PRick escreveu:Srs. Novamente,
Não estou a favor de produtos franceses, mas a favor da França com aliado preferencial, e como nação transferidora de tecnologia, e o motivo é claro: as opções francesas de independência e moderação em relação aos problemas geoplíticos mundiais, são um exemplo a ser seguido por nós.
O peso político dos EUA é ruim para nós, qualquer aliança tem que haver equilíbrio, e com os EUA não existe equilíbrio, o bom de nossa aliança com a França, é que a mesma não está em posição de fazer imposições, e eles são o suficientemente inteligentes e preparados para entender esse quadro, ao contrário do bando de fanáticos estão no poder nos EUA. E pelo jeito, vão conseguir se manter por lá.
Depois vem os caças, existem caças bons nos EUA, F-22, F-35, F-16, F-18A/C, o F-18E é o pior caça em serviço nos EUA. É certo que o F-16 já está ficando defasado, assim, somente o F-35 nos interessa. Mas não vou falar em caças dos EUA, porque já reprovei antes, os EUA como aliado.
Dos possíveis aliados temos Suecia, França e Rússia. Tem o consórcio do Typhoon, não dá para sermos aliados de um monte de gente.
Assim, a escolha deve recair sobre 03 países. França, Suecia e Rússia, me parece que com a Rússia teremos muito mais problema e riscos para assumir uma aliança. Sobram Suécia e França, entre os 02 países a escolha se dá por motivos óbvios, temos muito mais a ganhar nos aliando com a França, que com a Suécia.
Num passado distante décadas de 1950/1960, teríamos a Inglaterra como candidata, mas atualmente sua política e falta de independência como geradora de tecnologia não nos serve mais.
Portanto, minha posição parte do que o Brasil precisa, de nossos interesses, não uma visão colonizada, de complexo crônico de inferioridade, buscando tutela de quem sempre nos tratou como párias.
[ ]´s
PRick, podemos seguir o modelo francês, mas sem nos alinharmos à França. São conceitos diferentes, um é se espelhar num bom modelo, outro é se submeter aos interesses diretos de terceiros.
Explico, a França tem um excelente modelo militar, independência máxima. Mas se alinharmos a eles da forma que se desenha e que aparece na mídia, não teremos aqui no País os equipamentos franceses totalmente (100%) fabricados por nós. Assim sendo, parte dos componentes dos mesmos continuarão sendo de origem francesa, ou seja, a leitura é: deixamos de ser dependentes de outros países para sermos dependentes apenas da França. Um risco sem igual!
Explico mais uma vez: se você tiver dependência de um único país para manter seus equipamentos e que ainda dependam deles, então eles usarão e abusarão disso, de forma tal que os preços e as condições serão impostas por eles e não por nós. De outra forma, não haverá negociação bi-lateral, apenas uni-lateral.
Não é você o defensor do Brasil e de sua independência? O que você apontou eu traduzo como sendo dependência limitada, prefiro, em última estância, a dependência ilimitada, pois a capacidade de negociação é muito maior. Enquanto tivermos que correr contra o tempo, devido aos atrasos tecnológicos oriundos de falta de investimentos no setor, prefiro uma negociação mais ampla, pois só o tempo dirá qual será a melhor escolha de fato (com um fornecedor apenas isto é impossível, só teremos o benefício da dúvida neste caso).
Abração,
Orestes