ABIN, funciona ou não?

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: ABIN, funciona ou não?

#46 Mensagem por PQD » Seg Ago 04, 2008 11:27 am

02/08/2008 - 05h17
Abin investiga possível ligação entre as Farc e o governo
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da Folha Online

Com base em análise de e-mails trocados entre membros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) pretende verificar a possibilidade de integrantes da guerrilha se fixarem no país com apoio da esquerda radical, informam Cláudio Dantas Sequeira e Andréa Michael em reportagem publicada na Folha deste sábado (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).

As mensagens fazem referência a contatos com assessores do presidente Lula, deputados, vereadores, sindicalistas e acadêmicos. Em análise preliminar do documento, classificado como secreto, a Abin determina que não há ligação direta entre integrantes do governo e membros das Farc. Mas a investigação será ampliada.

Mais de 60 brasileiros teriam sido citados em 85 e-mails supostamente apreendidos em laptops de Raúl Reyes --número dois das Farc, morto em um ataque militar colombiano no Equador em março deste ano.

Entre os citados estariam o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, o assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, o subsecretário de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Perly Cipriano, o secretário de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, e o assessor presidencial Selvino Heck, além do ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu.

Os computadores de Raúl Reyes foram submetidos a uma auditoria da Interpol, que atestou sua inviolabilidade. Mesmo assim, o diretor da Abin, Paulo Lacerda, determinou que seja verificado o grau de veracidade das informações contidas nos e-mails. A verificação foi orientada pela Presidência.

Quando a investigação for concluída, um relatório será preparado e entregue ao presidente Lula.




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Re: ABIN, funciona ou não?

#47 Mensagem por PQD » Dom Ago 10, 2008 5:05 pm

Tráfico monta cursos para jovens integrantes de quadrilhas aprenderem técnicas de guerrilha e uso de armas

Publicada em 09/08/2008 às 16h47m
O Globo Online

RIO - O tráfico no Rio está investindo em jovens sem perspectivas de trabalho nas favelas para treinar, em áreas de Mata Atlântica, verdadeiros guerrilheiros, como informa reportagem de Sérgio Ramalho e Vera Araújo publicada no jornal O Globo neste domingo. A informação de que traficantes estão montando esse tipo de curso é citada em relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e foi obtida também pelos analistas da Coordenação de Segurança e Inteligência (CSINT), do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase). O documento da Abin foi elaborado com base em dados dos setores de inteligência das polícias Civil e Militar, que constataram o emprego desse tipo de tática em confrontos na mata na Rocinha, no Vidigal e nos morros do Chapéu Mangueira e da Babilônia (ambos no Leme).

Na Zona Sul, a principal facção a usar esse tipo de treinamento tem como principal reduto as favelas do Pavão-Pavãozinho (Copacabana) e do Cantagalo (Ipanema). De acordo com o relatório da agência, os instrutores são jovens das comunidades que passaram pelas Forças Armadas ou ainda estão prestando serviço militar. Agentes da CSINT descobriram que há casos de alunos de até 11 anos.

A proposta do diretor-geral do Degase, Eduardo Gameleiro, é a de usar as informações para melhorar o atendimento nas unidades do órgão, responsável pela aplicação de medidas socioeducativas a crianças e adolescentes infratores.

Segundo o documento da Abin, como incentivo, traficantes oferecem a jovens R$ 300 semanais para que ingressem no Exército ou na Marinha e, de preferência, se tornem pará-quedistas ou fuzileiros navais. Os mais aptos são alçados à posição de instrutores e passam técnicas de guerrilha, tiro e manutenção de armas aos mais novos das quadrilhas. O relatório acrescenta que esses jovens não se limitam a dar treinamento nas favelas de origem. Os mais capacitados dão aulas em comunidades aliadas e até elaboram planos de invasão em áreas dominadas por bandos rivais.

Traficantes da Rocinha também recebem instruções desse tipo e, segundo a Abin, vêm usando acampamentos na mata no alto da favela para esconder armas, drogas e munição. O relatório da agência frisa que o uso da estratégia vem crescendo como forma de evitar perdas de armas e drogas.

Dois adolescentes que fizeram o curso em favelas de duas facções criminosas contaram ao GLOBO que, para se habilitar, passaram pelos estágios de fogueteiros (responsáveis por soltar fogos para alertar para a chegada da polícia), "aviões" (transportadores de drogas), cargueiros (levam para a favela as drogas encomendadas) e "vapores" (encarregados de vender drogas).




