Fonte: http://www.tecnodefesa.com.br/mznews/cl ... 7bd9a22e20
Conceito MLA (Airbone Micro Launcher) para lançamento de microssatélites por meio do caça francês Rafale
Rafale pode se tornar lançador espacial
Institutos de pesquisas espaciais da França, Alemanha e Espanha e várias empresas européias do setor aeroespacial estudam o conceito MLA (Airbone Micro Launcher) para lançamento de microssatélites por meio do caça francês Rafale, que concorre no Programa F-X2 da Força Aérea Brasileira (FAB). O projeto, iniciado no final de 2004, é denominado Aldebaran e conta com a colaboração da Dassault Aviation, EADS Astrium e CASA, SNPE, Safran (SNECMA), entre outras indústrias.
Diferentes configurações do sistema de lançamento são analisadas, com capacidades de inserção de cargas úteis na órbita terrestre variando de 50 kg a 150 kg a 800 km de altitude. Os estudos devem ser finalizados até o final de 2008, e se levado adiante, espera-se que o primeiro vôo real do Aldebaran ocorra em 2014.
Na 59a edição do Congresso Internacional de Astronáutica (IAC 2008), realizado em Glasgow, na Escócia, entre os dias 29 de setembro e 3 de outubro, foi divulgada uma animação de demonstração do conceito do Aldebaran.
Veja o vídeo/animação do lançamento:
Conceito MLA (Airbone Micro Launcher)
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- Alexandre Abreu
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Re: Conceito MLA (Airbone Micro Launcher)
É um projeto interessante, na mesma linha do N.T.O.S (um projeto americano da década de 50), do Pegasus (já em uso nos EUA, tendo inclusive sido utilizado para lançar um satélite brasileiro), e do PanAero, um micro lançador que utilizaria um F-14 como lançador (aparentemente o projeto foi abandonado). A diferença do projeto francês é que seus estágios ficam colocados lado-à-lado, e os americanos tem/teriam os estágios em tandem.
Infelizmente não há muita informação disponível sobre os detalhes técnicos destes foguetes. Eu gostaria de saber qual a complicação extra devido ao fato deles precisarem prever sua fixação na barriga das aeronaves, em posição horizontal. Isto deve aumentar a complexidade estrutural e prejudicar a relação de massa. Sem informações sobre este tipo de coisa não dá para avaliar a vantagem destes sistemas sobre o simples aumento do primeiro estágio do foguete, ou a utilização de boosters laterais.
De qualquer modo acho que a redução do custo de lançamento deve estar mais associada à eliminação da base de lançamento ou de efeitos aerodinâmicos (de baixa altitude) que a qualquer vantagem em altitude e velocidade do avião lançador. Isto porque por mais alto e rápido que o avião esteja no momento do lançamento ele só irá reduzir em cerca de 20% a altitude e menos de 10% a velocidade necessárias para que um satélite entre em órbita.
O nosso amigo Brasileiro aqui do fórum também propôs um conceito semelhante, só que ao invés de lançar à partir de um B-52 (Pégasus) ou Rafale (Aldebaran), o lançamento seria feito à partir da rampa traseira de um cargueiro. Pelo que me recordo na época ele sugeriu um C-130, e hoje talvez pudéssemos pensar em um C-390. A vantagem é que seria possível lançar foquetes maiores, com uma infra-estrutura de lançamento mais elaborada e sem a necessidade de adaptações do avião lançador, que poderia simplesmente ser alugado para cada lançamento.
Leandro G. Card
Infelizmente não há muita informação disponível sobre os detalhes técnicos destes foguetes. Eu gostaria de saber qual a complicação extra devido ao fato deles precisarem prever sua fixação na barriga das aeronaves, em posição horizontal. Isto deve aumentar a complexidade estrutural e prejudicar a relação de massa. Sem informações sobre este tipo de coisa não dá para avaliar a vantagem destes sistemas sobre o simples aumento do primeiro estágio do foguete, ou a utilização de boosters laterais.
De qualquer modo acho que a redução do custo de lançamento deve estar mais associada à eliminação da base de lançamento ou de efeitos aerodinâmicos (de baixa altitude) que a qualquer vantagem em altitude e velocidade do avião lançador. Isto porque por mais alto e rápido que o avião esteja no momento do lançamento ele só irá reduzir em cerca de 20% a altitude e menos de 10% a velocidade necessárias para que um satélite entre em órbita.
O nosso amigo Brasileiro aqui do fórum também propôs um conceito semelhante, só que ao invés de lançar à partir de um B-52 (Pégasus) ou Rafale (Aldebaran), o lançamento seria feito à partir da rampa traseira de um cargueiro. Pelo que me recordo na época ele sugeriu um C-130, e hoje talvez pudéssemos pensar em um C-390. A vantagem é que seria possível lançar foquetes maiores, com uma infra-estrutura de lançamento mais elaborada e sem a necessidade de adaptações do avião lançador, que poderia simplesmente ser alugado para cada lançamento.
Leandro G. Card