Tirando leite de pedra....
CTEx entrega MAGE1 NÃO-COM V2 e MPGE para o CIGE
No período de 23 a 25 de abril de 2008, integrantes do Grupo de Guerra Eletrônica (GGE)/CTEx participaram do VIII Simpósio de Guerra Eletrônica, no CIGE, em Brasília-DF, cujo principal objetivo foi a disseminação do conhecimento de Guerra Eletrônica no âmbito da Força Terrestre.
Naquela oportunidade, foi realizada a entrega para o CIGE dos seguintes equipamentos, cuja pesquisa, desenvolvimento e produção foram concluídos recentemente no CTEx:
— Simulador de Medidas de Apoio à Guerra Eletrônica
de Não-Comunicações Versão 2 (Simulador MAGE
NÃO-COM V2); e
— Módulo Portátil de Guerra Eletrônica (MPGE).
O Simulador MAGE NÃO-COM V2 é o aperfeiçoamento do Simulador MAGE NÃO-COM V1. Este encontra-se em uso desde 2004 e trata-se de programa computacional que permite ao CIGE ministrar o treinamento na operação de receptores MAGE, na identificação e na análise das emissões de radar. A versão 2 agrega novas funcionalidades, com destaque para a ampliação do número de varreduras para radar.
A utilização do Simulador MAGE NÃO-COM em conjunto com o Módulo de Ensino de Guerra Eletrônica (MEGE) - também pesquisado, desenvolvido e produzido pelo CTEx, e entregue ao CIGE em 2003 – permite àquele estabelecimento de ensino maior independência em relação a produtos estrangeiros na formação de recursos
humanos na área de Guerra Eletrônica.
O MPGE permite realizar as ações de busca, interceptação, monitoração, registro e localização de ondas eletromagnéticas no campo das comunicações nas faixas de VHF e UHF – conjunto de atividades a que se convencionou dar o nome de Medidas de Apoio à Guerra Eletrônica (MAGE). O sistema é composto de uma maleta que acondiciona um computador portátil, dois receptores de monitoração e um GPS. O sistema também admite a integração de um receptor de busca com maior desempenho (externo à maleta) que permite a determinação da direção de emissões eletromagnéticas.
A utilização do MPGE tem inequívoco impacto nas atividades operacionais de Guerra Eletrônica da Força Terrestre,pois sua portabilidade permite a realização de atividades de MAGE por qualquer tropa que necessite deslocar-se para distintos pontos do território nacional. Ademais, possui emprego dual, podendo ser utilizado pela Polícia Federal, Polícias Estaduais e Agência Nacional de Telecomunicações.
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1 MAGE – é o ramo da Guerra Eletrônica, de natureza passiva, que visa tirar proveito das emissões eletromagnéticas provenientes de equipamentos
utilizados para o trânsito de dados e voz (MAGE COM) e para a produção de informações, como as provenientes de radares (MAGE NÃO-COM).
Seminário sobre Requisitos de Míssil Antiaéreo
Em 10 de março de 2008, foi realizado no CTEx um seminário com objetivo de analisar e aperfeiçoar os Requisitos Técnicos Básicos (RTB) do Sistema Míssil Antiaéreo de Baixa Altura. Participaram do evento integrantes do CTEx, OM organizadora do evento, do Cmdo 11a Bda Inf L, do CAEx, da EsACosAAe, do 1o GAAe e da empresa Mectron. O desenvolvimento de um armamento com características multidisciplinares e que se encontra entre as mais altas prioridades do Exército Brasileiro confere ao tema elevada importância e torna imperativo que os requisitos sejam debatidos entre representantes dos segmentos envolvidos nas
diversas fases do ciclo de vida do material – o que envolve pessoal das áreas técnica, operacional e de avaliação.
O seminário permitiu que conhecimentos e experiências fundamentais fossem agregados ao conjunto de requisitos desse sistema cuja capacitação na pesquisa, desenvolvimento e produção autóctones terá grande reflexo na operacionalidade da Força Terrestre.
Testes finais de desenvolvimento da Arma Leve Anticarro – ALAC
Em 6 e 8 de maio de 2008, uma equipe do Grupo de Armamento e Munição (GAM) do CTEx realizou a primeira etapa dos testes finais de desenvolvimento da Arma Leve Anticarro (ALAC) na Linha I do Centro de Avaliações do Exército (CAEx). Esses testes tiveram o objetivo de verificar o desempenho e o impulso de recuo da arma com a utilização do novo lote de propelente BD-617 fabricado pela IMBEL. Os testes consistiram de cinco disparos em estativa específica para a medição de recuo da ALAC, cujos resultados permitiram avaliar o comportamento da arma no momento de seu funcionamento.
