Tese contrastante e tese do desenvolvimento dual

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Tese contrastante e tese do desenvolvimento dual

#1 Mensagem por G-LOC » Sáb Ago 02, 2008 11:52 am

thelmo rodrigues escreveu: Tem a Marinha três grandes funções:

1. monitoramento das águas;
2. negação do uso do mar;
3. projeção de poder.

Como desenvolver essas funções? Devemos desenvolvê-las de forma igual ou deveremos optar por um desenvolvimento desigual, mas combinado? Se optarmos pelo desenvolvimento igual, corre-se o risco de sermos medíocres em todas elas. Se devemos optar pelo desenvolvimento desigual, mas combinado, a função prioritária deverá ser o monitoramento ou a negação do uso do mar ou, ainda, a projeção de poder? A questão é relevante e as opções estão na mesa.
O Orestes pediu para eu abrir este tópico para continuar uma discussão passada e atualizar com novas informações que vão ser lançadas no PND que cita o texto acima.

O nome do tópico eu tirei da entrevista recente na T&D que citava o mesmo assunto e deu nome aos bois.

A tese contrastante é a tese de desenvolvimento desigual e comparado com a prioridade da MB devendo ser, inicialmente, os meios de negação, ou inibir a concentração de forças inimigas na costa. A prioridade/foco é o submarino e principalmente o nuclear. Eu citaria também os meios da FAB que também participariam da missão.

A tese do desenvolvimento dual, considerada mais versátil, investiria em todas as capacidades (negação, controle de área marítima e projeção), mas com risco de ser medíocre em todos objetivos devido as limitações no orçamento para adquirir todos os meios necessários em quantidade e qualidade.

Eu coloquei muitas idéias que tenho a respeito no texto abaixo. Vou citar depois retirando o inicio que está desatualizado:
http://sistemadearmas.sites.uol.com.br/ ... ntro1.html

Lembro que usei um texto do Eduardo Italo Pece na Revista Marítima onde considerei também os custos e cenários possíveis. Também considerei o fato das marinhas evoluírem de marinha de negação para projeção citando os casos conhecidos.

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Re: Tese contrastante e tese do desenvolvimento dual

#2 Mensagem por G-LOC » Sáb Ago 02, 2008 11:55 am

Estou enviando o texto citado na mensagem anterior.

As ameaças esperadas pela MB são várias, apesar de improváveis, e ela deveria estar preparada para contrapor. Os meios atuais e previstos tem limitações de cenários em que podem atuar. Os cenários vão desde ameaças de baixa intensidade, geralmente relacionados com as forças Distritais e Fluviais, até guerra convencional que felizmente não é uma ameaça visível.

Apesar de um conflito convencional ser possível ele é pouco provável. Existe um limite, relacionado com o orçamento, sobre até que nível de conflito a MB tem condições de atuar com eficiência ou possibilidade de sucesso.


O espectro de ameaça esperado para MB. Apenas a US Navy pode cobrir todo o espectro. As outras marinhas tem limitações ou atuam em coalizão.

O espectro de ameaça também tem outras variáveis como operar na defesa ou ataque; teatro de operações no continente ou fora do continente; atuar sozinho ou em coalizão; e operação de curto ou longo prazo. Por exemplo, no conflito das Malvinas em 1982, os argentinos estavam defendendo as ilhas próximos ao continente. Os britânicos estavam no ataque tentando retomar as ilhas e bem longe de suas bases em terra. O conflito foi de duração média. Os dois paises atuaram oficialmente sozinhos apesar de outros países terem ajudado como os EUA, Chile e URSS.

O objetivo da missão também pode ser variável. Pode passar desde o evitamento e dissuasão, até escalada como efeito sobre o inimigo, destruição ou rendição. Dependendo da situação pode ser até evitar perdas ou simplesmente sobreviver. Em 1999, o objetivo dos Sérvios era simplesmente sobreviver às forças da OTAN que queriam a retirada das tropas Sérvias de Kosovo. Os insurgentes iraquianos têm o objetivo de criar efeito progressivo nas tropas americanas após a invasão de 2003. Os Árabes sempre tentaram destruir o Estado israelense. No conflito do Cenepa em 1995, o Peru e Equador queriam a retirada das tropas inimigas da fronteira. Não havia intenção de escalar o conflito.

Algumas situações são previsíveis. As ameaças de baixa intensidade são geralmente no continente, de defesa, atuando sozinho, em uma operação de longo prazo. É um cenário permanente onde não se considera se haverá ameaça, mas sim onde. São ações tipicamente de policiamento e realizadas pelas forças distritais que podem ser apoiadas pela Esquadra. As operações de Manutenção da Paz são geralmente de coalizão e fora do continente, com apoio de aeronaves de transporte para ações imediatas e navios para manter a longo prazo.

