NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Jin Jones
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#226 Mensagem por Jin Jones » Qua Ago 13, 2008 2:47 pm

Luís Henrique escreveu:Desculpem. Não concordo.

Sei que os submarinos convencionais são mais silenciosos com as baterias, mas são MUITO mais limitados.

O Brasil não é Egito, Arábia Saudita, Irã, México, Panamá.
O Brasil não tem estreitos e não é pequeno.
O Atlântico Sul é imenso e é MAR ABERTO.
Prever rotas e preparar armadilhas é complicadíssimo.
Muito melhor investirmos em sistemas de vigilância, satélites, comunicações e APENAS submarinos nucleares.
Com estes sistemas poderiamos prever rotas e preparar armadilhas, mas com a velocidade dos navios modernos, nada melhor que um submarino nuclear para se posicionar a tempo.

Se o dinheiro é pouco, em vez de termos 6 submarinos nucleares e 6 convencionais, podemos ter 8 nucleares e cancelar os convencionais. Ou podemos ter 6 nucleares e o dinheiro dos 6 convencionais podemos investir em vigilância, satélites e comunicações para MAXIMIZAR o poder de combate dos submarinos nucleares e de toda a força.

EUA e França utilizam apenas submarinos nucleares. Pq???
De certo ponto concordo com vc.

Mas a adoção de um só tipo de Sub., passa obrigatoriamente, na postura de cada pais.
Um pais de tradição imperialista e colonizador, que costumeira-mente leva a guerra a casa dos outros, tem como ferramenta o SSN, por motivos claros.
Uma nação que não tem esse perfil, e quer somente uma força capaz de prover uma defesa bem eficaz, não importando o tamanho do seu agressor, vai optar por uma solução mixta, como bem disse o Leandro.

Veja a solução encontrada pela Índia, Rússia e China.
Ou mesmo o Japão, que tem todo o Pacífico, que por sinal, é bem maior que o Atlântico Sul.
De todas as soluções que se vêem, a que mais me agrada, é a dos Russos. Uma força de SSN+SSK e uma aviação aeronaval de longo alcance.

Falando de numeros, eu teria os pés no chão..........
12 SSK
3 SSN
36 aviões de longo alcance ( SU-34 e misseis )
Daria ao BR uma defesa litorânea bem efetiva, contra qualquer tipo de adversário, até porque o objetivo não é aniquilar o agressor, e sim dar a certeza a ele que as baixas sofridas, podem ultrapassar os 30% do efetivo, o que numa campanha em mares distantes, significa "DERROTA".

Jin




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Luís Henrique
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#227 Mensagem por Luís Henrique » Qua Ago 13, 2008 3:16 pm

Jin Jones escreveu:
Luís Henrique escreveu:Desculpem. Não concordo.

Sei que os submarinos convencionais são mais silenciosos com as baterias, mas são MUITO mais limitados.

O Brasil não é Egito, Arábia Saudita, Irã, México, Panamá.
O Brasil não tem estreitos e não é pequeno.
O Atlântico Sul é imenso e é MAR ABERTO.
Prever rotas e preparar armadilhas é complicadíssimo.
Muito melhor investirmos em sistemas de vigilância, satélites, comunicações e APENAS submarinos nucleares.
Com estes sistemas poderiamos prever rotas e preparar armadilhas, mas com a velocidade dos navios modernos, nada melhor que um submarino nuclear para se posicionar a tempo.

Se o dinheiro é pouco, em vez de termos 6 submarinos nucleares e 6 convencionais, podemos ter 8 nucleares e cancelar os convencionais. Ou podemos ter 6 nucleares e o dinheiro dos 6 convencionais podemos investir em vigilância, satélites e comunicações para MAXIMIZAR o poder de combate dos submarinos nucleares e de toda a força.

EUA e França utilizam apenas submarinos nucleares. Pq???
De certo ponto concordo com vc.

