um deles. Um exemplo claro é o fato de um Phanton da Luftwaffe conceguiu abater um Rafale em ambiente BVR.
Para decolar de pistas danificadas ou de um Porta-Aviões, ai sim isso é realmente um ganho, caso contrário, para mim é pura firula.
Jin
Sei lá, mas para mim um combate aéreo moderno tem dois aspectos: físico e eletrônico. Assim, a física pode ser usada para complicar a eletrônica e vice-versa. Vejamos o famoso caso dos Mirage III que sobrepujaram os M2000 Franceses, simplesmente fizeram uma manobra que creio ser meio parecida com a Cobra de Pugachev, literalmente frearam no ar, usando o tremendo arrasto de sua configuração delta sem cauda numa manobra assim, o que causou um comportamento indesejado do radar dos Franceses, cujo computador resetou, deixando-os 'cegos' por algum tempo, o suficiente para serem 'abatidos'. A capacidade de processamento tem limites. Agora imaginemos isso sendo aplicado contra o radar/sensor IR e processadores de um AAM, com capacidade BEM menor...
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Re: Tradução da palestra do Coronel Terrence Fornof da USAF
É um bom exemplo, muito bom Túlio.
Nenhuma solução é definitiva, a história mostra isso, sempre. Se nós tivéssemos (ou quem tenha isso em mãos) as revistas de assuntos militares da época das Malvinas, certamente leria que os sistemas AAer das fragatas inglesas era intransponível, mas os vetustos M-III e A-4 jogaram bombas burras neles, e não fosse a "bola nas costas" francesa, mais navios ingleses estariam hoje no fundo do mar.
Por isso ainda hoje os ataques de saturação, caças carregando as vezes mais de uma dezena de mísseis...
Nenhuma solução é definitiva, a história mostra isso, sempre. Se nós tivéssemos (ou quem tenha isso em mãos) as revistas de assuntos militares da época das Malvinas, certamente leria que os sistemas AAer das fragatas inglesas era intransponível, mas os vetustos M-III e A-4 jogaram bombas burras neles, e não fosse a "bola nas costas" francesa, mais navios ingleses estariam hoje no fundo do mar.
Por isso ainda hoje os ataques de saturação, caças carregando as vezes mais de uma dezena de mísseis...
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Re: Tradução da palestra do Coronel Terrence Fornof da USAF
Pois é e o interessante do texto é que desmente as teorias conspiratórias do DB que achavam impossível os americanos terem perdido os combates simulados lá da India. "É golpe para venderem mais F22.."
Normal, os caras que foram lá não eram a nata e perderam. Agora inverteu, com os americanos jogando em casa e tirando o melhor dos seus caças.
Aqui no Brasil foram incontáveis as vezes em que os novatos da US navy, de F14, tomaram dos veteranos do 1/1 e do 2/1, com os xingados F5. O que de maneira nenhuma quer dizer que a FAb varreria a US navy dos ares...
Normal, os caras que foram lá não eram a nata e perderam. Agora inverteu, com os americanos jogando em casa e tirando o melhor dos seus caças.
Aqui no Brasil foram incontáveis as vezes em que os novatos da US navy, de F14, tomaram dos veteranos do 1/1 e do 2/1, com os xingados F5. O que de maneira nenhuma quer dizer que a FAb varreria a US navy dos ares...
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Re: Tradução da palestra do Coronel Terrence Fornof da USAF
Ele falou de algumas vantagens que as turbinas norte-americanas têm sobre as turbinas Russas, falou sobre o factor humano no resultado final, falou de algumas coisas em que os aparelhos Russos são superiores aos Norte-Americanos.
Enfim falou de tudo um pouco, por isso acho que este texto não é apenas a tipica publicidade gratuita, mas sim uma opinião de um piloto que sabe do que fala.
Enfim falou de tudo um pouco, por isso acho que este texto não é apenas a tipica publicidade gratuita, mas sim uma opinião de um piloto que sabe do que fala.
- cabeça de martelo
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Re: Tradução da palestra do Coronel Terrence Fornof da USAF
O que me parece ser real, é que a tal da super manobrabilidade, é uma armadilha na mão de pilotos sem experiência com ela. Não serve para escapar de mísseis, perder muita energia num combate aéreo é péssimo negócio.
Pode ser usada, sem dúvida, como recurso para o enquadramento do alvo e para diminuir o uso de pistas de pouso, fora isso, não foi comprovado outro efeito prático. É possível que seja eficaz num combate com canhões somente, mas isso não tem sido registrado mais entre caças, até em WVR são os mísseis que estão dando as cartas.
E o TVC acrescenta complexidade em manutenção e peso extra ao caça, quer dizer piora a relação peso potência. Me lembro de um Comandante Russo dizendo que os Su deveriam ser comprados pela Rússia, não teriam TVC.
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Pode ser usada, sem dúvida, como recurso para o enquadramento do alvo e para diminuir o uso de pistas de pouso, fora isso, não foi comprovado outro efeito prático. É possível que seja eficaz num combate com canhões somente, mas isso não tem sido registrado mais entre caças, até em WVR são os mísseis que estão dando as cartas.
E o TVC acrescenta complexidade em manutenção e peso extra ao caça, quer dizer piora a relação peso potência. Me lembro de um Comandante Russo dizendo que os Su deveriam ser comprados pela Rússia, não teriam TVC.
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