Bolívia

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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#376 Mensagem por Pablo Maica » Qui Set 18, 2008 8:23 am

A proxima guerra fria vai ser travada aqui pelo jeito... a europa ja teve a sua vez! :?

Quanto a ver o EBol repreendendo manifestantes a tiro na bolivia me lembro de episodios bem conhecidos aqui no Brasil dos quais a turminha perdedora reclama mto até hoje.

Bem se diz que o mundo da voltas!!



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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#377 Mensagem por Alcantara » Qui Set 18, 2008 11:49 am

Pablo Maica escreveu:A proxima guerra fria vai ser travada aqui pelo jeito... a europa ja teve a sua vez! :?

Quanto a ver o EBol repreendendo manifestantes a tiro na bolivia me lembro de episodios bem conhecidos aqui no Brasil dos quais a turminha perdedora reclama mto até hoje.

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Junker
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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#378 Mensagem por Junker » Sex Set 19, 2008 12:47 pm

Exército brasileiro ocupa pontes na fronteira após massacre na Bolívia
Altino Machado às 9:02 am

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Homens do Exército brasileiro ocuparam durante a noite de quinta-feira as cabeceiras das pontes das cidades de Epitaciolândia e Brasiléia, no Acre, que dão acesso à Cobija, capital do departamento de Pando, na Bolívia, onde vigora estado de sítio há mais de uma semana.

Pelo menos 17 pessoas morreram no dia 11 em Pando numa chacina supostamente executada a mando do governador de Pando, Leopoldo Fernándes, preso desde a terça-feira pelo governo boliviano sob a acusação de ter contrariado o estado de sítio. Segundo a Federación Sindical Única de Trabajadores Campesinos de Pando, existem 106 pessoas desaparecidas

Dez dias após o auge do tensionamento na fronteira, o Exército saiu do quartel, mas dois oficiais que se deslocaram para posicionar 10 homens armados nas duas pontes, disseram que não estavam autorizados a prestar qualquer esclarecimento sobre a operação. Eles assumiram as posições que eram ocupadas por homens da Polícia Militar do Acre, responsáveis pela segurança na ponte Wilson Pinheiro, em Brasiléia, e na de Epitacilânida, onde funcionava um posto de fiscalização da Receita Federal.

Na quarta-feira, a Receita Federal suspendeu o serviços de alfandegário do posto de fiscalização da fronteira. A suspensão da fiscalização foi ordenada pelo superintendente da 2ª Região Fiscal, José Tostes Neto, sob a alegação de que o conflito em Cobija provocava insegurança no posto.

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Várias lojas foram saqueadas e incendiadas na Zona Franca de Cobija na semana passada, o que afugentou a maioria dos turistas brasileiros que costumam adquirir produtos importados, principalmente eletrônicos e de informática. Porém, algumas lojas voltaram a funcionar e os poucos brasileiros que aparecem em Cobija atravessam a fronteira de volta ao Brasil sem ter a quem declarar as compras.

A assessoria da Receita Federal do Acre havia informado que a suspensão vai vigorar até a data em que se restabeleçam as condições de segurança indispensáveis ao funcionamento do posto. A Receita Federal informou que até lá a entrada de mercadorias compradas na Bolívia está proibida, embora há dois dois dias não haja ninguém para cumprir a proibição.

Bolivianos que saquearam lojas em Cobija têm atravessado a fronteira para oferecer mercadorias aos brasileiros. Na praça central de Brasiléia um jovem exibia um notebook Asus que foi saqueado de uma das maiores lojas importadoras de Cobija. Ele pagou R$ 50,00 pelo equipamento.

ONU já atende refugiados

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Um pequeno grupo de bolivianos refugiados em Brasiléia por causa do medo de se tornarem vítimas de alguma represália por parte do Exército boliviano que domina Cobija, reuniu na noite de ontem, em plena praça da cidade, com Tânia Maia (vestida de preto), funcionária em Brasília do Ancur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados).

- Nós estamos aqui para observar e relatar as nossas impressões ao escritório em Brasília para que ele possa decidir o que fazer caso haja necessidade de apoiar algum pedido do governo brasileiro - disse Tânia Maia.

Já existem mais de 400 bolivianos cadastrados em Brasiléia pelo governo estadual. Parte deles está em abrigos, mas outro tanto está na casa de familiares em Epitaciolândia e Brasiléia ou em fazendas de amigos na região.

O cônsul boliviano em Brasiléia, José Luis Mendes Chaurara, disse que foi procurado ontem por um deputado boliviano para apoiar a viúva do engenheiro que foi assassinado pelo camponeses no dia 11, quando o governo de Pando tentou barrar a marcha deles em direção à Cobija.

- Nós estamos aqui para ajudar a todos os nossos compatriotas dentro de nossas atribuições legais, mesmo quando possamos ter pensamentos divergentes - afirmou Chaurara, um militante de esquerda que se formou no Acre em heveicultura e que já trabalhou para a ONU na África por causa de sua especialização acadêmica em relações internacionais.

Alguns dos refugiados bolivianos em Brasiléia e Epitaciolândia buscaram proteção apenas por se sentirem inseguros, mas ehá entre eles os que tiveram participação direta no massacre dos camponeses. Essas questões não são abordadas pela comissão criada pelo governo estadual para atender quem busca proteção e solidariedade.

A “tropa” do Forró da Cacilda

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Enquanto homens do Exército se movimentavam para ocupar as duas pontes na fronteira, em Brasiléia, na rua da Goiaba, o movimento era de homens e mulheres que frequentam o Forró da Cacilda. A casa existe há quase 30 anos e sempre abre nas noites de quinta-feira.