Os cenários de média intensidade podem ter como ameaça mais certa uma incursão de surpresa. Um bom exemplo pode ser o ataque a Pearl Harbour pelos Japoneses e o revide americano com os B-25 contra Tóquio. Exemplos recentes eram as incursões diárias nas zonas de exclusão aérea no Iraque (Operation South Watch e North Watch) que duram mais de dez anos com engajamentos quase diários e nenhuma perda aliada. A OTAN não impôs uma zona de exclusão aérea na Bósnia pois as defesas eram consideradas bem mais capazes. Outros exemplos recentes são a Desert Fox em 1998 no Iraque, Deliberate Force contra a Bósnia em 1995 e Eldorado Canyon quando os EUA realizaram um ataque punitivo a Líbia em 1986 por apoiar grupos terroristas.

Cenários de alta intensidade são menos freqüentes. Exemplos recentes temos a Guerra de Golfo de 1991 e 2003 e Kosovo em 1999. São exemplos de operações onde foram usadas armas sofisticadas como NAes. Guerra regional é algo provável devido à proximidade física. Conflitos no continente não exigem uma marinha oceânica devido ao acesso físico. Conflitos fora do continentes superioridade numérica ou local sendo necessário operar em coalizão para operar em terra.

Missão Marítima

Os tipos de missão marítima realizada por uma marinha como negação do mar, controle de área marítima ou projeção de poder são outras variáveis a serem consideradas no espectro de ameaça e merecem um maior detalhamento.

A MB é atualmente uma marinha de porte médio com capacidade oceânica limitada para realizar a defesa dos interessas nacionais no exterior. Durante a guerra fria a MB seguia uma doutrina de marinha de defesa de linhas de comunicações marítimas do Atlântico Sul. Era praticamente uma força de reserva não oficial da OTAN para o caso de um conflito OTAN versus Pacto de Varsóvia.

Criar uma marinha de projeção pode passar por uma doutrina de atuar em coalizão como fazem as marinhas da OTAN antes de chegar no caro patamar de uma marinha com capacidade de projeção independente. Esta opção pode ter um custo na capacidade de negação ou dissuasão que necessita de uma configuração de plataformas diferentes.

Um exemplo de marinha de negação é a Marinha Soviética nos anos 50 que usava submarinos nucleares de ataque e escoltas e lanchas rápidas armadas com mísseis antinavio. Estes meios eram apoiados por uma aviação baseada em terra de longo alcance. Esta marinha com capacidade de defesa distante do litoral e interdição marítima ainda é mantida. Os submarinos são a arma mestra para negação do mar. Cobrem as áreas que não podem ser cobertas pela aviação baseada em terra. Não tinham a mesma capacidade de mostrar bandeira ou controle de área marítima, mas permitia a defesa contra qualquer inimigo e até contra os EUA/OTAN. Na década de 60 a URSS passou a desenvolver uma marinha com capacidade de controle de área marítima, mas mesmo assim era para defender as áreas de operação dos seus submarinos de mísseis balísticos. As bases aéreas ao longo do vasto território fariam o papel dos NAes.

A capacidade de negação da MB está concentrada nos seus submarinos. É uma força extremamente capaz. Durante o conflito das Malvinas, os dois lados usaram submarinos para tentar conquistar superioridade local. Logo no inicio do conflito os britânicos anunciaram que dois submarinos nucleares estavam sendo deslocados de seu local de patrulha no Atlântico Sul para forçar o bloqueio naval ao redor das ilhas. A Marinha Argentina logo fugiu para o porto sendo que na verdade um submarino britânico estava no Atlântico Norte e outro estava voltando para base. O submarino HMS Conqueror fez a marinha voltar ao porto novamente após ter torpedeado o cruzador General Belgrano. Já o submarino argentino ARA San Luiz conseguiu acompanhar a esquadra britânica e atacá-la duas vezes sem sucesso devido a problemas com os seus torpedos. Os britânicos gastaram todas as suas armas anti-submarina, mas mesmo assim o ARA San Luiz não se sentiu ameaçado em momento algum.

A FAB tem capacidade potencial de reforçar a capacidade de projeção do país se os seus caças A-1M forem armados com mísseis antinavio. O alcance da aeronave é relativamente curto para cobrir o Atlântico Sul mesmo com apoio de aeronaves de reabastecimento em vôo. Uma aeronave de ataque de maior alcance seria necessária. Seriam apoiados pelo P-3AM para reconhecimento marítimo que também pode ser armado com mísseis antinavio para atacar alvos menos defendidos.

