Não vou entrar nessa de novo, mas somente responder a alguns ítens de seu post, que já darão subsídios para os que se interessarem no tema continuarem a pesquisa por conta própria. Afinal, este é nosso objetivo, não é?
Acabei respondendo a tudo, o que acho improdutivo.G-LOC escreveu:Marino escreveu: É muito maior o ganho. O heli é muito mais limitado em termos de espaço e autonomia. Mas o principal não foi comentado: qual o alcance de um heli carregado e de um S-2? Com o S-2, o navio não precisa se aproximar da costa para lançar o heli. Esta é a principal vantagem.
A única vantagem que vejo do S-2 é não precisar se aproximar da costa, mas mesmo assim é para que tipo de carga? Nos EUA os Trader eram usados para transportar pessoal (nove) e apenas 1500kg de carga. Talvez só seja útil para evacuação médica. Quanto ao volume o olhometro mostra que perde fácil em altura, largura e comprimento. Até a porta de carga deve ter o dobro do tamanho.
Bem que vc citou: OLHÔMETRO. Esta vantagem tática, do PA não ter de se aproximar da costa, é vital no meio de uma operação. Já pensou abandonar operações aéreas para se aproximar e lançar um heli para buscar um sobressalente, ou armamento, etc?
Um S-2 tem alcance de 2.000km. O alcance do SH-3 é de 1.000km mas deve ser vazio. Carregado a carga despenca e geralmente é metade da capacidade. Os S-2 bombeiros levam 800 galões a curta distância ou 3.200 litros de água que vai dar umas 4 toneladas considerando os tanques.
Vc se esquece, mais provável que não saiba (sem demérito, vc não é piloto ou possui tais dados), que existem limitações para vôo de helis no mar. Não vou citar aqui quais são, mas para passar de uma certa distância no mar um heli tem que ser acompanhado por outro (Manual NATO). Estas distâncias variam de dia e de noite. Por desconhecer esta limitação, que não ocorre com aviões, sua argumantação não é válida.
A diferença entre o peso máximo e o peso vazio do S-2 é de 3 toneladas. Tirando equipamento dedicado talvez seja possível tirar até 2 toneladas. Ai temos 5 toneladas de diferença mas ainda vai ter que considerar o combustível. Um SH-3 pesa vazio 5,5t e carregado 8,5 tons. A diferença também dá 3 toneladas e também dá para tirar equipamento de missão.
A limitação tática que descrevi acima anula qualquer comparação a favor de helis.
A velocidade de cruzeiro do S-2 é de 240km/h. A do SH-3 fica por ai ou uns 200km/h. A velocidade máxima é que o S-2 ganha. A do EC-725 é maior (vou considerar pois a MB vai ter que engolir).
A limitação tática que descrevi acima anula qualquer comparação a favor de helis. Os EC-725 sofrerão a mesma limitação. E não sei o pq de seu "engolidos pela MB", já que serão muito bem recebidos e usados na função dos atuais Puma.
O que eu vejo é uma aeronave capaz de levar pequenas cargas no meio do Atlântico. Operando mais longe ou mais perto não tem necessidade e os helicópteros realizam o trabalho. Duvido que vá dar para levar ou trazer uma turbina de AF-1. Em um dia e meio dá para um navio cobrir a diferença da distância e chegar mais próximo a costa para lançar um SH-3. Pode ser útil para evacuação médica e caso a capacidade dos navios não dêem conta.
Vc não compreende que um navio não pode abandonar a área de operação no meio de um conflito para se aproximar da costa e lançar um heli? Esta era uma limitação que vai ser corrigida com os S-2. Reveja sua posição considerando a limitação que descrevi acima.
Nas Malvinas os britânicos lançavam cargas por para-quedas com seus C-130 para a frota. Até comandos do SAS em algumas ocasiões. Está capacidade é necessária de qualquer modo devido as limitações de alcance e carga das aeronaves embarcadas. A US Navy tem opção de uma aeronave maior ou maior capacidade de carga dos seus NAes e navios de apoio.
Nada a ver com a questão em debate.
Outra questão é que apenas a US Navy tem esta capacidade e todas as outras marinhas operam sem ela. Me lembra algo supérfluo pois nem a Rússia, França e Reino Unido planejam esta capacidade apesar de precisarem.
Ah bom.
