Avibras dispensa 350 funcionários

[pafuncio]

Mas a recuperação judicial não permitiria o acesso ao financiamento do BNDES ?

Pelo que estou sabendo o pacote de financiamento do BNDES já saiu para a AVIBRAS . Uma das condições éra que a Cia adotasse um novo modelo de gestão mais eficiente. A recuperação Judicial faz parte do trato. Mas isso ainda precisa de 3 semanas para se resolver.

Foi o que eu li no Valor Econômico. Seria uma área sensível a ser privilegiada na Nova Política Industrial. Como sempre, o problema estaria na implementação do plano ...

[Marino]

Isto É Dinheiro:

A maior batalha da Avibras

Fabricante de equipamentos de defesa entra em recuperação judicial. Como sairá dessa?

RICARDO OSMAN


A AVIBRAS AEROESPACIAL, fabricante de equipamentos de defesa, entre estes os sistemas de alta tecnologia de lançamento de foguetes, sofreu um duro golpe em janeiro deste ano: o helicóptero no qual viajavam seu fundador e presidente, João Verdi de Carvalho Leite, e sua mulher, Sônia, desapareceu sobre o mar depois de decolar de Angra dos Reis, no litoral fluminense, para São José dos Campos, sede da companhia. Equipes de resgate não encontraram os corpos até hoje. Sem seu principal comandante, a Avibras, que já enfrentava turbulência, não teve fôlego para vencer dificuldades. E, na segunda-feira 14, reconheceu a gravidade do golpe: a empresa entrou com pedido de recuperação judicial para tentar sobreviver a dívidas que chegam a R$ 500 milhões com a União, o Banco do Brasil, a Previdência, fornecedores e uma firma de comércio exterior. Na ocasião, anunciou a demissão de 350 funcionários, um terço do total. A empresa enfrenta, agora, sua mais dura batalha.

Para especialistas, a crise da Avibras decorre de um modelo de negócio com extrema dependência do governo federal, que é seu cliente e também é quem autoriza ou não vendas para o Exterior. No final dos anos 80, a Avibras enfrentou problemas e pediu concordata, mas seu fundador soube aproveitar a Guerra do Golfo, em 1991, para recuperar as vendas. "A empresa está pagando o preço pela ausência de um projeto de defesa nacional", diz Salvador Raza, diretor do Centro de Tecnologia, Relações Internacionais e Segurança (Cetris), instituto especializado no assunto. Em sua avaliação, o País precisa saber o que quer de empresas como a Avibras, considerada estratégica. "É preciso modernizá- la, torná-la competitiva e transparente. É necessário elaborar um projeto de força que orientará a indústria e definir as regras da relação com o governo", diz Raza. "Sem isso, a empresa corre o risco de fechar as portas. Neste caso, o País vai pagar um preço no futuro em segurança e atraso tecnológico." Outras empresas que vendem equipamentos de defesa, como a Embraer e a Helibras, conseguiram diversificar o portfólio e não dependem tanto do setor bélico. Mas há uma luz no fim do túnel para a Avibras: dia 7 de setembro será lançado em Brasília o Plano Estratégico de Defesa Nacional. Um dos pontos mais importantes é a criação de uma indústria de defesa nacional, com incentivos à produção de armamentos no País. Quem sabe não vem daí munição para a Avibras vencer sua maior batalha.

Colaborou Denize Bacoccina

[deschamps]

a coisa não muda mesmo...
lembro de ler a muitos anos atrás que a Avibras estava quase fechando.
a novela continua.

[Túlio]

É, a novela continua, mas agora com novo título: Esperando Setembro...