Exemplos atuais de marinha otimizada para negação são paises com pequena região costeira como Alemanha. A frota de aeronaves Tornado IDS armados com mísseis Kormoran, aeronaves de patrulha Atlantic e lanchas lança-mísseis é relativamente modesta mas concentram uma grande força em uma pequena região tornando-se relativamente poderosa. A MB tem que cobrir pelo menos todo o Atlântico Sul e suas forças ficam diluídas por uma grande área.

Logo após o ataque a Pearl Harbour a US Navy iniciou a ofensiva com seus submarinos fazendo bloqueio naval com minagem e interdição das rotas mercantes japonesas. A Alemanha fazia o mesmo no Atlântico Norte tentando cortar as rotas de suprimentos aliadas e quase obteve sucesso.

Os EUA mantém um esquadrão de B-52 capazes de disparar o míssil anti-navio Harpoon. Podem atuar apoiados por um NAe americano que fornece indicação de alvos, supressão de defesas, guerra eletrônica e escolta de caças. O paiol dos NAes ficam liberados para levar outras armas pois cada B-52 é capaz de levar 12 mísseis Harpoons. A Austrália deixou de operar NAes mas usa sua frota de AP-3, F/A-18A+ e F-111 armados com mísseis Harpoons e bombas guiadas a laser para negação marítima, além de seus submarinos. O Reino Unido sempre manteve uma frota de jatos de ataque marítimo na forma do Bucanner armado com o Martel e depois o Sea Eagle. Foram substituídos pelos Tornados IDS com o Sea Eagle e agora usam o Nimrod armados com o Harpoon. A Marinha Russa usa aeronaves Tu-22 apoiados por caças Su-27 e Mig-29. A Índia está equipada com os Jaguar armados com o Sea Eagle. A resposta Paquistanesa aos NAes indianos foi armar seus Mirage III com o AM-39 Exocet. O Japão cobre sua costa com os caças F-1 e F-2 armados com mísseis ASM-1. Taiwan também desenvolveu o caça IDF local armado com míssil antinavio local. A Tailândia operava caças A-7 Corsair II antes de operar um NAe com AV-8A Harrier. A África do Sul já operou aeronaves Buccaner com capacidade de ataque naval. O Iraque adquiriu caças Mirage F1 armados com Exocet para atacar alvos no Golfo Pérsico. Israel equipou seus F-4E Phantom II com mísseis Gabriel. A China usa o Tu-16 e está desenvolvendo o caça FB-7 para ataque marítimo. Também está recebendo caças Su-30MKK2 com capacidade antinavio.

Enfim, os países com aeronaves de ataque terrestre com capacidade antinavio é muito maior que os países que operam ou operaram NAes. Os países que operam NAes também mantém uma frota de aeronaves de ataque terrestre com capacidade antinavio. Um dos motivos óbvios é orçamentário pois a maioria dos países não tem condições de ter uma frota com capacidade de projeção baseada em NAes. Outra limitação pode ser o cenário em que esperam atuar como a Alemanha que espera ameaças em uma pequena área. A maioria dos países também não tem intenções ou capacidade de manter uma marinha para ação global e cobrem apenas as ameaças regionais.

A necessidade de defesa aérea embarcada para a esquadra quando opera em alto mar é óbvia e sempre é confirmada em exercícios. Esta observação tática não se sustenta com uma observação estratégica pois se baseia na premissa que todo conflito deve ser resolvido com uma Esquadra.

Uma marinha otimizada para Controle de Área Marítima (CAM) permite defesa regional como proteção do trafego marítimo ao invés de se otimizada para projeção. Um exemplo é a marinha britânica durante a Guerra Fria com os NAes da classe Invencible para proteger as rotas marítimas no Atlântico Norte no caso de conflito OTAN x Pacto de Varsóvia. Antes tinha capacidade de projeção com NAes de ataque para proteger suas colônias.

Na década de 70, a US Navy estudou o uso de uma fragata e um pequeno NAe para tarefas de baixa intensidade. A fragata se tornou a FFG-7 com mais de 50 navios da classe construídas. O projeto do NAe foi cancelado com o projeto sendo usado pela Espanha para construção do Príncipe de Astúrias. O substituto da FFG-7 será o Littoral Combat Ship (LCS). O LCS será uma embarcação rápida para operar no litoral e bem mais simples que a FFG-7 otimizada para operar em mar aberto. O custo será entre US$ 100-220 milhões cada. Terá configuração modular podendo ser adaptado para cada missão. A capacidade anti-submarina será direcionada para o litoral onde se tornou mais importante. Realizara contramedidas de minas no litoral, apoio de forças especiais, logística de alta velocidade, Operações de Interdição Marítima (MIO maritime interceptation operations), operações de vigilância, reconhecimento e inteligência e anti-terrorismo/proteção de força. Cada Carrier Strike Group (CSG) ou Expeditionary Strike Group (ex Anfibious Assalt Group) levará 2-3 LCS adaptados de acordo com o cenário. Os planos da US Navy de uma marinha do futuro para os próximos 30 anos prevê uma configuração de 260 a 325 navios. A configuração de 260 navios teria 10 NAes, 8 DD(X), 15 CG(X), 63 LCS, 37 submarinos da classe Virginia, 19 Sea Base e 14 navios pré-posicionados (MPF). A configuração de 325 navios teria 11 NAes, 12 DD(X), 18 CG(X), 82 LCS, 40 Virginia, 25 Sea Base e 20 MPF.