- A gente já tentou fazer o forró nas noites de sexta e sábado, mas o povo gosta mesmo é na quinta-feira. Brigas, tiros e balas? Ah! Isso acontece de vez em quando, mas na rua, quando a festa termina. Aqui dentro temos cinco seguranças muito bem treinados para agir - exlica Wanda Miranda, a filha que assumiu a direção da casa após a aposentadoria de Cacilda.

Uma semana após o massacre que abalou a aparente vida pacata na fronteira Brasil-Bolívia, não foi registrada a presença de bolivianos no Forró da Cacilda, embora a boate Lennon, a mais badalada de Cobija, esteja fechada por conta do estado de sítio. Loren Fernándes, irmão do governador de Pando e dono do estabelecimento, está refugiado em Brasiléia com a família.

Outras atrações da noite pandina em Cobija são quatro prostíbulos que normalmente atraem brasileiros e bolivianos por causa das mulheres brasileiras levadas basicamente do Acre e de Rondônia. O mais antigo e disputado é o “Las Poderosas”.

Além de oferecer produtos eletrônicos e casas de prostituição, a cidade também concentra traficantes de cocaína pura e contrabandistas de armas sofisticadas. Em maio, por exemplo, 80 homens da Força Especial de Luta Contra o Crime, conseguiram prender uma quadrilha que desde o começo do ano havia assassinado 12 desafetos na disputa por território do narcotráfico.

A cidade é uma das portas de saída na rota por onde passa boa parte da cocaína e armas ilegais distribuídas em território brasileiro. Na Estrada do Pacífico, que liga o Brasil ao Peru, a fiscalizacão é precaríssima. A rodovia tem facilitado a passagem dos narcotraficantes peruanos, bolivianos e brasileiros. O Acre nada exporta através da estrada, mas importa muita cocaína. A droga ingressa livremente por falta de estratégia de fiscalização e segurança dos governos federal e estadual para a região.
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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#379 Mensagem por Junker » Sex Set 19, 2008 3:22 pm

Exército brasileiro reforça segurança na fronteira com a Bolívia
Setembro 19, 2008

Altino Machado, direto de Cobija (Bolívia)

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O Exército brasileiro decidiu reforçar a segurança na fronteira com a Bolívia e 400 homens foram deslocados agora do 4.º BIS (Batalhão de Infantaria de Selva), em Rio Branco, para Brasiléia, cidade vizinha de Cobija, capital do departamento de Pando, onde ao menos 17 pessoas morreram no dia 11 durante um massacre cuja autoria intelectual é atribuída pelo Ministério Público boliviano ao governador de Pando, Leopoldo Fernández, que está preso em La Paz.

O coronel Derza, do Exército boliviano em Cobija, se encontrou ontem em Brasiléia com o capitão A. Costa, comandante da 2.ª Companhia de Fuzileiros de Selva Destacada. Derza pediu ao capitão a detenção dos bolivianos que atravessaram a fronteira em busca de refúgio.

- Não posso fazer isso porque os bolivianos que estão em território brasileiro são refugiados políticos. Nós vamos fazer um cadastramento e esperar por uma ordem do comando maior - argumentou A. Costa.


Nove horas após o encontro dos dois militares, homens do Exército brasileiro começaram a ocupar posições nas cabeceiras das duas pontes de Epitaciolância e Brasiléia. O reforço chegou nesta manhã num comboio que percrreu a BR-317, formado por um ônibus, dois caminhões e duas caminhonetes. Um projétil de armamento do Exército boliviano que atingiu a sala de uma casa em Epitaciolândia incomodou ao comando do Exército brasileiro em Brasiléia. O caso foi comunicado pelo comando local aos seus superiores.

Todas as lojas do comércio da Zona Franca de Cobija reabriam hoje normalmente. Havia muitos brasileiros comprando produtos importados. As duas maiores importadoras, de propriedade de empresários brasileiros, não reabriram, tampouco as lojas que foram saqueadas e incendiadas um dia após o massacre dos camponeses.

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Cobija, Brasiléia e Epitaciolândia (em foto panorâmica a partir de Cobija) amanheceram imersas numa densa nuvem de fumaça resultante de queimadas de florestas e pastagens na Amazônia boliviana e brasileira. A umidade está muito baixa e crianças e adultos sofrem com problemas respiratórios. Uma das bandeiras do movimento dos camponeses bolivianos é barrar a destruição das florestas de Pando.
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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#380 Mensagem por Demartino » Sex Set 19, 2008 5:21 pm

Menos pessoal muito menos....

Tem gente aqui que quer ver o circo pegar fogo, tem outros que acham que O Lula tá certo e outros acham que está errado.

No que eu entendo ele está certo mais uma vez. Ninguém... ninguém mesmo deve interfirir em assuntos internos de outro país, se alguém pode pedir ajuda para outro país esse alguém é o poder constituído "legalmente"através de eleições livres como é o caso da Bolívia. Nós gostemos ou não do Evo Morales (eu particularmente não gosto) ele foi eleito democraticamente por ampla maioria do povo boliviano( aliás particularmente não gosto tb do povo boliviano), e assim o é quer queiramos ou não. Só vejo uma forma moral de um país intervir em outro, é o caso de estarem sendo praticado crimes raciais contra minorias ou algo que o valha, como exemplos judeus pelos nazistas etc etc etc. Caso contrário ninguém tem que meter o dedo onde nào é chamado por grupos insatisfeitos com determinado governo. Já tive que aturar muitas vezes prefeitos na minha cidade fazendo um monte de porcarias, porém eu gostando ou não o mesmo foi eleito e se maioria da população achar que ele é uma porcaria como eu acho, ele nào será mais eleito. A democracia é feita desta forma e portanto temos que aprender a conviver com ela. Muita gente no mundo se acha democrático, liberal ou algo que o valha, mas na hora do vamos ver, é tudo da boca para fora.