Mas a adoção de um só tipo de Sub., passa obrigatoriamente, na postura de cada pais.
Um pais de tradição imperialista e colonizador, que costumeira-mente leva a guerra a casa dos outros, tem como ferramenta o SSN, por motivos claros.
Uma nação que não tem esse perfil, e quer somente uma força capaz de prover uma defesa bem eficaz, não importando o tamanho do seu agressor, vai optar por uma solução mixta, como bem disse o Leandro.

Veja a solução encontrada pela Índia, Rússia e China.
Ou mesmo o Japão, que tem todo o Pacífico, que por sinal, é bem maior que o Atlântico Sul.
De todas as soluções que se vêem, a que mais me agrada, é a dos Russos. Uma força de SSN+SSK e uma aviação aeronaval de longo alcance.

Falando de numeros, eu teria os pés no chão..........
12 SSK
3 SSN
36 aviões de longo alcance ( SU-34 e misseis )
Daria ao BR uma defesa litorânea bem efetiva, contra qualquer tipo de adversário, até porque o objetivo não é aniquilar o agressor, e sim dar a certeza a ele que as baixas sofridas, podem ultrapassar os 30% do efetivo, o que numa campanha em mares distantes, significa "DERROTA".

Jin
Entendo o seu ponto de vista.

Mas ressalto que:
China ainda caminha com submarinos nucleares e utiliza submarinos convencionais russos como forma de adquirir conhecimento e manter submarinos mais silenciosos.
India esta engatinhando com submarinos nucleares, ainda não tem o seu.
Russia vende submarinos convencionais e os nucleares eram super dimensionados e barulhentos.
Japão, apesar de ter o Pacífico é uma ilha pequena e cercada por ilhinhas, que formam estreitos.

Para mim, a solução que mais me agrada é a americana mas com bastante diferença na proporção entre força de superfície e submarina. A americana tem muitos navios aeródromos, para o Brasil vejo com bons olhos uma maior força submarina e uma menos capacidade aeronaval, devido a custos.

Caças em terra tem dificuldade de proteger uma FT em alto mar. Prefiro caças embarcados.

Um país com economia média como o Brasil, para garantir um alto poder dissuasório deve ter capacidade de levar a luta para longe daqui. E deve ter capacidade de negar o uso do mar contra países mais fortes.

Então o estilo americano, mas com um apelo maior para submarinos do que para navios aeródromos devido aos custos.

Algo como:

2 navios aeródromos (projeto indiano é interessante)
48 a 60 caças embarcados
16 navios de superfície (8 para cada Nae)
10 a 12 submarinos nucleares




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
Carlos Mathias

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#228 Mensagem por Carlos Mathias » Qua Ago 13, 2008 4:54 pm

E armas nucleares.




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Valdemort
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#229 Mensagem por Valdemort » Qua Ago 13, 2008 5:21 pm

Luís Henrique escreveu:
Jin Jones escreveu: De certo ponto concordo com vc.

Mas a adoção de um só tipo de Sub., passa obrigatoriamente, na postura de cada pais.
Um pais de tradição imperialista e colonizador, que costumeira-mente leva a guerra a casa dos outros, tem como ferramenta o SSN, por motivos claros.
Uma nação que não tem esse perfil, e quer somente uma força capaz de prover uma defesa bem eficaz, não importando o tamanho do seu agressor, vai optar por uma solução mixta, como bem disse o Leandro.

Veja a solução encontrada pela Índia, Rússia e China.
Ou mesmo o Japão, que tem todo o Pacífico, que por sinal, é bem maior que o Atlântico Sul.
De todas as soluções que se vêem, a que mais me agrada, é a dos Russos. Uma força de SSN+SSK e uma aviação aeronaval de longo alcance.

Falando de numeros, eu teria os pés no chão..........
12 SSK
3 SSN
36 aviões de longo alcance ( SU-34 e misseis )
Daria ao BR uma defesa litorânea bem efetiva, contra qualquer tipo de adversário, até porque o objetivo não é aniquilar o agressor, e sim dar a certeza a ele que as baixas sofridas, podem ultrapassar os 30% do efetivo, o que numa campanha em mares distantes, significa "DERROTA".

Jin
Entendo o seu ponto de vista.