[Marino]

Burocracia impede exportação da Avibras para a Malásia

Júlio Ottoboni

São José dos Campos (SP), 24 de Julho de 2008 - A poucas semanas do anúncio do PAC da indústria de defesa, emerge no governo federal a contradição entre o discurso de reativação do pólo bélico e as ações neste sentido. A burocracia do Ministério da Fazenda impede há 10 meses a concretização de um contrato externo de venda, no valor de US$ 320 milhões, fechado com o governo da Malásia pela principal empresa bélica do País, a Avibras Indústria Aeroespacial, de São José dos Campos. A empresa necessita do aval de exportação, aguardado desde setembro do ano passado e que normalmente é emitido em duas semanas.

As conseqüências eclodiram nos últimos dez dias, quando a Avibras dispensou 350 dos seus empregados e ingressou na Justiça com pedido de recuperação judicial. Com um passivo na faixa de R$ 500 milhões, 70% de sua dívida foi contraída junto ao governo federal – entre os credores estão a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Banco do Brasil. A solução encontrada pelo conselho da companhia será ofertar à União uma parcela no controle acionário, já que ela é considerada estratégica para o País.

Além de impedir a negociação, a burocracia ministerial criou um mal estar entre a equipe de Guido Mantega e os ministros que endossam a negociação, como o da Defesa, Nelson Jobim, do Desenvolvimento, Miguel Jorge, e de Relações Exteriores, Celso Amorim. Para completar o cenário, o governo da Malásia, que é cliente do pólo produtor de material de defesa brasileiro, cobra explicações do Brasil sobre a demora e os seus motivos reais. O Itamaraty teve de intervir por duas vezes nos últimos meses na tentativa de contornar a situação.

Segundo o presidente da Avibras, Sami Hassuani, a venda fechada em agosto de 2007 seguiu os trâmites burocráticos e inexistem entraves que impeçam a concretização do acordo. Sequer houve pedido de empréstimo junto às instituições financeiras estatais e o Ministério da Fazenda teve ainda como garantia as patentes tecnológicas e ações da companhia, fornecidas como segurança para obter o aval do Tesouro Nacional. "O que nós pedimos é o que qualquer contrato de exportação precisa, ou seja, das garantias de performance e de adiantamento de contrato. Demos como garantia um patrimônio que vale seis vezes mais que o risco, não há uma explicação lógica para essa demora. A todo momento falam sobre a liberação e nada acontece, não só a credibilidade, mas a própria empresa está em risco."

Na tentativa de assegurar o contrato e calçada nas seguidas promessas de liberação do governo, a Avibras resolveu antecipar a produção dos conjuntos do Sistema Astros 2, formados por viaturas blindadas e foguetes, e assim ocupar sua mão-de-obra parcialmente ociosa. A empresa acabou por bancar os custos, comprou material e produziu todo o primeiro lote da encomenda. "Agora sequer temos condições de implementar um outro contrato. Estou com o material pronto no pátio e não posso embarcar. Queremos apenas o aval do governo para exportar, não estamos pedindo dinheiro."

A Avibras tem 46 anos de existência e na década de 70 foi, junto com a Engesa, a maior exportadora brasileira. Entre seus clientes estavam o Iraque, Arábia Saudita, Malásia, o Exército brasileiro e alguns países africanos. Com o fim da guerra Irã-Iraque e a dissolução da União Soviética, o setor entrou em crise e atingiu em cheio as indústrias bélicas brasileiras.
(Gazeta Mercantil/Caderno A )

[jauro]

Malditos burocratas do MF.

[Gerson Victorio]

Esta administração federal está conseguindo jogar o restinho de reputação que ainda temos em industria de defesa no lixo...deve estar faltando o "arrego"!!!.


Gerson

[Túlio]

Não dá mesmo para entender esse samba do crioulo doido em que está virado este (des)governo, no discurso são todos pró-Indústria de Defesa, na prática, entravam de tudo quanto é jeito. É sodas, vamos acabar comprando foguetes para o Astros de alguma empresa estrangeira (pior, vamos contratar o desenvolvimento de um sistema equivalente), como no caso dos Urutus, que poderiam muito que bem estarem sendo desenvolvidos por empresa Nacional...

