BuRRocracia mantem helicoptero parado em Alagoas

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jambockrs
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BuRRocracia mantem helicoptero parado em Alagoas

#1 Mensagem por jambockrs » Ter Ago 05, 2008 7:06 pm

Meus prezados:
Burocracia deixa aeronave parada em Alagoas
Você deve estar lembrado que Alagoas recebeu em março um helicóptero para reforçar a segurança pública. Mas você já viu esse helicóptero no céu? Pois bem, se você viu, com certeza não era o H269 - Schweizer doado pela Força Nacional.
Depois dos jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, em 2007, a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) doou um helicóptero a seis Estados e ao Distrito Federal. Alagoas foi um dos contemplados e o primeiro a receber a aeronave, que chegou no dia 19 de março. Porém, quase cinco meses depois da apresentação, ela ainda não levantou vôo porque esbarrou no processo de licitações.
O helicóptero é uma necessidade antiga de Alagoas, já que o policiamento do Estado é um dos poucos do Nordeste que não possui uma aeronave - que será extremamente útil para buscar carros e cargas roubadas, já que Alagoas é um dos Estados líderes nesses tipos de crimes, e ações especiais em locais de difícil acesso terrestre.

Antes mesmo do Pan-americano, a Força Nacional já havia revelado que uma das aeronaves viria para Alagoas, que foi um dos primeiros Estados que se prontificou a receber o serviço e cumprir os requisitos exigidos pela Senasp. Mas só isso não seria o bastante para garantir que o helicóptero circulasse.
Além do documento de transferência e seguro obrigatório para garantir a liberação, o H269 - Schweizer precisava de manutenção, pois já tinha executado mais de 100 horas de vôo. Segundo o tenente-coronel Antonio Júnior, além de ter executado a segurança dos jogos, a aeronave ainda circulou em Alagoas.

"Como o helicóptero já tinha auxiliado na cobertura dos jogos e também executou mais 17 horas de vôo na viagem do Rio de Janeiro até Alagoas, ele ultrapassou a validade de algumas peças e precisava de reposição. Para isso, tivemos que abrir licitação e esperar até que ele pudesse sobrevoar novamente. Essa também é uma obrigação nossa, pois não podemos sair com a aeronave sem os trâmites legais, caso contrário quem responderá por isso será o próprio piloto", explicou.

O tenente-coronel declarou que a manutenção será feita com o representante do fabricante no Brasil. Esta foi umas das questões que dificultaram ainda mais o processo de licitação. Segundo ele, caso o Estado optasse fazer a reposição de peças em outro local, o helicóptero poderia ficar três meses parado todos os anos.
"Nós tivemos todo um cuidado com a licitação porque se esse processo é demorado, poderia se repetir a cada ano. Logo, decidimos fazer um contrato de cinco anos diretamente com os representantes do H269. Quando chegar o tempo de fazer a manutenção, não precisaremos ter dor de cabeça - no máximo em uma semana ela já poderá está na ativa e sobrevoando qualquer território", afirmou o tenente-coronel.

Em seguida, o helicóptero vai entrar no processo de descaracterização. Ele receberá uma nova pintura com as cores da bandeira estadual, já que foi doado a Alagoas. O policial civil Charlles - um dos pilotos habilitados - informou que essa recomendação foi imposta pelo Governo Federal, pois a aeronave precisa circular com uma identificação local e não com a da Força Nacional.
POUCA GASOLINA
De acordo com os pilotos, existe uma reserva imediata de 500 litros para o helicóptero, que gasta aproximadamente cerca de dois galões de 35 litros para uma hora de vôo - o que dá uma autonomia de vôo de pouco mais de sete horas. O tenente-coronel Júnior acredita que em dois meses a aeronave possa sobrevoar normalmente. "Toda semana nós conversamos trocamos informações para agilizar o processo, que é muito lento", frisou.
BENEFÍCIOS
Caso o H269 estivesse em pleno funcionamento poderia auxiliar ao combate da criminalidade. Segundo o policial Charlles, ele possui quatro funções específicas como patrulhamento e plataforma de observação. Além disso, pode-se executar um salvamento.
"As pessoas confundem o salvamento com resgate. Neste caso, nós quando estamos no alto e vemos uma pessoa se afogando na praia poderemos salvá-la. Já o regate acontece em outros casos maiores, como um acidente, onde a pessoa precisa ser recolhida e receber atendimento médico", diferencia.
Os policiais já fizeram um mapeamento da área que será vistoriada todos os dias depois da liberação da aeronave. A intenção é coibir assaltos, roubos e reforçar as operações cotidianas da polícia.
OUTROS ESTADOS
Se a situação de Alagoas não está resolvida por causa da burocracia nos processos de licitação, os policiais acreditam que o problema aqui é rápido e pode ser solucionado em pouquíssimo tempo. Quanto aos outros Estados que receberam aeronaves, a dor de cabeça por conta de problemas é ainda maior.
"Alguns Estados que estavam na corrida para receber essas aeronaves não possuem nem pilotos. Nós temos um trabalho sério aqui em Alagoas, que iniciamos em 2001, e contamos com um grupo de sete pessoas. Cada um deles está apto a pilotar tanto essa aeronave, como outras de porte maior", esclareceu o tente-coronel.