Mas ressalto que:
China ainda caminha com submarinos nucleares e utiliza submarinos convencionais russos como forma de adquirir conhecimento e manter submarinos mais silenciosos.
India esta engatinhando com submarinos nucleares, ainda não tem o seu.
Russia vende submarinos convencionais e os nucleares eram super dimensionados e barulhentos.
Japão, apesar de ter o Pacífico é uma ilha pequena e cercada por ilhinhas, que formam estreitos.

Para mim, a solução que mais me agrada é a americana mas com bastante diferença na proporção entre força de superfície e submarina. A americana tem muitos navios aeródromos, para o Brasil vejo com bons olhos uma maior força submarina e uma menos capacidade aeronaval, devido a custos.

Caças em terra tem dificuldade de proteger uma FT em alto mar. Prefiro caças embarcados.

Um país com economia média como o Brasil, para garantir um alto poder dissuasório deve ter capacidade de levar a luta para longe daqui. E deve ter capacidade de negar o uso do mar contra países mais fortes.

Então o estilo americano, mas com um apelo maior para submarinos do que para navios aeródromos devido aos custos.

Algo como:

2 navios aeródromos (projeto indiano é interessante)
48 a 60 caças embarcados
16 navios de superfície (8 para cada Nae)
10 a 12 submarinos nucleares

E os Tupi e Tikuna ?

Vende-se pra Argentina ?




"O comunismo é a filosofia do fracasso, o credo da ignorância e o evangelho da inveja. Sua virtude inerente é a distribuição equitativa da miséria".
Winston Churchill
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#230 Mensagem por Oziris » Qua Ago 13, 2008 6:14 pm

Falando de numeros, eu teria os pés no chão..........
12 SSK
3 SSN
36 aviões de longo alcance ( SU-34 e misseis )
Daria ao BR uma defesa litorânea bem efetiva, contra qualquer tipo de adversário, até porque o objetivo não é aniquilar o agressor, e sim dar a certeza a ele que as baixas sofridas, podem ultrapassar os 30% do efetivo, o que numa campanha em mares distantes, significa "DERROTA".



Isso seria o ideal, sem falar do Su-34 com alguns Moskit.
[003] [004]
[]'s




-------------------------------

Si vis pacem, para bellum.


"Não sei com que armas a III Guerra Mundial será lutada. Mas a IV Guerra Mundial será lutada com paus e pedras."
Albert Einstein
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#231 Mensagem por Sterrius » Qua Ago 13, 2008 6:57 pm

No lugar de tantos aviões e subs e devido a ser fisicamente impossivel ter 1 barco ou avião a cada 20km de litoral não seria mais recomendavel possuir misseis taticos lançados de caminhões/artilharia das praias? Defesa que o ira tem utilizado atualmente e teoricamente teria uma margem de sucesso satisfatoria.

Tais misseis apoiados por alguma tropa ou equipamento de reconhecimento decente podem cuidar de dezenas a centenas de kilometros e mesmo os misseis mais burros em quantidade derrubam qualquer navio.

Isso deixaria apenas 1 força aerea minima pra proteger tais plataformas disponiblizando a maior parte da força aerea e dos subs para o perimetro de areas extremamente vitais ao mesmo tempo que fornece uma defesa minima mas eficiente em incursões de outras areas.

A vantagem de poder esconder tais defesas tb é grande. Ja que o Mar brasileiro nao ajuda nisso ao menos da pra se aproveitar da cobertura em terra.




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#232 Mensagem por Luís Henrique » Qua Ago 13, 2008 9:29 pm

Valdemort escreveu:
Luís Henrique escreveu: Entendo o seu ponto de vista.

Mas ressalto que:
China ainda caminha com submarinos nucleares e utiliza submarinos convencionais russos como forma de adquirir conhecimento e manter submarinos mais silenciosos.
India esta engatinhando com submarinos nucleares, ainda não tem o seu.
Russia vende submarinos convencionais e os nucleares eram super dimensionados e barulhentos.
Japão, apesar de ter o Pacífico é uma ilha pequena e cercada por ilhinhas, que formam estreitos.