[thelmo rodrigues]

Sindicato quer ajuda do governo para a Avibras


Júlio Ottoboni


São José dos Campos (SP), 25 de Julho de 2008 - A direção do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos contatou o senador Aloísio Mercadante (PT-SP) para interceder junto ao governo federal pela liberação do contrato de exportação da Avibras Indústria Aeroespacial para a Malásia. Conforme a Gazeta Mercantil antecipou ontem, a Avibras aguarda há 10 meses o aval do Ministério da Fazenda para efetuar uma venda de material bélico, no valor de US$ 320 milhões, que vai equipar o Exército malaio. Também ingressaram no circuito as prefeituras de São José dos Campos e Jacareí, onde a companhia possui unidades fabris.

O diretor do sindicato, Ivan Trevisan, espera que Mercadante apresente nas próximas horas algumas explicações por parte do governo que possam ser repassadas aos 600 trabalhadores da Avibras, além dos 350 recém-demitidos. Uma das possibilidades, aventada inclusive pelo conselho administrativo da empresa, é transferir parte do controle acionário à União, como maneira de garantir a sobrevivência da maior produtora de material de defesa do Brasil e uma das maiores da América Latina. "Queremos ter essa discussão com o governo federal sobre a possibilidade da estatização ou da transformação da Avibras numa companhia de capital misto. Esse é o momento de encontrarmos uma solução para o problema, já que o Ministério da Defesa entende e afirma que a empresa é estratégica para a soberania brasileira", destacou o dirigente sindical.

Os funcionários da companhia informaram os dirigentes sindicais que nos últimos dias estiveram na sede da empresa comissões do Exército e da Marinha brasileira, além de uma equipe do governo da França, que estaria interessada na aquisição de propelente sólido, substância utilizada no motor de foguetes e uma das especialidades da Avibras.

Os prefeitos de São José, Eduardo Cury, e de Jacareí, Marco Aurélio de Souza, se mobilizaram na defesa da Avibras. Entre os contatos feitos nas últimas horas estão deputados da região, como o engenheiro do ITA e servidor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Emanuel Fernandes, e membros da comissão de defesa do Congresso Nacional.

"A Avibras está com 70% dos produtos da Malásia prontos, sem o contrato vai ser inevitável a quebradeira no setor. O governo federal não está sendo nada claro neste processo. Nós vamos procurar os integrantes da Comissão de Defesa e o Ministério da Fazenda. Alguém terá de explicar o que realmente está ocorrendo", afirmou Trevisan.
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 6)

[eligioep]

Acho que alguém está querendo levar o $eu nesta história.....

[faterra]

Qual é a desculpa do MF para esta demora?

[Moccelin]

Cara, ta foda, o mercado já está difícil, aí entra o Ministério da Fazenda pra encher o saco!!! Pô, já foi altorizado pelos dois que são mais diretamente ligados (Defesa e Relações Exteriores)!!!

Vai entender...

[dbotura]

Como sempre o "desgoverno" central do país vai acabar fazendo das suas, ja comentei em outro tópico que deveríamos viabilizar o desevolvimento do A-300 e ja fazermos uma encomenda inicial, alem de comprarmos mais ASTROS II para montarmos outras baterias,pelo menos uma por região do pais, paisinho quebrado e o filho do lula comprando fazendo que nem mato..........tamo f...................BRASIL ACIMA DE TUDO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

[WalterGaudério]

Acho que alguém está querendo levar o $eu nesta história.....

Tem boi na linha. A História passa por um embate pessoal entre a Prefeitura de S J dos campos(mais especificamente na camapanha eleitoral do PT/PSB) e o QI do BNDS. Isso mesmo estão brincado pecom a indústria de defesa nacional em função da influência política no Vale do Paraíba. Os Jornalistas provavelmente de um jornal da capital paulista irão publicar uma reportagem à respeito.

[eligioep]

Seria triste vermos mais uma fábrica de equipamentos bélicos ir à falência por causa de questões políticas.....