Azul prepara decolagem

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Azul prepara decolagem

#1 Mensagem por jambockrs » Seg Ago 25, 2008 11:55 am

lMeus prezados:

Azul prepara a decolagem
Nova companhia aérea pretende oferecer passagens mais baratas para compras antecipadas e também incentivar viagens de famílias a lazer pelo país

Desde março, quando foi criada, a Azul Linhas Aéreas anuncia que pretende oferecer passagens mais baratas. A dúvida é como concretizará isso, num mercado em que o custo operacional – combustível e taxas aeroportuárias, entre outros – é semelhante entre as companhias.

Em fase de implantação, a empresa deu algumas pistas de como vai alcançar isso. Pretende oferecer descontos para a aquisição antecipada de passagens, beneficiar compras em grupo, como famílias, e ainda proporcionar o benefício para quem tiver uma permanência mínima no destino.

– Atualmente, a diferença de preço é muito pequena se comprar uma passagem hoje ou três meses antes – disse Miguel Dau, vice-presidente operacional da Azul. – Comprar com antecedência, o conceito é esse, mas ainda não temos definido como se dará.

Conforme o executivo, um dado estatístico que precisa ser revertido é a proporção de viajantes no país. Cerca de 80% dos passageiros estão a trabalho, e 20%, a lazer. Nos Estados Unidos, é o contrário, acrescentou.

Um dos primeiros fatores a pesar menos na contabilidade da empresa, disse o vice-presidente, é a opção por jatos da brasileira Embraer. Com capacidade até 118 lugares, tornam o vôo rentável com menos passageiros, enquanto TAM e Gol, que utilizam Airbus e Boeing com até 180 assentos, precisam ter mais pessoas a bordo para fazer cada operação lucrativa.

Outro foco da empresa é atrair usuários oferecendo mais vôos diretos entre cidades, permitindo que o passageiro, principalmente viajando a negócios, vá e volte no mesmo dia.

– Hoje, Porto Alegre a Confins (aeroporto em Belo Horizonte) não há nenhum opção sem escalas. Isso acaba reduzindo o potencial de passageiros – afirma.

A rota citada por Dau é apenas um exemplo, porque a companhia guarda como um segredo a malha aérea, para não facilitar a vida da concorrência. A Azul listou os 25 trechos mais rentáveis do país, mas também pretende operar rotas inexploradas, em cidades de "elevada densidade", explicou o executivo. No Rio Grande do Sul, além da Capital, a Azul estuda o potencial de pólos do interior.

No futuro, empresa pensa em voar na América do Sul

Na apresentação que fez para alunos do curso da Faculdade de Ciências Aeronáuticas da PUCRS, em Porto Alegre, Dau mostrou um mapa no qual o raio de vôo dos jatos da Embraer englobava toda a América do Sul.

– Temos interesse em voar pela América do Sul, mas inicialmente o foco é o Brasil.

Dau reforçou que há mercado no para uma nova empresa aérea sem precisar tirar passageiros das atuais. Anualmente são vendidas no país cerca de 40 milhões de passagens.

Programada para iniciar as operações em janeiro, a Azul pode adiantar em um mês as atividades.

fonte: Marcelo Flach, jornal "Zero Hora" 25 ago 2008
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Re: Azul prepara decolagem

#2 Mensagem por jambockrs » Ter Ago 26, 2008 5:14 pm

Meus prezados:
Azul oferece à Embraer um assento na primeira classe

David Neeleman enxerga na Embraer bem mais do que uma fornecedora de aeronaves. O empresário norte-americano está tentando cooptar a indústria de São José dos Campos para o capital da Azul. Já teriam ocorrido três reuniões entre Neeleman e executivos da Embraer. A proposta envolve a venda gradativa de 15% das ações da companhia aérea ao longo dos próximos dois anos. A investida sobre a Embraer é mais um passo na estratégia de Neeleman de rechear o capital da Azul com investidores de pedigree, o que não deixa de ser uma forma de conferir mais credibilidade à empreitada. Já fazem parte deste vôo sócios do naipe de Julio Bozano, Armínio Fraga e Goldman Sachs.

Mas por que cargas d'água a Embraer, que nunca se associou diretamente a companhias de aviação, faria um looping estratégico, aterrissando na Azul? David Neeleman acredita ter uma isca razoável na mão. O empresário tem planos de montar outras companhias de aviação regional na América Latina, especialmente na Argentina e em países andinos. Ele assegurou à direção da Embraer cadeira cativa no fornecimento de aeronaves para suas futuras empresas.

Dentro da Embraer, o salto de fornecedor para sócio é visto com reservas, sobretudo diante do risco que envolve a criação da Azul. Ainda assim, a promessa de reserva de mercado feita por Neeleman é considerada atrativa. Em tempo: não é a primeira vez que a Embraer ensaia se associar a uma empresa aérea, prática mais comum entre seus concorrentes internacionais.

Durante o primeiro mandato de Lula, o governo chegou a costurar a participação da fabricante de aeronaves no projeto de fusão entre a Varig e a TAM.
Posteriormente, uma negociação similar envolvendo a Gol começou a taxiar na pista, mas os flaps foram rapidamente recolhidos.
DEFESA@NET
Sob a administração de Maurício Botelho, a EMBRAER, sempre manteve a firme posição de estar afastada do financiamento a clientes. Mesmo após o 11 de Setembro e a difícil decolagem do Programa EMB170/190.
A mistura de agente financeiro com desenvolvimento e produção de aeronaves levou à falência da empresa holandesa Fokker e ao encerramento da produção de aeronaves comerciais pela British Aerospace (BAE Systems). Fato sempre lembrado por Botelho quando esse assunto lhe era perguntado.
A posição da nova atual administração, liderada por Frederico Curado, estreitamente ligada aos interesses do Palácio do Planalto, pode reverter esta posição histórica da EMBRAER.
http://www.defesanet.com.br/emb1/azul.htm
fonte: DEFESA@NET 26 Agosto 2008 ed. 3450
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