Para mim, a solução que mais me agrada é a americana mas com bastante diferença na proporção entre força de superfície e submarina. A americana tem muitos navios aeródromos, para o Brasil vejo com bons olhos uma maior força submarina e uma menos capacidade aeronaval, devido a custos.

Caças em terra tem dificuldade de proteger uma FT em alto mar. Prefiro caças embarcados.

Um país com economia média como o Brasil, para garantir um alto poder dissuasório deve ter capacidade de levar a luta para longe daqui. E deve ter capacidade de negar o uso do mar contra países mais fortes.

Então o estilo americano, mas com um apelo maior para submarinos do que para navios aeródromos devido aos custos.

Algo como:

2 navios aeródromos (projeto indiano é interessante)
48 a 60 caças embarcados
16 navios de superfície (8 para cada Nae)
10 a 12 submarinos nucleares

E os Tupi e Tikuna ?

Vende-se pra Argentina ?
Até o sub nuclear ficar pronto e termos quantidade suficiente, os convencionais ja estarão mais do que na época de aposenarem. Talvez, a única excessão seja o novo Tikuna.




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#233 Mensagem por Luís Henrique » Qua Ago 13, 2008 9:39 pm

Sterrius escreveu:No lugar de tantos aviões e subs e devido a ser fisicamente impossivel ter 1 barco ou avião a cada 20km de litoral não seria mais recomendavel possuir misseis taticos lançados de caminhões/artilharia das praias? Defesa que o ira tem utilizado atualmente e teoricamente teria uma margem de sucesso satisfatoria.

Tais misseis apoiados por alguma tropa ou equipamento de reconhecimento decente podem cuidar de dezenas a centenas de kilometros e mesmo os misseis mais burros em quantidade derrubam qualquer navio.

Isso deixaria apenas 1 força aerea minima pra proteger tais plataformas disponiblizando a maior parte da força aerea e dos subs para o perimetro de areas extremamente vitais ao mesmo tempo que fornece uma defesa minima mas eficiente em incursões de outras areas.

A vantagem de poder esconder tais defesas tb é grande. Ja que o Mar brasileiro nao ajuda nisso ao menos da pra se aproveitar da cobertura em terra.
A FAB pode dar conta de navios que se aproximam. Por maior que seja o alcance das aeronaves Su-34, elas não podem acompanhar uma Força Tarefa. A MB deve possuir navios aeródromos que poderiam combater o inimigo bem distante, muito mais que um Su-34. E também poderia combater na casa do inimigo ou projetar poder sobre terra.

Se o inimigo tentar se aproximar da costa brasileira. As Forças Tarefas da MB, capitaneadas por navios aeródromos nos defenderão. Com aeronaves e escoltas pesadas. Contarão também com a ajuda de submarinos nucleares.

Se se aproximarem mais, aeronaves Su-35BM e Pak-Fa :lol: da FAB também ajudarão.
E um Astros adaptado com o MAN-1 ou 2 também pode ajudar.

Agora para fazermos parte de uma força tarefa internacional e para enviarmos tropas em outros países/continentes, precisamos de escoltas. E nada melhor que uma força aeronaval, com emprego de navios aerodromos. E para acompanhar esta força, um submarino convencional não POOOOOODE.




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#234 Mensagem por LeandroGCard » Qui Ago 14, 2008 1:59 pm

Sterrius escreveu:No lugar de tantos aviões e subs e devido a ser fisicamente impossivel ter 1 barco ou avião a cada 20km de litoral não seria mais recomendavel possuir misseis taticos lançados de caminhões/artilharia das praias? Defesa que o ira tem utilizado atualmente e teoricamente teria uma margem de sucesso satisfatoria.

Tais misseis apoiados por alguma tropa ou equipamento de reconhecimento decente podem cuidar de dezenas a centenas de kilometros e mesmo os misseis mais burros em quantidade derrubam qualquer navio.

Isso deixaria apenas 1 força aerea minima pra proteger tais plataformas disponiblizando a maior parte da força aerea e dos subs para o perimetro de areas extremamente vitais ao mesmo tempo que fornece uma defesa minima mas eficiente em incursões de outras areas.