As ameaças enfrentadas durante as missões de CAM costumam ser contra vários paises devido ao comércio internacionalizado. Quem bloquear nossa costa está prejudicando os países importadores também e a maioria dos navios mercantes tem bandeira estrangeira. No caso da MB estar realizando bloqueio estaremos ameaçando vários paises.

A missão de CAM diminuiu de importância depois do fim da Guerra Fria devido ao fim da ameaça submarina soviética. Para se ter noção da diminuição da ameaça ASW depois do fim da Guerra Fria é só comprar as forças embarcadas em um NAe da US Navy antes e depois. Antes uma Ala Aérea Embarcada tinha 10 aeronaves S-3 Viking e seis helicópteros SH-3 ou SH-60B. Agora são apenas seis SH-3 para as missões ASW. Os S-3 Viking agora fazem guerra de superfície e reabastecimento em vôo. Futuramente, por volta de 2015, uma Ala Aérea Embarcada de um NAe da US Navy estará equipado com dez helicópteros multimissão MH60R/S. As 200 aeronaves de patrulha marítima P-3C Orion serão substituídos por cerca de 100 aeronaves do tipo P-8 Poseidon.

Uma marinha com capacidade de projeção de poder real depende da disponibilidade de NAes de ataque. Mísseis balísticos são outra opção, mas agora de menor prioridade com o fim da Guerra Fria. É uma marinha com uma configuração similar a uma marinha de controle de área marítima, mas com meios mais capazes e numerosos. A capacidade de projeção atual da MB depende dos canhões embarcados, Fuzileiros Navais, Comandos lançados de submarinos e dos caças AF-1. A FAB tem capacidade de projeção no continente sul americano com os caças A-1. No Vietnã a US Navy usou desde NAes com caças até lanchas torpedeiras para incursões de comandos SEALs, além de canhoneio naval contra a costa do Vietnã do Norte. O USMC apoiou com aviação baseada em terra.

Uma marinha de projeção capaz de atuar em todo o espectro de ameaça precisa impor uma capacidade de manter apoio aéreo 24 horas por dia, sem pausa e por longo tempo. O A-12 São Paulo com seus caças AF-1 tem capacidade de realizar missões de curto prazo intermitentes em cenários de baixa ameaça e incursões de média intensidade do tipo "hit and run".

Em um conflito de alta intensidade como o conflito de Kosovo a capacidade de projeção pode significar 300-500 saídas por dia. Seria necessário uma força embarcada de no mínimo 100 caças com cada aeronave realizando três saídas por dia, fora as reservas em terra. Considerando 50 caça em cada NAe será necessário um mínimo de três NAes operando continuamente sendo um fora da zona de combate reabastecendo e rearmando. Considerando uma reserva adicional de 1/3 seria necessário uma força de 4-5 NAes para manter a capacidade citada. Apenas os EUA tem esta capacidade e a OTAN opera em coalizão junto com a US Navy para ter esta capacidade.

Os números acima são bem otimistas pois um NAe britânico da classe Invencible será equipado com um esquadrão de 14 Harrier GR.9 na configuração de ataque após a retirada dos Sea Harrier em 2006. A capacidade será de um pico de 20 saídas por dia por curto período ou 10 saídas por dia em operações continuas. É bem menos que as três saídas por aeronave do exemplo acima. A Royal Navy usava 20-28 Sea Harrier contra a Argentina, mas tinham que ficar longe da costa e a Argentina não conseguiu concentrar força superior.

O NAe francês Charles de Gaulle foi projetado para ter uma capacidade de lançar até 100 saídas de combate por dia. O CVF britânico terá capacidade de realizar projeção de poder de média escala podendo gerar um pico de 108 saídas no primeiro dia (três saídas por aeronave), 72 saídas por dia nos próximos 10 dias e 36 saídas por dia nos próximos 20 dias ou um total de 360-396 saídas nos primeiros 5 dias contra 50-60 saídas dos três NAes da classe Invencible juntos.

