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Mensagem
por Oziris » Seg Set 15, 2008 2:15 pm
CORREIO BRAZILIENSE, segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Governo investe pesado nas Forças Armadas
PEDRO PAULO REZENDE
Da equipe do Correio
A Rússia se prepara para remontar suas Forças Armadas. O comandante da Marinha, almirante
Vladimir Vysotsky, anunciou que, até 2016, serão construídas cinco forças-tarefas de porta-aviões,
similares às empregadas pela Marinha dos Estados Unidos. Será a segunda maior esquadra do mundo.
Além disso, até 2011, a Força Aérea receberá cinco regimentos de aviões de nova tecnologia, cerca de
120 aparelhos, dois de caças-bombardeiros Sukhoi Su-34 e três de Sukhoi Su-35BM (estes últimos
participam da concorrência FX-2, da Força Aérea Brasileira). Apenas neste ano serão investidos US$ 48
bilhões em armas.
Os porta-aviões terão propulsão nuclear e poderão levar cerca de 60 aviões. Hoje, a Rússia
dispõe apenas de um navio nessa categoria, o Almirante Kuznetsov. Todos os caças navais Sukhoi Su-
33 serão substituídos por um novo modelo até 2016. O programa também prevê a aposentadoria de
todas as unidades obsoletas da frota até 2015.
A Marinha Vermelha, durante as décadas de 1970 e 1980, era temida e admirada pelas
concorrentes. Navios e submarinos novos e extremamente modernos singravam os sete mares,
mostrando a bandeira com a foice e o martelo. Apenas os Estados Unidos apresentavam poderio naval
maior. Com o fim da Guerra Fria, a desintegração da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
(URSS) e a chegada de Boris Yeltsin ao governo da Rússia, a frota entrou em desmanche. Para pagar
salários atrasados, cerca de 50% das unidades foram vendidas e transformadas em sucata pelos
comandantes regionais. O ponto mais baixo ocorreu em 2000, pouco depois que Vladimir Putin assumiu
o Kremlin. O Kursk, o mais poderoso submarino de ataque da esquadra, afundou devido à explosão de
um torpedo defeituoso. Iniciou-se, então, um processo de recuperação.
Com soldos em dia, navios em forma e moral em alta, em boa parte motivado pelo cerco da
Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que chegou às fronteiras históricas do país, a Marinha
russa voltou a flexionar os músculos. Com crescimento econômico e um enorme superávit, que hoje
supera US$ 800 bilhões, o país, liderado pelo presidente Dmitri Medvedev, passou a agir de maneira
extremamente agressiva. O Ministério da Defesa do Japão, dono da segunda maior esquadra do mundo
em termos de números de unidades médias e pesadas, no dia 9 último, revelou que um avião de patrulha
Tupolev Tu-95, que pode carregar mísseis nucleares, penetrou o espaço aéreo nipônico. Foi apenas
mais um incidente entre os dois países.
Dois dias depois, dois bombardeiros Tupolev Tu-160, os mais potentes da Força Aérea da
Federação Russa, capazes de carregar armas atômicas, pousaram em Caracas, depois de atravessarem
o Atlântico. Foi uma clara resposta aos Estados Unidos, que condenaram a resposta de Moscou à
tentativa georgiana de reprimir movimentos separatistas nas repúblicas rebeldes da Abcásia e da Ossétia
do Sul e vão instalar um sistema antimísseis na República Tcheca e na Polônia.
MINISTRO VAI À ABCÁSIA
Serguei Lavrov, chanceler russo, viajou à Abcásia, província separatista da vizinha Geórgia, onde
acompanhará os preparativos para a abertura da embaixada de seu país. O Kremlin reconheceu a
independência da província em 26 de agosto. Na capital, Sukhumi, Lavrov se reunirá com o presidente
da Abcásia, Serguei Bagapsh. A Rússia, que também não reconhece mais a Ossétia do Sul como parte
da Geórgia, assinará vários acordos de cooperação com as duas regiões.
[]'s
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Si vis pacem, para bellum.
"Não sei com que armas a III Guerra Mundial será lutada. Mas a IV Guerra Mundial será lutada com paus e pedras."
Albert Einstein