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Mensagem
por Oziris » Qui Jul 24, 2008 2:45 pm
O Governo Bush tem hoje como pior problema o déficit orçamentário, que fechou em US$ 400 bilhões em 2003, em US$ 412 bilhões em 2004 (sempre encerrado em 31 de setembro) e US$ 319 bilhões em 2005.
O próprio FED previa que este perigoso déficit estaria acima de US$ 423 bilhões em 2006, podendo até atingir US$ 500 bilhões, ou 4 % do PIB de US$ 12,310 trilhões. Curiosamente, este foi também o valor do orçamento militar americano de 2006, fosse por coincidência ou bem a propósito.
Os déficits orçamentários sucessivos alimentam uma dívida pública externa que, ao final de 2006 já se aproximou da impressionante quantia de US$ 9 trilhões. Veja o valor de hoje.
Em 2005, a dívida pública remontava a US$ 7, 9 bilhões, representando 64 % do PIB americano. Somente no ano fiscal de 2005, foram pagos pelo governo americano US$ 352 bilhões de juros aos detentores dos títulos dessa dívida espalhados pelo mundo e sempre assustados com o presente e o futuro da economia americana.
E em fevereiro de 2006, foi ressuscitado o bônus para 30 anos, um título de referência em todo o mundo, que os EUA pararam de emitir em 2001, último ano do Governo Clinton, uma época em que o País apresentava superávits orçamentários anuais. Tal emissão, a maior de um bônus para 30 anos desde sua criação em 1977, foi de US$ 14 bilhões, a uma rentabilidade anual de 4,53%.
O nível recorde de gastos do governo americano em fevereiro de 2006 inflou o déficit orçamentário dos EUA, que chegou ao novo recorde para um resultado mensal de US$ 119,2 bilhões.
O orçamento acumulado no ano fiscal de 2006, iniciado em outubro de 2005, era de US$ 239,3 bilhões negativos até o mês de julho, o qual teve déficit de apenas US$ 33,2 bilhões. Em junho, houve um saldo positivo de US$ 20,5 bilhões. Isso remete a uma pequena melhoria da situação, podendo somente repetir-se os números de 2005.
DÉFICIT COMERCIAL (TRADE)
Outro alerta vital são os sempre crescentes déficits comerciais mais altos da história, como o registrado em maio de 2004, de US$ 46,9 bilhões. Só com tal notícia, o EURO subiu para US$ 1,19 naquele mês.
Em junho de 2004, o déficit comercial saltou para US$ 56,8 bilhões em um único mês e o Euro já tinha ultrapassado US$ 1,23. Suas compras mensais ficaram em US$ 148,6 bilhões, o maior nível desde novembro de 2002. As exportações caíram para fortemente para US$ 92,8 bilhões, menor nível desde setembro de 2001.
Antes disso, dizia-se que se os EUA não contivessem suas importações, deveria chegar a compras mensais de US$ 150 bilhões e vendas de apenas US$ 100 bilhões, com um déficit comercial anualizado em insustentáveis US$ 600 bilhões.
Pois bem, segundo o Departamento de Comércio, o déficit comercial dos EUA em 2004 foi de US$ 617,6 bilhões (5,3 % do PIB), bem acima do resultado também recorde de 2003, que chegou a US$ 496,5 bilhões (4,6 % do PIB). Até outubro de 2004, o déficit fora de U$ 500,5 bilhões, já superando o de todo o ano anterior.
O resultado foi ainda pior em 2005, pois o déficit comercial anual fechado em setembro (ano fiscal) foi de US$ 707,4 bilhões (+ 15 %).
De janeiro a dezembro de 2005, o déficit comercial americano foi de US$ 723,6 bilhões (mais 17,1 % que em 2004). As importações subiram 12,9 %, para o total recorde de US$ 2 trilhões, ofuscado o crescimento de 5,7 % na exportações, que ficaram em US$ 1,27 trilhão.
No primeiro semestre de 2006, os EUA acumularam um déficit comercial de US$ 383,9 bilhões, que é 12,8 % maior que o de US$ 340,2 bilhões do mesmo período do ano anterior. O déficit de junho foi de US$ 64,8 bilhões, com importações recordes de US$ 185,5 bilhões e exportações maiores de US$ 120,7 bilhões.
O recorde de déficit ocorreu em agosto de 2006, com US$ 68,5 bilhões. Já em outubro, o déficit caíra para US$ 58,87 bilhões, abaixo ainda do de US$ 64,26 bilhões de setembro. Ainda em outubro, as importações recuavam 2,7 %, para US$ 182,49 bilhões, enquanto as exportações cresciam 0,2 %, para US$ 123,63 bilhões.
Como tal queda deveu-se a uma conjuntural redução nas cotações do petróleo, o quadro ainda indica fortemente que uma grande crise está para explodir, talvez em 2008. Ao longo de 2007, os déficits mensais continuaram em um patamar próximo a US$ 60 bilhões. Em 2008, ano da grande crise e enorme queda do Dólar, pouco do déficit vem mudando.
BY DefesaBR.
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Si vis pacem, para bellum.
"Não sei com que armas a III Guerra Mundial será lutada. Mas a IV Guerra Mundial será lutada com paus e pedras."
Albert Einstein