A classe Nimitz faz 140-160 saídas por dia. O CVN-78 deve ter uma capacidade 15% a maior com pico de 220 saídas por dia em situações de alta demanda. O navio terá 18 locais de "pit stop" para acelerar o rearmamento e reabastecimento das aeronaves. O CVNX americano deverá ser capaz de lançar 140 saídas em 12 horas, mantida por 30 dias, ou 210 surtidas diárias mantidas por quatro a seis dias. Em 2010, uma Ala Aérea Embarcada da US Navy será capaz de gerar 215 saídas de combate por dia e atacar 1.080 pontos específicos a cada 24 horas. Uma ala aérea maior geraria muito mais missões de ataque em uma campanha pois o número de aeronaves em missões defensivas seria constante.

Uma notícia boa é que não é preciso tanto para cobrir a maioria das ameaças. Uma Ala Aérea de um NAe americano da Classe Nimitz é mais potente que 70% das forças aéreas do mundo. Dois NAes médios teriam a mesma capacidade.

Projeção de Força pode não estar de acordo com a Constituição que diz que as Forças Armadas só podem ser usadas para defesa, mas depois de atacado as Forças Armadas irão contra atacar e ai está a necessidade de forças ofensivas. O efeito de dissuasão destas forças ofensivas podem ser considerado uma capacidade defensiva.


CUSTOS

De forma simplificada, o que cria a distância entre o desejado e o possível é o orçamento disponível. Nos países do Primeiro Mundo é considerado um aumento de custos dos meios de 6% ao ano na compra de material militar. O custo de ciclo de vida de um navio inclui compra, operação e modernização. Cerca de 25% é para compra. Os gastos com a tripulação e operação chega a 67%. A modernização gasta cerca de 5%. Meios com vida longa dividem o custo de aquisição por vários anos.

Tomando como exemplo o projeto do CVN-76 da US Navy com uma vida útil de 50 anos, os custos totais serão de US$ 21,3 bilhões (dólar de 1998). Na realidade americana, os custos de pessoal será de 40% ou US$ 9,3 bilhões para 3.246 conscritos (US$ 51 mil por ano cada) em 50 anos e 160 oficiais (US$ 101 mil por ano cada).

A manutenção custa US$ 5,2 bilhões no total num ritmo operacional bem maior do que o da MB. O custo inicial é de US$ 4,3 bilhões. A modernização de meia vida custaria US$ 2 bilhões e os custos de retirada de serviço gira em torno de US$ 500 milhões. O programa CVX americano inclui o projeto do navio e planos para tripulação, reparos, modernização e sucateamento para diminuir os custos.

A marinha britânica usa seus navios por menos tempo e as fragatas Type 23 tem vida útil projetada para 18 anos. As fragatas antiaéreas Type 42 foram projetadas para uma vida útil de 22 anos, mas devem operar por mais de 30 anos devido a falta de substituto.
A atitude britânica parece absurda, mas tem muitas vantagens pois navios novos têm maior disponibilidade que os mais velhos, são mais baratos de operar, estão sempre projetados com os padrões mais atuais de furtividade, conforto, controle ambiental e propulsão e não ficam parados por muitos anos no estaleiro para modernizações. A indústria naval britânica também deve estar satisfeita com retorno em forma de empregos e pesquisa.

A divisão de custos do ciclo de vida fica diferente da citada. O custo de ciclo de vida comparado com uma unidade de vida útil maior, ou o dobro, consideraria a aquisição de dois navios (25% + 25%), custos operacionais bem mais baixos devidos aos sistemas novos, gastos com tripulantes progressivamente menores com uma tripulação menor na próxima classe, não há gasto com a modernização (8%) e há um retorno com a venda das unidades para outras marinhas (-10% x 2).

O conceito parece ser adequado ao Reino Unido que tem condições de projetar e produzir um navio de guerra completo o que não é o caso do Brasil que tem que comprar a grande maioria dos sistemas de armas caros e sofisticados no exterior. A MB acaba tendo que investir em compras de oportunidade devido ao pequeno orçamento e com pouco investimento na indústria nacional. A baixa disponibilidade acaba não sendo um problema pois o ritmo operacional da MB é bem menor que o dos países do Primeiro Mundo. O número de tripulantes também não chega a ser problema pois os salários são várias vezes menores e a disponibilidade de mão de obra é alta ao contrário dos países do Primeiro Mundo onde a preferência é por empregos no setor civil.
Custos x Capacidade

A capacidade de uma Marinha está relacionada diretamente com o investimento na obtenção de novos meios, além de outros setores como treinamento e manutenção.

O gráfico abaixo mostra esta relação, mas considerando a configuração de meios de uma marinha de acordo com a missão para a qual foi otimizada.

Imagem
Gráfico custo x capacidade.