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Re: ABIN, funciona ou não?

#48 Mensagem por bruno mt » Dom Ago 10, 2008 6:36 pm

aonde nós vamos parar??

daqui á pouco temos uma outra Colombia só que desta vez dentro de casa.Pelo menos é só o RJ que é assim, os outros estados são pessoas que não sabem nem onde que coloca bala direito.

agora eu sou afavor do EB intervir antes que isso se alastre.




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Re: ABIN, funciona ou não?

#49 Mensagem por PQD » Sex Ago 15, 2008 9:33 am

Abin e PF discutirão atuação de agência, diz Tarso

Portal Terra



SÃO PAULO - O ministro da Justiça, Tarso Genro, anunciou que na próxima segunda-feira os diretores-gerais da Polícia Federal, Luiz Fernando Correa, e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Lacerda, irão se reunir para solucionar as críticas e definir em que medida os espiões podem atuar nas operações policiais.

A Polícia Federal acredita que a Abin extrapolou e atuou de forma "irregular" nas investigações sobre o esquema de desvio de recursos desbaratado na Operação Satiagraha, uma vez que não houve um "pedido institucional" para sua participação.

Suspeita-se inclusive que agentes do serviço de inteligência tenham monitorado o gabinete do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes.

- Qualquer divergência que haja nas ações da Abin com a Polícia Federal, isso é consertado através do diálogo (entre Lacerda e Luiz Fernando Correa). São duas pessoas altamente qualificadas, que não têm problema em discutir qualquer questão que tenha aparecido nessa operação- disse o ministro.

- (O Ministério da Justiça) não só está recomendando (a conversa), como o doutor Luiz Fernando, na semana que vem, vai iniciar esse tipo de conversação para ver se é necessário algum tipo de ajuste- anunciou Tarso, afirmando que ele próprio não tem nenhuma informação sobre a possibilidade de a Abin estar extrapolando.

- Esse trabalho entre as duas agências tem enormes responsabilidades em diferentes níveis e sistemas operacionais e necessariamente tem que ser diferentes. É isso que vamos conversar- disse.




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Re: ABIN, funciona ou não?

#50 Mensagem por PQD » Qui Ago 21, 2008 9:51 am

Decreto do presidente dá mais poder à Abin

Departamento vai coordenar e compartilhar informações dos bancos de dados de todos os órgãos do governo

Leila Suwwan



BRASÍLIA. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ampliou ontem, por decreto, os poderes da Agência Brasileira de Informação (Abin) e criou uma central de investigação para cooperação e compartilhamento dos bancos de dados de órgãos do governo - da Polícia Federal ao Banco Central. A medida, segundo o diretor-geral da Abin, Paulo Lacerda, visa a acabar com questionamentos sobre a cooperação informal que existe entre policiais e servidores federais.

Para a oposição, há potencial de infração às liberdades individuais, tanto na cooperação informal quanto na institucionalizada, especialmente pela falta de controle externo. Segundo o decreto, publicado ontem no Diário Oficial da União e anunciado por Lacerda na CPI dos Grampos, a Abin poderá manter no Departamento de Integração, "em disponibilidade permanente", representantes de todo o Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin).

Integram o Sisbin, entre outros, Departamento de Inteligência da Polícia Federal, Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), Receita Federal, Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Banco Central, Controladoria Geral da União (CGU) e centrais de inteligência militares. O texto permite que os servidores designados para atuar nesse departamento consultem os bancos de dados de suas instituições de origem.

"A Abin não é órgão policial", diz Fruet

De acordo com o decreto, o departamento coordenará a articulação do fluxo de dados e informações oportunas e de interesse da atividade de inteligência de Estado para subsidiar o presidente da República. Para ter acesso às bases de dados de seus órgãos, os servidores terão de respeitar normas de cada instituição e normas legais "pertinentes à segurança, ao sigilo profissional e à salvaguarda de assuntos sigilosos", diz o texto.

- Os fins não justificam os meios. Questionamos se a Abin pode ser acionada para trabalhos paralelos. O que o governo antes negou com veemência agora é tratado como natural. A Abin foi criada como órgão de Estado, não órgão policial - disse Gustavo Fruet (PSDB-PR).

No depoimento à CPI, Lacerda explicou que o chefe de Gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, a pedido de um investigado da PF, obteve informações em telefonemas ao Gabinete de Segurança Institucional, ao qual se subordina a Abin. Segundo ele, é normal e correta a cooperação entre servidores e seria impossível aos dirigentes dos órgãos ter controle sobre a troca de informações.




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