A vantagem de poder esconder tais defesas tb é grande. Ja que o Mar brasileiro nao ajuda nisso ao menos da pra se aproveitar da cobertura em terra.
O Irã utiliza mísseis baseados em terra na função anti-navio por dois motivos: Primeiro, porque está com grande dificuldade para adquirir e operar aviões que possuam uma capacidade razoável contra navios (ou seja, que sejam capazes de transportar e lançar mísseis anti-navio de grande porte). Segundo, sua principal preocupação é fechar o golfo pérsico, tomando grande parte do petróleo do mundo como refém. Para isto mísseis com alcance relativamente curto já dão conta do recado.

No nosso caso, temos uma costa enorme para proteger, e mísseis lançados de terra tem um alcance máximo efetivo além do qual o movimento dos alvos prejudica demais a capacidade do míssil de atingí-los, pois após lançado um míssil de longo alcance não pode corrigir de forma acetuada sua trajetória para acompanhar mudanças de direção de um alvo, mesmo que um sistema de detecção possa atualizar os dados táticos. A menos que comecemos a falar em UAV's, mas aí já é outro assunto.

Já um avião pode acompanhar os alvos navais com grande facilidade, e decidir se efetua realmente o ataque somente se a situação tática for favorável. Além do que, à partir dos 100 ou 150 Km os mísseis lançados por aeronaves podem ser bem mais baratos que os lançados de terra para um mesmo alcance. E dado o alcance dos mísseis de ataque modernos como Tomahawk e Brahmos, a defesa de costa deve ser capaz de impedir a aproximação da frota inimiga a até 1000 Km do litoral!

Assim, eu fico com a sugestão do Jin Jones, de uma força de aviões de ataque naval complementando os sub's (o SU-34 seria uma ótima opção, mas outras também não seriam ruins, como Rafale ou mesmo AMX com MAN-1), que com reabastecimento aéreo poderiam atacar com eficiência alvos a mais de 2000 Km de suas bases. Se os aviões pertencem à MB ou à FAB, pouco deveria importar.

Isto daria uma proteção eficiente do nosso território e do mar territorial. Para missões longe do país seriam realmente necessários PA's e sub's nucleares, mas aí já não é pura defesa, e é uma questão para discutir se a capacidade de exercer poder longe de casa é importante e a que custo.


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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#235 Mensagem por LeandroGCard » Qui Ago 14, 2008 2:17 pm

Luís Henrique escreveu:Desculpem. Não concordo.

Sei que os submarinos convencionais são mais silenciosos com as baterias, mas são MUITO mais limitados.

O Brasil não é Egito, Arábia Saudita, Irã, México, Panamá.
O Brasil não tem estreitos e não é pequeno.
O Atlântico Sul é imenso e é MAR ABERTO.
Prever rotas e preparar armadilhas é complicadíssimo.
Muito melhor investirmos em sistemas de vigilância, satélites, comunicações e APENAS submarinos nucleares.
Com estes sistemas poderiamos prever rotas e preparar armadilhas, mas com a velocidade dos navios modernos, nada melhor que um submarino nuclear para se posicionar a tempo.

Se o dinheiro é pouco, em vez de termos 6 submarinos nucleares e 6 convencionais, podemos ter 8 nucleares e cancelar os convencionais. Ou podemos ter 6 nucleares e o dinheiro dos 6 convencionais podemos investir em vigilância, satélites e comunicações para MAXIMIZAR o poder de combate dos submarinos nucleares e de toda a força.

EUA e França utilizam apenas submarinos nucleares. Pq???
Complementando a ótima resposta do Jin Nones, volto a lembrar que uma das principais ameaças possíveis contra nosso litoral e plataformas de petróleo são os próprios sub's nucleares de um eventual inimigo. Como não consigo imaginar que nossos sub's venham a ser tecnologicamente superiores aos dos EUA, Rússia, França e Inglaterra, e no máximo equivalentes aos da China e da Índia, a melhor forma que vejo de obter a superioridade sobre SSN's inimigos nas proximidades do nosso próprio litoral é justamente utilizar SSK's.

