PRick, dei uma ajeitada no texto para diminui-lo.
PRick escreveu:
Orestes, parcialidade nos olhos dos outros é refresco, vai em vermelho.

Orestes fiz um resumo do tópico, do que foi falado antes, não tenho informações de bastidor, mas a realidade da história brasileira é clara, nossos 02 fornecedores de armamento, sempre foram EUA e depois a França.

Tem razão sobre a primeira frase, é fácil criticar, é fácil falar dos outros, mas esquecemos de olhar pra gente. Faço um mea culpa aqui.
Concordo plenamente com o que disse, talvez eu não tenha o compreendido anteriormente. Sempre ouvi você dizer que só haviam duas propostas na mesa: francesa e russa, por isso o meu questionamento. Ignore esta parte, acho que cobrei demais ou (o mais certo) não o entendi de imediato. Por outra lado, você sempre disse que fomos "fiéis" compradores de equipamentos americano e francês (proposta é proposta, fato é fato.).
Novamente, relatei o foi comentado no tópico, se é verdade ou não, sei lá, mas faz sentido diante do que temos como cenário.
Orestes é mais um constatação, diziam que a Embraer tinha se retirado do F-X, como se não tivesse qualquer peso na decisão, os fatos estão revelando outra coisa.
Exatamente! Mais uma vez entendi errado, mas você está correto, a Embraer mexe seus pauzinhos sim, e negociando com todo mundo de uma vez (o que me preocupa).
Tomei partido? Ora sempre estive no mesmo partido, não faço qualquer segredo pelo contrário, mas seu próprio texto da indicações que o Rafale parace ser o favorito, o texto da ISTO É diz o mesmo, vai além, portanto, se o escolhico for mesmo o Rafale, a reportagem estará correta, mesmo que seja fruto de lobie. Afinal, a Revista Veja tem conduta pior, e acerta muitas vezes.
Bem, aqui é diferente, desta vez não entendi errado. Explico, eu tenho certeza (hoje, e sem informação privilegiada) que o Rafale leva (opinião pessoal, intuição, etc.), por isso posto tal coisa. Mas meu post anterior entra no mérito de duas questões distintas: o fato da Isto É afirmar (e não opinar) categoricamente que o caça (e outros equipamentos) será o Rafale e as diretrizes da END.
Em tese, a END deve dizer o que precisamos, porque precisamos e como resolver os problemas. Não cabe a ela dizer qual a marca/modelo/fabricante dos equipamentos, caso contrário não é Estratégia Nacional de Defesa, seria a divulgação oficial do resultado.
A END deveria ser a baliza para que as FFAA se espelhassem na hora de escolher seus equipamentos. Portanto, não faz sentido a Isto É dizer que os equipamentos serão "tais", pois, neste caso, a END já nasceria morta, não teria sentido algum. Como a Isto É parece ter ignorado a END, minhas convicções dizem que a Isto É fez política e/ou politicagem, talvez até mesmo matéria paga. Esta contradição é absurda, esta revista não poderia ignorar o que a END propõe, e tenho certeza que eles sabem disso.
Não estou dizendo que a Isto É errou em suas "profecias", estou dizendo que é um contra-senso ignorar a END, de forma tal que é impossível (pra mim, pelo menos) aceitar que o que foi anunciado pela revista tenha alguma credibilidade.
Ou se assume que a revista errou, chutou, especulou, "politicou" ou se vendeu, ou se assume que a END é uma palhaçada que não serve nem para inglês ver. É isto!
Assim sendo, quando disse que você foi parcial, foi porque citou a matéria da Isto É de forma conveniente, pois não existe nada, absolutamente nada que garanta o que ela afirmou. Isto não significa que o resultado não seja este, até pode ser, mas significa que, pelas contradições apontadas por mim, esta revista não deveria ser usada (pelo menos no momento) como fonte crível para demonstrar ou confirmar alguma coisa. Observe que nem estou entrando no mérito da credibilidade da revista, apenas do fato que relaciona END e a matéria publicada, só isso.
Dizer que algo é político, ou que o político tem sempre prodominância sobre o técnico, é apenas constatar a realidade, agora, a leitura correta seria, o conteúdo técnico não é o fator determinante. E isso é assim desde que as sociedade humanas criaram e organizaram os Estados, os Governos.