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#381 Mensagem por Junker » Sex Set 19, 2008 7:43 pm

Senador boliviano: reforma agrária será violenta

Os capítulos da nova Constituição da Bolívia que regulam a reforma agrária são inegociáveis e o processo de distribuição de terras vai ser feito com violência, afirmou nesta sexta o líder do governo de Evo Morales no Senado, senador Felix Rojas Gutierrez, do partido MAS.

"O regime da terra, dos recursos naturais e dos recursos energéticos não se modificam e não são objeto de discussão. O único capítulo que pode ser compatibilizado é a questão da autonomia", disse Gutierrez.

"O problema fundamental, a coluna vertebral deste conflito, é a questão da terra. O latifúndio, localizado especialmente no leste e no sul do país, originou uma casta, um clã. Só o senhor Branko Marinkovic presidente do Comitê Cívico de Santa Cruz tem um latifúndio três vezes maior que toda a extensão da cidade de Santa Cruz. Essas terras vão ter que cumprir uma função social para beneficiar os que têm fome", afirmou.

Perguntado pelos jornalistas, à entrada do encontro que reúne governo e oposição, além de observadores internacionais, em Cochabamba, como seria feito o processo de desapropriação das terras, Gutierrez foi duro na resposta.

"Todo parto implica sangue. E o nascimento de um novo país também implica sangue, sobre as cinzas de uma sociedade decadente, com uma classe latifundiária que veio se aproveitando nos últimos tempos com ganâncias e negócios para encher os seus bolsos. Agora os pobres do país, no comando do governo, vão conseguir, finalmente, construir sobre as cinzas desta sociedade decadente uma nova sociedade, com eqüidade, justiça e sem pobres", declarou o senador do MAS.

A posição de Gutierrez foi rebatida por outro senador, de oposição ao governo, Carlos Borth, do partido Podemos. "Nós estamos discutindo as autonomias dos Departamentos e o tema terra é um dos pontos a ser discutido em diferentes níveis de governo. Ninguém quer que haja mortos e feridos para introduzir reformas, se podemos fazer pela via democrática", disse o senador oposicionista.

A posição foi apoiada pelo governador de Tarija, Mario Rossio, principal negociador da oposição. "O tema terra não está agora na mesa de negociação, mas nada é inegociável."

O segundo dia da reunião para encontrar uma solução política para a Bolívia conta com a presença do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Miguel Insulza.

Amanhã é aguardada a presença do presidente Evo Morales, que hoje viajou ao Panamá para receber o título de honoris causa de uma universidade local.

Agência Brasil




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#382 Mensagem por delmar » Sex Set 19, 2008 8:55 pm

Amanhã é aguardada a presença do presidente Evo Morales, que hoje viajou ao Panamá para receber o título de honoris causa de uma universidade local.
Parece que é um título de Doutor Honoris Causa. Nos velhos tempos quando o cidadão era muito rico, mas não tinha estudo nenhum, ganhava (ou comprava) uma comenda papal do vaticano e passava então a chamar-se pomposamente de "Comendador". Agora as universidades estatais concedem o título de Doutor Honoris Causa. É concedido numa cerimônia acadêmica tradicional na qual o homenageado usa uma roupa especial.
Na última visita que fez ao Rio Grande do Sul o Lula também recebeu um título igual da FURG, Fundação Universidade de Rio Grande, da cidade de mesmo nome. Ele não quiz pagar o mico do desfile de beca e diz que só vai receber a honraria depois de concluir o mandato.

saudações




Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#383 Mensagem por Pablo Maica » Qua Set 24, 2008 10:56 am

Três bolivianos foram detidos e deportados pela Polícia Federal em Epitaciolândia, na fronteira do Acre com a Bolívia, no último fim de semana. De acordo com a PF, os três estavam no Brasil “observando e fotografando” outros cidadãos bolivianos hospedados em Epitaciolância e Brasiléia, no Acre. As informações seriam repassadas ao Exército Boliviano.

Para evitar novas espionagens, policiais e militares fazem barreiras na fronteira e vistoriam pessoas e veículos. Segundo o deputado Nilson Mourão, que esteve em Brasiléia na última sexta-feira (19), cerca de 300 bolivianos se refugiaram na região devido aos confrontos na região de Pando. Eles estão hospedados em casas de amigos e familiares e aguardam o fim dos conflitos entre oposição e governo para retornarem à Bolívia.

O deputado informou, ainda, que diversos brasileiros que vivem na Bolívia também cruzaram a fronteira e não pretendem retornar ao país vizinho. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ficará a cargo do assentamento dessas famílias no Brasil.

Agência Brasil



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ciclope
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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#384 Mensagem por ciclope » Qua Set 24, 2008 12:02 pm

Guando o Brasil contruiu o gazoduto Bolivia-brasil ele se aprisionaou não a um pais, pior a um país altamente instavel.
Deichamos de explorar o gaz da bacia de Santos por obra é graça do itamarati.




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#385 Mensagem por vmonteiro » Qua Set 24, 2008 2:06 pm

ciclope escreveu:Guando o Brasil contruiu o gazoduto Bolivia-brasil ele se aprisionaou não a um pais, pior a um país altamente instavel.
Deichamos de explorar o gaz da bacia de Santos por obra é graça do itamarati.
Camarada, não é assim, na epoca do gasoduto o pais era diferente, mas de qualquer forma se formos utilizar essa logica ninguem fara trabalhos conjuntos com ninguem, afinal voce não sabe quem sera eleito amanha ou depois, essa argumentação é totalmente furada.