Mas concordo com você no fato de que os SSK's são bem limitados com relação às capacidades dos SSN's em termos de velocidade sub-aquática e tempos de imersão. As únicas formas que vejo de minimizar estas desvantagens seriam a adoção de SSK's maiores, com mais capacidade de baterias, ou o uso de AIP (ou os dois). Ainda assim seriam barcos bem mais baratos que SSN's.

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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#236 Mensagem por Marino » Qui Ago 14, 2008 7:49 pm

Seria interessante o pessoal dar outra lida no tópico sobre Estratégia Naval. Acho que devo retomá-lo como incentivo. Vou fazê-lo assim que possa.
Mas para lembrar:
O perigo proveniente desde o mar provoca no homem um terror ancestral. O povo se angustia ante a ameaça, difusa mas terrível, que surge de improviso no horizonte oceânico. Com o ânimo de conjurá-la, exige defesas visíveis, pois não confia em esquadras distantes e ocultas. Esta reação irracional altera o bom tino dos governantes, introduzindo graves perturbações de critério. Assim, em certas ocasiões, repercute no desenvolvimento e emprego do poder naval. Se recorre ao impotente cordão defensivo nas praias e a Marinha se transforma em guarda-costas, auxiliar das forças terrestres.
A defesa de costa
No Brasil, a defesa de costa é tarefa do Exército.
É importante saber que o propósito da mesma consiste em repelir as ofensivas táticas inimigas contra o litoral. Portanto, é pontual e sua ação limitada à área a proteger. Também necessita satisfazer às interferências de caráter militar, econômico e moral.
A defesa de costa, além de integrar a defesa de litoral e impedir as ofensivas táticas inimigas, colabora com o poder naval: dá segurança à posição estratégica, dá liberdade de ação à esquadra dedicada a proteção indireta, protege pontos críticos, etc.
Mas não é aceitável cair nos exageros a respeito da defesa de costa. Existe a tendência de estender estes dispositivos ao longo do litoral, até incorrermos no impotente cordão defensivo. Convém ter presente sua essência tática e estática, enquanto a guerra no mar é dinâmica, ofensiva e seus objetivos encontram-se em alto mar ou nas costas inimigas.




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#237 Mensagem por Hermes » Sex Ago 15, 2008 11:07 pm

De certo ponto concordo com vc.

Mas a adoção de um só tipo de Sub., passa obrigatoriamente, na postura de cada pais.
Um pais de tradição imperialista e colonizador, que costumeira-mente leva a guerra a casa dos outros, tem como ferramenta o SSN, por motivos claros.
Uma nação que não tem esse perfil, e quer somente uma força capaz de prover uma defesa bem eficaz, não importando o tamanho do seu agressor, vai optar por uma solução mixta, como bem disse o Leandro.

Veja a solução encontrada pela Índia, Rússia e China.
Ou mesmo o Japão, que tem todo o Pacífico, que por sinal, é bem maior que o Atlântico Sul.
De todas as soluções que se vêem, a que mais me agrada, é a dos Russos. Uma força de SSN+SSK e uma aviação aeronaval de longo alcance.

Falando de numeros, eu teria os pés no chão..........
12 SSK
3 SSN
36 aviões de longo alcance ( SU-34 e misseis )
Daria ao BR uma defesa litorânea bem efetiva, contra qualquer tipo de adversário, até porque o objetivo não é aniquilar o agressor, e sim dar a certeza a ele que as baixas sofridas, podem ultrapassar os 30% do efetivo, o que numa campanha em mares distantes, significa "DERROTA".

Jin
Só lembrando que a opção do Japão por subs convencionais não é por que eles seriam melhores ou mais adequados à sua realidade e sim por que o uso da energia nuclear naquele país é algo complicado devido a Hiroshima e Nagasaki. Por isso eles também não dispõem de Porta Aviões puros. Trauma da Segunda Guerra.




...
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#238 Mensagem por Luiz Bastos » Sáb Ago 16, 2008 3:58 am

hmundongo escreveu:
De certo ponto concordo com vc.