Vc citou um tipo de reabastecimento aéreo. Nos livros que vi sobre os F-14 e F-18 no iraque eu não vi isso ai não. Quando reabasteciam com os KC da USAF eles iam para local pré-programado. Saiam do Golfo Pérsico, Iam lá para a fornteira do Iraque e depois voltavam para apoiar ao avanço. Quando apoiados pelos Super Hornet (na base de 2 x 1) iam acompanhados (chamado de reabastecedores táticos). A missão durava menos tempo e iam mais longe. Outra questão é que os Tracker não podem penetrar o espaço aéreo inimigo enquanto os caças vão junto e penetram. Fico imaginando o aperto dos pilotos lá na frente enquanto sua proteção vem bem mais atrás. Outro problema é em caso de emergência. É mais fácil um AF-1 ir atrás de outro AF-1 que um Tracker.Marino escreveu: Não. Reabastecimento se faz em um ponto pré-planejado, onde os reabastecedores já estarão aguardando a vaga de ataque, e não com os mesmos acompanhando a vaga. O casulo bud-bud é mais uma opção, diria até de segurança, mas não são "REABASTECEDORES".
Vc se lembra de onde vão operar os aviões da MB? Do São Paulo. Então, se uma vaga atacante gasta seu combustível e necessita de reabastecimento, mesmo usando seus tanques extras, os reabastecedores táticos, que saíram do São Paulo também, e possuem a mesma capacidade de tancagem que os outros A-4, mesmo que não levem armas, também vão precisar se reabastecer.
Que bom né? Cai todo mundo.
Os A-4 com bud-bud são, como escrevi anteriormente, na minha visão, para uma emergência, como vc também parece concordar com seu texto..
Faina de reabastecimento é outra coisa totalmente diferente. É planejada, pré-programada, inserida no problema tático da operação, etc.
Os livros...., que bom seria se tudo fosse acadêmico.
A US Navy nunca criou uma versão tanque dos seus C-2 Greyhound por isso tudo ai. Sempre usou jatos como o A-3, A-4, A-7, A-6 e S-3. Agora vai ser o Super Hornet.
Marino escreveu: O S-2 não é para aprender. Será um AEW full operacional, com link para os navios e aviões, da MB e da FAB (mesmo link). Um heli, se comparado a um avião, perde em TODOS OS QUESITOS COMPARÁVEIS. Já escrevi isto aqui, este estudo foi feito. A solução de helis é para os "Cruzadores Porta-Aeronaves" ingleses, por total falta de opção.
Os britânicos não iriam operar uma aeronave nos seus Cruzadores Porta-Aeronaves por não precisaram de algo maior. A missão era controle de área marítima e levariam sete Sea Harrier para manter aeronaves de patrulha a distância. É uma capacidade balanceada.
Um E-2C controla 40 interceptadores. Não teremos isso então podemos investir em um meio menos capaz e barato. O Erieye é descartado por isso. Um operador de radar apoia 10 aeronaves ou interceptações. Está compatível com a capacidade atual do São Paulo. Se precisar de mais então o inimigo é bem potente e vamos perder.
O radar não será o Erieye. Para isto a Embraer (MB) teria que gastar os tubos, fazer uma engenharia nova de adaptação do radar, uma campanha de validação de soluções, etc. E ao final poderia chegar a conclusão de que não seria viável. Muitas variáveis que não cabem agora.
A capacidade do São Paulo: a qual distância os radares do SP cobrem a FT? Para que serve um AEW, se não aumentar o horizonte radar e aumentar a probabilidade de detecção e interceptação? Se esque ce de coisas básicas defendendo seu ponto de vista, o qual não consigo compreender. Está contra os S-2, simplesmente por ficar/
"O inimigo é mais potente, então vamos perder": desculpe, mas esta frase deveria entrar para as pérolas do DB. Inacreditável que pense assim. Deve estar só brincando comigo.
No super trunfo o S-2 ganha dos helicópteros, mas uma análise mais detalhada não fica tão claro assim:
Não é super-trunfo ou outro joguinho qualquer. Já escrevi: foi feito um Estudo de Estado-Maior em que foi provado que o heli perde em qualquer comparação com um avião. De novo, pergunte aos companheiros da FAB que postam conosco e veja a resposta dos mesmos.
- Alcance menor - Para AEW não tem que ficar longe do NAe. A 300km de distância o GT está fora da cobertura do radar. O tempo de reação a esta distância é de 15 minutos para uma CAP de AF-1 no ar.
Não, fica encima do NAe e diga, por suas emissões aonde está a FT.
- Velocidade maior. Para patrulha AEW não é requisito importante. A velocidade de patrulha/cruzeiro dos dois é irrelevante.
A chegada em on-station não é importante? Ok.
- Teto menor. Essa é a mais interessante. Eu vejo citarem teto de 3 mil metros para os helicópteros e o dobro para o Tracker. Só que o teto do EC-725 é de 20 mil pés contra 18 mil do S-2. Só que só voam a 3 mil metros por não levarem oxigênio. Com oxigênio o Cougar ganha e o S-2 também vai ter que receber o equipamento. O E-2 opera a 8 mil e pode ir mais alto, mas não precisa. A 3 mil metros já é possível detectar aeronaves e mísseis a até 220km.