Mesmo com exploração da bacia de santos é obvio que ademanda energetica so vai crescer independente das reservas locais, quanto mais possiblidades voce tiver para atender a demanda melhor. Veja como exemplo os EUA, eles fazem importação de energia para não consumir suas reservas estrategicas.

Não é porque temos um gasoduto a outro pais que isso impede que exploremos nossas reservas, mas provavelmente o preço de banana que pagamos ao gas boliviano torna a exploração local uma segunda opção.




Senhores, sejamos razoáveis.
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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#386 Mensagem por neison w da silva lima » Ter Out 14, 2008 9:45 pm

Bolívia: à beira do abismo

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14 de outubro de 2008

Bolívia vive em meio a uma grave crise, onde os oposicionistas ao governo do presidente Evo Morales estão sendo perseguidos. Fotos: oaltoacre.com Evo Morales pretende transformar o país em “Estado plurinacional campesino-indígena”
Brasiléia - O presidente da Bolívia, Evo Morales, pretende transformar o país em “Estado plurinacional campesino-indígena” até o mês de dezembro. A ação conta com o apoio das Forças Armadas, do partido Movimento ao Socialismo (MAS), além da ajuda externa da Venezuela. A adoção desse novo modelo de governo, que teria Morales como figura central, está detalhada em um plano elaborado pelo MAS ao qual o jornal o Página 20 teve acesso com exclusividade.

O plano para transformar a Bolívia em um estado campesino-indígena foi batizado pelos aliados de Morales de “Guia de Ação Política de Orinoca para os Companheiros Revolucionários do MAS e seus Aliados”. Em cinco páginas, o documento é taxativo: “Os planos de desestruturação da ordem interna com a ajuda do ‘governo irmão da Venezuela’ e a erradicação do socialismo do século XXI em nível latino-americano”.

A cópia em poder do Página 20 traz o carimbo “confidencial”, numa demonstração de que ele é do conhecimento dos órgãos de informação da Bolívia. Conforme o documento, o plano foi gestado em agosto de 2006 na cidade de Orinoca, no Departamento (Estado) de Oruro. Foi nessa cidade que Evo Morales nasceu. As autoridades e os dirigentes do MAS silenciaram diante do caso.

Além da ajuda da Venezuela, o plano do grupo pró-Morales prevê a contratação e financiamento de grupos de forças irregulares para reprimir a forças rebeldes. Diz também que, se necessário, os aliados do presidente podem “convocar” peruanos, colombianos, bolivianos, entre outros, para a transformação da Bolívia num estado campesino-indígena. Tais grupos, observa-se no documento, atuariam como espécies de “milícias” favoráveis ao novo sistema.
Em um dos trechos, o guia destaca que serão utilizados todos os meios possíveis e funcionais para cooptar de organizações sociais do país. Diz o texto: “Os grupos de repressão estariam prontos para reprimir instituições políticas ou sociais, assim como os meios de comunicação de oposição à implantação do novo Estado”.



Gerar crise e instabilidade política
O guia detalha o planejamento estratégico das ações. Em dez tópicos, os autores do plano dizem que, para implantação do governo campesino-indígena, é necessário eventos (leia-se conflitos) de impactos negativos, capazes de gerar crise econômica, política e instabilidade geral no país, de modo que o governo Evo Morales possa atuar com a força requerida para impor o novo projeto.

Coincidência ou não, as ações para desestruturar os Departamentos (Estados) e inviabilizá-los a partir do corte dos impostos provenientes do petróleo consta no guia. As ações, conforme o plano, são baseadas em experiências do Chile e Peru e serão colocadas em prática com a ajuda total das Forças Armadas e Polícia Nacional Boliviana. Os idealizados do projeto dizem que esperam contar com a lealdade dessas forças, principalmente a militar da Venezuela.

O plano na se restringe a sufocar os Departamentos. Conforme o guia, para a implantação do novo modelo de governo é preciso também desestruturar as instituições nacionais do Estado boliviano (Parlamento, Tribunal Constitucional, Justiça, Eleitoral, por exemplo). Além dessas, o guia mira as instituições de mediação, entre as quais a Igreja católica.

Reprimir os autonomistas
De acordo com o guia, o governo não deve ser tolerado nenhum movimento autônomo dos Departamentos (Estados) bolivianos. Aconselha que o governo Evo Morales deve agir com força para inviabilizar todos os departamentos que buscam autonomia, entre os quais Santa Cruz. O guia diz que deve ser estimulada uma divisão e confrontação ‘campo-cidade’.

Com o novo governo, destaca o plano, aqueles governantes que forem leais a Morales receberão regalias, muitas das quais financiadas pelo “governo amigo” de Hugo Chávez, da Venezuela. A distribuição dessas benesses teria ocorrido na última semana em Cobija, capital de Pando e que está sob estado de sítio, durante a visita do presidente Evo Morales.

Após a deposição do governador Leopoldo Fernández, no dia 17 de setembro, prefeitos aliados de Morales teriam recebido cheques do governo central da Bolívia. Consta que numa dessas visitas estariam membros do governo da Venezuela, responsáveis pelo repasse dos cheques.

Governo contra autonomistas

Os conflitos dos últimos meses na Bolívia ocorreram coincidentemente no mesmo período em que o governador de Pando, o autonomista Leopoldo Fernández, se reunia com a população local para aprovar o novo estatuto autonômico de Pando. Nessa mesma época, Fernández também negociava a liberação do IDH (impostos retirados pelo governo Evo Morales), Constituição Autonomista de Estado (CPE) e o Referendum Revocatório.
A autonomia de Pando foi aprovada entre os meses de julho e agosto, mas não aceita pelo governo de Evo Morales. Os conflitos eclodiram novamente e pontes foram obstruídas, impedindo a ligação terrestre entre Cobija e Acre e fronteiras com a Argentina. Ao mesmo tempo, também pipocaram confrontos na parte central da Bolívia. Em Santa Cruz, por exemplo, ocorreram várias mortes e dezenas de pessoas foram presas.