Mas a adoção de um só tipo de Sub., passa obrigatoriamente, na postura de cada pais.
Um pais de tradição imperialista e colonizador, que costumeira-mente leva a guerra a casa dos outros, tem como ferramenta o SSN, por motivos claros.
Uma nação que não tem esse perfil, e quer somente uma força capaz de prover uma defesa bem eficaz, não importando o tamanho do seu agressor, vai optar por uma solução mixta, como bem disse o Leandro.

Veja a solução encontrada pela Índia, Rússia e China.
Ou mesmo o Japão, que tem todo o Pacífico, que por sinal, é bem maior que o Atlântico Sul.
De todas as soluções que se vêem, a que mais me agrada, é a dos Russos. Uma força de SSN+SSK e uma aviação aeronaval de longo alcance.

Falando de numeros, eu teria os pés no chão..........
12 SSK
3 SSN
36 aviões de longo alcance ( SU-34 e misseis )
Daria ao BR uma defesa litorânea bem efetiva, contra qualquer tipo de adversário, até porque o objetivo não é aniquilar o agressor, e sim dar a certeza a ele que as baixas sofridas, podem ultrapassar os 30% do efetivo, o que numa campanha em mares distantes, significa "DERROTA".

Jin
Só lembrando que a opção do Japão por subs convencionais não é por que eles seriam melhores ou mais adequados à sua realidade e sim por que o uso da energia nuclear naquele país é algo complicado devido a Hiroshima e Nagasaki. Por isso eles também não dispõem de Porta Aviões puros. Trauma da Segunda Guerra.

Amigo.


Sempre soube que a opção do Japão não ter ssk, pa ou nuk advém de tratados assinados depois da guerra que destruiu o pais oriental pelos bonzinhos vencedores americanos que num ato de extrema salvação da causa ocidental, dizimou centenas de milhares de inocentes civis com a detonação de 2 nuks, mesmo quando as forças japonesas sequer tinham comida para suas tropas, ou seja, já estavam se rendendo, convictos da derrota. Bem. Foi o que soube, mas posso estar errado. Fui :twisted:




brisa

Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#239 Mensagem por brisa » Sáb Ago 16, 2008 9:39 am

hmundongo escreveu:
De certo ponto concordo com vc.

Mas a adoção de um só tipo de Sub., passa obrigatoriamente, na postura de cada pais.
Um pais de tradição imperialista e colonizador, que costumeira-mente leva a guerra a casa dos outros, tem como ferramenta o SSN, por motivos claros.
Uma nação que não tem esse perfil, e quer somente uma força capaz de prover uma defesa bem eficaz, não importando o tamanho do seu agressor, vai optar por uma solução mixta, como bem disse o Leandro.

Veja a solução encontrada pela Índia, Rússia e China.
Ou mesmo o Japão, que tem todo o Pacífico, que por sinal, é bem maior que o Atlântico Sul.
De todas as soluções que se vêem, a que mais me agrada, é a dos Russos. Uma força de SSN+SSK e uma aviação aeronaval de longo alcance.

Falando de numeros, eu teria os pés no chão..........
12 SSK
3 SSN
36 aviões de longo alcance ( SU-34 e misseis )
Daria ao BR uma defesa litorânea bem efetiva, contra qualquer tipo de adversário, até porque o objetivo não é aniquilar o agressor, e sim dar a certeza a ele que as baixas sofridas, podem ultrapassar os 30% do efetivo, o que numa campanha em mares distantes, significa "DERROTA".

Jin
Só lembrando que a opção do Japão por subs convencionais não é por que eles seriam melhores ou mais adequados à sua realidade e sim por que o uso da energia nuclear naquele país é algo complicado devido a Hiroshima e Nagasaki. Por isso eles também não dispõem de Porta Aviões puros. Trauma da Segunda Guerra.
Os japoneses, bem como os alemaes, nao podem utilizar componentes nucleares em suas forcas armadas, por imposicao dos aliados. Lembro que se fosse por trauma de hiroshima e nagasaki eles nao teriam a infinidade de reatores nucleares na sua matriz energética.

abracos




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#240 Mensagem por Marino » Sáb Ago 16, 2008 11:21 am





"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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