Uma possível configuração mínima (limiar da linha vermelha) para a MB de acordo com as necessidades e possibilidades do pais pode ser:

- Marinha de Negação: 10 submarinos; 10 escoltas, 1 esquadrão de ataque naval, 1 esquadrão de patrulha marítima baseado em terra, 1 esquadrão de helicópteros embarcados leve. Os submarinos seriam necessários para cobrir pelo menos três áreas de patrulha no Atlântico Sul. Um submarino nuclear substituiria um número maior de submarinos convencionais por ser mais rápido para patrulha e deslocamento e ficar mais tempo na estação durante a missão. A MB estudava uma frota de 18 submarinos para fazer bloqueio contra países vizinhos durante a década de 70. As escoltas atuariam em cenários de baixa e média intensidade ou contra ameaças mais fracas. Uma marinha de negação precisa de pouco investimento em logística por usar portos e bases aéreas espalhados no litoral para cobrir ameaças vindas do norte, sul ou leste.

- Marinha de Controle de Área Marítima (CAM): 5 submarinos; 20 escoltas; 2 navios de controle de área marítima (NCAM); 1 esquadrão de caça embarcado; 2 esquadrões de patrulha marítima baseados em terra; 1 esquadrão de helicópteros embarcados leve, 1 esquadrão de helicópteros embarcados médio; 2 navios tanque. Os submarinos seriam usados pelo menos para treinamento. Os 2 NCAM tem um pequeno destacamento de caça embarcado e por isto só seria necessário um esquadrão de caça. As escoltas seriam para formar pelo menos dois grupos Tarefa (GT) sendo um com NCAM. As escoltas atuam em conjunto complementado funções e defesa mútua, além de redundância. Os submarinos operam de forma independente.

- Marinha de Projeção de Poder: 6 submarinos; 25 escoltas; 2 NAe de ataque médio; 2 esquadrões de caça embarcado; 1 esquadrão de patrulha marítima baseado em terra; 1 esquadrão de helicópteros embarcados leve, 1 esquadrão de helicópteros embarcados médio, 1 esquadrão de aeronaves de alerta aéreo antecipado; 3 navios-tanque; Forças anfíbias. As escoltas devem ser mais capazes que o de uma marinha otimizada para CAM.

Um exemplo de marinha de Projeção de Poder era a esquadra americana no Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial. Os grandes NAes e forças anfíbias eram usados para tomar ilhas para que os bombardeiros baseados em terra pudessem atacar o Japão a partir de bases aéreas nos locais conquistados. Os paises da OTAN estão mudando sua configuração para realizar Guerra Expedicionária.

As configurações citadas são arbitrárias e direcionadas para as realidades da MB. Um NAe de ataque médio ou NCAM pode ser considerado como capacidade mínima apesar de ser uma capacidade limitada. De acordo com a lei do 1/3, seria necessário três NAes para manter um em prontidão com os outros dois em treinamento ou manutenção mas sistemas logísticos modernos permitem usar apenas dois.

Uma marinha com capacidade mínima nas três áreas deveria ter o melhora de cada configuração: 10 submarinos; 25 escoltas; 2 NAes Ataque, 2 esquadrões de caças embarcados; 2 esquadrões de patrulha marítima baseado em terra; 3 navios tanque; e Forças anfíbias. Seria a configuração mais difícil de obter em relação ao orçamento. Todas as configurações tem um pouco da capacidade de cada uma. Um submarino armado com mísseis de cruzeiro e os NCAM podem fazer projeção de poder. Os NAes de Ataque podem fazer CAM sendo superdimensionados para a missão. As escoltas são o mínimo necessário para fazer CAM. Estudos da Marinha indicaram a necessidade de uma frota de 18 submarinos para relizar bloqueio e 28 escoltas como sendo a configuração ideal de meios.

O gráfico acima mostra que uma marinha de negação é mais fácil de obter que uma de CAM, e uma de CAM mais fácil que uma de projeção. O custo operacional de uma aeronave de caça embarcada pode ser até 10 vezes mais caro que uma aeronave operando em bases terrestres considerando também os custos dos navios do GT em relação à base em terra. Os meios para operar em cenários de baixa intensidade não estão mostrados no gráfico sendo formado pelas forças distritais e fluviais.

A linha azul do gráfico equivaleria ao investimento da MB em aquisição de novos meios. Se a MB pretende criar uma marinha de projeção ela deve estar no ponto 1. A capacidade é quase mínima com o A-12 São Paulo e os caças AF-1 servindo mais para treinamento. O ponto 2 equivale a uma MB de CAM continuando a configuração da época da Guerra Fria. O ponto 3 equivale a uma marinha de Negação, mas os meios atuais não são adequados a não ser os submarinos. Com a FAB equipando seus caças A-1M e P-3AM com mísseis anti-navio seria possível chegar próximo ao limiar sem muita dificuldade. A otimização em capacidade uma pode significar perda na outra.