“Os grupos de repressão estariam prontos para reprimir instituições políticas ou sociais, assim como os meios de comunicação de oposição à implantação do novo Estado” Enquanto isso, o presidente Evo Morales tentava, com o apoio das Forças Armadas e dos meios de comunicação leais a ele, aprovar a nova Constituição que, a exemplo da Venezuela, lhe daria direito a sucessivas reeleições. A estratégia não funcionou. Morales foi derrotado no Parlamento boliviano.


Com Evo derrotado, os conflitos não tardaram a eclodir novamente. Entre o final de agosto e início de setembro, os Departamentos (estados) mais pobres - é o caso de Pando, hoje sob estado de sítio - vivenciaram uma onda de conflitos e depredações.

A partir daí, Cobija passou a receber reforço militar e, em represália, os integrantes do Comitê Cívico de Pando, com a ajuda do Governo, fechava pontes e até o aeroporto. Com essas ações, os ativistas pandinos tentavam impedir a ida de Evo Morales e seus ministros à cidade, como forma de liberar os impostos retidos.

Mesmo pressionado, Morales não cedeu. Daí, então, o Departamento de Pando passou e enfrentar crises financeiras, obrigando o governo a suspender ações básicas de saúde e outros serviços em Cobija e cidades mais distantes da capital. O sufoco era, no entanto, apenas o início da estratégia para ampliar os confrontos no Departamento autônomo.

O pior veio no dia 10 de setembro. Associações campesinas e prefeituras leais a Evo Morales promoveram uma marcha até Cobija, com o intuito de invadir a sede do governo. Diante da ameaça, cerca de 300 pessoas, armadas com paus, pedras e outros objetos, fazem vigília na cidade, enquanto uma comissão tentava evitar o confronto.

As negociações não frutificaram e, na manha do dia 11, aparecem as primeiras vítimas em Porvenir. Um engenheiro foi morto e, ao final do dia, mais de 50 pessoas feridas haviam passado pelo hospital.
À época, o então governador Leopoldo Fernández pediu ajuda às Forças Armadas, mas, segundo o comandante da Polícia Departamental de Pando, coronel Silvio Mergazo, não foi atendido.

Mergazo foi chamado a La Paz para prestar informações sobre os confrontos em Cobija. Em seu testemunho, disse que as primeiras vítimas foram do lado dos autonomistas, que passaram a agir em legítima defesa.

Plano militar foi preparado bem cuidadosamente

Além do guia destinado a transformar a Bolívia em um “Estado plurinacional campesino-indígena”, o Página 20 também obteve cópia do plano militar elaborado para dar sustentação aos aliados de Evo Morales. A estratégia militar está em um documento no formato PowerPoint, de 89 páginas, no qual é exposto, nos mínimos detalhes, como e onde as Forças Armadas deverão atacar os Departamentos (estados) bolivianos contrários ao governo Evo Morales.

O plano militar, que prevê uma guerra civil até dezembro, é dividido em oito partes e começou ser colocado em prática em janeiro. Seu término está previsto para dezembro, mês em que, conforme o guia preparado pelo partido MAS, a Bolívia já estaria vivendo sobre o modelo campesino-indígena de governo.

Para que os militares entrassem em cena o plano diz que seria necessário uma escalada terrorista na Bolívia a partir de fevereiro de 2008. A escalada de terror propriamente não ocorreu, mas houve conflitos entre autonomistas e partidários de Evo Morales em todas as regiões do país, o que exigiu a entrada das Forças Armadas. Os primeiros distúrbios ocorreram em Cobija, capital de Pando, em fevereiro, e os manifestantes foram reprimidos violentamente pela Policia Nacional boliviana.

Conforme o organograma militar, os militares estão cientes para a possibilidade de golpe de estado e magnicídio – isto é, o assassinato de pessoa eminente. Esses acontecimentos estariam previstos para acontecer nos meses de outubro e novembro. Feito isso, prevêem os militares, o país naufragaria numa guerra civil. A partir daí, o presidente Evo Morales entraria em cena como o salvador da pátria e, assim, implantaria o novo sistema de governo - Estado plurinacional campesino-indígena - idealizado por seus aliados do MAS.

As estratégias para ajudar Morales a instituir o novo governo, segundo o plano militar, seriam apoiadas integralmente pelo governo da Venezuela por meio do envio de dinheiro, armas e treinamento de ‘voluntários’ (grupos irregulares) dentro das Forças Armadas e a participação de ‘chavos caribenhos’ (supostamente cubanos e venezuelanos).

Ainda segundo o organograma, os meios de comunicação serão usados para desmoralizar e culpar as autoridades dos Departamentos (estados) em casos de desabastecimento interno e a crise econômica. Com isso, os grupos irregulares atuariam livremente país afora, provocando a instabilidade política para favorecer a atuação posterior de Evo Morales.




neison w da silva lima
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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#387 Mensagem por neison w da silva lima » Ter Out 14, 2008 9:48 pm

Bolívia: à beira do abismo

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Bolívia vive em meio a uma grave crise, onde os oposicionistas ao governo do presidente Evo Morales estão sendo perseguidos. Fotos: oaltoacre.com Evo Morales pretende transformar o país em “Estado plurinacional campesino-indígena”
Brasiléia - O presidente da Bolívia, Evo Morales, pretende transformar o país em “Estado plurinacional campesino-indígena” até o mês de dezembro. A ação conta com o apoio das Forças Armadas, do partido Movimento ao Socialismo (MAS), além da ajuda externa da Venezuela. A adoção desse novo modelo de governo, que teria Morales como figura central, está detalhada em um plano elaborado pelo MAS ao qual o jornal o Página 20 teve acesso com exclusividade.