Sim, concordo, isto é fato, mas não entrei neste mérito também. Fui incisivo, tem alguns equipamentos (independentes da procedência) que serão comprados de cima pra baixo, não importando se são bons, adequados ao País, caros ou baratos, etc. Mais ou menos assim: a diplomacia e os interesses do País dizem que o vencedor é...
Novamente, são apenas indícios, com a súbito aparecimento das propostas dos EUA, afinal, todo mundo está entregando propostas.
Não existe um súbito aparecimento das propostas americanas, elas sempre existiram. Os EUA nos conhece mais do que nós mesmos. No momento que decidimos comprar sob condição de transferência de tecnologia, eles entraram em cena. Eles sabem o que podemos fazer com alguma tecnologia em mãos, e em quanto tempo podemos dar volta por cima. Veja o Piranha A e o sofrimento longo, mas logo que conseguimos acordo com os sul-africanos, o B veio a cavalo. Veja o MAR, veja... Não somos os EUA, eles e nós sabemos, mas incomodamos e muito.
Eles viram que não compraríamos nada deles na base da caixa preta, e o que fizeram? 4ª Frota na cabeça! Ou alguém acredita que isso foi por causa do Chávez? Claro que não, e nem por causa do petróleo recentemente descoberto (em partes, mas...). Isto é recado para quem quer crescer rapidamente, dominar tecnologias sensíveis e ocupar espaços internacionais, então não se aplica a Venezuela.
Penso assim, eles vão engrossar o caldo se não comprarmos algo significativo deles, não falo em intervenção, mas em outras jogadas. Jamais os americanos aceitariam passivamente que os franceses levassem tudo, ainda mais a França!
Sim, concordo com você, a vitória nos subs é mais significativa, mas estamos na área do fórum que debate caças, num tópico sobre esse assunto. Vamos discutir submarinos da parte naval.
Mas não é exatamente uma de minhas teses? Que França e EUA tem vantagens por serem já antigos fornecedores nossos. Os russos significam grande mudança, e olhando o cenário agora, me parece não estar propício para grandes mudanças.
Acho que falamos a mesma coisa, só dei um exemplo, concordo com você.
Não sei se o NJ está denfendendo o Rafale, o que ficou claro era que o MU estava assinando acordos com os Russos, também não posso ser taxativo quanto as preferências dele. Quanto as preferências do "Governo", se podemos tratar o governo como pessoa, é clara, sempre foi clara, e aí o NJ e o MU como pessoas do governo, tem que agir em consonância.
Eu diria até mais, se o Partido Socialista Francês tivesse ganho as eleições, a parada já estava decidida. Mas mesmo assim, os principais quadros do governo atual tem profundas raízes com a França, Marco Aurélio Garcia e outras cabeças dominantes tem profundas simpatias intelectuais com os croassantes. Eu diria qualquer cientista social moderno, filósofo, historiador, tem como referência a intelectualidade francesa. A França não vive só da matemática.
Perfeito! Mas a matemática francesa, na minha área, é a melhor do mundo (assim penso).
Como já repeti muito, sempre assumo minhas posições de modo claro, agora, a reciproca nem sempre é verdadeira, e não é o seu caso. Fiz mais um resumo do que estava sendo colocado no tópico, e muito em tom de choro, por ter claro sentido, a batalha está perdida. O governo parece estar indo na trilha coerente, e como todo o governo, age, antes de tudo, de modo político, afinal, governo é sinônimo de jogo político, de poder, agora, não se governa ou toma decisões políticas ao arrepio da realidade, até mesmo técnica, a parte técnica será ouvida, mas seu peso é relativo, não decisivo, e no mundo inteiro é assim, por isso antes de falarmos em caças, temos que discutir geopolítica, o status de cada fornecedor, ver a história, os comprometimentos, etc.. Vou repetir, comprar armas é antes de tudo uma decisão política.
Este é o PRick que admiro!!! Assino embaixo! O que questiono é a trilha do Governo, não suas decisões. Explico, não sei se o MRE deveria dar pitaco em compras militares de forma tão veemente. Os países grandes sempre respaldam suas relações exteriores nos argumentos diplomáticos e no "suporte" bélico, sempre foi assim. Por tradição, as relações exteriores do Brasil sempre se pautaram no argumento diplomático, ou seja, existe uma séria limitação aí. E pelo que se escuta da turma do MRE e do Itamaraty, o que temos em termos de equipamentos militares e de FFAA é mais do que suficiente, então temo e muito pela parcialidade desta gente para poder opinar fortemente sobre algo que eles parecem (repito, parece) odiar.
Grande abraço,
Orestes