Concluindo, uma marinha otimizada para Negação é menos capaz para controle de área marítima (CAM) e menos ainda para Projeção de Poder. Para ter a mesma eficiência para criar uma marinha otimizada para CAM é necessário um investimento bem maior. Como exemplo teríamos um país ameaçado de invasão que conta para defesa (negação) todas as suas forças armadas, mais reservas e forças auxiliares. O país invasor tem que montar uma força superior com uma cauda logística bem maior. Investindo em armas nucleares pode ser possível dissuadir qualquer país. Na defensiva praticamente todas as forças estão disponíveis enquanto na ofensiva (projeção ou CAM) apenas uma parte da força está ativa e a outra está em treinamento, reserva ou manutenção.




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Re: Tese contrastante e tese do desenvolvimento dual

#3 Mensagem por Marino » Sáb Ago 02, 2008 1:16 pm

Caro G-Loc
Esta dúvida já está superada no próprio governo.
Tanto o Nelson Jobin quanto o Mangabeira já conseguem debater, e melhor, entender a "linguagem" naval de maneira distinta da qual pensavam no início do processo.
Em um dos tópicos nas aéreas, existe uma reportagem da qual chamei atenção, publicada muito antes do artigo na revista Interesse Nacional, que trazia basicamente o mesmo texto agora publicado. Simplesmente o texto é repetido.
A situação é a seguinte:
- A própria MB priorizou seu programa de submarinos, considerado vital na atual situação geopolítica que vivemos;
- O governo concorda com tal priorização, que demandará mais recursos que para os outros programas;
- O governo entende que a capacidade de Controle do Mar e de Projeção de Poder deve ser mantida, e serão contempladas com recursos a medida que o programa de submarinos caminhar. Uma prova é a autorização para a aquisição dos 2 anfíbios na Ingaterra;
- Outra prova disso é a revisão do PEM, determinado pelo próprio governo, determinando que a MB apresentasse os reais nºs de meios necessários, e não o mínimo para continuar vivendo, como sempre fez em época de vacas magras.
Efetivamente, o anúncio dos 50 NPa que serão construídos, e não mais 12, mostram o que estou dizendo.
As coisas mudaram, as cabeças "pensantes" começaram a pensar, e a entender as diferenças de conceitos, de estratégias, de utilização de uma Marinha de Guerra.
EU espero boas novidades, vamos ver depois de setembro, talvez em dezembro.
Espero não estar equivocado.
Um abraço




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: Tese contrastante e tese do desenvolvimento dual

#4 Mensagem por joao fernando » Sáb Ago 02, 2008 2:15 pm

Marino, esse anfibio se trata do que??? Sei que a MB tem um blindado de desemarque, onde acho mais sobre eles e o modo que eles operam?




Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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Re: Tese contrastante e tese do desenvolvimento dual

#5 Mensagem por Marino » Sáb Ago 02, 2008 2:31 pm

joao fernando escreveu:Marino, esse anfibio se trata do que??? Sei que a MB tem um blindado de desemarque, onde acho mais sobre eles e o modo que eles operam?
São os 2 NDCC que a MB adquiriu na Inglaterra, os ex- Sir Galahad e Sir Bedivere.
O primeiro já está no Brasil, incorporado como Garcia d'Ávila.
O segundo ainda não foi incorporado e não possui nome brasileiro.
Veja, ainda no âmago da discussão, que a MB formou a mais impressionante Força Anfíbia da AS:
NDD Ceará;
NDD Rio de Janeiro;
NDCC Matoso Maia;
NDCC Garcia d'Ávila;
Sir Bedivere (não incorporado); e
-NTrT Ary Parreiras (que deve ser dado de baixa).
Note ainda as "notícias" de possível compras nos EUA.
Isto é prova inconteste da intenção do governo em manter uma capacidade de projeção na MB.
As notícias dos escoltas de 6000 ton também mostram a intenção de manter a capacidade de Controle de Área Marítima.
A prioridade serão os submarinos, mas as outras Tarefas Básicas receberão prioridade no momento certo.




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Re: Tese contrastante e tese do desenvolvimento dual

#6 Mensagem por joao fernando » Sáb Ago 02, 2008 2:36 pm

Bem, pelo que entendi acima (como leigo...) os subs são realmente o top do top para neutralizar todos os outros meios navais. Então estão no topo dos desejos da MB. Já um PA, fica em ultimo, pois representa outro tipo de pensamento. No noso caso, o NA12 representa um ganho ou um desperdicio de dinheiro puro?




Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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Re: Tese contrastante e tese do desenvolvimento dual

#7 Mensagem por Marino » Sáb Ago 02, 2008 5:15 pm

joao fernando escreveu:Bem, pelo que entendi acima (como leigo...) os subs são realmente o top do top para neutralizar todos os outros meios navais. Então estão no topo dos desejos da MB. Já um PA, fica em ultimo, pois representa outro tipo de pensamento. No noso caso, o NA12 representa um ganho ou um desperdicio de dinheiro puro?
Nada de radicalismos João.
Sugiro vc dar uma lida no tópico Estratégia Naval para compreender as 4 Tarefas Básicas de uma marinha, e os meios capazes de exercê-las.
Há coisas que um sub é incapaz de fazer, e outras que um PA não pode.
Se não compreender, voltamos a falar.
Um abração.




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Re: Tese contrastante e tese do desenvolvimento dual

#8 Mensagem por orestespf » Dom Ago 03, 2008 2:57 pm

Olá Fábio (G-LOC),

estou atolado de trabalho, por isso postando pouco no DB, mas o agradeço por ter aceito uma sugestão minha. Vou começar a postar em breve e espero contribuir de alguma forma com o debate neste tópico.


Grande abraço,

Orestes




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Re: Tese contrastante e tese do desenvolvimento dual

#9 Mensagem por Al Zarqawi » Dom Ago 03, 2008 11:51 pm

Deveríamos propor alguns foristas,sem especificação à Ordem da Jarreteira.A Ordem agradeceria...




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Re: Tese contrastante e tese do desenvolvimento dual

#10 Mensagem por orestespf » Seg Ago 04, 2008 12:10 am

zocuni escreveu:Deveríamos propor alguns foristas,sem especificação à Ordem da Jarreteira.A Ordem agradeceria...
Zocuni amigo... Tem certeza??? Quis realmente dizer "Jarreteira"? rsrs


Forte abraço,

Orestes




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Re: Tese contrastante e tese do desenvolvimento dual

#11 Mensagem por Al Zarqawi » Seg Ago 04, 2008 12:23 am

Tudo bem,amigo Orestes

Se tiver alguma mais apropriada?A observação não foi direcionada para ninguém em específico,só pelo conjunto da obra.
Pensando melhor a Ordem da Jarreteira,é de um Reino europeu,não de uma Federação sul-americana,um é monárquico outro presidencialista,realmente a comparação não foi das melhores.Proponho então a Ordem do Vaso.Aliás poderíamos eleger seu primeiro confrade.

Abraços,




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Re: Tese contrastante e tese do desenvolvimento dual

#12 Mensagem por Bender » Seg Ago 04, 2008 10:24 am

Muito bom o texto G-Loc, mas ao que parece,pela entrevista do M.Unger na T&D o caminho já está definido como o Marino colocou acima. Eu não estou com a revista em mãos,mas ele afirma na entrevista claramente.
Por sinal é o caminho que eu acho mais natural a ser seguido dada a situação atual da força.

Abraços.




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Re: Tese contrastante e tese do desenvolvimento dual

#13 Mensagem por WalterGaudério » Qua Ago 06, 2008 12:53 pm

Marino escreveu:
joao fernando escreveu:Marino, esse anfibio se trata do que??? Sei que a MB tem um blindado de desemarque, onde acho mais sobre eles e o modo que eles operam?
São os 2 NDCC que a MB adquiriu na Inglaterra, os ex- Sir Galahad e Sir Bedivere.
O primeiro já está no Brasil, incorporado como Garcia d'Ávila.
O segundo ainda não foi incorporado e não possui nome brasileiro.
Veja, ainda no âmago da discussão, que a MB formou a mais impressionante Força Anfíbia da AS:
NDD Ceará;
NDD Rio de Janeiro;
NDCC Matoso Maia;
NDCC Garcia d'Ávila;
Sir Bedivere (não incorporado); e
-NTrT Ary Parreiras (que deve ser dado de baixa).
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Isto é prova inconteste da intenção do governo em manter uma capacidade de projeção na MB.
As notícias dos escoltas de 6000 ton também mostram a intenção de manter a capacidade de Controle de Área Marítima.
A prioridade serão os submarinos, mas as outras Tarefas Básicas receberão prioridade no momento certo.
Pois é comandante, o Arizão deve dar baixa , mas já tem substituto à vista. É o NTrAp que deve sair do papel mesmo.

Por formação e experiência, preferiria alguma ênfase na força de submarinos..., mas a MB vai sde frota equilibrada mesmo, e tem que ser assim.

Algo que facilitaria sobremaneira a tarefa da MB , no que diz respeito a uma qrquitetura de frota dual, seria o fim da limitação à operação de aeronaves de asa fixa em terra, incluindo UAVs tipo MALE principalmente, ou até mesmo HILE/HILR-High Altitude-long Endurance/Long Range.

O 7o. Grupo de aviação podceria ser transferido para a MB que a converteria em uma unidade de aquisição de informações com UAvs. Talvez um assunto para outro tópico.




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


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Os Imbecis FINANCIAM...
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