O plano para transformar a Bolívia em um estado campesino-indígena foi batizado pelos aliados de Morales de “Guia de Ação Política de Orinoca para os Companheiros Revolucionários do MAS e seus Aliados”. Em cinco páginas, o documento é taxativo: “Os planos de desestruturação da ordem interna com a ajuda do ‘governo irmão da Venezuela’ e a erradicação do socialismo do século XXI em nível latino-americano”.

A cópia em poder do Página 20 traz o carimbo “confidencial”, numa demonstração de que ele é do conhecimento dos órgãos de informação da Bolívia. Conforme o documento, o plano foi gestado em agosto de 2006 na cidade de Orinoca, no Departamento (Estado) de Oruro. Foi nessa cidade que Evo Morales nasceu. As autoridades e os dirigentes do MAS silenciaram diante do caso.

Além da ajuda da Venezuela, o plano do grupo pró-Morales prevê a contratação e financiamento de grupos de forças irregulares para reprimir a forças rebeldes. Diz também que, se necessário, os aliados do presidente podem “convocar” peruanos, colombianos, bolivianos, entre outros, para a transformação da Bolívia num estado campesino-indígena. Tais grupos, observa-se no documento, atuariam como espécies de “milícias” favoráveis ao novo sistema.
Em um dos trechos, o guia destaca que serão utilizados todos os meios possíveis e funcionais para cooptar de organizações sociais do país. Diz o texto: “Os grupos de repressão estariam prontos para reprimir instituições políticas ou sociais, assim como os meios de comunicação de oposição à implantação do novo Estado”.



Gerar crise e instabilidade política
O guia detalha o planejamento estratégico das ações. Em dez tópicos, os autores do plano dizem que, para implantação do governo campesino-indígena, é necessário eventos (leia-se conflitos) de impactos negativos, capazes de gerar crise econômica, política e instabilidade geral no país, de modo que o governo Evo Morales possa atuar com a força requerida para impor o novo projeto.

Coincidência ou não, as ações para desestruturar os Departamentos (Estados) e inviabilizá-los a partir do corte dos impostos provenientes do petróleo consta no guia. As ações, conforme o plano, são baseadas em experiências do Chile e Peru e serão colocadas em prática com a ajuda total das Forças Armadas e Polícia Nacional Boliviana. Os idealizados do projeto dizem que esperam contar com a lealdade dessas forças, principalmente a militar da Venezuela.

O plano na se restringe a sufocar os Departamentos. Conforme o guia, para a implantação do novo modelo de governo é preciso também desestruturar as instituições nacionais do Estado boliviano (Parlamento, Tribunal Constitucional, Justiça, Eleitoral, por exemplo). Além dessas, o guia mira as instituições de mediação, entre as quais a Igreja católica.

Reprimir os autonomistas
De acordo com o guia, o governo não deve ser tolerado nenhum movimento autônomo dos Departamentos (Estados) bolivianos. Aconselha que o governo Evo Morales deve agir com força para inviabilizar todos os departamentos que buscam autonomia, entre os quais Santa Cruz. O guia diz que deve ser estimulada uma divisão e confrontação ‘campo-cidade’.

Com o novo governo, destaca o plano, aqueles governantes que forem leais a Morales receberão regalias, muitas das quais financiadas pelo “governo amigo” de Hugo Chávez, da Venezuela. A distribuição dessas benesses teria ocorrido na última semana em Cobija, capital de Pando e que está sob estado de sítio, durante a visita do presidente Evo Morales.

Após a deposição do governador Leopoldo Fernández, no dia 17 de setembro, prefeitos aliados de Morales teriam recebido cheques do governo central da Bolívia. Consta que numa dessas visitas estariam membros do governo da Venezuela, responsáveis pelo repasse dos cheques.

Governo contra autonomistas

Os conflitos dos últimos meses na Bolívia ocorreram coincidentemente no mesmo período em que o governador de Pando, o autonomista Leopoldo Fernández, se reunia com a população local para aprovar o novo estatuto autonômico de Pando. Nessa mesma época, Fernández também negociava a liberação do IDH (impostos retirados pelo governo Evo Morales), Constituição Autonomista de Estado (CPE) e o Referendum Revocatório.
A autonomia de Pando foi aprovada entre os meses de julho e agosto, mas não aceita pelo governo de Evo Morales. Os conflitos eclodiram novamente e pontes foram obstruídas, impedindo a ligação terrestre entre Cobija e Acre e fronteiras com a Argentina. Ao mesmo tempo, também pipocaram confrontos na parte central da Bolívia. Em Santa Cruz, por exemplo, ocorreram várias mortes e dezenas de pessoas foram presas.




“Os grupos de repressão estariam prontos para reprimir instituições políticas ou sociais, assim como os meios de comunicação de oposição à implantação do novo Estado” Enquanto isso, o presidente Evo Morales tentava, com o apoio das Forças Armadas e dos meios de comunicação leais a ele, aprovar a nova Constituição que, a exemplo da Venezuela, lhe daria direito a sucessivas reeleições. A estratégia não funcionou. Morales foi derrotado no Parlamento boliviano.


Com Evo derrotado, os conflitos não tardaram a eclodir novamente. Entre o final de agosto e início de setembro, os Departamentos (estados) mais pobres - é o caso de Pando, hoje sob estado de sítio - vivenciaram uma onda de conflitos e depredações.