Segundo ele, o Governo Federal possui um projeto para reforçar a segurança pública dos Estados e pode ceder ainda neste ano mais um helicóptero a Alagoas. Ele teria condições de executar operações maiores da Polícia e Bombeiros, transportar policiais para operações e realizar resgates.
O tenente-coronel Júnior garantiu também que existe um outro projeto em fase de conclusão para garantir um hangar no Aeroporto Zumbi dos Palmares, em Maceió, que vai reforçar a plataforma de segurança.

Fonte: Hugo Oliveira (JC Online)




Um abraço e até mais...
Cláudio Severino da Silva
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bruno mt
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Re: BuRRocracia mantem helicoptero parado em Alagoas

#2 Mensagem por bruno mt » Qua Ago 06, 2008 9:11 pm

aqui em MT:

“Um-Sete-Um” contra a Segurança em MT
Isso até parece muitas das cenas intrigantes – para não dizer ridículas, de tão fantasiosas – daqueles filmes de 007, protagonizados pelo fictício James Bond – que poderia ser o Arsène Lupin, o ladrão de casacas.
Juntas, as personalidades de ambos nos colocam diante de um biotipo comum do nosso tempo: um sujeito de aparência irretocável, semblante intelectual forte e frio ao mesmo tempo, e de caráter ambíguo inconfundível e tão capaz de renegar algumas de suas aventuras como de atribuir para si outras em que não foi o herói.
Pois, bem! Imaginemo-nos em um cenário de violência – protegidos por uma Segurança com as características acima e em um Mato Grosso com os números a seguir:
a) 2,8 milhões de habitantes (IBGE-2005/2006) distribuídos em 141 municípios a uma proporção de 2,6 habitantes por quilômetro quadrado e apenas 11,5 mil trabalhadores atuando no setor; b) 53 cadeias públicas, 8 penitenciárias e um sistema sócio-educativo ainda engatinhando; c) 54 delegacias com abrangência municipal e um número não divulgado de regionais; d) o salto da população carcerária, de 4.400 presos em 2003 – quando o governador Blairo Maggi assumiu – para os 9 mil atuais e vagas para apenas 4.800; e e) a fragilidade de estruturas físicas antiquadas como a da Cadeia do Carumbé; sem contar a deficiência de homens na Polícia Militar.
Mas, onde entram o James Bond e o Arsène Lupin? Simples: nos próximos dias, Maggi e o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Carlos Brito, vão se reunir com o ministro da Justiça, Tarso Genro, para – no popular – garantir que o Governo Lula cumpra um de seus compromissos com Mato Grosso.
Ele usou 202 policiais e bombeiros, e dois peritos criminais do estado integrando a Força de Segurança Nacional durante os Jogos Pan-Americanos de 2007. Foi a maior tropa individual do país no confronto das ruas. Em troca, o Governo Lula prometeu viaturas, fardas, equipamentos e armamentos para a polícia de Mato Grosso. Também, um helicóptero para patrulhamento, dois moto-planadores e a reforma do helicóptero Águia Uno, além de outros itens. A última notícia, no entanto – pasmem!!!, é que Mato Grosso poderá receber apenas 26 carros.
Esse é o extremo dos limites negativos da nossa política e que nos levou a lembrar do “Um-Sete-Um-lândia”, citado por Fernando Gabeira – quase 10 anos atrás – na Folha de São Paulo. A expressão usada por ele foi uma referência para “promessas de políticos não cumpridas”. Se isso acontece entre “líderes”, “chefes” e outros níveis de autoridades, imaginem com a maioria da nossa população.


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