Em 15 de maio de 2008, finalizando os testes de desenvolvimento da ALAC, a equipe do projeto realizou uma série de disparos, em situação real de emprego, com o objetivo de verificar o desempenho da arma no ombro do atirador, de forma comparativa com o desempenho de armamento semelhante de origem importada, atualmente em uso pelo Exército Brasileiro (EB).
Estiveram presentes neste evento o Chefe do CTEx, acompanhado do Chefe do CAEx, o Gerente do GAM, o
Gerente do Projeto ALAC e integrantes da GAM/CTEx e da Seção de Avaliações do CAEx.
Os disparos foram realizados pelo Cap Luiz, gerente do projeto ALAC, pelo Ten Degethoff e Cb Tavares, todos integrantes do GAM/CTEx. Os testes consistiram de seis disparos em situação real de emprego, sendo que cada atirador realizou um disparo com o armamento de origem importada (AT4) seguido de um disparo da ALAC, permitindo assim uma avaliação comparativa sobre o desempenho de ambos os armamentos. No final da missão de tiro, foi verificado o excelente desempenho da ALAC, possibilitando que o armamento seja disponibilizado ao CAEx para o término da Avaliação Técnica e Operacional, prevista para o mês de junho de 2008.
Cooperação de Instrução com a EsACosAAe
Em 26 de março de 2008, oficiais-alunos da EsACosAAe compareceram ao CTEx para o atendimento do Pedido de Cooperação de Instrução (PCI) programado para corrente ano. Essa atividade teve o objetivo de apresentar os projetos de pesquisa e desenvolvimento conduzidos pela Divisão de Tecnologia da Informação (DTI)/CTEx.
O programa do PCI incluiu a apresentação de duas palestras atinentes a aspectos técnicos e operacionais dos seguintes Materiais de Emprego Militar (MEM) em desenvolvimento na DTI/CTEx: Radares SABER M60 e SABER M200 e Sistemas de Guerra Eletrônica.
Após o ciclo de palestras, ocorreram demonstrações do emprego dos seguintes MEM, pertencentes a áreas de concentração em que o CTEx se encontra na vanguarda tecnológica do Brasil: Radar SABER M60, Simulador de Não-Comunicações e Módulo de Ensino de Guerra Eletrônica.
Os oficiais-alunos da EsACosAAe completaram a jornada de instrução conhecendo o Centro de Operações Antiaéreas (COAAe) do Radar SABER M60, o Laboratório de Medidas Eletromagnéticas e o Laboratório de Desenvolvimento de Sistemas de Comando e Controle.
Cooperação entre o CTEx e a Eletronuclear
Em 27 de maio de 2008, o presidente da Eletronuclear – Eletrobrás Termonuclear S.A. – Vice-Almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, esteve no CTEx para conhecer projetos e atividades passíveis de cooperação entre aquela empresa e o CTEx.
Na ocasião, foram apresentados à comitiva da Eletronuclear o programa de radares do Exército Brasileiro, os projetos do Núcleo de Competência em Desenvolvimento de Tecnologia de Carbono e as atividades desenvolvidas pela Divisão de Defesa Química, Biológica e Nuclear (DDQBN) do CTEx. No programa de desenvolvimento de radares, identificou-se uma possível oportunidade de parceria, visando dotar instalações críticas daquela empresa de um sistema de proteção baseado em radares de vigilância terrestre e aérea.
Olha só o que o vai ser financiando pela Eletronuclear.....
Programa de Desenvolvimento de Radares do Exército Brasileiro
Em 29 de maio de 2008, o Chefe do CTEx e o Gerente do Projeto do Radar SABER M60 realizaram apresentação sobre o programa de desenvolvimento de radares do Exército Brasileiro. A atividade aconteceu no auditório do Departamento de Ciência e Tecnologia,no QG do Exército, em Brasília, e contou com a participação de representantes do DCT, das diversas OMDS do DCT em Brasília, assim como do Gabinete do Comandante do Exército, do Estado-Maior do Exército e dos órgãos de Direção Setorial localizados naquela capital.
Na ocasião, foram apresentadas aos integrantes da alta administração do Exército a situação atual do projeto do radar de defesa antiaérea SABER M60, desenvolvido pelo CTEx com recursos do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), e as perspectivas de novos projetos na área de radar, a partir da tecnologia desenvolvida para esse primeiro tipo de radar, entre eles os radares de defesa antiaérea de média altura SABER M200 (cujo desenvolvimento será iniciado no segundo semestre de 2008, também com recursos do MCT) e de vigilância terrestre SENTIR M20.