A partir daí, Cobija passou a receber reforço militar e, em represália, os integrantes do Comitê Cívico de Pando, com a ajuda do Governo, fechava pontes e até o aeroporto. Com essas ações, os ativistas pandinos tentavam impedir a ida de Evo Morales e seus ministros à cidade, como forma de liberar os impostos retidos.

Mesmo pressionado, Morales não cedeu. Daí, então, o Departamento de Pando passou e enfrentar crises financeiras, obrigando o governo a suspender ações básicas de saúde e outros serviços em Cobija e cidades mais distantes da capital. O sufoco era, no entanto, apenas o início da estratégia para ampliar os confrontos no Departamento autônomo.

O pior veio no dia 10 de setembro. Associações campesinas e prefeituras leais a Evo Morales promoveram uma marcha até Cobija, com o intuito de invadir a sede do governo. Diante da ameaça, cerca de 300 pessoas, armadas com paus, pedras e outros objetos, fazem vigília na cidade, enquanto uma comissão tentava evitar o confronto.

As negociações não frutificaram e, na manha do dia 11, aparecem as primeiras vítimas em Porvenir. Um engenheiro foi morto e, ao final do dia, mais de 50 pessoas feridas haviam passado pelo hospital.
À época, o então governador Leopoldo Fernández pediu ajuda às Forças Armadas, mas, segundo o comandante da Polícia Departamental de Pando, coronel Silvio Mergazo, não foi atendido.

Mergazo foi chamado a La Paz para prestar informações sobre os confrontos em Cobija. Em seu testemunho, disse que as primeiras vítimas foram do lado dos autonomistas, que passaram a agir em legítima defesa.

Plano militar foi preparado bem cuidadosamente

Além do guia destinado a transformar a Bolívia em um “Estado plurinacional campesino-indígena”, o Página 20 também obteve cópia do plano militar elaborado para dar sustentação aos aliados de Evo Morales. A estratégia militar está em um documento no formato PowerPoint, de 89 páginas, no qual é exposto, nos mínimos detalhes, como e onde as Forças Armadas deverão atacar os Departamentos (estados) bolivianos contrários ao governo Evo Morales.

O plano militar, que prevê uma guerra civil até dezembro, é dividido em oito partes e começou ser colocado em prática em janeiro. Seu término está previsto para dezembro, mês em que, conforme o guia preparado pelo partido MAS, a Bolívia já estaria vivendo sobre o modelo campesino-indígena de governo.

Para que os militares entrassem em cena o plano diz que seria necessário uma escalada terrorista na Bolívia a partir de fevereiro de 2008. A escalada de terror propriamente não ocorreu, mas houve conflitos entre autonomistas e partidários de Evo Morales em todas as regiões do país, o que exigiu a entrada das Forças Armadas. Os primeiros distúrbios ocorreram em Cobija, capital de Pando, em fevereiro, e os manifestantes foram reprimidos violentamente pela Policia Nacional boliviana.

Conforme o organograma militar, os militares estão cientes para a possibilidade de golpe de estado e magnicídio – isto é, o assassinato de pessoa eminente. Esses acontecimentos estariam previstos para acontecer nos meses de outubro e novembro. Feito isso, prevêem os militares, o país naufragaria numa guerra civil. A partir daí, o presidente Evo Morales entraria em cena como o salvador da pátria e, assim, implantaria o novo sistema de governo - Estado plurinacional campesino-indígena - idealizado por seus aliados do MAS.

As estratégias para ajudar Morales a instituir o novo governo, segundo o plano militar, seriam apoiadas integralmente pelo governo da Venezuela por meio do envio de dinheiro, armas e treinamento de ‘voluntários’ (grupos irregulares) dentro das Forças Armadas e a participação de ‘chavos caribenhos’ (supostamente cubanos e venezuelanos).

Ainda segundo o organograma, os meios de comunicação serão usados para desmoralizar e culpar as autoridades dos Departamentos (estados) em casos de desabastecimento interno e a crise econômica. Com isso, os grupos irregulares atuariam livremente país afora, provocando a instabilidade política para favorecer a atuação posterior de Evo Morales.




Fonte oaltoacre.com.br




neison w da silva lima
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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#388 Mensagem por neison w da silva lima » Ter Out 14, 2008 9:53 pm

Pablo Maica escreveu:Três bolivianos foram detidos e deportados pela Polícia Federal em Epitaciolândia, na fronteira do Acre com a Bolívia, no último fim de semana. De acordo com a PF, os três estavam no Brasil “observando e fotografando” outros cidadãos bolivianos hospedados em Epitaciolância e Brasiléia, no Acre. As informações seriam repassadas ao Exército Boliviano.

Para evitar novas espionagens, policiais e militares fazem barreiras na fronteira e vistoriam pessoas e veículos. Segundo o deputado Nilson Mourão, que esteve em Brasiléia na última sexta-feira (19), cerca de 300 bolivianos se refugiaram na região devido aos confrontos na região de Pando. Eles estão hospedados em casas de amigos e familiares e aguardam o fim dos conflitos entre oposição e governo para retornarem à Bolívia.

O deputado informou, ainda, que diversos brasileiros que vivem na Bolívia também cruzaram a fronteira e não pretendem retornar ao país vizinho. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ficará a cargo do assentamento dessas famílias no Brasil.

Agência Brasil



Um abraço e t+ :D
SO para informar que os militares bolivianos pretendiam localizar pessoas ligadas a oposiçao e elimina-las dentro do territorio brasileiro. segundo um levantamento feito por agentes de inteligencia da policia civil, o objetivo era atingir os locais de refugiados com granadas. por motivos de segurança nao posso revelar a fonte.




neison w da silva lima
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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#389 Mensagem por neison w da silva lima » Ter Out 14, 2008 9:56 pm

Familiares de Jornalista boliviano levado por militares denunciam: “Eram venezuelanos!”
Por Alexandre Lima – Da Redação

Melgar foi arrancado de sua cama por suposto militares venezuelanos - Foto: El Deber Os familiares do jornalista Jorge Melgar, diretor de um programa de opinião pública “Camila e Macarena”, do Canal 18, localizado na cidade de Riberalta, departamento de Beni, foram entrevistado ao vivo, via internet, tabem pelo jornalista Carlos Valverde da Rede PAT.