Helis como AEW são para os países que não possuem PA, e sim "Cruzadores Porta-Aeronaves".
Veja o post do Claude.
- Autonomia. O S-2 realmente tem autonomia bem maior, mas a limitação está na tripulação. Ficar olhando uma tela de radar por várias horas não é vantagem. No caso dos E-2 a operação dura 4 horas por limitação da tripulação. Mesmo assim os Sea King britânicos tinham capacidade de reabastecer em escoltas em posição avançada.
Autonomia é um dos ítens em que os helis perdem, sempre. Ao reabastecer em um escolta, o heli sai de on-station, deixa de detectar os alvos, vai para o nível do mar, e passa um período reabastecendo, período este em que se coloca, e ao reabastecedor, como patos na lagoa.
Vc citou TODOS quesitos e agora vamos aos quesitos que a opção do Tracker não ganha:
- Uma desvantagem das aeronaves convencionais é não poder realizar operações de pouso embarcado em estados de mar alto (escala 5-6), teto baixo e mau tempo. Os helicópteros têm menos (ou nenhum) problemas operando a partir de uma plataforma grande como um NAe. Em caso de mau tempo o helicóptero AEW seria a única plataforma a decolar fornecendo alerta antecipado para as escoltas que seria a única defesa contra aeronaves e mísseis inimigos.
Não é o estado do mar o impeditivo, e sim os limites de caturro e balanço do NAe. Basta empopar o mar e isto está resolvido, dede que o NAe possua capacidade de máquinas para "criar o vento" necessário. E isto o SP tem.
- É possível padronizar com um helicóptero enquanto com o S-2 vai ser mais uma aeronave. Pelo jeito vai ser o EC-725. Até já temos esta aeronave COD.
Padronizar? Um mesmo avião para AEW, COD, Revo e ASW (minha opinião) e vc reclama?
E o Ec-725 não será outra aeronave?
Outra coisa, poste uma foto de um EC-725 AEW.
- Um EC-725 COD vai fazer transporte de carga, VERTREP, SAR e CSAR, assalto aéreo sendo que um S-2 não faz. Um S-2 faz treinamento e COD.
O EC-725 vai fazer transporte de carga, VERTREP, SAR/CSAR e assalto aéreo. O S-2 vai fazer AEW, COD, Revo e ASW (minha visão). Deixe de ser radical, acaba perdendo a visão do problema.
- Os helicópteros operam o radar logo após decolar pois já está voando horizontal. Em aeronave não dá.
Bobagem. O radar do heli é rebatível. O da aeronave é 'inflado" para baixo (veja a foto postada). Então sua argumentação é errônea.
- O EC-725 AEW opera em outros navios e não só em NAes. Se estiver no estaleiro os AEW ainda podem acompanhar a frota.
Em navios do porte do NAe. Em uma operação de obtenção do controle do mar, em que se atua contra a força organizada inimiga, vc quer levar NDD? Se durante uma crise, em que se mostre a possibilidade de a mesma escalar para uma guerra, a MB mantiver o SP no estaleiro, então merece a promoção salsifufu mesmo. Falta de argumentação.
- O São Paulo não vai durar para sempre. Se ficarmos sem substituto os S-2 AEW se tornam inúteis. Com helicópteros podem operar de outros navios e porta-helicópteros. Com o S-2 ficamos obrigados a ter um NAe convencional.
Que bom que o EMA já está estudando o REM do substituto do SP, né? Entenda uma coisa: a MB nunca mais vai deixar de ter sua ala aérea e seu PA.
Quesitos duvidosos.
- Custo de compra. Os EC-725 vão vir de qualquer forma. Estaremos apenas dando mais uma função para eles (COD e AEW). Os S-2 seriam mais um custo para compra (gratis?) e modernização.
Repetindo o que escrevi acima (que até coincidiu com o que vc escreveu): o EC-725 vai fazer transporte de carga, VERTREP, SAR/CSAR e assalto aéreo. O S-2 vai fazer AEW, COD, Revo e ASW (minha visão).
- Custo de operação. helicópteros são mais caros de operar, mas uma aeronave antiga também. O problema pode ser a disponibilidade no futuro e no caso do EC-725 o riso é bem menor.
S-2 com garantia estrutural por 20 anos, e o resto com garantia EMBRAER.
Eu me lembro que esse assunto foi discutindo antes e a respostas a estas questões acima foi: uma aeronave é melhor em todos os quesitos em relação ao helicóptero.
G-LOC
Vc já colocou seu ponto de vista, o qual não consigo entender, sinceramente.
Eu apresentei meus argumentos.
É hora de deixarmos nossos companheiros de fórum chegarem as suas próprias conclusões, pois todos são intelectualmente ativos. Não acha?