O seu programa que é líder de audiência no País, recebeu a denúncia dos familiares de que os militares que ‘seqüestraram’ Melgar, eram venezuelanos. Segundo eles, o biótipo e o modo operante, pela altura e cor de pele, nada parece com soldados das Forças Armadas da Bolívia.

Melgar que foi levado apenas usando cuecas, usou seu programa para denunciar com vídeos, como os campesinos da região foram usados para irem até a cidade de Porvenir e vários deles foram mortos no confronto de 11 de setembro.

A detenção foi confirmada pelo Vice-Ministro de Regime Interior, Mario Agulera, que justificou a prisão o acusando perante às autoridades da Justiça, por “incitar e dirigir ações violentas de caráter terroristas, entre elas, a tomada do aeroporto de Riberalta, ataque a um avião Hércules, agressões e ameaças a funcionários do Estado”.

O ‘seqüestro’ do jornalista aconteceu por volta das 4h00 desta segunda-feira, dia 13. Segundo informações, o mesmo encontra-se na cidade de La Paz onde foi ouvido e acusado por terrorismo.


Filhas de Melgar em rede nacional - Foto: El Noevo Dia O jornalista Melgar foi quem contradisse a versão oficial onde difundiram testemunhos dos familiares das pessoas que morreram no enfrentamento de Porvenir. Depois de terem sido levados e enganados por dirigentes do MAS em Beni, que lhes davam comida e entre 40 e 200 Bolivianos. Ele disse que o estado de sítio em Pando será prorrogado para Beni.

“Isto é próprio da ditadura”

o Presidente da Ordem do Advogados da Bolívia, Erwin Rojas, comentou sobre o acontecimento e declarou que, tirar uma pessoas da cidade de Beni até a cidade de La paz, “é uma ação inconcebível e atentado contra o Estado de Direito e a Democracia em que vivemos”.

Que estão lhe privando o direito de ter um advogado e defensor e de apresentar provas demonstrem o contrario das acusações contra sua pessoa. Junto com a Ordem dos Advogados de Beni, vamos fazer uma representação.


fonte: http://www.oaltoacre.com/




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#390 Mensagem por neison w da silva lima » Ter Out 14, 2008 9:59 pm

Morales inicia marcha por referendo constitucional na Bolívia
Por DAVID MERCADO - REUTERS
CARACOLLO, BOLÍVIA - O presidente da Bolívia, Evo Morales, deu o ponta pé inicial, na segunda-feira, a uma grande marcha a ser realizada por sindicatos e outras organizações sociais rumo a La Paz para exigir a convocação de um referendo com vistas a aprovar uma nova Constituição de viés socialista.


Pouco antes do meio-dia, ao lado do líder sindical nacional, Pedro Montes, e de outros dirigentes, Morales caminhou as primeiras centenas de metros da estrada de 200 quilômetros que separa Caracollo de La Paz, a capital política do país. A marcha foi descrita como "a maior da história".

Grupos de música e um Sol ardente acompanharam o início festivo da manifestação, iniciada com cerca de 5.000 pessoas e que, segundo previu Morales, reunirá "mais de 1 milhão" ao chegar à capital, dentro de uma semana, se antes disso o Congresso não convocar o referendo.

"Esta marcha é realizada em nome da refundação da Bolívia", disse o presidente em um discurso proferido antes do início da passeata, na qual destacava-se o colorido das delegações indígenas de vários departamentos, entre os quais o de Santa Cruz, bastião da oposição conservadora.

O dirigente lamentou não poder satisfazer sua "grande vontade" de participar de toda a passeata, recordando seus tempos de líder dos sindicatos de cocaleiros, quando encabeçou várias caminhadas de protesto.

A manifestação, a ser realizada na principal estrada de ligação entre La Paz e o restante do país, começou enquanto o governo e a oposição tentam chegar a um acordo para convocar o referendo constitucional. Morales quer marcar esse pleito para o primeiro trimestre de 2009.

Em busca dos cerca de 20 votos que ainda faltam a fim de alcançar o quorum de dois terços necessário para convocar o referendo, os governistas aceitaram negociar a inclusão de modificações pontuais na nova Carga Magna.

Morales, aliado do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse que aceitou rever o texto no Congresso apenas para corrigir "contradições" e não para alterar questões de fundo como alegaram os líderes da oposição.

O presidente conclamou os legisladores antigovernistas a aprovarem o referendo constitucional e chegou até mesmo a convidá-los para, depois de sancionada a lei convocatória, saírem ao encontro da marcha "a fim de que esta seja uma festa de união".

Morales lembrou no domingo que o governo já havia aceitado vários pedidos de governadores da oposição sobre modificar o capítulo da Constituição que trata da autonomia dos Departamentos.

A nova Carta Magna, aprovada em dezembro de 2007 por uma assembléia constituinte dominada pelos governistas, dará mais poder aos povos indígenas (maioria da população), eliminará os latifúndios e consolidará um modelo econômico controlado pelo Estado.

"Esta não é uma marcha de dor mas de orgulho por nossa querida pátria, não é uma marcha de tristeza mas de alegria, com bandas de música de carnaval, conjuntos musicais, roupas típicas do leste, do oeste e do sul, de todos os setores", acrescentou.

fonte: oaltoacre.com/




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